MESTIÇOFOBIA Negros defendem fim do Dia do Mestiço

[DIG]

O I Encontro da População Negra e das Comunidades
de Terreiro de Roraima, realizado de 15 a 16 de setembro em Boa Vista, aprovou Carta que defende

"Instituição do 20 de novembro como feriado Municipal/ Estadual e Federal e pelo fim do dia do mestiço criado no Estado do Amazonas e em Roraima".

A Carta está disponível no site do Governo Lula:

https://www.planalto.gov.br/Consea/stat ... oraima.pdf

O Dia do Mestiço (27 de junho) é uma data comemorativa instituída para homenagerar todos os mestiços brasileiros e uma demanda do movimento mestiço e caboclo.

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=16232797

[Apo]

Eu sou mestiça. Quem não é? Mestiço não é misturado? Eu sou. Quero Feriado do Dia do Mestiço aqui no RS também. A mistura não é muito grande: italiano, alemão, judeu, português, árabe, índio da fronteira,poucos negros ( menos de 15%) e raríssimas espécimes de japoneses, chineses e coreanos. Árabe, judeu e olhinho puxado não se misturam muito. Judeu ortodoxo temos e estes nem falam com quem não é da comunidade.

Melhor não ter feriado de mestiço. Deixa assim.

[Lúcifer]

Bando de racistas preconceituosos!!

[André]

Tava demorando para a cólera contra os mestiços ser clara e manifesta. Na época do debate de cotas para negros quando eu levantei essa questão, de não haver o "negro puro", e sim uma variedade de mestiços, e que a principal exclusão, que leva ao não ingresso na universidade, está associada a fatores socioeconômicos de forma predominante, e não a fatores raciais.

O único critério racial que eu entendo como correto, para cotas, é quando em uma empresa o contratador se mostra racista, não contratando de determinada raça, havendo em abundancia indivíduos dessa qualificados. O que demonstra o preconceito. Sendo tanto o contratador processado, quanto a empresa penalizada e obrigada a ter um percentual da raça excluída. Exceto esses casos extremos sou contrario a critérios raciais mexendo com processos meritócraticos, pela sua óbvia não relação. Se há é de classe não de raça.

[Apo]

Olha...eu não sei. Tenho dúvidas quanto ao que é pior. Se alguém realmente não simpatiza, não gosta, odeia ( sei lá que motivos possa ter e não cabe a minguém julgar sem saber exatamente o porquê do mau sentimento ), acho que não é nem bom que seja obrigado a conviver ou chefiar alguém e colocar em maus lençóis o ambiente no trabalho. Em grandes corporações tudo bem, mas imagine-se uma coisa assim num ambiente restrito a 4 paredes com contato diário.

Eu tinha um diretor com problemas em relação a gordos. Ele não suportava ter gordos corpulentos transitando na sala dele. Como eu estava envolvida na seleção do novo funcionário, perguntei o motivo. Ele disse que não sabia ao certo, mas era algo ligado à uma sensação de morosidade, "peso", lentidão, falta de agilidade. Que, em caso de ter 2 ou mais candidatos com o mesmo potencial e currículo adequado, ele jamais contrataria justamente o gordo.

Fazer o quê? Cotas para gordo?

[André]

Olha...eu não sei. Tenho dúvidas quanto ao que é pior. Se alguém realmente não simpatiza, não gosta, odeia ( sei lá que motivos possa ter e não cabe a minguém julgar sem saber exatamente o porquê do mau sentimento ), acho que não é nem bom que seja obrigado a conviver ou chefiar alguém e colocar em maus lençóis o ambiente no trabalho. Em grandes corporações tudo bem, mas imagine-se uma coisa assim num ambiente restrito a 4 paredes com contato diário.

Eu tinha um diretor com problemas em relação a gordos. Ele não suportava ter gordos corpulentos transitando na sala dele. Como eu estava envolvida na seleção do novo funcionário, perguntei o motivo. Ele disse que não sabia ao certo, mas era algo ligado à uma sensação de morosidade, "peso", lentidão, falta de agilidade. Que, em caso de ter 2 ou mais candidatos com o mesmo potencial e currículo adequado, ele jamais contrataria justamente o gordo.

Fazer o quê? Cotas para gordo?

Claro que falo de grandes empresas que contratam muita gente, podendo ficar claro o perfil racista do contratador. Tal atitude é criminosa.

