Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde forç
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Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde forç
26/06/2007
Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde força
Cornelia Dean
Em 1950, em uma carta aos bispos, o papa Pio 12 abordou a questão da evolução. "A Igreja Católica Romana não faz necessariamente objeções ao estudo da evolução, contanto que este diga respeito aos atributos físicos", escreveu o papa na encíclica Humani Generis. Mas ele acrescentou: "A fé católica nos obriga a afirmar que as almas são imediatamente criadas por Deus".
O papa João Paulo 2° afirmou praticamente a mesma coisa em 1996, em uma mensagem à Academia Pontifícia de Ciências, um grupo de assessoria do Vaticano. Embora tenha observado que nos anos anteriores a evolução se tornou "mais do que uma hipótese", ele acrescentou que a idéia de a mente emergir de um mero fenômeno físico era "incompatível com a verdade sobre o homem".
Mas à medida que os biólogos evolucionários e os cientistas especializados nas neurociências cognitivas perscrutam o cérebro de forma cada vez mais profunda, eles descobrem mais e mais genes, estruturas cerebrais e outros fatores físicos relacionados a sentimentos como empatia, desgosto e alegria. Ou seja, eles estão descobrindo as bases físicas para os sentimentos dos quais emerge a sensação de moral - não só em pessoas, mas também em animais.
O resultado talvez seja o desafio mais poderoso à visão de mundo resumida por Descartes, o filósofo do século 17 que dividiu as criaturas do mundo entre a humanidade e o resto. Conforme os biólogos vão apresentando evidências de que os animais são capazes de exibir emoção e padrões de cognição que outrora se acreditava serem estritamente humanos, o enunciado de Descartes, "Penso, logo existo", perde a sua força.
Para muitos cientistas, a descoberta de que a reflexão moral é um resultado de atributos físicos que evoluem como tudo mais é apenas mais uma evidência contra a existência da alma, ou de um Deus que dota os humanos de almas. Para muitos crentes, especialmente nos Estados Unidos, essas descobertas demonstram o erro, ou até mesmo a perversidade, que é encarar o mundo em termos estritamente materiais. E elas provocam nos teólogos um ímpeto crescente para reconciliar a existência da alma com a crescente evidência de que os humanos não são, nem física nem mentalmente, uma classe em si.
A idéia de que as mentes humanas são o produto da evolução é "um fato incontestável", afirma o periódico "Nature" na edição deste mês, em um editorial a respeito das novas descobertas sobre a base física do pensamento moral. Um cabeçalho no editorial vai direto ao assunto: "Com todo o respeito às sensibilidades das pessoas religiosas, a idéia de que o homem foi criado à imagem de Deus pode, com toda certeza, ser descartada".
Ou, conforme V.S. Ramachandran, pesquisador do cérebro e professor da Universidade da Califórnia em San Diego, afirmou em uma entrevista, pode haver alma no sentido do "espírito universal do cosmo", mas aquele conceito de alma do qual freqüentemente se fala, "um espírito imaterial que ocupa cérebros individuais e que só evoluiu nos humanos - não passa de uma tolice completa". "A crença em tal tipo de alma é basicamente uma superstição", disse ele.
Para pessoas como o biólogo evolucionário Richard Dawkins, falar sobre alma é parte do discurso da fé religiosa, que ele compara a uma doença. E entre os psicólogos evolucionários, a fé religiosa não passa de um artefato evolucionário, uma predileção que evoluiu porque as crenças compartilhadas aumentam a solidariedade grupal e outras características que contribuem para a sobrevivência e a reprodução.
Não obstante, a idéia de uma alma divinamente inspirada não será descartada. Para citar apenas um exemplo, quando perguntaram aos dez candidatos presidenciais republicanos em um debate no mês passado se algum deles não acreditava na evolução, três ergueram a mão. Um deles, o senador Sam Brownback, do Estado do Kansas, explicou mais tarde em um artigo na página editorial deste jornal que não rejeita toda a teoria evolucionária. Mas ele acrescentou: "O homem não foi um acidente, e ele reflete uma imagem e um semblante únicos na ordem criada".
