'Tropa de Elite': moradores criticam apologia ao Bope

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DarkWings
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Mensagem por DarkWings »

Anna escreveu:Tá! Longe de mim sair em defesa louca da polícia, mas o que deve ser feito então?

Deixar os malandros tomarem conta de tudo?


Tirou as palavras da minha boca Anninha!. Você é sempre sensata em teus comentários.
O segundo turno das eleições é dia 31/10, Halloween.
Não perca a chance de enfiar uma estaca no vampiro!

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Apo
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Re: Re.:

Mensagem por Apo »

Orbe escreveu:
lepiso74 escreveu:Também sou a favor da legalização, pois a proibição não está dando certo, assim como não daria no caso do álcool e tabaco.


Para dizer uma coisa dessas vcs não devem ter a menor noção da diferença entre um gole de cerveja e uma carreirinha de coca.

Sem falar que, assim como alcool e tabaco, as drogas seriam vendidas em qualquer boteco para menores de idade.

Não quanto a vocês, mas eu não gostaria de ver meus filhos e alunos comprando e consumindo cocaína. Da mesma maneira que não gosto de saber que eles, se quiserem, conseguem comprar cachaça e cigarros com facilidade.


Eu sinceramente não cheguei ainda à conclusão se sou contra ou a favor. Mas estou bem mais para ser contra.
Mas o argumento dos filhos não é o mais relevante, e sim a violência e a criminalidade pesados que as drogas geram na sociedade.
O seu filho vai se guiar pela educação e estrutura emocional e intelectual que receber da família. Pais fumantes e que bebem, dão maior aval para filhos se sentirem à vontade provando drogas variadas.
Mesmo assim, ainda tem o lado individual dele...pode ser que ele discorde totalmente da postura dos pais.
Um adolescente pode passar num ponto de droga ilegal e entrar para comprar sem a menor cerimônia. Outro vai preferir atravessar a rua. Se for legalizado, a mesma coisa vai acontecer. Seu filho e seus alunos não vão ser necessariamente levados ao consumo só porque tá liberado. Não é isto que faz a pessoa procurar a droga.
Se o dono do buteco quiser ser safado ele permite. Ninguém pode obrigá-lo a vender também.
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Orbe
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Re.:

Mensagem por Orbe »

Crianças e adolescentes sofrem muita influência dos amigos. Em certas situações eles são mais receptivos à influência dos amigos que dos pais.

Quando o amiguinho "descolado" oferecesse a droga, a maior parte dos adolescentes aceitaria.

Eu sei pq vejo isso acontecer o tempo todo em relação a sexo, cigarro, bebida. Tanto em escolas públicas como em escolas particulares.

Ainda que eu desse a mais perfeita educação aos meus filhos e alunos, sempre há o risco de usarem drogas.

E com as drogas liberadas esse risco é dobrado.

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Apo
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Re: Re.:

Mensagem por Apo »

Orbe escreveu:Crianças e adolescentes sofrem muita influência dos amigos. Em certas situações eles são mais receptivos à influência dos amigos que dos pais.

Quando o amiguinho "descolado" oferecesse a droga, a maior parte dos adolescentes aceitaria.

Eu sei pq vejo isso acontecer o tempo todo em relação a sexo, cigarro, bebida. Tanto em escolas públicas como em escolas particulares.

Ainda que eu desse a mais perfeita educação aos meus filhos e alunos, sempre há o risco de usarem drogas.

E com as drogas liberadas esse risco é dobrado.


É...não posso concordar, só estiver falando pelo que vê. Eu vejo outra coisa. Vivi ao lado da droga e nunca toquei nela, muitos amigos se drogaram ao meu lado. Nem me ofereciam.
Assim como as minhas companhias não se drogavam também e eram muito maduras e convictas com relação a isto.
Não consigo ver minha filha e as amigas dela se drogando, só bebem uns Smirnoff Ice ou coquetel de frutas em festas de clube ou em casa.
Nenhum amigo ou amiga da minha fillha fuma. Aliás, quese não vejo mais adolescente fumando por aqui. Tem, mas é minoria mesmo.
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Orbe
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Re.:

Mensagem por Orbe »

Nós somos raridades. Eu também nunca experimentei drogas. Aliás, eu não bebo e nem fumo. Mesmo com pais fumantes e amigos que bebem a ponto de fazer vergonha no meio da rua.