Sendo necessário investigação para evidenciar. Suponha que uma empresa mais de 500 candidatos para 150 vagas, sendo a maioria negros/ mestiços, e apenas 150 socialmente brancos (ou seja, considerados brancos), e ai o cara contrata justamente os 150 socialmente brancos. Sendo que no outro universo havia pessoas mais qualificadas, algo claramente observável pelo currículo. Ai se configura o crime de racismo.

Esse tipo de coisa que falo. Agora nos outros casos, como dos gordos, só se o que questiona providencia-se testemunhas que dissessem que o contratador não escolheu o gordo devido ao seu excesso de peso. Cabe processo, não cotas, mas processo por preconceito cabe. Assim como cabe por preconceito com homossexuais, devido a razões religiosas(Imagine pessoas qualificadas não serem contratadas por serem descrentes algo que provavelmente acontece). Mas claro que há formas de fazer isso sem deixar evidencias. Logo apenas os casos mais extremos e absurdos que terão visibilidade, se houver evidencias suficientes para levar ao processo. Na maioria das vezes o preconceituoso, o favorecimento indevido, passa incólume, justamente pela falta dessas evidencias.

Já viu o filme Filadélfia? O cara é demitido por ser gay, e ter AIDS. No trabalho era o melhor advogado, com trabalho exemplar. O que fizeram é crime, e o filme denuncia esse tipo de coisa. É disso que falo tb.

[francioalmeida]

[Militante]É isso aí mesmo! Abaixo o dia do mestiço! Só pode ter dia quem tem cabelo carapinhado.[militante]

Quem entende?

[Apo]

[Militante]É isso aí mesmo! Abaixo o dia do mestiço! Só pode ter dia quem tem cabelo carapinhado.[militante]

Quem entende?

Judeu tem cabelo carapinhado às vzes. E agora?

[André]

[Militante]É isso aí mesmo! Abaixo o dia do mestiço! Só pode ter dia quem tem cabelo carapinhado.[militante]

Quem entende?

Cara nem me fale eu já tive o desprazer de lidar com gente tão, ou mais, idiota do que isso. Fora o ódio que carregam.

Só foi eu dizer que era contra critérios raciais já vem "aristocrata de merda", "branco pequeno burguês FDP", e por ai vai.

Detalhe eu discordo, mas respeito que eles defendam democraticamente seu ponto de vista. O que eu acho patético é eles dizerem defenderem os “oprimidos” e recorrerem a tamanho autoritarismo, e estratégias de desmoralização, algo totalmente contrario a qualquer ideal humanista. Mas pensando bem quem defende uma raça contra outra de forma tão feroz não é humanista, pois segmenta uma parte da sociedade e elege como a correta, e outra a vilã.

Sendo que antes que alguém aponte uma suposta incoerência minha, pois crítico a elite política e econômica, lembro que apenas a parte, as vezes majoritária ,infelizmente, que é cega, burra, corrupta, e que não tem qualquer interesse pelo bem comum. Ou seja, não são todos, não é uma segmentação absoluta, como a cor, pois é por forma de pensar e agir que os une, não algo inerente a classe. Por isso que encontro identidade e divergência em todas as classes. A classe pode no máximo delimitar um predomínio, ligado a interesses, mas não é um julgamento universal. Para,além disso, o humanista verdadeiro, pensa em uma sociedade ser melhor para todos, de todas as cores, credos e classes.( o que obviamente inclui os ricos, mesmo que tome como prioridade melhorar as condições dos mais desprovidos, até pela sua maior necessidade)

[Apo]

Olha...eu não sei. Tenho dúvidas quanto ao que é pior. Se alguém realmente não simpatiza, não gosta, odeia ( sei lá que motivos possa ter e não cabe a minguém julgar sem saber exatamente o porquê do mau sentimento ), acho que não é nem bom que seja obrigado a conviver ou chefiar alguém e colocar em maus lençóis o ambiente no trabalho. Em grandes corporações tudo bem, mas imagine-se uma coisa assim num ambiente restrito a 4 paredes com contato diário.

Eu tinha um diretor com problemas em relação a gordos. Ele não suportava ter gordos corpulentos transitando na sala dele. Como eu estava envolvida na seleção do novo funcionário, perguntei o motivo. Ele disse que não sabia ao certo, mas era algo ligado à uma sensação de morosidade, "peso", lentidão, falta de agilidade. Que, em caso de ter 2 ou mais candidatos com o mesmo potencial e currículo adequado, ele jamais contrataria justamente o gordo.

Fazer o quê? Cotas para gordo?

Claro que falo de grandes empresas que contratam muita gente, podendo ficar claro o perfil racista do contratador. Tal atitude é criminosa.

