Maravilhas da terceirização...
- Ateu Tímido
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Maravilhas da terceirização...
Merendeiras dizem receber prêmio para racionar comida em escolas
Cozinheiras afirmavam ganhar R$ 40 de empresa para misturar água em molho servido a alunos
Práticas foram relatadas por nove cozinheiras de três escolas públicas paulistanas em vistorias do Conselho de Alimentação Escolar
ALENCAR IZIDORO
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A maçã é entregue aos alunos pela metade. Para a refeição render, pedaços de frango são esmiuçados e misturados a legumes que não estavam previstos no cardápio. No molho de tomate joga-se bastante água -ajuda a gastar menos.
As práticas foram relatadas em agosto por nove cozinheiras de três escolas municipais da zona leste de São Paulo durante vistorias promovidas por um dos órgãos oficiais de fiscalização da merenda -o CAE (Conselho de Alimentação Escolar).
O órgão, formado por pais, professores e funcionários públicos, é responsável pelo controle das verbas da merenda e prepara relatórios ao governo federal sobre os problemas -que podem levar à suspensão de repasses da União.
As merendeiras das Emeis Vital Brasil e São Francisco e do CEI Jardim Colorado disseram ao conselho ter como "prêmio de economia" um bônus mensal de R$ 40 pago pela empresa terceirizada, a Nutriplus, contratada pela Prefeitura de São Paulo para realizar os serviços em 158 unidades escolares.
"Meu filho costuma chegar em casa morrendo de fome. O lanche que eles dão é muito pouco, deve estar faltando", conta a mãe de um aluno de quatro anos da Emei Vital Brasil ouvida pela Folha na última terça -seu nome é preservado para não expor a criança.
A Nutriplus confirma a existência de um prêmio às merendeiras, mas afirma ser somente um incentivo "à qualidade do serviço como um todo", e não à economia de alimentos.
A Prefeitura de São Paulo afirma que a investigação ainda não acabou, mas que vistorias realizadas nas escolas após a formalização das acusações não constataram os problemas.
A empresa afirmou à Folha que a entrega de só metade da maçã visava facilitar a mastigação das crianças (que podiam repetir a porção) e era pedida pelas unidades. Ela é remunerada pela fruta inteira.
"Você acha que a maioria das crianças vai brincar e volta para pegar a segunda metade da maçã? Não é mais fácil, então, a prefeitura pagar por meia maçã?", questiona José Ghiotto Neto, presidente e representante dos professores no CAE.
A Nutriplus disse que mudou seus procedimentos e que, a partir do dia 5, os alunos passaram a receber as duas metades da maçã de uma só vez.
"As cozinheiras disseram que dava para economizar, em alguns casos, mais de 50%", diz José Pereira da Conceição Júnior, terapeuta e membro do CAE como representante dos pais. Apesar das deficiências, ele se diz a favor da terceirização. "O modelo é bom. O problema é a forma como os serviços estão sendo prestados."
Modelo em expansão
A terceirização da merenda -iniciada na gestão Marta Suplicy (PT) e ampliada em julho, na de Gilberto Kassab (DEM)- atinge 849 unidades (59% da rede municipal). O índice antes era de 33%. Seis empresas fazem os serviços atualmente.
Pelo modelo, as empresas ficam responsáveis não só pela compra dos produtos mas pelo preparo nas escolas e distribuição da merenda aos alunos.
Trata-se, nas palavras do secretário municipal de Gestão, Januário Montone, de retirar das diretoras a função de comandante de uma cozinha industrial para que se dediquem ao trabalho de pedagogas.
Em 2006, a merenda de toda a rede custava R$ 14 milhões por mês. Hoje, apenas com as terceirizadas, são R$ 18 milhões por mês (sem somar a comida de 41% das unidades, preparada por agentes escolares).
A gestão Kassab diz que a comparação dos custos não é válida, pois não contabiliza todas as despesas da prefeitura no modelo tradicional com a mão-de-obra e a compra de novos utensílios de cozinha por parte das terceirizadas.
Das seis empresas que atuam em São Paulo, ao menos quatro -Nutriplus, SP Alimentação, Geraldo J. Coan e Sistal- são ou foram alvo de investigações em vários pontos do país por órgãos como a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público da União e dos Estados.
Foram constatados superfaturamento, suspeitas de corrupção, baixa qualidade do alimento e uso irregular de servidores públicos. As empresas negam as acusações.
Suspeita renovada
Na zona sul de São Paulo, a direção da Emei Cora Coralina questionou a pequena quantidade da comida dada às crianças pela empresa Sistal.
Reclamou, por exemplo, da inclusão de apenas metade da salsicha na refeição.