Mas o que tenho visto são crianças e adolescentes fazendo esse tipo de coisa só pq os amigos fazem. Mesmo as crianças de classe alta, que teoricamente deveriam ser mais esclarecidas, estão agindo dessa maneira. De cada turma de 50 alunos, se tiver 5 que mantem a individualidade é muito.

Isso, é claro, nos locais onde dou/dei aula. Não posso falar pelo Brasil todo. Mas pelos relatos que vejo de professores de outras partes do país, parece que não é muito diferente.

O que esperar de uma geração que esta sendo educada pela televisão invés dos pais?

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lepiso74
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Re: Re.:

Mensagem por lepiso74 »

Orbe escreveu:
lepiso74 escreveu:Também sou a favor da legalização, pois a proibição não está dando certo, assim como não daria no caso do álcool e tabaco.


Para dizer uma coisa dessas vcs não devem ter a menor noção da diferença entre um gole de cerveja e uma carreirinha de coca.

Sem falar que, assim como alcool e tabaco, as drogas seriam vendidas em qualquer boteco para menores de idade.

Não quanto a vocês, mas eu não gostaria de ver meus filhos e alunos comprando e consumindo cocaína. Da mesma maneira que não gosto de saber que eles, se quiserem, conseguem comprar cachaça e cigarros com facilidade.


Tenho noção sim.
Mas acontece que a droga já está em "toda esquina". É muito fácil conseguir droga, basta ter o dinheiro.
Se meu filho quiser usar drogas (espero que não e farei o possível para conscientizá-lo) ele vai usar independente que seja legal ou não.
Quanto ao álcool, se todos tomassem apenas um gole seria ótimo, não teríamos tantos acidentes, doenças e crimes relacionados às bebidas.
Legalizar pode não ser a solução ideal, mas se pelo menos acabar (ou reduzir consideravelmente) com essa guerra já melhoraria bastante.

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lepiso74
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Re: Re.:

Mensagem por lepiso74 »

Fernando Silva escreveu:
lepiso74 escreveu:Também sou a favor da legalização, pois a proibição não está dando certo, assim como não daria no caso do álcool e tabaco.

Álcool e tabaco são liberados e isto não impede o contrabando e a falsificação.
As vans são liberadas e isto não impede que vans ilegais disputem passageiros com as legais, havendo até mortes entre as quadrilhas que exploram o serviço.

Liberar as drogas não vai acabar com o tráfico, apenas vai aumentar a venda de droga "malhada" e ainda mais prejudicial à saúde que a legítima.


A liberação pode não resolver 100%. Mas imagine se fossem proibidos: O "Tropa de Elite 2" seria sobre a guerra entre polícia e traficantes de álcool e tabaco.

Contrabando existe de todo tipo de material. Informática então, nem se fala, baixíssima qualidade. E se fosse proibido o comércio legal de produtos de informática? Mesmo que ninguém morresse por usar um pente de memória contrabandeado, quantos não merreriam para que a dita memória chegasse ao usuário?????? Daria "inspiração" pro "Tropa de Elite 3".

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Apo
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Re: Re.:

Mensagem por Apo »

Orbe escreveu:Nós somos raridades. Eu também nunca experimentei drogas. Aliás, eu não bebo e nem fumo. Mesmo com pais fumantes e amigos que bebem a ponto de fazer vergonha no meio da rua.

Mas o que tenho visto são crianças e adolescentes fazendo esse tipo de coisa só pq os amigos fazem. Mesmo as crianças de classe alta, que teoricamente deveriam ser mais esclarecidas, estão agindo dessa maneira. De cada turma de 50 alunos, se tiver 5 que mantem a individualidade é muito.

Isso, é claro, nos locais onde dou/dei aula. Não posso falar pelo Brasil todo. Mas pelos relatos que vejo de professores de outras partes do país, parece que não é muito diferente.

O que esperar de uma geração que esta sendo educada pela televisão invés dos pais?