Sendo necessário investigação para evidenciar. Suponha que uma empresa mais de 500 candidatos para 150 vagas, sendo a maioria negros/ mestiços, e apenas 150 socialmente brancos (ou seja, considerados brancos), e ai o cara contrata justamente os 150 socialmente brancos. Sendo que no outro universo havia pessoas mais qualificadas, algo claramente observável pelo currículo. Ai se configura o crime de racismo.

Esse tipo de coisa que falo. Agora nos outros casos, como dos gordos, só se o que questiona providencia-se testemunhas que dissessem que o contratador não escolheu o gordo devido ao seu excesso de peso. Cabe processo, não cotas, mas processo por preconceito cabe. Assim como cabe por preconceito com homossexuais, devido a razões religiosas(Imagine pessoas qualificadas não serem contratadas por serem descrentes algo que provavelmente acontece). Mas claro que há formas de fazer isso sem deixar evidencias. Logo apenas os casos mais extremos e absurdos que terão visibilidade, se houver evidencias suficientes para levar ao processo. Na maioria das vezes o preconceituoso, o favorecimento indevido, passa incólume, justamente pela falta dessas evidencias.

Já viu o filme Filadélfia? O cara é demitido por ser gay, e ter AIDS. No trabalho era o melhor advogado, com trabalho exemplar. O que fizeram é crime, e o filme denuncia esse tipo de coisa. É disso que falo tb.

Sim, entendo perfeitamente. Eu jamais iria contratar alguém sem condições por simpatia ou exclusão de outro. Mas tipo, somo humanos. Uma vez eu entrei de gaiata no meio de um processo de seleção onde 7 já estavam selecionados. Quando cheguei, as 3 pessoas do departamento ( inclusive o gerente), simpatizaram comigo. Me madaram rápido passar pela bateria de testes que os outros todos já tinham feito, anamnese com a equipe de psicólogas e exames de saúde.
Mesmo tendo outros 7 na parada, de cara os 3 fecharam em mim, pois sentiram uma forte empatia e uma sensação de que eu era a pessoa que melhor encaixaria ali, mesmo que - digamos- alguém tenha tirado melhores notas nos testes do que eu. Eles acharam que esta característica de sincronia era muito importante. E daí? Preconceito com os demais? Não sei. Acho que não somos só robôs a serem avaliados por notas, há mais coisas como empatia ou antipatia num trabalho em equipe.

Eu, como contratadora, colocaria estas questões na balança também. Se eu não for com a cara, meu feeling me impede de contratar. Sinto muito.

[DIG]

Cara nem me fale eu já tive o desprazer de lidar com gente tão, ou mais, idiota do que isso. Fora o ódio que carregam.

Só foi eu dizer que era contra critérios raciais já vem "aristocrata de merda", "branco pequeno burguês FDP", e por ai vai.

Só no Brasil mesmo

[André]

Olha...eu não sei. Tenho dúvidas quanto ao que é pior. Se alguém realmente não simpatiza, não gosta, odeia ( sei lá que motivos possa ter e não cabe a minguém julgar sem saber exatamente o porquê do mau sentimento ), acho que não é nem bom que seja obrigado a conviver ou chefiar alguém e colocar em maus lençóis o ambiente no trabalho. Em grandes corporações tudo bem, mas imagine-se uma coisa assim num ambiente restrito a 4 paredes com contato diário.

Eu tinha um diretor com problemas em relação a gordos. Ele não suportava ter gordos corpulentos transitando na sala dele. Como eu estava envolvida na seleção do novo funcionário, perguntei o motivo. Ele disse que não sabia ao certo, mas era algo ligado à uma sensação de morosidade, "peso", lentidão, falta de agilidade. Que, em caso de ter 2 ou mais candidatos com o mesmo potencial e currículo adequado, ele jamais contrataria justamente o gordo.

Fazer o quê? Cotas para gordo?

Claro que falo de grandes empresas que contratam muita gente, podendo ficar claro o perfil racista do contratador. Tal atitude é criminosa.

Sendo necessário investigação para evidenciar. Suponha que uma empresa mais de 500 candidatos para 150 vagas, sendo a maioria negros/ mestiços, e apenas 150 socialmente brancos (ou seja, considerados brancos), e ai o cara contrata justamente os 150 socialmente brancos. Sendo que no outro universo havia pessoas mais qualificadas, algo claramente observável pelo currículo. Ai se configura o crime de racismo.

