Exploraração da Amazônia
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Exploraração da Amazônia
22/09/2007 - 09h28
Aluguel de floresta começa em Rondônia
FELIPE SELIGMAN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo federal anunciou ontem qual será a primeira floresta de aluguel do país. As concessões para a exploração de madeira em reservas públicas da Amazônia começarão no ano que vem, numa área de 90 mil hectares da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. Se tudo correr como planejado, o primeiro contrato de exploração será assinado em março.
A decisão de começar por Rondônia contraria a expectativa de que as primeiras licitações aconteceriam na região da BR-163, no Pará, onde o governo criou o primeiro Distrito Florestal Sustentável do país.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a decisão de começar por Rondônia se deve aos índices de desmatamento do Estado, que estão aumentando --na contramão da média da devastação amazônica, que, se confirmada, será, em 2007, 30% inferior à de 2006. A expectativa é que, ao trazer empresas para explorar a madeira de forma sustentável, o governo iniba o corte ilegal (que abre caminho para o desmate).
Outro motivo foi o atraso na implantação do distrito da BR-163, causado principalmente pela greve do Ibama, no primeiro semestre. A greve impediu a realização dos estudos para o plano de gestão da área no Pará.
"A Flona do Jamari já era uma área prioritária para o manejo muito antes da Lei de Florestas Públicas. Além disso, tem uma logística muito boa", explica Tasso Azevedo, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro. A floresta de Rondônia está a 13 quilômetros da rodovia BR-364, que é asfaltada. A BR-163 não é pavimentada.
Segundo Azevedo, as concessões na região da BR-163 acontecerão na segunda rodada do processo, ainda em 2008.
No lote disponibilizado ontem constam três unidades de manejo localizadas na Flona.
Serão três tamanhos diferentes: 45 mil, 30 mil e 15 mil hectares. Cada área só poderá ser explorada por empresas brasileiras, que assinarão contratos com prazos de até 40 anos e um ciclo de corte de 30 anos: uma área explorada precisará passar três décadas se regenerando antes de um novo corte.
Nenhuma empresa poderá explorar mais de uma unidade de manejo, medida que serve "para evitar a concentração econômica", segundo Azevedo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambi ... 0570.shtml
Aluguel de floresta começa em Rondônia
FELIPE SELIGMAN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O governo federal anunciou ontem qual será a primeira floresta de aluguel do país. As concessões para a exploração de madeira em reservas públicas da Amazônia começarão no ano que vem, numa área de 90 mil hectares da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. Se tudo correr como planejado, o primeiro contrato de exploração será assinado em março.
A decisão de começar por Rondônia contraria a expectativa de que as primeiras licitações aconteceriam na região da BR-163, no Pará, onde o governo criou o primeiro Distrito Florestal Sustentável do país.
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a decisão de começar por Rondônia se deve aos índices de desmatamento do Estado, que estão aumentando --na contramão da média da devastação amazônica, que, se confirmada, será, em 2007, 30% inferior à de 2006. A expectativa é que, ao trazer empresas para explorar a madeira de forma sustentável, o governo iniba o corte ilegal (que abre caminho para o desmate).
Outro motivo foi o atraso na implantação do distrito da BR-163, causado principalmente pela greve do Ibama, no primeiro semestre. A greve impediu a realização dos estudos para o plano de gestão da área no Pará.
"A Flona do Jamari já era uma área prioritária para o manejo muito antes da Lei de Florestas Públicas. Além disso, tem uma logística muito boa", explica Tasso Azevedo, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro. A floresta de Rondônia está a 13 quilômetros da rodovia BR-364, que é asfaltada. A BR-163 não é pavimentada.
Segundo Azevedo, as concessões na região da BR-163 acontecerão na segunda rodada do processo, ainda em 2008.
No lote disponibilizado ontem constam três unidades de manejo localizadas na Flona.
Serão três tamanhos diferentes: 45 mil, 30 mil e 15 mil hectares. Cada área só poderá ser explorada por empresas brasileiras, que assinarão contratos com prazos de até 40 anos e um ciclo de corte de 30 anos: uma área explorada precisará passar três décadas se regenerando antes de um novo corte.
Nenhuma empresa poderá explorar mais de uma unidade de manejo, medida que serve "para evitar a concentração econômica", segundo Azevedo.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambi ... 0570.shtml

Re.: Exploraração da Amazônia

Será que eles acreditam mesmo que dá pra regenerar a mata original com toda diversidade de fauna e flora?