Além disso, agentes escolares eram deslocados para preparar e distribuir a merenda porque a terceirizada não dispunha de pessoal suficiente, apesar de receber pela mão-de-obra.
Procurada pela Folha, a empresa não se manifestou sobre as reclamações.
Folha de S. Paulo
Cozinheiras afirmavam ganhar R$ 40 de empresa para misturar água em molho servido a alunos
Práticas foram relatadas por nove cozinheiras de três escolas públicas paulistanas em vistorias do Conselho de Alimentação Escolar
ALENCAR IZIDORO
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A maçã é entregue aos alunos pela metade. Para a refeição render, pedaços de frango são esmiuçados e misturados a legumes que não estavam previstos no cardápio. No molho de tomate joga-se bastante água -ajuda a gastar menos.
As práticas foram relatadas em agosto por nove cozinheiras de três escolas municipais da zona leste de São Paulo durante vistorias promovidas por um dos órgãos oficiais de fiscalização da merenda -o CAE (Conselho de Alimentação Escolar).
O órgão, formado por pais, professores e funcionários públicos, é responsável pelo controle das verbas da merenda e prepara relatórios ao governo federal sobre os problemas -que podem levar à suspensão de repasses da União.
As merendeiras das Emeis Vital Brasil e São Francisco e do CEI Jardim Colorado disseram ao conselho ter como "prêmio de economia" um bônus mensal de R$ 40 pago pela empresa terceirizada, a Nutriplus, contratada pela Prefeitura de São Paulo para realizar os serviços em 158 unidades escolares.
"Meu filho costuma chegar em casa morrendo de fome. O lanche que eles dão é muito pouco, deve estar faltando", conta a mãe de um aluno de quatro anos da Emei Vital Brasil ouvida pela Folha na última terça -seu nome é preservado para não expor a criança.
A Nutriplus confirma a existência de um prêmio às merendeiras, mas afirma ser somente um incentivo "à qualidade do serviço como um todo", e não à economia de alimentos.
A Prefeitura de São Paulo afirma que a investigação ainda não acabou, mas que vistorias realizadas nas escolas após a formalização das acusações não constataram os problemas.
A empresa afirmou à Folha que a entrega de só metade da maçã visava facilitar a mastigação das crianças (que podiam repetir a porção) e era pedida pelas unidades. Ela é remunerada pela fruta inteira.
"Você acha que a maioria das crianças vai brincar e volta para pegar a segunda metade da maçã? Não é mais fácil, então, a prefeitura pagar por meia maçã?", questiona José Ghiotto Neto, presidente e representante dos professores no CAE.
A Nutriplus disse que mudou seus procedimentos e que, a partir do dia 5, os alunos passaram a receber as duas metades da maçã de uma só vez.
"As cozinheiras disseram que dava para economizar, em alguns casos, mais de 50%", diz José Pereira da Conceição Júnior, terapeuta e membro do CAE como representante dos pais. Apesar das deficiências, ele se diz a favor da terceirização. "O modelo é bom. O problema é a forma como os serviços estão sendo prestados."
Modelo em expansão
A terceirização da merenda -iniciada na gestão Marta Suplicy (PT) e ampliada em julho, na de Gilberto Kassab (DEM)- atinge 849 unidades (59% da rede municipal). O índice antes era de 33%. Seis empresas fazem os serviços atualmente.
Pelo modelo, as empresas ficam responsáveis não só pela compra dos produtos mas pelo preparo nas escolas e distribuição da merenda aos alunos.
Trata-se, nas palavras do secretário municipal de Gestão, Januário Montone, de retirar das diretoras a função de comandante de uma cozinha industrial para que se dediquem ao trabalho de pedagogas.
Em 2006, a merenda de toda a rede custava R$ 14 milhões por mês. Hoje, apenas com as terceirizadas, são R$ 18 milhões por mês (sem somar a comida de 41% das unidades, preparada por agentes escolares).
A gestão Kassab diz que a comparação dos custos não é válida, pois não contabiliza todas as despesas da prefeitura no modelo tradicional com a mão-de-obra e a compra de novos utensílios de cozinha por parte das terceirizadas.
Das seis empresas que atuam em São Paulo, ao menos quatro -Nutriplus, SP Alimentação, Geraldo J. Coan e Sistal- são ou foram alvo de investigações em vários pontos do país por órgãos como a Controladoria-Geral da União, o Tribunal de Contas da União e o Ministério Público da União e dos Estados.
Foram constatados superfaturamento, suspeitas de corrupção, baixa qualidade do alimento e uso irregular de servidores públicos. As empresas negam as acusações.
