Para Deus são pequenas jóias...
Não temos alcance racional para propor um SER dessa magnitude...
É muito avarento e mesquinho este deus dos pobres e oprimidos, vislumbra jóias criadas pela sua criação...
Mucuna escreveu:Olha que coincidência, eu li este texto há umas 2 semanas atrás!
Em algum momento ele diz algo como "as vantagens que a agricultura nos proporcionou são obvias, mas do que abrimos mão para isto?"
É bem interessante. Não é um texto grande, mas traz informações sendo bem objetivo.
A pergunta que eu faço é a mesma:
E?
(Essas duas semanas 'tão sendo com o chicote estalando nas costas)
Fernando Silva escreveu:André escreveu:Se existem conseqüências que consideramos negativas, eu, por exemplo, entendo como excessiva concentração de riqueza uma conseqüência negativa, meios devem ser adotados para minimizar seus efeitos, e maximizar formas dos seres humanos viverem mais e melhor.
Assim que se torna possível a alguns se destacar devido a suas habilidades ou sua maior vontade de trabalhar, surgem as desigualdades.
Numa situação hipotética em que não houvesse abuso ou injustiça, a outra opção seria nivelar por baixo desencorajando a excelência ou obrigar os melhores a compartilhar com os medíocres.
Claro que na vida real as coisas são bem mais complexas e ninguém é santinho.
Apo escreveu:O que é o básico e quais os seus limites?
André escreveu:Apo escreveu:O que é o básico e quais os seus limites?
Para mim seriam serviços de saúde, acesso a educação, justiça, alimentação e abrigo. Sendo que os dois últimos apenas para quem não pode prover por si próprio, ou seja, as condições básicas de sobrevivência devem ser garantidas apenas aqueles que não podem, ainda, garantir por eles mesmos.
Para mim a negação de qualquer um dos direitos sociais é em si um absurdo.
Repito se a pessoa não tem o básico, sendo que já estipulei o que isso compreende, como exigir excelência? Como o livre mercado não é capaz de garantir isso para TODOS, isso deve ser garantido pelo Estado. Isso não significa proibir o privado, quem quiser pagar pode fazê-lo e deve haver liberdade para tanto, mas o público deve ser garantido, especialmente para atender quem não pode pagar.
Sendo que entendo que é possível a convivência com a livre iniciativa, contanto que isso não implique na não garantia do que acabei de descrever, ou sua negação ligada a comercialização. O que na prática é limitar a quem pode pagar.
Ilovefoxes escreveu:Mas os países capitalistas geralmente tem mais do "básico" que socialistas. Vide Estados Unidos.
Apo escreveu:André escreveu:Apo escreveu:O que é o básico e quais os seus limites?
Para mim seriam serviços de saúde, acesso a educação, justiça, alimentação e abrigo. Sendo que os dois últimos apenas para quem não pode prover por si próprio, ou seja, as condições básicas de sobrevivência devem ser garantidas apenas aqueles que não podem, ainda, garantir por eles mesmos.
Para mim a negação de qualquer um dos direitos sociais é em si um absurdo.
Repito se a pessoa não tem o básico, sendo que já estipulei o que isso compreende, como exigir excelência? Como o livre mercado não é capaz de garantir isso para TODOS, isso deve ser garantido pelo Estado. Isso não significa proibir o privado, quem quiser pagar pode fazê-lo e deve haver liberdade para tanto, mas o público deve ser garantido, especialmente para atender quem não pode pagar.
Sendo que entendo que é possível a convivência com a livre iniciativa, contanto que isso não implique na não garantia do que acabei de descrever, ou sua negação ligada a comercialização. O que na prática é limitar a quem pode pagar.
O que são "serviços de saúde"?
O que seria " acesso à educação"?
O que seria "acesso à justiça"?
O que seria "alimentação"?
E "abrigo"?
Assim é fácil, né, André...responda aí.
