NadaSei escreveu:Apo escreveu:Não entendi. Você tá dizendo que o Prozac retira a capacidade de sentir? A depressão é que tira.
Sim, a fluoxetina e similares diminuem algumas das sensações mais importantes que sentimos.
Errado. As sensações todas normais que sentimos ( dor, medo, alegria, esperança, insegurança, segurança, amor, paixão, tristeza, calma, ansiedade dentro dos limites de normalidade) são todos preservados. De onde você tirou isto? Na verdade, quando estamos deprimidos, eles somem e ficamos sem sentimentos. Há apenas o vazio.
NadaSei escreveu:A depressão faz o mesmo, principalmente se for de origem ansiosa... imagino eu que a culpa disso seja justamente da ansiedade.
Culpa? O que dispara a depressão independe do que ela é. Pode ser apenas um problema com a glândula tireóide, pode ser a perda de um ente querido, pode ser um descontrole químico pura e simples, sem gatilho algum no cotidiano, que está indo como sempre esteve. Acontece simplesmente. Pode ser fruto de privações intensas no passado, ou o inconsciente mandando aviso de que algo ficou mal resolvido. Ansiedade pode ou não fazer parte do quadro depressivo. Tanto que alguns usuários de anti-depressivo usam ansiolítico associado e outros simplesmente não. Assim que os sentimentos voltam aos seus devidos patamares de normalidade , a pessoa fica bem.
Ansiedade pode levar à depressão, assim como pode levar à sindrome do pânico e às duas coisas juntas.
NadaSei escreveu:O problema é que a fluoxetina é meio que um "café" forte que nos dopa um pouco.
EIN???? Que bobagem! Nada a ver! Não dopa, devolve a serotonina que faz a mente sentir normalmente e se sentir viva, como qualquer ser humano normal. É como qualquer doença onde precisamos compensar com alguma substância inibidora ou compensatória, como insulina e antialérgicos.
NadaSei escreveu:Ela nos dá uma "acelerada" e isso resulta em uma certa dose de ansiedade, ela também melhora nossa emoções, isso é inegável, mas o faz de uma forma artificial e um tanto fraca.
Acelera? Não. Apenas tira da depressão e da apatia e devolve a pessoa aos padrões normais. Forma artificial? Mas não existe forma natural de compensar uma deficiência bioquímica. Por que encaram o antidepressivo como algo falso? Ele corrige um mau funcionamento do organismo, como faz um remédio para pressão alta, para hipotireoidismo...que visão mais preconceituosa e deturpada. Forma fraca? Só se a dosagem é insuficiente ou a pessoa está é com outro problema. Bem dosado e bem indicado, funciona muito bem.
NadaSei escreveu:A utilidade dela é justamente no tirar do "buraco" para que tenhamos capacidade mental de tratar a depressão por outros meios.
Mas depressão não é apenas 1 coisa. Pode ser um sintoma emocional, pode ser químico apenas e pode ser um sintoma de outra doença, como disfunções da tireóide. A pessoa não tem condições de sair sozinha e nem foi parar lá por que estava com um problema emocional necessariamente.
Apo escreveu:Enquanto se usa a medicação ( alguns saem da depressão porque o cérebro volta às funções normais, outros não), tudo fica normal.
Não fica normal Apoc, a forma "normal" do cérebro trabalhar é a forma como ele trabalha sem o remédio.[/quote]
E? O modelo químico do cérebro deprimido ´será sempre deprimido. Assim como o insulino dependente sempre precisará de insulina. Você pretende que se considere o diabético anormal? Ele vai tomar insulina a vida toda e assim terá vida normal. O fato de tomar um comprimido em dose mínima de antidepressivo ou uma dose de insulina por dia ( alguns casos, várias) não faz dele um anormal. Ele apenas corrige o que NATURALMENTE NÃO FUNCIONA PORQUE NÃO FUNCIONA. Paciência.
NadaSei escreveu:A depressão não é uma doença, ela é um sintoma da forma como estamos lidando com nossa vida.
Cura-se da depressão, a pessoa que muda.
Lá vem você com as suas teorias bobas. Espero que tenha lido tudo o que eu escrevi aí em cima. Depressão pode ser uma doença mental, sim. Assim como pode ser um desequilíbrio bioquímico passageiro e a pessoa de apóia na medicação para voltar e se manter no normal. Alguns superam , outros, não. E precisam tomar antidepressivo em dose mínima de manutenção o resto da vida.