Suspeita renovada
Na zona sul de São Paulo, a direção da Emei Cora Coralina questionou a pequena quantidade da comida dada às crianças pela empresa Sistal.
Reclamou, por exemplo, da inclusão de apenas metade da salsicha na refeição.
Além disso, agentes escolares eram deslocados para preparar e distribuir a merenda porque a terceirizada não dispunha de pessoal suficiente, apesar de receber pela mão-de-obra.
Procurada pela Folha, a empresa não se manifestou sobre as reclamações.
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Repetição de merendas sofre controle, afirma relatório
DA REPORTAGEM LOCAL
Desvio de servidores municipais para ajudar no preparo da merenda, facilidade das terceirizadas em manipular a comida com itens mais baratos e até um controle mais severo das repetições pelos alunos são pontos citados em relatórios parciais da Fipe sobre as empresas contratadas pela prefeitura para fornecer as refeições.
Eles constam de documentos aos quais a Folha teve acesso, preparados por técnicos do instituto ligado à USP que vistoriaram em torno de 20 unidades no primeiro semestre, como parte de um estudo encomendado pela gestão Kassab.
Num dos relatórios, a Fipe cita que "nas escolas com merenda direta [preparada pelos servidores municipais] as repetições são livres até terminar a quantidade preparada", enquanto nas terceirizadas "são severamente controladas".
A Secretaria de Gestão diz que todos os alunos podem repetir à vontade -embora, no caso das creches e Emeis, a empresa não seja remunerada se a criança quiser mais comida.
A nutricionista Joana d'Arc Mura, que é funcionária da prefeitura e, ao mesmo tempo, faz consultoria para a Aberc (Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas), adota um discurso diferente. "Não se pode colocar um monte porque aumenta a capacidade gástrica das crianças", diz.
Em uma Emef com 1.185 alunos, pesquisadores da Fipe apontaram no dia 22 de março haver "desvio de funcionários para ajudar na merenda, mesmo sendo terceirizada". A empresa Coan ganhava pelo fornecimento da mão-de-obra, mas agentes escolares tinham que ajudá-la na função.
Outros "pontos críticos" citados pela Fipe: "facilidade da contratada em manipular a composição das refeições de acordo com itens mais baratos"; "qualidade dos alimentos"; e "manutenção de equipamentos insuficiente e morosa".
Os técnicos da Fipe também citaram alguns pontos positivos da merenda sob controle privado, como "acompanhamento mais freqüente do nutricionista" e "redução do trabalho do diretor e de sua equipe, otimizando funções".
O secretário de Gestão, Januário Montone, diz que se trata de um estudo parcial, que ele não é conclusivo e que muitos problemas já foram solucionados nos novos contratos válidos a partir de 10 de julho.
Afirma que há erros em cálculos de custos e que a "a nossa equipe técnica recusou um relatório que a Fipe apresentou como conclusão desse trabalho" e pediu que fosse refeito.
Roberto Stern, da Fipe, diz que os relatórios parciais são "aspectos observados", mas que "falta rever e discutir detalhes de custos" para concluir a pesquisa. Um relatório preliminar viu diferenças de preços por refeição terceirizada superiores a 100% em relação ao modelo de gestão direta.
Folha de S. Paulo
DA REPORTAGEM LOCAL
Desvio de servidores municipais para ajudar no preparo da merenda, facilidade das terceirizadas em manipular a comida com itens mais baratos e até um controle mais severo das repetições pelos alunos são pontos citados em relatórios parciais da Fipe sobre as empresas contratadas pela prefeitura para fornecer as refeições.
Eles constam de documentos aos quais a Folha teve acesso, preparados por técnicos do instituto ligado à USP que vistoriaram em torno de 20 unidades no primeiro semestre, como parte de um estudo encomendado pela gestão Kassab.
Num dos relatórios, a Fipe cita que "nas escolas com merenda direta [preparada pelos servidores municipais] as repetições são livres até terminar a quantidade preparada", enquanto nas terceirizadas "são severamente controladas".
A Secretaria de Gestão diz que todos os alunos podem repetir à vontade -embora, no caso das creches e Emeis, a empresa não seja remunerada se a criança quiser mais comida.
A nutricionista Joana d'Arc Mura, que é funcionária da prefeitura e, ao mesmo tempo, faz consultoria para a Aberc (Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas), adota um discurso diferente. "Não se pode colocar um monte porque aumenta a capacidade gástrica das crianças", diz.
Em uma Emef com 1.185 alunos, pesquisadores da Fipe apontaram no dia 22 de março haver "desvio de funcionários para ajudar na merenda, mesmo sendo terceirizada". A empresa Coan ganhava pelo fornecimento da mão-de-obra, mas agentes escolares tinham que ajudá-la na função.