Apo escreveu:Ou seja...ninguém mais precisa fazer nada. Da mesma forma, que o número de cidadãos que se definem como negros no Brasil aumentou absurdamente depois das cotas para negros. Passar fome é relativo, precisar consultar médico é relativo, querer estudar aqui ou ali é relativo, morar em um conjugado ou numa casa de 4 quartos para quem tem 8 filhos é relativo. Tudo é relativamente básico ao nosso julgamento pessoal. Não muda nada com relação ao capitalismo. Apenas que quem quer, e se conforma com o que pode, consegue o que fez por merecer.
A questão está em garantir como "dar de presente". Está em um povo que acha que merece sempre mais que o vizinho e vive se vitimizando ( e vitimando o outro que tem mais do que ele por esforço pessoal). Está num Estado corrupto que mais embolsa do que distribui. Está em aceitar esta dose de corrupção, vendendo voto por esmola e fazendo cara de paisagem quando um parente é encostado na máquina estatal.
Isto é só a pontinha do iceberg. Preciso dormir. Depois continuamos.
Beijo!
André escreveu:Para mim a negação de qualquer um dos direitos sociais é em si um absurdo.
Orbe escreveu:André escreveu:Para mim a negação de qualquer um dos direitos sociais é em si um absurdo.
Um dos grandes problemas da sociedade atual é a luta crescente por direitos cada vez mais absurdos e o cumprimento cada vez menos frequente dos deveres básicos...
André escreveu:Eu não estou no barco da multiplicação de direitos, esses que citei são fundamentais, e se democraticamente a sociedade se convencer disso uma das prioridades deve ser garanti-los, de forma eficaz e com responsabilidade. Na busca desse convencimento democrático eu sou mais um, a buscar.
Tá bom, e no mundo real, onde todos os países socialistas ficam na miséria a não ser os que arrecadaram riquezas por anos devido a uma história de capitalismo, como é que fica?André escreveu:Ilovefoxes escreveu:Mas os países capitalistas geralmente tem mais do "básico" que socialistas. Vide Estados Unidos.
Nos EUA país mais rico do mundo, 45 milhões de pessoas não tem planos de saúde e acesso a serviços de saúde. Se tiver câncer e não tiver como pagar o tratamento, adeus.
Sendo que eu não defendo ditaduras e apontar para países socialistas que não tem eleições livres, nem liberdade de imprensa, não diz nada para mim, sou extremamente crítico e seu autoritarismo é indefensável.
Falo de democracia, liberdade e garantia de direitos sociais, pelo Estado. Se sou socialista, meu socialismo é esse. Se quiser chamar de outro nome pouco me importa.
Sendo que já estipulei o que são os direitos sociais, e mais na saúde os sistemas públicos são mais baratos, como indica o Banco mundial (E artigo que foi postado aqui no forum do Le Monde Diplomatic). Na educação entendo ser possível conviver com o privado, e nos outros tb, mesmo na saúde, contanto que o Estado tenha condições de atender a demanda da população. O que forçaria o privado a ser melhor, e oferecer algo que o público não oferece.
Nesse setores isso tem que ser garantido pois sem isso, e se isso for negado, as pessoas não tem chance de competir, não são de fato livres. Sua liberdade de escolha é limitada por tudo que elas não tem acesso, e sem o básico, sua chance de ascender e melhorar de vida é mínima.
Fernando Silva escreveu:André escreveu:Eu não estou no barco da multiplicação de direitos, esses que citei são fundamentais, e se democraticamente a sociedade se convencer disso uma das prioridades deve ser garanti-los, de forma eficaz e com responsabilidade. Na busca desse convencimento democrático eu sou mais um, a buscar.
Será que é possível dar o básico a todos, ainda que se acabem com as injustiças e a ineficiência?
Será que temos esta capacidade?
Na natureza, as espécies proliferam até atingir o limite da disponibilidade de alimento, entre outras barreiras. Isto significa que há sempre indivíduos morrendo de fome e mantendo a população estável.
A raça humana não é mais apenas coletora e caçadora, mas será que já se tornou totalmente independente das leis da natureza?
Será possível dar o básico, o mínimo, a uma população que cresce no limite daquilo que a natureza pode prover?
Será que se pode esperar da população mundial que aceite viver com o mínimo para que todos possam ter também este mínimo?
Será justo obrigar as pessoas a aceitar essa nivelação por baixo, supondo-se que fosse adiantar de alguma coisa?