- Ilovefoxes
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Re.: Exploraração da Amazônia
E o Lula que tanto falava das privatizações do PSDB...
Re.: Exploraração da Amazônia
Piada...
Pensei que o país tivesse um Ministério do Meio-Ambiente para cuidar do meio ambiente e não para destruir ainda mais.
Pensei que o país tivesse um Ministério do Meio-Ambiente para cuidar do meio ambiente e não para destruir ainda mais.
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Re.: Exploraração da Amazônia
Líder yanomami critica plano de compra da Amazônia
16/10/2007 - 14h50
da France Presse, em Londres
Davi Kopenawa, porta-voz da Comunidade dos Yanomami do Brasil, criticou em Londres uma campanha que está em voga na Grã-Bretanha sobre a compra da Amazônia para evitar sua destruição. Ele afirmou que a única coisa que pode salvar a floresta é a proteção das comunidades e terras indígenas.
"A floresta está acabando, os rios estão doentes, a terra está cansada e os yanomamis estão morrendo", afirmou Kopenawa, em uma coletiva de imprensa.
Ele se referia à campanha lançada pela organização Cool Earth, fundada por um milionário britânico, Johan Eliasch --que foi nomeado pelo primeiro-ministro Gordon Brown como um de seus assessores especiais sobre desmatamento. Eliasch promove a idéia de comprar pedaços da Amazônia para protegê-la.
"Agora querem comprar pedaços da floresta. Mas a terra não pode ser comprada. Não é carne, não é roupa, que se compra e vende. A terra é nossa vida, e nós sempre a protegemos", disse Kopenawa.
"Essa gente [do Cool Earth] tem que respeitar as comunidades que vivem lá. Precisam vir conversar conosco", acrescentou o líder indígena.
Ele viajou a Londres para o lançamento de um documento batizado "O Progresso Pode Matar", da organização Survival International.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambi ... 7138.shtml
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...????
16/10/2007 - 14h50
da France Presse, em Londres
Davi Kopenawa, porta-voz da Comunidade dos Yanomami do Brasil, criticou em Londres uma campanha que está em voga na Grã-Bretanha sobre a compra da Amazônia para evitar sua destruição. Ele afirmou que a única coisa que pode salvar a floresta é a proteção das comunidades e terras indígenas.
"A floresta está acabando, os rios estão doentes, a terra está cansada e os yanomamis estão morrendo", afirmou Kopenawa, em uma coletiva de imprensa.
Ele se referia à campanha lançada pela organização Cool Earth, fundada por um milionário britânico, Johan Eliasch --que foi nomeado pelo primeiro-ministro Gordon Brown como um de seus assessores especiais sobre desmatamento. Eliasch promove a idéia de comprar pedaços da Amazônia para protegê-la.
"Agora querem comprar pedaços da floresta. Mas a terra não pode ser comprada. Não é carne, não é roupa, que se compra e vende. A terra é nossa vida, e nós sempre a protegemos", disse Kopenawa.
"Essa gente [do Cool Earth] tem que respeitar as comunidades que vivem lá. Precisam vir conversar conosco", acrescentou o líder indígena.
Ele viajou a Londres para o lançamento de um documento batizado "O Progresso Pode Matar", da organização Survival International.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambi ... 7138.shtml
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Mas a terra não pode ser comprada
...????

- RicardoVitor
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Re: Re.: Exploraração da Amazônia
Usuário deletado escreveu:Um artigo que resume o que penso sobre o assunto:
Patrimônio da Humanidade
Rodrigo Constantino
“Se o indivíduo busca satisfazer seu próprio interesse num contexto de respeito à propriedade privada e às trocas efetuadas no mercado, estará fazendo o que a sociedade espera que ele faça.” (Mises)
Por que os tubarões podem estar ameaçados de extinção, mas as vacas dificilmente correm tal risco? Por que é absurdamente raro que uma pessoa lave um carro alugado antes de devolvê-lo? Por que a floresta amazônica anda sendo devastada em ritmo acelerado e sem responsabilidade? Apesar de aparentarem desconexas, essas perguntas estão intimamente ligadas, pois a resposta é a mesma para todas: direito de propriedade privada.
Os tubarões, no meio do oceano, não possuem donos, diferente das vacas, com proprietários bem definidos. O carro alugado, apesar de ter um dono, não está sendo utilizado por este quando está alugado. E o cliente não lava o carro justamente porque o carro não é dele. Da mesma forma, a floresta amazônica é tão mal tratada e explorada justamente pela ausência de uma propriedade privada bem definida.
