Os velhos comunistas
- Fernando Silva
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Os velhos comunistas
"O Globo" 20/10/07
Os velhos comunistas
Moacyr Scliar
Este 25 de outubro marca o nonagésimo aniversário da Revolução Russa de 1917. Uma data que certamente será evocada em todo o mundo: a Revolução de Outubro, como ficou conhecida (ainda que pelo antigo calendário russo tivesse ocorrido em novembro) marcou o século XX.
O comunismo mobilizou as esperanças da Humanidade como nenhuma ideologia o tinha feito antes. E sua derrocada marcou o início de um período de apatia, de perplexidade, de confusão mesmo, do qual o mundo ainda não conseguiu sair, e que foi, em grande parte, o responsável pelo atual silêncio dos intelectuais.
A Revolução Russa não foi, claro, um episódio único. Antes tinha havido a Revolução Francesa de 1789, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que, contudo, desembocaram no terror revolucionário, com a guilhotina funcionando em tempo integral. As várias revoluções que ocorreram em 1848 fracassaram, assim como a Comuna de Paris.
Mas a Revolução conduzida por Lênin chegou ao poder. É que, antes de Lênin, houve Karl Marx. E Marx foi decisivo. Por quê? Porque suas bem escritas e acessíveis obras forneciam um esquema perfeito para compreender o mundo.
Deve-se dizer que Marx, pesquisador infatigável, sabia do que estava falando. Seu diagnóstico do capitalismo no século XIX até hoje é válido.
Ele errou no prognóstico e no tratamento que preconizou, mas o destino poupouo do desgosto de constatar esses erros.
Ao contrário do que Marx tinha profetizado, a Revolução ocorreu não num país de capitalismo avançado, mas na atrasada Rússia, devastada pela Primeira Guerra Mundial. Lenin, que, diferentemente de Marx, tinha um faro político admirável, deu-se conta de que aquele era o momento propício para a tomada do poder. O Partido Comunista tomou o poder e, ao tomar o poder, obviamente mudou, porque, como disse Lord Acton, o poder corrompe e o poder absoluto corrompe de maneira absoluta. Isto ficou claro quando Stalin tornou-se o ditador.
A partir daí começou um período comparável ao Terror da Revolução Francesa. Os supostos inimigos do regime eram executados aos milhares ou então enviados para os campos de concentração. Esta luta pelo poder se repetia nos Partidos Comunistas do mundo inteiro, controlados por Moscou.
Mas, apesar de tudo, havia gente que continuava acreditando nos ideais de 1917: os velhos comunistas.
Ah, os velhos comunistas. Está aí um grupo humano que merecia um estudo especial. Ao contrário do que se poderia pensar, nem sempre eram operários; muita gente de classe média e mesmo de origem aristocrática integrava o Partido, inclusive no Brasil.
Era gente, em primeiro lugar, disciplinada.
Partilhavam uma mesma visão de mundo baseada em duas categorias: o progressista e o reacionário.
A luta entre ambos era feroz e contínua e terminaria com a Batalha Final, da qual falava o hino da Internacional Comunista, que depois do apelo inicial — “De pé, ó vítimas da fome” — conclamava: “Bem unidos façamos/ nesta luta final/ uma terra sem amos/ A Internacional.” Mas, até a Batalha Final, havia muito chão a percorrer, muitas mini-batalhas a enfrentar, e este era o problema. A cada momento era preciso decidir o que era o certo e o errado, o que era progressista e reacionário, uma avaliação complicada pelo pensamento dialético, segundo o qual toda coisa contém em si o seu contrário.
Assim, a verdade, que é uma coisa boa, poderia ser reacionária; e uma mentira, que é coisa ruim, poderia ser progressista.
Mas havia quem pensasse pelos militantes: o Partido, naturalmente, com seu Comitê Central, seu Secretário Geral, mas, acima de todos, o Comintern, que comandava os comunistas desde a União Soviética.
Num certo momento, o Comintern decidiu que, no Brasil, a Batalha Final seria travada entre índios e brancos e enviou aos comunistas brasileiros ordens neste sentido. Os militantes iam para a Cinelândia, no centro do Rio, e do alto de um caixote, conclamavam, para espanto dos cariocas que ali estavam: “Índios! Rebelai-vos!”
Se por acaso as orientações suscitavam dúvidas, sempre havia a famosa sessão de crítica e autocrítica, na qual o camarada acusava a si próprio de desvios burgueses, sendo devidamente malhado pelos companheiros. E as acusações poderiam ser as mais variadas. Um comuna uma vez me contou que, em sua célula, um companheiro operário acusara-o de burguês porque ele jogava um jogo que tinha reis, rainhas e bispos: o xadrez.
O velho comunista era um sofredor. Cada nova notícia era sempre uma notícia desnorteante. A União Soviética fez um pacto com os nazistas.
Tanques russos invadem a Hungria. Kruschev denuncia crimes de Stalin. A primeira reação era de incredulidade: não, não pode ser, isto é mentira da imprensa burguesa.
Quando a notícia se confirmava vinha a explicação (boa parte do tempo dos comunistas era usada nisto, na busca de explicações). O pacto com os nazistas foi só uma maneira de ganhar tempo. A invasão da Hungria era necessária para salvar o comunismo.
Mas estas reviravoltas tinham um alto preço emocional. O velho comunista era sempre angustiado.
As rugas da melancolia marcavam sua testa. A maioria dos velhos comunistas que conheci não viveu para ver a derrocada dos ideais. Deus foi misericordioso com eles. Pena que Deus, naturalmente, não existe.
Os velhos comunistas
Moacyr Scliar
Este 25 de outubro marca o nonagésimo aniversário da Revolução Russa de 1917. Uma data que certamente será evocada em todo o mundo: a Revolução de Outubro, como ficou conhecida (ainda que pelo antigo calendário russo tivesse ocorrido em novembro) marcou o século XX.