André escreveu:Fernando Silva escreveu:André escreveu:Eu não estou no barco da multiplicação de direitos, esses que citei são fundamentais, e se democraticamente a sociedade se convencer disso uma das prioridades deve ser garanti-los, de forma eficaz e com responsabilidade. Na busca desse convencimento democrático eu sou mais um, a buscar.
Será que é possível dar o básico a todos, ainda que se acabem com as injustiças e a ineficiência?
Será que temos esta capacidade?
Na natureza, as espécies proliferam até atingir o limite da disponibilidade de alimento, entre outras barreiras. Isto significa que há sempre indivíduos morrendo de fome e mantendo a população estável.
A raça humana não é mais apenas coletora e caçadora, mas será que já se tornou totalmente independente das leis da natureza?
Será possível dar o básico, o mínimo, a uma população que cresce no limite daquilo que a natureza pode prover?
Será que se pode esperar da população mundial que aceite viver com o mínimo para que todos possam ter também este mínimo?
Será justo obrigar as pessoas a aceitar essa nivelação por baixo, supondo-se que fosse adiantar de alguma coisa?
Será que é possível vc entender que eu não defendo essa nivelação por baixo?
Será que é possível vc entender que garantir o mínimo a todos não implica em impedir que outros ascendam?
Sobre a possibilidade, em termos de alimentos a humanidade produz suficiente para alimentar várias vezes a população da Terra, algo como 5 ou 6, vezes, a tecnologia avançou para tanto. Logo alimentar e garantir abrigo é possível, e tranquilo.
A riqueza gerada é profundamente concentrada, medidas não punitivas de descentralização de parte dessa riqueza (os ricos não vão deixar de ser ricos, nem a classe media de ter mais que os pobres), já seriam suficientes para garantir, como são em países como França, saúde e educação para todos.
E se vc pénsa que eu sou contrario a geração de riquezas pelo livre mercado eu não sou. Eu apenas entendo como insuficiente. Entendo que o melhor do capitalismo, em gerar riquezas, deve ser combinado com a melhor idéia, inclusive em termos práticos, saída da social democracia, a socialização.
Ilovefoxes escreveu:Tá bom, e no mundo real, onde todos os países socialistas ficam na miséria a não ser os que arrecadaram riquezas por anos devido a uma história de capitalismo, como é que fica?André escreveu:Ilovefoxes escreveu:Mas os países capitalistas geralmente tem mais do "básico" que socialistas. Vide Estados Unidos.
Nos EUA país mais rico do mundo, 45 milhões de pessoas não tem planos de saúde e acesso a serviços de saúde. Se tiver câncer e não tiver como pagar o tratamento, adeus.
Sendo que eu não defendo ditaduras e apontar para países socialistas que não tem eleições livres, nem liberdade de imprensa, não diz nada para mim, sou extremamente crítico e seu autoritarismo é indefensável.
Falo de democracia, liberdade e garantia de direitos sociais, pelo Estado. Se sou socialista, meu socialismo é esse. Se quiser chamar de outro nome pouco me importa.
Sendo que já estipulei o que são os direitos sociais, e mais na saúde os sistemas públicos são mais baratos, como indica o Banco mundial (E artigo que foi postado aqui no forum do Le Monde Diplomatic). Na educação entendo ser possível conviver com o privado, e nos outros tb, mesmo na saúde, contanto que o Estado tenha condições de atender a demanda da população. O que forçaria o privado a ser melhor, e oferecer algo que o público não oferece.
Nesse setores isso tem que ser garantido pois sem isso, e se isso for negado, as pessoas não tem chance de competir, não são de fato livres. Sua liberdade de escolha é limitada por tudo que elas não tem acesso, e sem o básico, sua chance de ascender e melhorar de vida é mínima.
docdeoz escreveu:André escreveu:Fernando Silva escreveu:André escreveu:Eu não estou no barco da multiplicação de direitos, esses que citei são fundamentais, e se democraticamente a sociedade se convencer disso uma das prioridades deve ser garanti-los, de forma eficaz e com responsabilidade. Na busca desse convencimento democrático eu sou mais um, a buscar.
Será que é possível dar o básico a todos, ainda que se acabem com as injustiças e a ineficiência?