Os indivíduos reagem à incentivos. Isso é um fato, uma característica intrínseca da natureza humana. E obviamente há muito mais incentivos ao cuidado daquilo que é nosso. Basta pensar em como os pais cuidam dos seus filhos, e imaginar se agem da mesma forma com crianças desconhecidas. Portanto, parece bastante lógico que a propriedade privada é o maior incentivo para a preocupação com o bem em questão.
Tendo isso em mente, podemos entender melhor porque as coisas consideradas “patrimônio da humanidade” acabam sendo cuidadas de forma pior que os bens com propriedade individual. O que é de todos, não é de ninguém. Quem trabalha em uma empresa grande sabe exatamente o que é isso. Aquele serviço sem dono, sem um responsável direto, acaba mal feito, se feito. Afinal, não há como cobrar de alguém especificamente. Um passa a culpar o outro pelo desleixo. É exatamente o que acontece com um “patrimônio da humanidade”.
Logo, a solução para os problemas do desmatamento desenfreado na Amazônia passa longe do decreto de que a região é o “pulmão” do mundo, um bem da humanidade. Muito menos será resolvido dando uma área rica em minerais, do tamanho de Portugal, para uns 3 mil índios ianomânis. Acaba gerando o que vemos, como crimes, corrupção e exploração ilegal, enquanto alguns índios andam em suas picapes importadas. Esse é o caminho certo do caos. Tampouco adianta apelar para o Curupira.
Para resolver de verdade o problema, precisamos delimitar propriedades privadas. Empresas com foco no lucro precisam ser responsáveis com seus ativos. Basta pensar nas grandes empresas de petróleo. Elas não detonam o máximo de produção possível ignorando a capacidade produtiva futura. Sabem que isso seria sua morte súbita, e por isso cuidam bem do seu mais valioso ativo. O mesmo vale para as empresas de celulose. As enormes florestas da Aracruz, Klabin, Suzano e Votorantim não enfrentam os problemas típicos da Amazônia. As empresas cuidam bem dos ativos, plantam novos eucaliptos, praticam o reflorestamento, tudo isso objetivando o lucro. No site da própria Aracruz, encontramos: “Por ser uma empresa de base florestal, a Aracruz sabe que a própria sobrevivência do empreendimento depende do uso renovável dos recursos naturais, assegurando que estejam disponíveis para as futuras gerações”. As atividades delas precisam ser sustentáveis, e o principal insumo tem que ser bem utilizado.
Espero que a mensagem tenha ficado bastante clara. É a propriedade privada que faz florescer um tratamento adequado aos recursos naturais, com base na racionalidade e busca de lucro. Não vamos tratar a Amazônia como um mico-leão dourado. Vamos tratá-la como uma vaca. Quando as coisas têm dono, a própria lei de oferta e demanda, através do preço de mercado, força um tratamento mais racional por parte do proprietário. Ou alguém acha que um criador de vaca iria matar todo seu rebanho pensando apenas no lucro imediato, ignorando o futuro do seu negócio?
Fonte
Esse foi um dos artigos mais mulas que o Constantino já escreveu na vida dele. Maldito Spamta.
Exatamente. Um bom exemplo disso é a madeira "de lei" Maçaranduba, uma das "jóias" da Amazônia. Minha família se sustém, desde que me conheço por gente, pela venda desse bem.
Os madeireiros possuem suas cotas para retirar o material da natureza. Obviamente, ninguém respeita as merdas das cotas. E com notas frias, tiram o que der e o que não der.
A madeira é caríssima. Seu tempo de reflorestamento é inimaginavelmente grande, o que faz com que os grandes investidores sejam apenas indivíduos que busquem lucros rápidos. O patrão de meu pai, por exemplo, começou como um pequeno madeireiro de madeiras reflorestadas no sul e logo se bandeou pra Maçaranduba. Atualmente, vendo que a madeira está acabando, ou mesmo que o Estado está apertando o cerco (muito em função do governo Lula, que deu voz às esquerdas verdes) contra os cortes ilegais, simplesmente largou o ramo: faturou horrores, desmatou pra caramba e agora está vendendo soja e criando gado.
Mas, claro, a iniciativa privada, de maneira mágica, resolveria um problema como esse.
E ainda tem gente que acha o Smpanta alguém louvável...
Re: Re.: Exploraração da Amazônia
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