O comunismo mobilizou as esperanças da Humanidade como nenhuma ideologia o tinha feito antes. E sua derrocada marcou o início de um período de apatia, de perplexidade, de confusão mesmo, do qual o mundo ainda não conseguiu sair, e que foi, em grande parte, o responsável pelo atual silêncio dos intelectuais.
A Revolução Russa não foi, claro, um episódio único. Antes tinha havido a Revolução Francesa de 1789, com seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que, contudo, desembocaram no terror revolucionário, com a guilhotina funcionando em tempo integral. As várias revoluções que ocorreram em 1848 fracassaram, assim como a Comuna de Paris.
Mas a Revolução conduzida por Lênin chegou ao poder. É que, antes de Lênin, houve Karl Marx. E Marx foi decisivo. Por quê? Porque suas bem escritas e acessíveis obras forneciam um esquema perfeito para compreender o mundo.
Deve-se dizer que Marx, pesquisador infatigável, sabia do que estava falando. Seu diagnóstico do capitalismo no século XIX até hoje é válido.
Ele errou no prognóstico e no tratamento que preconizou, mas o destino poupouo do desgosto de constatar esses erros.
Ao contrário do que Marx tinha profetizado, a Revolução ocorreu não num país de capitalismo avançado, mas na atrasada Rússia, devastada pela Primeira Guerra Mundial. Lenin, que, diferentemente de Marx, tinha um faro político admirável, deu-se conta de que aquele era o momento propício para a tomada do poder. O Partido Comunista tomou o poder e, ao tomar o poder, obviamente mudou, porque, como disse Lord Acton, o poder corrompe e o poder absoluto corrompe de maneira absoluta. Isto ficou claro quando Stalin tornou-se o ditador.
A partir daí começou um período comparável ao Terror da Revolução Francesa. Os supostos inimigos do regime eram executados aos milhares ou então enviados para os campos de concentração. Esta luta pelo poder se repetia nos Partidos Comunistas do mundo inteiro, controlados por Moscou.
Mas, apesar de tudo, havia gente que continuava acreditando nos ideais de 1917: os velhos comunistas.
Ah, os velhos comunistas. Está aí um grupo humano que merecia um estudo especial. Ao contrário do que se poderia pensar, nem sempre eram operários; muita gente de classe média e mesmo de origem aristocrática integrava o Partido, inclusive no Brasil.
Era gente, em primeiro lugar, disciplinada.
Partilhavam uma mesma visão de mundo baseada em duas categorias: o progressista e o reacionário.
A luta entre ambos era feroz e contínua e terminaria com a Batalha Final, da qual falava o hino da Internacional Comunista, que depois do apelo inicial — “De pé, ó vítimas da fome” — conclamava: “Bem unidos façamos/ nesta luta final/ uma terra sem amos/ A Internacional.” Mas, até a Batalha Final, havia muito chão a percorrer, muitas mini-batalhas a enfrentar, e este era o problema. A cada momento era preciso decidir o que era o certo e o errado, o que era progressista e reacionário, uma avaliação complicada pelo pensamento dialético, segundo o qual toda coisa contém em si o seu contrário.
Assim, a verdade, que é uma coisa boa, poderia ser reacionária; e uma mentira, que é coisa ruim, poderia ser progressista.
Mas havia quem pensasse pelos militantes: o Partido, naturalmente, com seu Comitê Central, seu Secretário Geral, mas, acima de todos, o Comintern, que comandava os comunistas desde a União Soviética.
Num certo momento, o Comintern decidiu que, no Brasil, a Batalha Final seria travada entre índios e brancos e enviou aos comunistas brasileiros ordens neste sentido. Os militantes iam para a Cinelândia, no centro do Rio, e do alto de um caixote, conclamavam, para espanto dos cariocas que ali estavam: “Índios! Rebelai-vos!”
Se por acaso as orientações suscitavam dúvidas, sempre havia a famosa sessão de crítica e autocrítica, na qual o camarada acusava a si próprio de desvios burgueses, sendo devidamente malhado pelos companheiros. E as acusações poderiam ser as mais variadas. Um comuna uma vez me contou que, em sua célula, um companheiro operário acusara-o de burguês porque ele jogava um jogo que tinha reis, rainhas e bispos: o xadrez.
O velho comunista era um sofredor. Cada nova notícia era sempre uma notícia desnorteante. A União Soviética fez um pacto com os nazistas.
Tanques russos invadem a Hungria. Kruschev denuncia crimes de Stalin. A primeira reação era de incredulidade: não, não pode ser, isto é mentira da imprensa burguesa.
Quando a notícia se confirmava vinha a explicação (boa parte do tempo dos comunistas era usada nisto, na busca de explicações). O pacto com os nazistas foi só uma maneira de ganhar tempo. A invasão da Hungria era necessária para salvar o comunismo.
Mas estas reviravoltas tinham um alto preço emocional. O velho comunista era sempre angustiado.
As rugas da melancolia marcavam sua testa. A maioria dos velhos comunistas que conheci não viveu para ver a derrocada dos ideais. Deus foi misericordioso com eles. Pena que Deus, naturalmente, não existe.
.
Isso foi naquele tempo, onde pessoas despreparadas tomaram o poder dos idealistas.
Agora, são outros tempos.
O comunismo está prestes a fincar a sua bandeira com gente competente, como Hugo Chaves, Morales e outras sumidades, que sonham com um tempo, em que o governo sustentará a iniciativa privada com vale gás e bolsa família.
Isso foi naquele tempo, onde pessoas despreparadas tomaram o poder dos idealistas.
Agora, são outros tempos.
O comunismo está prestes a fincar a sua bandeira com gente competente, como Hugo Chaves, Morales e outras sumidades, que sonham com um tempo, em que o governo sustentará a iniciativa privada com vale gás e bolsa família.

Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...

- Apo
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Re.: Os velhos comunistas
Nada me impressiona mais nos simpatizantes da esquerda do que a incoerência.
Por que simpatizantes, aficcionados, líderes, afiliados de partidos como o PT e demais esquerdistas têm os filhos em escola particular? Por que não andam só de transporte público? Por que não usam só o sistema único de saúde? Por que não sustentam alguns filhos da favela?
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Re: Re.: Os velhos comunistas
Apo escreveu:Nada me impressiona mais nos simpatizantes da esquerda do que a incoerência.
Por que simpatizantes, aficcionados, líderes, afiliados de partidos como o PT e demais esquerdistas têm os filhos em escola particular? Por que não andam só de transporte público? Por que não usam só o sistema único de saúde? Por que não sustentam alguns filhos da favela?
- Resposta fácil, ser de esquerda não quer dizer necessariamente ser a favor do fim da propriedade privada, da ditadura do proletariado, da revolução. As coisas não são preto e branco, existe tonalidades de cinza Apo.
Beijos,
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Re: Re.: Os velhos comunistas
Abmael escreveu:Apo escreveu:Nada me impressiona mais nos simpatizantes da esquerda do que a incoerência.
Por que simpatizantes, aficcionados, líderes, afiliados de partidos como o PT e demais esquerdistas têm os filhos em escola particular? Por que não andam só de transporte público? Por que não usam só o sistema único de saúde? Por que não sustentam alguns filhos da favela?
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Sei sei...assim o socialismo fica lindo...

