Highlander escreveu:Amigo NadaSei, eu concordo em parte. Não devemos generalizar: algumas pessoas são perfeitamente felizes num contrato monogâmico.
Sim e em diversos tipos.
A pessoa pode inclusive casar três vezes, tendo três relacionamentos monogâmicos.
Highlander escreveu: E hoje em dia existe total liberdade para você escolher o seu tipo de "contrato".
O que eu discordo é o seguinte: essas pessoas podem até ser vítimas de uma imposição equivocada da sociedade, MAS isso não justifica a atitude delas
depois da infidelidade, isto é, continuar a vida pagando de falso para quem você diz amar todos os dias, e geralmente NÃO ACEITANDO que o outro parceiro seja infiel também!! Sacou?

Sim, a questão aqui seria a de não querer perder o companheiro.
Vale a maxima: "O que os olhos não vêem o coração não sente".
Pra que contar ao companheiro amado se sabe que vai faze-lo sofrer e pode acabar atá mesmo perdendo ele?
É um dilema e tanto, não é assim tão simples quanto você faz parecer.
Quanto a trair e não aceitar traição, hipocrisia e ignorancia.
Acho que você subestima o poder da nossa sociedade em nos impor idéias goela a baixo.
Crescemos com uma imagem de "amor ideal", um lindo casamento com um compromisso de exclusividade pra toda a vida.
Os bandidos são sempre infiéis e os mocinhos estão sempre resistindo a tudo por suas mocinhas.
Não é de se admirar que uma homem traia e ainda assim não aceite ser traido.
Ser corno é uma vergonha, uma desonra quase tão grande quanto ser gay.
Ignorância e hipocrisia, a imposição social gera um conflito interno na pessoa. Ao mesmo tempo que ela trai e sabe que não está causando nenhum mal, ela continua enxergando a traição do cônjuge como um mal.
Um dos fatores mais importantes nisso é o julgamento da sociedade. Todo mundo vai saber que sou corno!
Isso conta tanto quanto todo o resto, para alguns, conta mais que a própria traição.
Highlander escreveu: E quanto a isso a culpa não é da sociedade. Há 40 anos até se justificaria você dar uma de vítima, mas no século XXI não...
As coisas ainda estão bem piores do que imagina.
Hoje estamos divididos em "grupos", alguns pensam hoje, exatamente como pensavam há 40 anos.
Se você é mais liberal e encontra alguém desse grupo, sabe que não pode contar a verdade, a pessoa não entenderia.
Highlander escreveu:Não, não é atenuante. Isto é tomá-la como uma conquista (objeto) e não se responsabilizar pelos graves danos que poderão ser causados. Não é amor,(...)
Cuidado com isso. A paixão é instinto primitivo, de POSSE. Ela passa. Cuidado com isso, porque casar por paixão é uma condenação. Casar por AMOR, isso sim. A paixão MORRE necessariamente. O amor, não necessariamente! Se os dois se amassem, tudo poderia ser dialogado SEM MEDO DE TERMINAREM.
Eu não confundo amor com paixão.
Muito pelo contrario, pra mim amor é um outro sentimento, um desconhecido pela maioria.
O amor não possui e também não julga.
O amor não julga como ruim você sair com outras pessoas, pois ele te aceita como você é.
Se eu amo uma pessoa e ela está iludida por um ideal romântico de amor exclusivo pra toda a vida, se eu quero ficar ao lado dessa pessoa... Bem, eu não vou julga-la.
Eu aceito ela como ela é.
Mas sabendo como ela é, não vou contar aquilo que ela não precisa saber.
Esse é um calculo muito fácil de se fazer.
Concordo que a traição não é algo legal.
Eu, se não fosse um celibatário solitário, não iria trair. (acho)
Eu iria preferir ficar com alguém que aceite um relacionamento liberal.
Pra mim isso não seria difícil, pois eu não me apaixono... mas eu sou um caso raro, a maioria das pessoas se apaixona algumas vezes. A maioria casa pela paixão que depois, com o tempo, vira carinho, amizade e respeito.
Quem se apaixona não tem a mesma liberdade que eu, de escolher.
A traição não é algo legal, mas é justificável, tem seus atenuantes e não é um mau intencional.
A pessoa trai por fraqueza e se apaixona por fraqueza.
Em nenhuma das duas coisas existe intenção de fazer mau ao companheiro.
É por isso que eu acho injusto comparar a traição como falta de caráter e desonestidade.
Ela é fruto da fraqueza e da ignorancia das duas parte que se comprometeram em um contrato de "posse".
Onde um "possui" exclusividade do outro.