Acho que há tribos para tudo. Os que topam e acham lindo e até elegante fumar e beber. Os cabecinha oca, os maria vai com as outras, os que têm medo das reações e de se drogar, os que acham ridículo ( como é o caso aqui conosco e com a filhote e as amigas e amigos). Alguns raros, quando vão à festas ainda se arriscam a dar uma beliscada numa cerveja ou champagne, mas a gente vê que não é o jeito deles, é meio só para aparecer na festa e contar as bobagens no outro dia. Ou seja, eles não estão realmente naquela coisa de descobrir boca de fumo, comprar cigarro escondido, fumar atrás da escola, encher a cara e desmaiar. São raríssimos os casos, em festas muito badaladas e grandes, onde se fala que fulana vomitou no banheiro.
Ou seja, assim como tem os EMO, tem os que se drogam, os que fazem baderna de madrugada e os que vão à festinhas simplesmente, vão à teatro, a cinema e à show de rock. Acho que os mais pobres fumam mais, vejo isto quando circulo na frente de escolas públicas e de particulares. Também vejo isto em parques e na frente de shoppings. Os que chegam de carona com os pais de carro, em em grupos pequenos, entram e vão dar uma volta, ao cinema, na livraria, lanchar, na LAN. Os mais pobres chegam em bandos, e ficam do lado de fora fumando.
Hum...quanto à educação...acho que mesmo com pais sem estrutura em casa, uma criança pode estar em maus lençóis. Pais precisam trabalhar e estudar cada vez mais. O que importa é o que eles passam na intimidade e na convivência. Há pais de corpo presente, desconectados mesmo, não passam coisa alguma. Os filhos ficam perdidos. Podem até dar em coisa boa, mas precisa contar com um pouco de inteligência e bom senso. Uns amadurecem observando o que tem de bom lá fora e rechaçando as coisas ruins. E se defendem do mal desde cedo.
Outros embarcam em qualquer estímulo.
Pais amorosos e presentes verdadeiramente, mesmo ocupados com trabalho e estudos, transmitem coisas boas firmemente se têm a transmitir. Se não têm, a presença deles é até nefasta.
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NadaSei
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Re: Re.:

Mensagem por NadaSei »

Fernando Silva escreveu:
lepiso74 escreveu:Também sou a favor da legalização, pois a proibição não está dando certo, assim como não daria no caso do álcool e tabaco.

Álcool e tabaco são liberados e isto não impede o contrabando e a falsificação.
As vans são liberadas e isto não impede que vans ilegais disputem passageiros com as legais, havendo até mortes entre as quadrilhas que exploram o serviço.

Liberar as drogas não vai acabar com o tráfico, apenas vai aumentar a venda de droga "malhada" e ainda mais prejudicial à saúde que a legítima.

Mas diminui significativamente o mercado e o poderio dos traficantes.
De fato, muda toda a estrutura desse comércio.

Quem podendo comprar droga pura, vai comprar droga "batizada" e "mijada" na mão de traficante?
Apenas alguns em busca de um preço menor. (o que reduz o lucro e o número de consumidores)

O que vai surgir é um esquema de "falsificação" e "contrabando", algo bem diferente do esquema do trafico organizado que se mantém até como poder paralelo.

Ou temos por ai, falsificadores de cigarro e bebidas com esse poderio todo? Na maioria os atravessadores são meros sacoleiros e os vendedores camelôs.
Depois, cigarros e bebidas falsificados, são vendidos em camelôs e butecos da cidade, algo que bastaria uma fiscalização melhor pra resolver e não dá um décimo do lucro do trafico.
Só quem ganha uma grana boa é o "produtor".
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Najma
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Re.:

Mensagem por Najma »

Eu sou favorável à liberação das drogas. Mas talvez isso criasse mais problemas. Imaginem aquele povo que vive de subornos pra deixar a droga "passar" sem ter de onde ganhar dinheiro? :emoticon1:
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Anna
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Re: Re.:

Mensagem por Anna »