Quem é que define o modo CERTO de lidar com a vida? Outro ser humano problemático? Um psiquiatra problemático? Não cabe avaliações pessoais acerca de normalidade em cada caso. Uma pessoa ansiosa pode jamais ficar deprimida. Nem que tenha trilhões de falhas na condução da vida. E outra que vive em paz e harmonia consigo e com os dilemas, pode entrar em depressão sem muito aviso. Ninguém está livre.
Já vi muito bobo chamando deprimido de fresco, de maluco, de mimado, que de repente caiu do cavalo. Um deles, inclusive, é psicólogo e pedagogo. Cheio de teorias...um dia caiu do cavalo. E veio me dizer que não fazia idéia de aquilo poderia ser daquele jeito tão estranho e horrível.
NadaSei escreveu:O efeito do remédio não é o que sentimos na "normalidade", é um efeito mais artificial que apenas abafa os sentimentos ruins ou a falta de sentimentos, com sentimentos bons e maior energia.
Por favor, pare de falar bobagens baseadas na sua fé. Quem se trata de depressão direito, com psicoterapia ou não, sente tudo normalmente, coisas boas e ruins. Não abafa nada. Apenas DEVOLVE os níveis normais de serotonina, o que faz a pessoa sentir e perceber o mundo como sempre percebeu, exceto quando esteve deprimida.
NadaSei escreveu:Acho que o pior da depressão é justamente a falta de energia em que ela nos deixa.
Sim. E a falta de esperança que vai passar aquilo. Embora se deseje que passe o mais rápido possível. Mas em depressões profundas, não há nada, só o vazio.
NadaSei escreveu:Se a pessoa apenas toma o medicamento, quando parar volta a depressão, pois o remédio não cura nada.
A pessoa pode tomar o paliativo, mas tem que correr pra curar a depressão via outros meios, do contrario, tem que tomar o remédio a vida toda.
Bom, já expliquei o suficiente acima. Não existe apenas uma coisa chamada depressão. Ela pode ser uma doença por falta de serotonina e pode ser um sintoma clínico de problemas variados. Resolvido o problema, como o da glândula tireóide , a depressão vai embora e não volta.E outras são decorrentes de perdas ou traumas fortes do passado ou do presente. É o trauma que precisa ser elaborado e não a depressão. Nestes casos também se usa um antidepressivo para auxiliar no tratamento psicoterápico.
Pessoas politraumatizadas , ou que estiveram numa guerra, podem ficar marcadas para sempre, e precisam de medicamento para sempre. Qual o problema disso? Ótimo que existe remédio. Antigamente as pessoas se suicidavam.
NadaSei escreveu:O tipo de medicamento que melhor fez efeito comigo foram os do IMAO, inibidores da monoaminooxidase.
Só que eles interferem muito na vida, temos que tomar cuidado com a alimentação e mais um monte de coisas. Tipo, molho de tomate pode interagir mal com o medicamento, chocolate também... São medicamentos mais perigosos e podem levar a derrame, enfarto, etc...
Isto é fazer melhor efeito? Credo! Então, meu filho, o Prozac é maravilhoso! Não sinto nada errado, não tenho reação alguma , posso beber o que quiser, beber à vontade, não sinto naúsea, não sinto nada de errado! E nem tem esta de perda de libido, nem emagrecimento, nem engorde. É TUDO normal. Se acontece algo triste, fico triste, se algo alegre, fico alegre, se as pessoas sentem medo eu sinto igual, se ficam eufóricas ( como num show ou balada) eu fico igual a todos. Acho que este teu remédio aí é uma droga, ein...tá na hora de mudar urgente. Isto pode te fazer mal. Sério. Você está ( ou esteve ) mal assesorado. Eu também rodei um bocado e tomei umas coisinhas bem estranhas. E nada agradáveis. Mas depois acertei no medicamento , na dose e no médico, que eu amo de paixão.
NadaSei escreveu:E o efeito apesar de melhor, é tão paliativo quanto o dos ISRS.
Só se pode considerar paliativo, medicamento para coisas curáveis. Se o "paliativo" é o que resolve o problema em si, como a insulina, não há outra coisa que não aquilo.
NadaSei escreveu:A filosofia teórica da psiquiatria nesse tipo de caso está completamente enganada.
A forma como eles encaram o cérebro com essas supostas "doenças", é um grande equivoco.
E como e´que eles encaram? Meu médico e os que eu respeito pensam de forma muito madura e profissional. Até porque alguns já passaram por isto ou tem casos na família.