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Re.: Os velhos comunistas
O filho dos outros na escola particular é playboyzinho capitalista...o seu é apenas uma nuance... 


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Re.: Os velhos comunistas
- Se colocar todas minhas posições na balança ela vai pender quase que completamente para a direita, só que aqui no RV, basta ser a favor do Bolsa-Família para ser comunistão fã do Fidel, fazer o quê?!?!?
Beijos,
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Re.: Os velhos comunistas
HUm...pois é...para mim bolsas com estes intentos são sempre repugnantes, partam de direitas ou de esquerdas. Sou contra dar dinheiro. Pelo menos numa cultura de "espertinhos".

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Re: Re.: Os velhos comunistas
Apo escreveu:HUm...pois é...para mim bolsas com estes intentos são sempre repugnantes, partam de direitas ou de esquerdas. Sou contra dar dinheiro. Pelo menos numa cultura de "espertinhos".
- Tá vendo?!?!? - Me acusam de esquerdista por algo que nem é característico de esquerda, tem até bolsa-mendigo em NY.
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Re.: Os velhos comunistas
hahahaha
Deixa Nova Iorque fora desta. Aquilo lá é bom demais!
Eu nunca te acusei de esquerdista, percebeu? Fico só andando à volta...
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Re: Re.: Os velhos comunistas
Apo escreveu:hahahaha
Deixa Nova Iorque fora desta. Aquilo lá é bom demais!![]()
Eu nunca te acusei de esquerdista, percebeu? Fico só andando à volta...
- Valeu moça, até que enfim alguém aqui percebe minhas verdadeiras inclinações, acho que defendo o Bolsa-Família só para aliviar minha consciência pequeno-burguesa dividida entre a peninha que sinto desta cambada de vagabundos e meu amor ao luxo, aos carrões, ao camarão, ao bacalhau, á Nova York...



Beijos,
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Re: Re.: Os velhos comunistas
Usuário deletado escreveu:Abmael escreveu:Apo escreveu:Nada me impressiona mais nos simpatizantes da esquerda do que a incoerência.
Por que simpatizantes, aficcionados, líderes, afiliados de partidos como o PT e demais esquerdistas têm os filhos em escola particular? Por que não andam só de transporte público? Por que não usam só o sistema único de saúde? Por que não sustentam alguns filhos da favela?
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Beijos,
Falso. Voce sabe muito bem que as coisas nao sao assim Abmael, os socialistas intitulados democraticos sao hipocritas que tentam esconder suas raizes genocidas utilizando jargoes muito bem conhecidos por essas bandas. "Democratizar", "ampliar a democracia", mas no fim nota-se que os poucos que criam nisso viraram bucha de canhao. Como dizia Lenin sobre os idealistas.
- Ele não faria melhor...












Abraços,
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Re: Re.: Os velhos comunistas
Abmael escreveu:- Se colocar todas minhas posições na balança ela vai pender quase que completamente para a direita, só que aqui no RV, basta ser a favor do Bolsa-Família para ser comunistão fã do Fidel, fazer o quê?!?!?
Beijos,
Eu não sou contra programas com finalidade de criar condições para a emancipação da pobreza, desde que isto não seja com o objetivo de conceder ao benefíciado, a condição de indignidade compulsória.
E tudo isso com o objetivo de mantê-lo cativo no dia da eleição.
Porque não criar programas emergenciais junto às prefeituras que estão sempre se queixando de que não podem conceder um salário mínimo mais decente, sob pena de falência?
Porque quem recebe dinheiro vivo não pode compensar essa esmola como um pagamento de algum serviço prestado?
O resto, emancipar a pobreza tem que ser uma coisa séria e fazer parte de ações de governo.
É por isso que pagamos impostos.
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
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O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
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- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
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500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
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Deu no que deu !!! ...

Re.: Os velhos comunistas
Texto muito bom.