Fico surpreso com a ignorância das pessoas quanto a cirurgia bariátrica. Total ignorância.Pessoas desprovidas de conhecimento no assunto, que achando que vão me atingir talvez, destilam sua ignorância e talvez preconceito com gastroplastizados.
Existem várias técnicas.
A técnica que gera flatulências e os problemas mencionados é a Scopinaro, que não foi a minha.
Técnica Scopinaro:
Resultados:
• Os pacientes estudados conseguiram perda do excesso de peso de 74% em um ano, 78% em dois anos, 81% em três anos, 84% em quatro anos e 91 % em cinco anos.
• Oferece altos índices de má-absorção.
• Os pacientes foram capazes de fazer mais refeições do que no procedimento restritivo.
Riscos:
Enquanto as principais cirurgias acarretam um certo nível de risco, os riscos e as considerações a seguir são específicos para este procedimento:
• Será necessário um período de adaptação às evacuações, que poderão ser muito líquidas e freqüentes, melhorando no decorrer do tempo, mas que podem permanecer para sempre;
• Distensão abdominal e evacuações ou gases mal cheirosos;
• Suplementação vitamínica por toda a vida;
• Recomendável a monitoração por toda a vida para; cuidados com má nutrição protéica, anemia e doenças ósseas;
• Aumento do risco de formação de cálculo biliar, aumento do risco de remoção de vesícula biliar;
• Irritação intestinal e úlcera gástrica;
• Suscetibilidade para Síndrome de Dumping com ingestão de doces, líquidos altamente calóricos ou produtos de laticínio.
Nestas técnicas retira-se parte do estômago, mais de metade, mas é feito um desvio no intestino que provoca uma maior má absorção.Podem ser realizadas por via laparoscópica (realizada através da introdução de pinças especiais no abdome por 6 pequenos cortes); ou através de uma incisão abdominal (entre 10 e 18 cm, iniciando no final do osso esterno em direção ao umbigo), com duração aproximada de 3 horas.
Contra-indicação: Evacuações diarrêicas freqüentes.
% perda de peso: 40% do peso total em média.
Riscos: Desnutrição, diarréias, flatulência.
Benefícios: Melhor ingestão de alimentos.
Falhas: Perda de peso insuficiente rara.
Internação hospitalar: 96 horas;
tempo cirúrgico aproximado: 3 horas.;
recuperação anestésica: 4 horas.
Dieta: Líquida 15 dias.
Acompanhamento: Consultas mensais, exames regulares.
A técnica que eu fui operado é a Capella.
Descrição:
• O grampeamento é utilizado para criar uma pequena bolsa na parte superior do estômago que restringe a quantidade de alimento capaz de ser consumido;
• Uma parte do intestino delgado é desviada retardando a mistura do alimento com os sucos digestivos para evitar a absorção calórica completa.
Resultados:
• Média de 77% da perda do excesso de peso um ano após a cirurgia;
• Os estudos mostram que após 10 a 14 anos, os pacientes mantiveram 60% da perda do excesso de peso;
• Estudo do ano 2000 mostrou que 96% de certas co-morbidades, tais como dor nas costas, apnéia do sono, aumento de pressão sanguínea, diabetes tipo II e de pressão diminuíram ou foram curadas;
• Em muitos casos, os pacientes relataram uma sensação precoce de saciedade combinada com uma sensação de satisfação, que reduz a vontade de comer.
Riscos:
Enquanto as principais cirurgias acarretam um certo nível de risco, os riscos e as considerações a seguir são específicos para este procedimento:
• Baixa absorção de ferro e cálcio;
• Anemia crônica devido a deficiência de vitamina B12;
• Ocorrência de Síndrome de Dumping quando consome-se muito açúcar ou grandes quantidades de comida;
• Dilatação da bolsa gástrica;
• A parte desviada do estômago, duodeno e segmentos do intestino delgado não podem ser facilmente visualizadas usando Raio X ou endoscopia.
No café da manhã, como meio pão francês com uma caneca de leite desnatado.
No almoço, 200 g de comida. Mastigando com calma, desde carne, arroz, macarrão, frango etc. No jantar , a mesma coisa.
As únicas coisas que não como são alimentos gordurosos ou com açúcar.
De resto, legumes, verduras, frutas etc.
O acompanhamento constante com o gastro, o nutricionista e o endocrinologista proporciona as recomendações para uma dieta equilibrada, não deixando assim carência de ferro ou de nenhum nutriente.
Como eu demonstrei, quem "come e corre para o banheiro" provavelmente é quem faz a Scopinaro. O que é agravado por pouca hidratação e escolha incorreta dos alimentos.
Na capella, a comida pára no estômago e aos poucos vai descendo através do anel gástrico para o intestino.
Tudo sem nenhum problema, evacuando como qualquer pessoa.
É óbvio que se alguém que fez a cirurgia bariátrica com qualquer técnica, se ingerir doces ou alimentos gordurosos, terá problemas de digestão.
Basta uma dieta bem feita e a pessoa não terá problemas de evacuação, nem de gases.
Afirmar o contrário não só é ignorância total no assunto como estupidez.
É uma derivação gástrica ("gastric bypass"), método mais eficaz e mais utilizado no mundo. Consiste em reduzir o volume do estômago a não mais do que 30 ml e conectá-lo ao intestino. Esta técnica além de reduzir o volume gástrico também diminui a velocidade de esvaziamento já que é colocado um pequeno anel de contenção.
(Ou seja, fala besteira quem diz que a comida "mal para no estômago".Total ignorância e desinformação!)
O procedimento pode ser por via laparoscópica (realizada através da introdução de pinças especiais no abdome por 6 pequenos cortes), com duração aproximada de 2 horas e meia; ou através de uma incisão abdominal (entre 10 e 18 cm, iniciando no final do osso esterno em direção ao umbigo), com duração aproximada de 2 horas e meia.
Como este anel de contenção, o alimento passa bem devagar, dando o tempo exato para a digestão acontecer e não acontecer nenhum problema de absorsão de nutrientes em geral.
Os únicos riscos nesta técnica são as fístulas e embolia pulmonar. E estes riscos só existem nas primeiras 2 semanas.
http://www.institutogarrido.com.br/trat_cirur.htm
Algumas pessoas que fazem cirurgia de redução de estômago têm problemas de hálito nos primeiros meses, durante a adaptação do novo estômago. Mas se seguir a dieta a risca, evitando alimentos pesados, caminhando e tomando muita água, isso não acontece. E assim, não tenho mal - hálito.
Enfim, antes de falar tanta besteira sobre as cirurgias de redução do estômago (com tantas técnicas diferentes), é recomendável que as pessoas se informem para não cair nos equívocos e ignorância popular do senso-comum.
http://www.obesidademorbida.med.br/cirurgia_003.htm