Outros "pontos críticos" citados pela Fipe: "facilidade da contratada em manipular a composição das refeições de acordo com itens mais baratos"; "qualidade dos alimentos"; e "manutenção de equipamentos insuficiente e morosa".
Os técnicos da Fipe também citaram alguns pontos positivos da merenda sob controle privado, como "acompanhamento mais freqüente do nutricionista" e "redução do trabalho do diretor e de sua equipe, otimizando funções".
O secretário de Gestão, Januário Montone, diz que se trata de um estudo parcial, que ele não é conclusivo e que muitos problemas já foram solucionados nos novos contratos válidos a partir de 10 de julho.
Afirma que há erros em cálculos de custos e que a "a nossa equipe técnica recusou um relatório que a Fipe apresentou como conclusão desse trabalho" e pediu que fosse refeito.
Roberto Stern, da Fipe, diz que os relatórios parciais são "aspectos observados", mas que "falta rever e discutir detalhes de custos" para concluir a pesquisa. Um relatório preliminar viu diferenças de preços por refeição terceirizada superiores a 100% em relação ao modelo de gestão direta.
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- Aranha
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Re.: Maravilhas da terceirização...
- Isso é impossível, cagadas de empresas privadas prejudicam apenas os acionistas, todo mundo sabe disso!!!
Abraços,
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
Ben Parker
Re.: Maravilhas da terceirização...
Uh... Culpar a terceirização por isso é tão sensato quanto culpar a existência dos carros pelos acidentes.
Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
Procedure escreveu:Uh... Culpar a terceirização por isso é tão sensato quanto culpar a existência dos carros pelos acidentes.
Me poupou da resposta!

"Noite escura agora é manhã..."
- O ENCOSTO
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Propina em troca de merenda escolar
http://zh.clicrbs.com.br
Assessor de prefeitura da Região Metropolitana recebeu visita de representante de empresa e do presidente estadual do PSC com proposta de fraudar licitação em troca de dinheiro e apoio político
GIOVANI GRIZOTTI/ RBS TV
Uma reportagem do telejornal RBS Notícias, levada ao ar também pelo Jornal Nacional, denunciou ontem suposto esquema nacional de corrupção na compra de merenda escolar. Empresas do setor estariam pagando propina a prefeituras e fraudando concorrências para obter contratos de fornecimento. A cúpula estadual do Partido Social Cristão (PSC) é suspeita de participação. Pelo menos uma licitação, em Sapucaia do Sul, pode ter sido forjada.
A fraude foi revelada com apoio de uma prefeitura da Região Metropolitana, que preferiu não ser identificada. A administração permitiu a instalação de uma câmera escondida na sala de reuniões onde receberia representantes do suposto esquema. Na gravação, aparecem o presidente estadual do PSC, Osvaldo Silva de Oliveira, e Carlos Roberto Medina, representante da empresa paulista SP Alimentação. Um assessor do prefeito recebe a proposta de negócio: propina em troca de um contrato de R$ 4 milhões para fornecimento de merenda às escolas durante um ano.
Nas imagens, Medina oferece R$ 300 mil logo após a assinatura do convênio. O representante da SP Alimentação também promete dinheiro para a próxima campanha do prefeito. O presidente do PSC completa a oferta. Os pastores da Assembléia de Deus, diz Oliveira, apoiariam a candidatura do prefeito.
Contratos foram suspensos em outros quatro Estados
As gravações mostram como o esquema é organizado: para garantir vitória na licitação, a empresa fornece até o edital. Medina afirma ter o documento pronto. Minutos depois, durante a reunião, o edital chega à prefeitura pela Internet. O endereço eletrônico do remetente é o mesmo do secretário-geral do PSC gaúcho, Carlos Alberto do Nascimento. No texto, estão incluídas as regras da concorrência e os detalhes sobre a composição da merenda.
Trechos do documento são iguais ao texto de edital publicado pela prefeitura de Sapucaia do Sul, em 2005, cuja vitória foi da SP Alimentação. O vereador Adilpio Zandonai (PT) tenta anular o contrato na Justiça:
- Antes da licitação em Sapucaia, a merenda era municipalizada e custava R$ 0,61 por aluno. Em 2005, o custo subiu para R$ 1,25 por estudante e pulou para R$ 1,65 no ano passado.
A qualidade dos alimentos também é questionada - carnes com índice alto de gordura e vegetais com sinais de ataque de pragas.
Em Canoas, uma ação popular tenta anular o contrato entre a prefeitura e a SP Alimentação. O Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar o caso porque parte da verba da merenda é repassada pelo Ministério da Educação.