Esse é o ponto central da questão, segundo Nancey Murphy, filósofa do Seminário Teológico Fuller, que escreveu profusamente a respeito de ciência, religião e alma. Os desafios à unicidade da humanidade na criação são tão alarmantes quando a afirmação copernicana de que a Terra não é o centro do Universo, escreve ela no seu livro "Bodies and Souls of Spirited Bodies?" ("Corpos e Almas de Corpos Animados?"), publicado em 2006 pela Editora Cambridge. Murphy argumenta que assim como Copérnico derrubou a Terra do seu pedestal celeste, as novas descobertas feitas em pesquisas sobre a cognição retiraram os seres humanos da sua "localização estratégica" na criação.
Outro teólogo que escreveu bastante sobre o assunto, John F. Haught, da Universidade Georgetown, disse em uma entrevista: "Para muitos norte-americanos a única maneira de preservar a descontinuidade implícita na idéia de alma, de uma alma distinta, é negar a evolução, e vejo isso como algo infeliz".
Não existe nenhum desafio científico verossímil à teoria da evolução como uma explicação para a diversidade e a complexidade da vida na Terra.
Para Murphy e Haught, porém, as pessoas cometem um erro quando assumem que os humanos só podem ser dotados de uma alma se as demais criaturas não possuírem alma.
"A biologia evolucionária demonstra que a transição do animal para o humano é muito gradual para que faça sentido a idéia de que os humanos possuem almas e os animais não", escreveu Murphy, que é pastora da igreja Church of the Brethen (Igreja da Irmandade). "Todas as capacidades humanas atribuídas antigamente à mente ou à alma estão sendo agora estudadas com sucesso como processos cerebrais - ou, mais acuradamente, eu deveria dizer, como processos envolvendo o cérebro, o resto do sistema nervoso e outros sistemas corporais, todos interagindo com o mundo sócio-cultural. Portanto, trata-se de um raciocínio 'falho' querer distinguir os seres humanos do restante da criação".
Ela e Haught citam as idéias de Thomas de Aquino, o filósofo e teólogo do século 13 que, segundo Haught, "falou da existência de uma alma vegetal e de uma alma animal, assim como da alma humana". Haught, que falou perante a União Americana de Liberdades Civis ao contestar com sucesso os ensinamentos da teoria do design inteligente, uma prima ideológica do criacionismo, nas aulas de ciência de Dover, no Estado da Pensilvânia, afirma: "Da forma como vejo a questão, em vez de eliminar a idéia de alma a fim de fazer com que os humanos se encaixem mais harmoniosamente no restante da natureza, seria mais razoável reconhecer que existe algo de análogo à alma em todos os seres vivos".
Mas isso significa, digamos, que o Australopithecus afarensis, o proto-humano famosamente exemplificado pelo esqueleto fossilizado conhecido como Lucy, tinha uma alma? Haught faz uma pausa e, a seguir, diz: "Creio que sim. Acho que todos os nossos ancestrais hominídeos tinham, de alguma forma, uma alma, mas isso não exclui a possibilidade de que, à medida que a evolução continua, o formato da alma possa variar, assim como ocorre de um indivíduo para outro".
Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde força
Cornelia Dean
Em 1950, em uma carta aos bispos, o papa Pio 12 abordou a questão da evolução. "A Igreja Católica Romana não faz necessariamente objeções ao estudo da evolução, contanto que este diga respeito aos atributos físicos", escreveu o papa na encíclica Humani Generis. Mas ele acrescentou: "A fé católica nos obriga a afirmar que as almas são imediatamente criadas por Deus".
O papa João Paulo 2° afirmou praticamente a mesma coisa em 1996, em uma mensagem à Academia Pontifícia de Ciências, um grupo de assessoria do Vaticano. Embora tenha observado que nos anos anteriores a evolução se tornou "mais do que uma hipótese", ele acrescentou que a idéia de a mente emergir de um mero fenômeno físico era "incompatível com a verdade sobre o homem".