Ateu Tímido escreveu:Assisti "Tropa de Elite.
Não achei o filme ruim, como cinema. Agora, acho brincadeira atribuir à "ingenuidade" dos realizdores, ou à "perspectiva dos policiais do Bope" o discurso pró tortura, pró matança, anti-intelectual e de defesa do relativismo na aplicação da lei.
É de arrepiar todos os pelos ouvir o sujeito dizendo que "achar que polícia pode sobir morro para cumprir a lei" é ingenuidade, depois defendendo que o policial prendesse os colegas "maconheiros" e os enquadrasse na Lei de Tóxicos, dizendo que "Policial tem que cumprir a lei". "Cumprir a lei" é escolher quem morre e matar impunemente para quem fez o filme. Como outros já disseram, os que se opõem ao modus operandi do Bope são, no filme, necessariamente idiotas, bandidos ou as duas coisas.
Merece nota ainda o mau gosto das cenas de tortura, com uma obcessão pelo saco plástico, que chega às raias da tara.
Outra menção especial vai para a cena em que o capitão do Bope resolve "assumir", dando um "ataque de bicha" (perdão amigos gays) contra a esposa, pela "implicância" dela com o "trabalho" dele, para depois correr ao banheiro e jogar fora os medicamentos psiquiátricos que provavelmente usava porque precisava, transmitindo, "no ensejo", mais um preconceito do filme.


Bruno!
Me espoquei de rir com a tara pelo saco plástico!!!!
Quáquáquá!
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.

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Anna
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Mensagem por Anna »

Samael escreveu:Não vi nenhuma grande apologia ao BOPE no filme.


Nem eu.
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Anna
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Mensagem por Anna »

Samael escreveu:
Ateu Tímido escreveu:
Samael escreveu:Não vi nenhuma grande apologia ao BOPE no filme.


No filme, não se vê um inocente sendo torturado ou morto pelo BOPE. Será que ele só tortura e mata culpados?
Aliás, a tortura é mostrada como o único meio eficaz, aliás infalível, de se obter informações numa investigação criminal. Não aparecem também casos em que a tortura revela informações falsas ou o torturado morre antes de falar.
Qualquer um que questione a tortura só pode ser idiota, criminoso, ou, de preferência, ambos. Os universitários que discutem a violência são vistos com extremo preconceito, como "maconheiros imbecis", quando não são traficantes também. Aliás, de todas as representações de universitários no cinema brasileiro, não me lembro de ter visto um grupo mais idiota e estereotipado que o de Tropa de Elite.


Eu concordo plenamente contigo, Bruno. O ponto é que eu acho que o filme atira para todos os lados, e não apenas em favor do BOPE, como no momento em que demonstra os policiais como insanos corrompidos por uma matança desenfreada de uma "guerra civil", ou mesmo a forma como os mesmos são treinados. Mesmo que a tortura tenha sido feita em cima de gente "culpada", não faz diferença. Tortura é tortura. E isso aqui não é nem mesmo uma Guerra.

"Faca na caveira e nada na carteira". É exatamente isso. Já tive amigos agredidos e ofendidos pelo BOPE, e um até mesmo roubado. Eles são uma gangue "legal" pior do que qualquer grupinho de traficantes. E são fechados entre eles, quase como um clã.


Uma vez li um livro chamado "On Killing", era do meu ex-marido, é bem legal, e aborda que quem mata e tortura são pessoas que não tem o mesmo arcabouço psicológico que as outras pessoas. Caso dos policiais e bandidos, e dos soldados em uma guerra, a diferença entre eles está aquilo a que eles servem e se dedicam (ideologicamente...). Matar e torturar é algo traumático para muitas das pessoas, mas para essas pessoas não é, é até cotidiano, e algo considerado quando fizeram suas escolhas, isso tem implicações profndas na personalidade e psique dessas pessoas. Portanto esperar que policiais sejam pessoas como nós, é utópico.
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NadaSei
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Re: Re.:

Mensagem por NadaSei »

Najma escreveu:Eu sou favorável à liberação das drogas. Mas talvez isso criasse mais problemas. Imaginem aquele povo que vive de subornos pra deixar a droga "passar" sem ter de onde ganhar dinheiro? :emoticon1:

Sim... isso mexe com muitos interesses políticos e com o funcionamento de todo um sistema.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Anna
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Mensagem por Anna »

DarkWings escreveu:
Anna escreveu:Tá! Longe de mim sair em defesa louca da polícia, mas o que deve ser feito então?

Deixar os malandros tomarem conta de tudo?


Tirou as palavras da minha boca Anninha!. Você é sempre sensata em teus comentários.


Ser contra ou favor de algo por ideologia é facil. Eu mesma defendi muita coisa por ideolgia até que cansei, e aprendi que é preciso tomar posturas e atitudes no tempo do hoje e agora, elucubrar futuro é necessário, discutí-lo e teorizá-lo, bem como testar é mais que necessário, mas o hoje existe, os problemas existem no hoje, é preciso tomar decisões e atitudes, nem sempre são as melhores. Mas o difícil é propor estratégias reais e aplicáveis que resolvam problemas reais, factuais e graves!