Será que temos esta capacidade?
Na natureza, as espécies proliferam até atingir o limite da disponibilidade de alimento, entre outras barreiras. Isto significa que há sempre indivíduos morrendo de fome e mantendo a população estável.
A raça humana não é mais apenas coletora e caçadora, mas será que já se tornou totalmente independente das leis da natureza?
Será possível dar o básico, o mínimo, a uma população que cresce no limite daquilo que a natureza pode prover?
Será que se pode esperar da população mundial que aceite viver com o mínimo para que todos possam ter também este mínimo?
Será justo obrigar as pessoas a aceitar essa nivelação por baixo, supondo-se que fosse adiantar de alguma coisa?
Será que é possível vc entender que eu não defendo essa nivelação por baixo?
Será que é possível vc entender que garantir o mínimo a todos não implica em impedir que outros ascendam?
Sobre a possibilidade, em termos de alimentos a humanidade produz suficiente para alimentar várias vezes a população da Terra, algo como 5 ou 6, vezes, a tecnologia avançou para tanto. Logo alimentar e garantir abrigo é possível, e tranquilo.
A riqueza gerada é profundamente concentrada, medidas não punitivas de descentralização de parte dessa riqueza (os ricos não vão deixar de ser ricos, nem a classe media de ter mais que os pobres), já seriam suficientes para garantir, como são em países como França, saúde e educação para todos.
E se vc pénsa que eu sou contrario a geração de riquezas pelo livre mercado eu não sou. Eu apenas entendo como insuficiente. Entendo que o melhor do capitalismo, em gerar riquezas, deve ser combinado com a melhor idéia, inclusive em termos práticos, saída da social democracia, a socialização.
Pior situação é que o Estado foi criado para defender a propriedade.
Vocês acham correto alguém andar de submarino particular enquanto outros passam fome? O problema não é simples, pois a corrupção humana vejo como um dos principais problemas causadores de miséria. Na verdade um problema moral...
Orbe escreveu:Em geral, pessoas que recebem direitos de presente do Estado costumam se acomodar.
Famílias que recebem benefícios por número de filhos, por exemplo, preferem ter mais e mais filhos.
Famílias que recebem educação gratuita, tendem a não valoriza-la. Disperdiçam recursos que complementariam a educação dos filhos (curso de idiomas e informática, por exemplo) na construção de puxadinhos ou churrascadas para os amigos favelados, regadas a cerveja e ao som de Zeca Pagodinho.
Transporte de graça resulta em passeios pelos shoppings da cidade (vide estudantes da rede pública e aposentados do RJ).
Habitação gratuita é sinônimo de favela nova em 5 anos. Toda vez que o Estado constroi conjuntos de casas ou prédios e distribui para os necessitados, leva apenas uns poucos anos para que eles transformem tudo em um amontoado de barracos e cortiços. Exemplos? Cidade de Deus, no RJ.
Talvez saúde seja o único direito garantido do qual as pessoas não fazem "pouco caso".
Quanto mais direitos nós damos, mais as pessoas querem sugar.
Orbe escreveu:Em geral, pessoas que recebem direitos de presente do Estado costumam se acomodar.
Famílias que recebem benefícios por número de filhos, por exemplo, preferem ter mais e mais filhos.
Famílias que recebem educação gratuita, tendem a não valoriza-la. Disperdiçam recursos que complementariam a educação dos filhos (curso de idiomas e informática, por exemplo) na construção de puxadinhos ou churrascadas para os amigos favelados, regadas a cerveja e ao som de Zeca Pagodinho.
Transporte de graça resulta em passeios pelos shoppings da cidade (vide estudantes da rede pública e aposentados do RJ).
Habitação gratuita é sinônimo de favela nova em 5 anos. Toda vez que o Estado constroi conjuntos de casas ou prédios e distribui para os necessitados, leva apenas uns poucos anos para que eles transformem tudo em um amontoado de barracos e cortiços. Exemplos? Cidade de Deus, no RJ.
Talvez saúde seja o único direito garantido do qual as pessoas não fazem "pouco caso".
Quanto mais direitos nós damos, mais as pessoas querem sugar.