Mas à medida que os biólogos evolucionários e os cientistas especializados nas neurociências cognitivas perscrutam o cérebro de forma cada vez mais profunda, eles descobrem mais e mais genes, estruturas cerebrais e outros fatores físicos relacionados a sentimentos como empatia, desgosto e alegria. Ou seja, eles estão descobrindo as bases físicas para os sentimentos dos quais emerge a sensação de moral - não só em pessoas, mas também em animais.
O resultado talvez seja o desafio mais poderoso à visão de mundo resumida por Descartes, o filósofo do século 17 que dividiu as criaturas do mundo entre a humanidade e o resto. Conforme os biólogos vão apresentando evidências de que os animais são capazes de exibir emoção e padrões de cognição que outrora se acreditava serem estritamente humanos, o enunciado de Descartes, "Penso, logo existo", perde a sua força.
Para muitos cientistas, a descoberta de que a reflexão moral é um resultado de atributos físicos que evoluem como tudo mais é apenas mais uma evidência contra a existência da alma, ou de um Deus que dota os humanos de almas. Para muitos crentes, especialmente nos Estados Unidos, essas descobertas demonstram o erro, ou até mesmo a perversidade, que é encarar o mundo em termos estritamente materiais. E elas provocam nos teólogos um ímpeto crescente para reconciliar a existência da alma com a crescente evidência de que os humanos não são, nem física nem mentalmente, uma classe em si.
A idéia de que as mentes humanas são o produto da evolução é "um fato incontestável", afirma o periódico "Nature" na edição deste mês, em um editorial a respeito das novas descobertas sobre a base física do pensamento moral. Um cabeçalho no editorial vai direto ao assunto: "Com todo o respeito às sensibilidades das pessoas religiosas, a idéia de que o homem foi criado à imagem de Deus pode, com toda certeza, ser descartada".
Ou, conforme V.S. Ramachandran, pesquisador do cérebro e professor da Universidade da Califórnia em San Diego, afirmou em uma entrevista, pode haver alma no sentido do "espírito universal do cosmo", mas aquele conceito de alma do qual freqüentemente se fala, "um espírito imaterial que ocupa cérebros individuais e que só evoluiu nos humanos - não passa de uma tolice completa". "A crença em tal tipo de alma é basicamente uma superstição", disse ele.
Para pessoas como o biólogo evolucionário Richard Dawkins, falar sobre alma é parte do discurso da fé religiosa, que ele compara a uma doença. E entre os psicólogos evolucionários, a fé religiosa não passa de um artefato evolucionário, uma predileção que evoluiu porque as crenças compartilhadas aumentam a solidariedade grupal e outras características que contribuem para a sobrevivência e a reprodução.
Não obstante, a idéia de uma alma divinamente inspirada não será descartada. Para citar apenas um exemplo, quando perguntaram aos dez candidatos presidenciais republicanos em um debate no mês passado se algum deles não acreditava na evolução, três ergueram a mão. Um deles, o senador Sam Brownback, do Estado do Kansas, explicou mais tarde em um artigo na página editorial deste jornal que não rejeita toda a teoria evolucionária. Mas ele acrescentou: "O homem não foi um acidente, e ele reflete uma imagem e um semblante únicos na ordem criada".
Esse é o ponto central da questão, segundo Nancey Murphy, filósofa do Seminário Teológico Fuller, que escreveu profusamente a respeito de ciência, religião e alma. Os desafios à unicidade da humanidade na criação são tão alarmantes quando a afirmação copernicana de que a Terra não é o centro do Universo, escreve ela no seu livro "Bodies and Souls of Spirited Bodies?" ("Corpos e Almas de Corpos Animados?"), publicado em 2006 pela Editora Cambridge. Murphy argumenta que assim como Copérnico derrubou a Terra do seu pedestal celeste, as novas descobertas feitas em pesquisas sobre a cognição retiraram os seres humanos da sua "localização estratégica" na criação.
Outro teólogo que escreveu bastante sobre o assunto, John F. Haught, da Universidade Georgetown, disse em uma entrevista: "Para muitos norte-americanos a única maneira de preservar a descontinuidade implícita na idéia de alma, de uma alma distinta, é negar a evolução, e vejo isso como algo infeliz".