Não sei como, já que o tráfico existe e drogas são proibidas, seria feito para coibir que traficantes dominem o RJ, ou SP. Vejo um monte de teorias, que me agradam bastante, mesmo, mas que são soluções a longo prazo e na maoria das vezes pouco resolvem se aplicadas de fato. A policia é uma bosta, mas é necessária, e seus métodos podem ser pavorosos, eu não concordo com tortura, acho absurdo, mas imaginar que uma guerra de poder seja feita sem tortura, é no mínimo ingenuidade extremada.

Eu odeio matar animais, amo os bichos mais que a maioria das pessoas que me rodeiam, e a coisa que mais faço na vida é matá-los. Não me sinto muito apta a julgar os métodos policiais contra traficantes e suas relações. Levei bastante tempo resolvendo a ruptura entre o que eu sinto, e acho certo com as escolhas que eu fiz na vida, foi phoda resolver, mas eu consegui e tenho certeza daquilo que faço, do porque faço e de como faço.
Cérebro é uma coisa maravilhosa. Todos deveriam ter um.

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Mensagem por francioalmeida »

Anna escreveu:Me espoquei de rir ...Quáquáquá![/color]


Me ESPOQUEI mais ainda com essa palavra :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

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Apo
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Re.:

Mensagem por Apo »

Espocar é coisa que não se fala no sul. Aprendi na Internet...
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NadaSei
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Re: Re.:

Mensagem por NadaSei »

Apo escreveu:Espocar é coisa que não se fala no sul. Aprendi na Internet...

E isso se fala em que interior? Aqui na capital do Brasil, São Paulo, isso não se fala não. :emoticon16:
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Mensagem por Apo »

Anna escreveu:
DarkWings escreveu:
Anna escreveu:Tá! Longe de mim sair em defesa louca da polícia, mas o que deve ser feito então?

Deixar os malandros tomarem conta de tudo?


Tirou as palavras da minha boca Anninha!. Você é sempre sensata em teus comentários.


Ser contra ou favor de algo por ideologia é facil. Eu mesma defendi muita coisa por ideolgia até que cansei, e aprendi que é preciso tomar posturas e atitudes no tempo do hoje e agora, elucubrar futuro é necessário, discutí-lo e teorizá-lo, bem como testar é mais que necessário, mas o hoje existe, os problemas existem no hoje, é preciso tomar decisões e atitudes, nem sempre são as melhores. Mas o difícil é propor estratégias reais e aplicáveis que resolvam problemas reais, factuais e graves!

Não sei como, já que o tráfico existe e drogas são proibidas, seria feito para coibir que traficantes dominem o RJ, ou SP. Vejo um monte de teorias, que me agradam bastante, mesmo, mas que são soluções a longo prazo e na maoria das vezes pouco resolvem se aplicadas de fato. A policia é uma bosta, mas é necessária, e seus métodos podem ser pavorosos, eu não concordo com tortura, acho absurdo, mas imaginar que uma guerra de poder seja feita sem tortura, é no mínimo ingenuidade extremada.

Eu odeio matar animais, amo os bichos mais que a maioria das pessoas que me rodeiam, e a coisa que mais faço na vida é matá-los. Não me sinto muito apta a julgar os métodos policiais contra traficantes e suas relações. Levei bastante tempo resolvendo a ruptura entre o que eu sinto, e acho certo com as escolhas que eu fiz na vida, foi phoda resolver, mas eu consegui e tenho certeza daquilo que faço, do porque faço e de como faço.


É, muito sensato. Mas que é difícil destrinchar nossos paradoxos, isto é.
Geralmente temos que ouvir críticas e ver dedos apontando em nossa direção quando parecemos falar uma coisa e fazer outra. Mas há muitas nuances sobrepostas que não estão visíveis ao espectador mais afoito.
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Re: Re.:

Mensagem por Apo »

NadaSei escreveu:
Apo escreveu:Espocar é coisa que não se fala no sul. Aprendi na Internet...