Suspeitas contra a SP Alimentação, segundo a reportagem, se espalham pelo país. Já houve suspensão de contratos em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Alagoas. Um empresário gaúcho, que prefere não se identificar, afirma que a fraude é maior. Prejudicado pelo suposto esquema, ele diz que um grupo de empresas domina o mercado e divide o território combinando concorrências:
- Estas empresas lotearam o Brasil. São todas conhecidas. Elas se protegem entre si.
Sem saber que estava sendo gravado pela reportagem, um representante da ERJ, de São Paulo, que é suspeita de fazer parte do esquema, confirmou os acordos. Rogério Machado mostrou edital que deve ser publicado pelas prefeituras, excluindo a participação de pequenas companhias.
- A empresa que vai retirar esse edital tem que ter um capital mínimo. Ou seja, uma empresa pequena não tem esse capital - explica.
Conforme apuração da reportagem, depois de assinado o acordo, a ERJ promete 8% de propina a quem aceitar o negócio.
( giovani.grizotti@rbstv.com.br )
A fraude
1) Representantes de empresas fornecedoras de merenda escolar procuram prefeituras com o objetivo de vender seus produtos às escolas municipais.
2) Para obter os contratos de fornecimento, os representantes oferecem propina às prefeituras. Também apresentam um edital de licitação pronto, com as regras de concorrência e os detalhes da composição da merenda.
Trechos das gravações
Representante da SP Alimentação, Carlos Medina faz a proposta de propina a assessor de prefeitura
Medina:
- A minha idéia é a seguinte: dar 300 paus (R$ 300 mil) agora no contrato.
Assessor:
- Quanto?
Medina:
- 300
Assessor:
- Na saída?
Medina:
- No contrato. Assinou o contrato, começou a trabalhar, 300 paus.
Medina oferece apoio na campanha eleitoral
- Na campanha, eu quero te pôr pelo menos, olhando no teu olho, quero te pôr pelo menos 400 paus (R$ 400 mil)
O presidente estadual do PSC, Osvaldo Silva de Oliveira, também acrescenta vantagens ao negócio: suposto apoio da Assembléia de Deus
Oliveira:
- Tu fechas com o Medina, nosso parceiro financeiro, o Medina. O que que eu vou fazer? Terminou o dia 30, nós reunimos todos os pastores num café da manhã e fechamos.
Contrapontos
O que disse a empresa SP Alimentação
Segundo o vice-presidente da SP Alimentação, Magno de Carvalho, Carlos Roberto Medina, que aparece na gravação oferecendo propina, não é funcionário da empresa.
O que disse Osvaldo Silva de Oliveira, presidente estadual do PSC
Negou envolvimento e disse que a Assembléia de Deus não se envolve em questões políticas.
Carlos Alberto do Nascimento, secretário-geral do PSC
Não foi localizado pela reportagem da RBS TV.
O que disse a prefeitura de Sapucaia do Sul
De acordo com a Procuradoria-Geral da prefeitura, o pedido de anulação da licitação foi negado pela Justiça da cidade. A ação está agora na Justiça federal.
O que disse a prefeitura de Canoas
O município já apresentou a documentação sobre a legalidade do contrato com a SP Alimentos e aguarda posição da Justiça.
O que disse Daniela Fischer Pereira, gerente comercial da ERJ Restaurantes de Empresas
Rogério Machado (que admite o esquema de pagamento de propina) é funcionário da ERJ e, se estiver fazendo isso, será punido. Mas a gente não trabalha dessa forma. Somos uma empresa de 33 anos no mercado e temos apenas um contrato de merenda escolar, com a prefeitura de Sorocaba (SP). Não atuamos no Rio Grande do Sul.
O que disse o presidente da Assembléia de Deus no Estado, pastor Ubiratan Batista Job
Não saberia dizer se o Osvaldo Silva de Oliveira tem ligações com a Igreja, até porque conheço muitas pessoas de nome Osvaldo, cujo sobrenome não sei. Mas digo que ninguém está autorizado a falar em nome da Igreja. Outras pessoas só podem estar usando o nome da Assembléia de Deus de maneira indevida.
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Assessor de prefeitura da Região Metropolitana recebeu visita de representante de empresa e do presidente estadual do PSC com proposta de fraudar licitação em troca de dinheiro e apoio político
GIOVANI GRIZOTTI/ RBS TV
Uma reportagem do telejornal RBS Notícias, levada ao ar também pelo Jornal Nacional, denunciou ontem suposto esquema nacional de corrupção na compra de merenda escolar. Empresas do setor estariam pagando propina a prefeituras e fraudando concorrências para obter contratos de fornecimento. A cúpula estadual do Partido Social Cristão (PSC) é suspeita de participação. Pelo menos uma licitação, em Sapucaia do Sul, pode ter sido forjada.