Não existe nenhum desafio científico verossímil à teoria da evolução como uma explicação para a diversidade e a complexidade da vida na Terra.
Para Murphy e Haught, porém, as pessoas cometem um erro quando assumem que os humanos só podem ser dotados de uma alma se as demais criaturas não possuírem alma.
"A biologia evolucionária demonstra que a transição do animal para o humano é muito gradual para que faça sentido a idéia de que os humanos possuem almas e os animais não", escreveu Murphy, que é pastora da igreja Church of the Brethen (Igreja da Irmandade). "Todas as capacidades humanas atribuídas antigamente à mente ou à alma estão sendo agora estudadas com sucesso como processos cerebrais - ou, mais acuradamente, eu deveria dizer, como processos envolvendo o cérebro, o resto do sistema nervoso e outros sistemas corporais, todos interagindo com o mundo sócio-cultural. Portanto, trata-se de um raciocínio 'falho' querer distinguir os seres humanos do restante da criação".
Ela e Haught citam as idéias de Thomas de Aquino, o filósofo e teólogo do século 13 que, segundo Haught, "falou da existência de uma alma vegetal e de uma alma animal, assim como da alma humana". Haught, que falou perante a União Americana de Liberdades Civis ao contestar com sucesso os ensinamentos da teoria do design inteligente, uma prima ideológica do criacionismo, nas aulas de ciência de Dover, no Estado da Pensilvânia, afirma: "Da forma como vejo a questão, em vez de eliminar a idéia de alma a fim de fazer com que os humanos se encaixem mais harmoniosamente no restante da natureza, seria mais razoável reconhecer que existe algo de análogo à alma em todos os seres vivos".
Mas isso significa, digamos, que o Australopithecus afarensis, o proto-humano famosamente exemplificado pelo esqueleto fossilizado conhecido como Lucy, tinha uma alma? Haught faz uma pausa e, a seguir, diz: "Creio que sim. Acho que todos os nossos ancestrais hominídeos tinham, de alguma forma, uma alma, mas isso não exclui a possibilidade de que, à medida que a evolução continua, o formato da alma possa variar, assim como ocorre de um indivíduo para outro".
Eu Sou Gilghamesh!
Versão: 5.1 última versão!!!!
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O Mundo só será feliz à partir do dia em que enforcarmos o último político, usando como corda, as tripas do último lider religioso e cremarmos seus corpos utilizando como combustível, seus podres livros sagrados!
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Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde
Para muitos cientistas, a descoberta de que a reflexão moral é um resultado de atributos físicos que evoluem como tudo mais é apenas mais uma evidência contra a existência da alma, ou de um Deus que dota os humanos de almas. Para muitos crentes, especialmente nos Estados Unidos, essas descobertas demonstram o erro, ou até mesmo a perversidade, que é encarar o mundo em termos estritamente materiais. E elas provocam nos teólogos um ímpeto crescente para reconciliar a existência da alma com a crescente evidência de que os humanos não são, nem física nem mentalmente, uma classe em si.
Tu és pó e em pó te tornarás... A distorção deste ensino bílbico ocasiona a celeuma!
Deus poupou Nínive em JONAS por ter crianças e MUITOS ANIMAIS...
Tu és pó e em pó te tornarás... A distorção deste ensino bílbico ocasiona a celeuma!
Deus poupou Nínive em JONAS por ter crianças e MUITOS ANIMAIS...

(HNT) ויאמר אלי אחד מן־הזקנים אל־תבכה הנה נצח האריה אשר הוא משבט Rev 5:5
http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=13986
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=14653
http://www.rv.cnt.br/viewtopic.php?t=13986
http://rv.cnt.br/viewtopic.php?t=14653
Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde
Jonas 4:11 (DO) E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?
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Re: Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" p
docdeoz escreveu:Jonas 4:11 (DO) E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?
Frase interessante de alguém que acreditava que um morcego era uma ave...

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Versão: 5.1 última versão!!!!
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- Highlander
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Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde
Deve ser o ancestral comum dos santistas.
Eles acreditam que baleia é um peixe, e insistem...