E isso se fala em que interior? Aqui na capital do Brasil, São Paulo, isso não se fala não. :emoticon16:


Pois é...deve ser coisa de mineiro. Aqui nunca ouvi isto na vida, nem na capital nem no interior. Morei em SP duas vezes e nunca ouvi. Na TV menos ainda. Mas no orkut e no msn já me falaram muito. Será que é coisa meio nova? Aliás, Minas Gerais ( especialmente no interior) tem um dialeto que vou dizer, viu? Só eles se entendem. :emoticon12:
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NadaSei
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Re: Re.:

Mensagem por NadaSei »

Apo escreveu:
NadaSei escreveu:
Apo escreveu:Espocar é coisa que não se fala no sul. Aprendi na Internet...

E isso se fala em que interior? Aqui na capital do Brasil, São Paulo, isso não se fala não. :emoticon16:


Pois é...deve ser coisa de mineiro. Aqui nunca ouvi isto na vida, nem na capital nem no interior. Morei em SP duas vezes e nunca ouvi. Na TV menos ainda. Mas no orkut e no msn já me falaram muito. Será que é coisa meio nova? Aliás, Minas Gerais ( especialmente no interior) tem um dialeto que vou dizer, viu? Só eles se entendem. :emoticon12:

Ei... não fale mau dos meus conterrâneos não.
O mineires ainda é bem mais próximo do paulistes que o baianes, carioques, curitibes, e muitos outros.
O dialeto mineiro é mais parecido com os sotaques paulistas do interior que esses outros. :emoticon13:

E eu nunca ouvi isso lá em minas também não... mas eu sou um uberabense meio fajuto e posso estar errado.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Re.:

Mensagem por Apo »

NadaSei escreveu:
Apo escreveu:
NadaSei escreveu:
Apo escreveu:Espocar é coisa que não se fala no sul. Aprendi na Internet...

E isso se fala em que interior? Aqui na capital do Brasil, São Paulo, isso não se fala não. :emoticon16:


Pois é...deve ser coisa de mineiro. Aqui nunca ouvi isto na vida, nem na capital nem no interior. Morei em SP duas vezes e nunca ouvi. Na TV menos ainda. Mas no orkut e no msn já me falaram muito. Será que é coisa meio nova? Aliás, Minas Gerais ( especialmente no interior) tem um dialeto que vou dizer, viu? Só eles se entendem. :emoticon12:

Ei... não fale mau dos meus conterrâneos não.
O mineires ainda é bem mais próximo do paulistes que o baianes, carioques, curitibes, e muitos outros.
O dialeto mineiro é mais parecido com os sotaques paulistas do interior que esses outros. :emoticon13:

E eu nunca ouvi isso lá em minas também não... mas eu sou um uberabense meio fajuto e posso estar errado.


hehehe...não estou a falar mal. Mas que aquela turma lá da roça é estranha, isto é. Interior de SP, idem. Já morei no interior também. Aquele "r" mardito é de doer a alma. E parece praga!
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NadaSei
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Re: Re.:

Mensagem por NadaSei »

Apo escreveu:hehehe...não estou a falar mal. Mas que aquela turma lá da roça é estranha, isto é. Interior de SP, idem. Já morei no interior também. Aquele "r" mardito é de doer a alma. E parece praga!

hauhauhauah.
Minha mãe é mineira de Uberaba e eu também... já meu pai é piracicabano de "tupi" (a roça de piracicaba), justamente a cidade de interior onde mais puxam o "r".
Então estou acostumado com as duas coisas e acho que o sotaque do interior de minas é bem próximo ao paulista... só que o de minas é mais cantado e usa muito o diminutivo.

Um sotaque que acho muito estranho é o carioca, o "r" deles "raspa" na garganta... e dependendo da pessoa ela pode falar "merrrrrrrrmo" ou "meijsmo" (mesmo). huahuahua
O do sul também me estranha, é um "cantando" diferente do mineiro e nada comum aos meus ouvidos.
Gostaria de avançar 1000 anos no tempo e ver as "línguas" surgidas do antigo português do brasil em cada um desses lugares... em 500 anos já ficou assim, daqui mil anos já serão novas línguas, isso se a TV não impedir isso.

