Fernando Silva escreveu:André escreveu:Será que é possível vc entender que eu não defendo essa nivelação por baixo?
Será que é possível vc entender que garantir o mínimo a todos não implica em impedir que outros ascendam?
Sobre a possibilidade, em termos de alimentos a humanidade produz suficiente para alimentar várias vezes a população da Terra, algo como 5 ou 6, vezes, a tecnologia avançou para tanto. Logo alimentar e garantir abrigo é possível, e tranquilo.
Conheço e entendo sua posição. O que estou questionando é a capacidade do planeta de sustentar a todos se todos tiverem, por exemplo, o nível de vida dos americanos.
Será que haveria petróleo e comida suficiente? Será que o planeta não seria destruído pela poluição resultante?
Estamos discutindo sobre como produzir álcool em quantidade suficiente para substituir o petróleo sem devastar a floresta amazônica. Esta é uma questão ainda em aberto.
Dos combustíveis depende a produção e distribuição de alimentos.
Não creio que seja óbvio que seja possível dar a todos o nível de vida dos países mais avançados, o que implica em que só é possível igualar por baixo ou então manter a desigualdade.
Por outro lado, mesmo supondo-se que haja comida suficiente para todos, faltando apenas distribuir, ainda haveria desigualdade quanto aos confortos da vida moderna.
Seria possível que 6,5 bilhões de habitantes vivessem todos em casas confortáveis, cercadas de jardins, com piscina? Ou o único jeito é se amontoarem todos em cidades, empilhados em apartamentos, preservando o espaço para a agricultura?
Repito: não estou questionando seus ideais e sim os seus fatos.
Tranquilo e agora entendi.Bem viver como os americanos de classe média com casas confortáveis....Não. Resumindo não existem condições para isso, nem estou defendendo esse nível de vida para todos.
Estou falando de acesso a coisas mais básicas, comida, abrigo, saúde e educação. Isso países como Brasil, podem, dentro de suas condições, ir ampliando e garantindo. Não de uma vez, nem dando de "presente" por isso os pré-requisitos. Ou seja, a ajuda ser condicionada a uma contraparte dos ajudados. Vc recebe o beneficio mantendo filhos na escola, se comprometendo a um curso profissionalizante, para ou melhorar de emprego, ou ter um emprego. Ou seja, oferecer ajuda sim, mas como um contrato exigir da outra parte, o ajudado, que faça algo para merecer. Esse algo ligado a ensino e trabalho. (Exceção é saúde que não se exige praticamente nada da pessoa, embora se deva investir em medicina preventiva não somente pq é melhor mas tb pq é mais barato).
Isso eu penso ser plenamente possível, e útil. As necessidades mais problemáticas são sanadas e de quebra se estimula algo produtivo, e a pessoa vai ascender dependo do seu esforço e qualidade de seu trabalho. Mas pelo menos não vai passar fome, nem ser sem teto, e não vai poder dizer "não tive chance", pois chances e oportunidades lhe foram oferecidas.
Mas não, o planeta não tem como sustentar esse nível alto super-confortável para todos.
Devemos claro incentivar busca por energias renováveis, produção auto-sustentável...Para melhorar e poder oferecer um nível melhor ao máximo que for possível. E uma relativa diminuição da concentração de riqueza pode fazer parte se democraticamente a população achar por bem que é necessária.
Voltando ao ponto, eu não estou defendendo esse nível alto para todos, sei de sua impossibilidade. Estou defendendo um nível básico, que garanta o mínimo, saúde, educação, alimento, abrigo ou moradia. Assim como oportunidade para qualificação, trabalho ou ocupação.
Isso, penso que com a quantidade absurda de alimento produzida, e riquezas existentes é possível ir garantindo. Não de uma hora para outra, mas com programas que estabeleçam condições e contra parte dos setores mais necessitados.
É um absurdo que muitos não tenham nem a chance de prosperar. Que não tenham acesso a serviços de saúde, a educação que tem é de baixa qualidade, passam fome ou são subnutridos, e parte mal tem onde morar. Temos começar em algum lugar, e o que disse considero o básico, se com tempo houver condições de prover mais, ai isso seria feito, mas não irresponsavelmente, dentro das possibilidades.
P.S Espero que tenha sido claro, e desculpe o tamanho do texto.