Eles acreditam que baleia é um peixe, e insistem...

Não entendi o motivo do "Penso, logo existo" perder a força...
Até onde vejo isso não ser refere ao pensamento preceder a existência, mas a busca de uma certeza da qual possamos partir em busca de outras certezas.
Não sou um especialista em Descartes, mas não entendi o motivo disso perder a força caso a mente seja fruto da evolução.
Depois, a alma tende a ser vista como a consciência, ao menos isso é fato em algumas religiões (os vedas hindus, por exemplo, declaram isso, que a alma é a consciência), mesmo que em outras o conceito possa variar, não deixam de estar falando sobre a mesma essência, apenas a dividem em mais conceitos.
A questão não seria se a consciência existe ou não (apesar de podermos entrar nessa questão), mas se é ela ou não fruto do corpo e se morre com ele.
Até onde vejo isso não ser refere ao pensamento preceder a existência, mas a busca de uma certeza da qual possamos partir em busca de outras certezas.
Não sou um especialista em Descartes, mas não entendi o motivo disso perder a força caso a mente seja fruto da evolução.
Depois, a alma tende a ser vista como a consciência, ao menos isso é fato em algumas religiões (os vedas hindus, por exemplo, declaram isso, que a alma é a consciência), mesmo que em outras o conceito possa variar, não deixam de estar falando sobre a mesma essência, apenas a dividem em mais conceitos.
A questão não seria se a consciência existe ou não (apesar de podermos entrar nessa questão), mas se é ela ou não fruto do corpo e se morre com ele.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".
- Apo
- Mensagens: 25468
- Registrado em: 27 Jul 2007, 00:00
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Re: Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" p
Gilghamesh escreveu:docdeoz escreveu:Jonas 4:11 (DO) E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que estão mais de cento e vinte mil homens, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a sua mão esquerda, e também muitos animais?
Frase interessante de alguém que acreditava que um morcego era uma ave...




Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde
Para muitos cientistas, a descoberta de que a reflexão moral é um resultado de atributos físicos que evoluem como tudo mais é apenas mais uma evidência contra a existência da alma, ou de um Deus que dota os humanos de almas. Para muitos crentes, especialmente nos Estados Unidos, essas descobertas demonstram o erro, ou até mesmo a perversidade, que é encarar o mundo em termos estritamente materiais. E elas provocam nos teólogos um ímpeto crescente para reconciliar a existência da alma com a crescente evidência de que os humanos não são, nem física nem mentalmente, uma classe em si.
Eu gosto de ver crentes e teólogos em profundo desespero...



- b!rD oF pReY
- Mensagens: 66
- Registrado em: 20 Set 2007, 21:56
Re.: Ciência da alma? O "Penso, logo existo" perde
PQP...
mas o que é que o texto tem a ver com o que Descartes disse? Aliás "O Penso, Logo existo", foi abandonado por Descartes que susbtituiu por "Eu sou, eu existo é necessáriamente verdadeiro sempre que exposto por mim ou concebido na minha mente".
A propósito, no dualismo Descarte não diz que a alma é um fantasma na máquina. Pelo contrário... ele nega isto explicitamente... interligando corpo e mente numa teia complexa. Apenas logicamente podemos separar corpo e mente... algo que é feito actualmente pelas teorias fisicalista do funcionalismo e do dualismo anomalo (que diz que a mente é o que o cérebro faz mas não podemos descrever cientificamente a experiência mental)...
mas o que é que o texto tem a ver com o que Descartes disse? Aliás "O Penso, Logo existo", foi abandonado por Descartes que susbtituiu por "Eu sou, eu existo é necessáriamente verdadeiro sempre que exposto por mim ou concebido na minha mente".
A propósito, no dualismo Descarte não diz que a alma é um fantasma na máquina. Pelo contrário... ele nega isto explicitamente... interligando corpo e mente numa teia complexa. Apenas logicamente podemos separar corpo e mente... algo que é feito actualmente pelas teorias fisicalista do funcionalismo e do dualismo anomalo (que diz que a mente é o que o cérebro faz mas não podemos descrever cientificamente a experiência mental)...