A fraude foi revelada com apoio de uma prefeitura da Região Metropolitana, que preferiu não ser identificada. A administração permitiu a instalação de uma câmera escondida na sala de reuniões onde receberia representantes do suposto esquema. Na gravação, aparecem o presidente estadual do PSC, Osvaldo Silva de Oliveira, e Carlos Roberto Medina, representante da empresa paulista SP Alimentação. Um assessor do prefeito recebe a proposta de negócio: propina em troca de um contrato de R$ 4 milhões para fornecimento de merenda às escolas durante um ano.
Nas imagens, Medina oferece R$ 300 mil logo após a assinatura do convênio. O representante da SP Alimentação também promete dinheiro para a próxima campanha do prefeito. O presidente do PSC completa a oferta. Os pastores da Assembléia de Deus, diz Oliveira, apoiariam a candidatura do prefeito.
Contratos foram suspensos em outros quatro Estados
As gravações mostram como o esquema é organizado: para garantir vitória na licitação, a empresa fornece até o edital. Medina afirma ter o documento pronto. Minutos depois, durante a reunião, o edital chega à prefeitura pela Internet. O endereço eletrônico do remetente é o mesmo do secretário-geral do PSC gaúcho, Carlos Alberto do Nascimento. No texto, estão incluídas as regras da concorrência e os detalhes sobre a composição da merenda.
Trechos do documento são iguais ao texto de edital publicado pela prefeitura de Sapucaia do Sul, em 2005, cuja vitória foi da SP Alimentação. O vereador Adilpio Zandonai (PT) tenta anular o contrato na Justiça:
- Antes da licitação em Sapucaia, a merenda era municipalizada e custava R$ 0,61 por aluno. Em 2005, o custo subiu para R$ 1,25 por estudante e pulou para R$ 1,65 no ano passado.
A qualidade dos alimentos também é questionada - carnes com índice alto de gordura e vegetais com sinais de ataque de pragas.
Em Canoas, uma ação popular tenta anular o contrato entre a prefeitura e a SP Alimentação. O Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar o caso porque parte da verba da merenda é repassada pelo Ministério da Educação.
Suspeitas contra a SP Alimentação, segundo a reportagem, se espalham pelo país. Já houve suspensão de contratos em Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Alagoas. Um empresário gaúcho, que prefere não se identificar, afirma que a fraude é maior. Prejudicado pelo suposto esquema, ele diz que um grupo de empresas domina o mercado e divide o território combinando concorrências:
- Estas empresas lotearam o Brasil. São todas conhecidas. Elas se protegem entre si.
Sem saber que estava sendo gravado pela reportagem, um representante da ERJ, de São Paulo, que é suspeita de fazer parte do esquema, confirmou os acordos. Rogério Machado mostrou edital que deve ser publicado pelas prefeituras, excluindo a participação de pequenas companhias.
- A empresa que vai retirar esse edital tem que ter um capital mínimo. Ou seja, uma empresa pequena não tem esse capital - explica.
Conforme apuração da reportagem, depois de assinado o acordo, a ERJ promete 8% de propina a quem aceitar o negócio.
( giovani.grizotti@rbstv.com.br )
A fraude
1) Representantes de empresas fornecedoras de merenda escolar procuram prefeituras com o objetivo de vender seus produtos às escolas municipais.
2) Para obter os contratos de fornecimento, os representantes oferecem propina às prefeituras. Também apresentam um edital de licitação pronto, com as regras de concorrência e os detalhes da composição da merenda.
Trechos das gravações
Representante da SP Alimentação, Carlos Medina faz a proposta de propina a assessor de prefeitura
Medina:
- A minha idéia é a seguinte: dar 300 paus (R$ 300 mil) agora no contrato.
Assessor:
- Quanto?
Medina:
- 300
Assessor:
- Na saída?
Medina:
- No contrato. Assinou o contrato, começou a trabalhar, 300 paus.
Medina oferece apoio na campanha eleitoral
- Na campanha, eu quero te pôr pelo menos, olhando no teu olho, quero te pôr pelo menos 400 paus (R$ 400 mil)
O presidente estadual do PSC, Osvaldo Silva de Oliveira, também acrescenta vantagens ao negócio: suposto apoio da Assembléia de Deus
Oliveira:
- Tu fechas com o Medina, nosso parceiro financeiro, o Medina. O que que eu vou fazer? Terminou o dia 30, nós reunimos todos os pastores num café da manhã e fechamos.