Eu morro de curiosidade sobre isso, o português de Portugal e o falado na Angola também já estão bem diferentes. Em mil anos acho que viram línguas tão diferentes quando o italiano, português, frances e espanhol, são diferentes entre si e do latin.
Gostaria muito de ver o que vão virar.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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lepiso74
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Re.:

Mensagem por lepiso74 »

"Gostaria de avançar 1000 anos no tempo e ver as "línguas" surgidas do antigo português do brasil em cada um desses lugares... em 500 anos já ficou assim, daqui mil anos já serão novas línguas, isso se a TV não impedir isso. "

Se continuar no ritmo atual, a língua será inglês do Brasil. :emoticon1:

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RicardoVitor
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Re.:

Mensagem por RicardoVitor »

Tropa de Elite na capa. E o “Bonde do Foucault”

Tropa de Elite está na capa da VEJA. E, vocês verão, o serviço está completo. A revista encomendou uma pesquisa para saber o que os espectadores pensam daquele que mal foi lançado e já é o filme mais visto e mais comentado da história do país. Uma das perguntas é esta: “O Capitão Nascimento tem razão ao dizer que a culpa pela existência dos traficantes é dos usuários de drogas?” Nada menos de 85% disseram que sim, contra 13% que não acreditam nisso. Viram só? A população pode não ser especialista em economia, mas entende o funcionamento básico da lei da oferta e da procura. E há muitos outros números reveladores. Segue um síntese dos textos que compõem a reportagem especial:

- A realidade, só a realidade – Marcelo Carneiro assina um texto em que aponta as razões do espetacular sucesso do filme: “[Tropa de Elite] não concede válvulas de escape ao retratar como a criminalidade degradou o país de alto a baixo. O pesadelo real ganha ainda mais nitidez. A sociedade brasileira, pelo jeito, ansiava por esse tapa na cara dado pelo capitão Nascimento, o policial interpretado magistralmente por Wagner Moura”.

- Máquina letal contra o crime – Ronaldo Soares faz o perfil do Bope nos dias de hoje e demonstra que a popularidade da tropa de elite cresceu de maneira espantosa depois do filme. “O padrão de excelência ostentado hoje também é fruto de uma atitude mais rigorosa em relação aos maus policiais. No batalhão, o policial é excluído ao menor sinal de irregularidade. "Uma simples suspeita é o suficiente para que o policial seja afastado, mesmo que ela não fique totalmente comprovada. Não pode pairar nenhuma desconfiança sobre um homem do Bope", diz o coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante da unidade.”

- Abaixo a mitologia da bandidagem – Isabela Boscov demonstra como o cinema brasileiro é também caudatário dessa visão bocó e estúpida que glamouriza o crime. Nesse estrito sentido, Tropa de Elite, ao fazer o contrário, é mesmo bem americano: “Também o cinema brasileiro 'fechou' com os bandidos. Ele os prefere por razões que vão de hábitos criativos à ideologia e às circunstâncias históricas do Brasil – remotas e presentes. A romantização do crime teve seu primeiro momento forte nas décadas de 60 e 70, quando a ditadura militar deu à autoridade policial contorno arbitrário. O Bandido da Luz Vermelha, O Assalto ao Trem Pagador e Lúcio Flávio – O Passageiro da Agonia marcaram época nas salas de exibição. Hoje, de Cidade de Deus e Carandiru a Cidade dos Homens, a vida do ponto de vista do crime, ou de quem existe na sua proximidade, permanece talvez o maior tema do cinema nacional. Tropa de Elite é uma exceção no empenho em observar o caos brasileiro por um prisma diverso.”

- Capitão Nascimento bate no Bonde do Foucault – Reinaldo Azevedo (eu mesmo, em terceira pessoa...) fala do cerco ideológico covarde e inútil de que o filme foi vítima. Seqüestrada pelo pensamento politicamente correto, a fita foi libertada pelo povo: “O que o pensamento politicamente correto não suporta no Capitão Nascimento, o anti-herói com muito caráter, não é a sua truculência, mas a sua clareza; não é o seu defeito, mas a sua qualidade. Ele não padece de psicose dialética, uma brotoeja teórica que nasce na esquerda e que faz o bem brotar do mal, e o mal, do bem. Nascimento cultua é o bom paradoxo. Segue a máxima de Lúcio Flávio, um marginal lendário no Brasil, de tempos quase românticos: 'bandido é bandido, polícia é polícia".

http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/
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