Contrapontos
O que disse a empresa SP Alimentação
Segundo o vice-presidente da SP Alimentação, Magno de Carvalho, Carlos Roberto Medina, que aparece na gravação oferecendo propina, não é funcionário da empresa.
O que disse Osvaldo Silva de Oliveira, presidente estadual do PSC
Negou envolvimento e disse que a Assembléia de Deus não se envolve em questões políticas.
Carlos Alberto do Nascimento, secretário-geral do PSC
Não foi localizado pela reportagem da RBS TV.
O que disse a prefeitura de Sapucaia do Sul
De acordo com a Procuradoria-Geral da prefeitura, o pedido de anulação da licitação foi negado pela Justiça da cidade. A ação está agora na Justiça federal.
O que disse a prefeitura de Canoas
O município já apresentou a documentação sobre a legalidade do contrato com a SP Alimentos e aguarda posição da Justiça.
O que disse Daniela Fischer Pereira, gerente comercial da ERJ Restaurantes de Empresas
Rogério Machado (que admite o esquema de pagamento de propina) é funcionário da ERJ e, se estiver fazendo isso, será punido. Mas a gente não trabalha dessa forma. Somos uma empresa de 33 anos no mercado e temos apenas um contrato de merenda escolar, com a prefeitura de Sorocaba (SP). Não atuamos no Rio Grande do Sul.
O que disse o presidente da Assembléia de Deus no Estado, pastor Ubiratan Batista Job
Não saberia dizer se o Osvaldo Silva de Oliveira tem ligações com a Igreja, até porque conheço muitas pessoas de nome Osvaldo, cujo sobrenome não sei. Mas digo que ninguém está autorizado a falar em nome da Igreja. Outras pessoas só podem estar usando o nome da Assembléia de Deus de maneira indevida.
O ENCOSTO
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http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Re.: Maravilhas da terceirização...
A solução para isso é a socialização democratica da merenda escolar: Cozinheiras, agricultores e criadores de gado e frango seriam contratados como funcionários publicos.
O transporte dos alimentos do campo até as escolas também passaria por um processo democratico e social: caminhoneiros seriam contratados pelo estado para dirigirem os caminhões do governo.
ESta é a solução.
O transporte dos alimentos do campo até as escolas também passaria por um processo democratico e social: caminhoneiros seriam contratados pelo estado para dirigirem os caminhões do governo.
ESta é a solução.
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"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
Procedure escreveu:Uh... Culpar a terceirização por isso é tão sensato quanto culpar a existência dos carros pelos acidentes.
perfeito. afinal, a finalidade dos carros é causar acidentes, assim como a finalidade das empresas é obter lucro. genial!
- O ENCOSTO
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Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
SickBoy escreveu:Procedure escreveu:Uh... Culpar a terceirização por isso é tão sensato quanto culpar a existência dos carros pelos acidentes.
perfeito. afinal, a finalidade dos carros é causar acidentes, assim como a finalidade das empresas é obter lucro. genial!
E pelo lucro, montadoras vendem carros sem rodas, restaurantes cobram e não servem as refeições, onibus deixam os passageiros no meio do caminho, etc.
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"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
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Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
SickBoy escreveu:Procedure escreveu:Uh... Culpar a terceirização por isso é tão sensato quanto culpar a existência dos carros pelos acidentes.
perfeito. afinal, a finalidade dos carros é causar acidentes, assim como a finalidade das empresas é obter lucro. genial!
Prefeito. Afinal, não existem restrições para a obtenção de lucro. Afinal, quem liga para "cumprimento de contratos"? Genial!
Encontrado o grande vilão de toda esta história: o lucro capitalista! Aquele que tem como único objetivo tirar metade das maçãs e salsichas das crianças!
Só faltou dizer de que trecho da bíblia você tirou esta conclusão.
Re.: Maravilhas da terceirização...
vamos lá. a comparação descabida foi sua. os carros não tem a finalidade de causar acidentes. os acidentes são decorrência.
já, capitalisticamente falando, o lucro vem em primeiro lugar. a tal "satisfação", quando convir, pode ser colocada de parte. (o contrário nunca ocorre, pois levaria as empresas a falência)
ah claro casos onde empresas começam trabalhando no vermelho, como a sony e seus playstations 3. mas aí entra todo o plano de marketing e a perspectiva de obter lucro com a venda de jogos
Vamos lá. o que levou a empresa terceirizada a pagar 40 Reais a mais às merendeiras para racionar a comida? O COMUNISMO? O VIL ESTADO?
já, capitalisticamente falando, o lucro vem em primeiro lugar. a tal "satisfação", quando convir, pode ser colocada de parte. (o contrário nunca ocorre, pois levaria as empresas a falência)
ah claro casos onde empresas começam trabalhando no vermelho, como a sony e seus playstations 3. mas aí entra todo o plano de marketing e a perspectiva de obter lucro com a venda de jogos
Vamos lá. o que levou a empresa terceirizada a pagar 40 Reais a mais às merendeiras para racionar a comida? O COMUNISMO? O VIL ESTADO?
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Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
Procedure escreveu:Uh... Culpar a terceirização por isso é tão sensato quanto culpar a existência dos carros pelos acidentes.
- Por outro lado se a merendeira fosse funcionária pública, muita gente por aqui estaria culpando o estatismo.
- Faça o que eu digo, não faça o que eu faço.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
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Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
Abmael escreveu:Procedure escreveu:Uh... Culpar a terceirização por isso é tão sensato quanto culpar a existência dos carros pelos acidentes.
- Por outro lado se a merendeira fosse funcionária pública, muita gente por aqui estaria culpando o estatismo.
- Faça o que eu digo, não faça o que eu faço.
Abraços,
É que se fosse funcionária pública precisaria investigar, exonerar e aí contratar outra no lugar, e ela ainda iria processar o estado e conseguir sugar o nosso dinheiro dos impostos....Mas é terceirazado né... é só trocar de empresa...que simples..
Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
Abmael escreveu:- Isso é impossível, cagadas de empresas privadas prejudicam apenas os acionistas, todo mundo sabe disso!!!
Correção:
Cagadas de empresas privadas prejudicam os clientes, que então optam pelos concorrentes e ENTÃO prejudicam os acionistas.
Cagadas envolvendo o PODER PÚBLICO, com ou sem participação privada, prejudicam a população em geral porque o poder público não tem concorrentes.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
Acauan escreveu:Abmael escreveu:- Isso é impossível, cagadas de empresas privadas prejudicam apenas os acionistas, todo mundo sabe disso!!!
Correção:
Cagadas de empresas privadas prejudicam os clientes, que então optam pelos concorrentes e ENTÃO prejudicam os acionistas.
Cagadas envolvendo o PODER PÚBLICO, com ou sem participação privada, prejudicam a população em geral porque o poder público não tem concorrentes.
OK caro silvícola,
(Esperando que tenhas percebido que eu estava sendo irônico)
Abraços,
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Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
SickBoy escreveu:
Vamos lá. o que levou a empresa terceirizada a pagar 40 Reais a mais às merendeiras para racionar a comida? O COMUNISMO? O VIL ESTADO?
Além do Bush e do FMI, temos o possivel desperdicio.
O ENCOSTO
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
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Onde houver fé, levarei a dúvida.
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Re.: Maravilhas da terceirização...
Qual o problema de se colocar água no molho? Estariam melhorando a comida, visto que a quantidade de toxinas que as empresas colocam nestes molhos estariam assim sendo diluidas.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


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Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
Johnny escreveu:Qual o problema de se colocar água no molho? Estariam melhorando a comida, visto que a quantidade de toxinas que as empresas colocam nestes molhos estariam assim sendo diluidas.
E a proibição de repetições é apenas para controlar o peso dos rechonchudos alunos das escolas públicas, nada de economia...
Re.: Maravilhas da terceirização...
Mas isso é óbvio.Só naõ vê quem não quer. Acho mesmo é que deveriam cobrar para alimentar esse bando de vagabundos que querem é mamar desde cedo nas tetas do governo. Que comam em casa.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


Re: Re.: Maravilhas da terceirização...
SickBoy escreveu:já, capitalisticamente falando, o lucro vem em primeiro lugar. a tal "satisfação", quando convir, pode ser colocada de parte. (o contrário nunca ocorre, pois levaria as empresas a falência)
A satisfação é colocada à parte? Só se o contratante for um masoquista que gasta seu dinheiro propositadamente em algo que não lhe satisfaça. Curiosíssima essa sua teoria sobre o capitalismo...
No mais, faço minhas as palavras da Fabi e do Acauan:
Fabi escreveu:É que se fosse funcionária pública precisaria investigar, exonerar e aí contratar outra no lugar, e ela ainda iria processar o estado e conseguir sugar o nosso dinheiro dos impostos....Mas é terceirazado né... é só trocar de empresa...que simples..
Cagadas envolvendo o PODER PÚBLICO, com ou sem participação privada, prejudicam a população em geral porque o poder público não tem concorrentes.
- Aranha
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Re.: Maravilhas da terceirização...
- Existem Cagadas privadas SEM envolvimento do setor público podem prejudicar o público em geral também.
Abraços,
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Re.: Maravilhas da terceirização...
Onde isso? Só se for na França...
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