Esse tipo de coisa que falo. Agora nos outros casos, como dos gordos, só se o que questiona providencia-se testemunhas que dissessem que o contratador não escolheu o gordo devido ao seu excesso de peso. Cabe processo, não cotas, mas processo por preconceito cabe. Assim como cabe por preconceito com homossexuais, devido a razões religiosas(Imagine pessoas qualificadas não serem contratadas por serem descrentes algo que provavelmente acontece). Mas claro que há formas de fazer isso sem deixar evidencias. Logo apenas os casos mais extremos e absurdos que terão visibilidade, se houver evidencias suficientes para levar ao processo. Na maioria das vezes o preconceituoso, o favorecimento indevido, passa incólume, justamente pela falta dessas evidencias.

Já viu o filme Filadélfia? O cara é demitido por ser gay, e ter AIDS. No trabalho era o melhor advogado, com trabalho exemplar. O que fizeram é crime, e o filme denuncia esse tipo de coisa. É disso que falo tb.

Sim, entendo perfeitamente. Eu jamais iria contratar alguém sem condições por simpatia ou exclusão de outro. Mas tipo, somo humanos. Uma vez eu entrei de gaiata no meio de um processo de seleção onde 7 já estavam selecionados. Quando cheguei, as 3 pessoas do departamento ( inclusive o gerente), simpatizaram comigo. Me madaram rápido passar pela bateria de testes que os outros todos já tinham feito, anamnese com a equipe de psicólogas e exames de saúde.
Mesmo tendo outros 7 na parada, de cara os 3 fecharam em mim, pois sentiram uma forte empatia e uma sensação de que eu era a pessoa que melhor encaixaria ali, mesmo que - digamos- alguém tenha tirado melhores notas nos testes do que eu. Eles acharam que esta característica de sincronia era muito importante. E daí? Preconceito com os demais? Não sei. Acho que não somos só robôs a serem avaliados por notas, há mais coisas como empatia ou antipatia num trabalho em equipe.

Eu, como contratadora, colocaria estas questões na balança também. Se eu não for com a cara, meu feeling me impede de contratar. Sinto muito.

Apo se a diferença não for absurda entre a qualificação, é claro que esse é um fator a ser considerado, e entendo perfeitamente. Se o cara não for um jogador de equipe, isso conta como ponto negativo, óbvio. Se for ajuda. E por ai vai.

Esse arbítrio, ou esse nível de arbítrio, eu acho compreensível, aquele que eu descrevi acima, bem diferente desse, é criminoso. Eles tratam de casos, a meu ver, bem diferentes.

[Apo]

Cara nem me fale eu já tive o desprazer de lidar com gente tão, ou mais, idiota do que isso. Fora o ódio que carregam.

Só foi eu dizer que era contra critérios raciais já vem "aristocrata de merda", "branco pequeno burguês FDP", e por ai vai.

Só no Brasil mesmo

Pior que não é só aqui, não...

[Apo]

Olha...eu não sei. Tenho dúvidas quanto ao que é pior. Se alguém realmente não simpatiza, não gosta, odeia ( sei lá que motivos possa ter e não cabe a minguém julgar sem saber exatamente o porquê do mau sentimento ), acho que não é nem bom que seja obrigado a conviver ou chefiar alguém e colocar em maus lençóis o ambiente no trabalho. Em grandes corporações tudo bem, mas imagine-se uma coisa assim num ambiente restrito a 4 paredes com contato diário.

Eu tinha um diretor com problemas em relação a gordos. Ele não suportava ter gordos corpulentos transitando na sala dele. Como eu estava envolvida na seleção do novo funcionário, perguntei o motivo. Ele disse que não sabia ao certo, mas era algo ligado à uma sensação de morosidade, "peso", lentidão, falta de agilidade. Que, em caso de ter 2 ou mais candidatos com o mesmo potencial e currículo adequado, ele jamais contrataria justamente o gordo.

Fazer o quê? Cotas para gordo?

Claro que falo de grandes empresas que contratam muita gente, podendo ficar claro o perfil racista do contratador. Tal atitude é criminosa.

Sendo necessário investigação para evidenciar. Suponha que uma empresa mais de 500 candidatos para 150 vagas, sendo a maioria negros/ mestiços, e apenas 150 socialmente brancos (ou seja, considerados brancos), e ai o cara contrata justamente os 150 socialmente brancos. Sendo que no outro universo havia pessoas mais qualificadas, algo claramente observável pelo currículo. Ai se configura o crime de racismo.

Esse tipo de coisa que falo. Agora nos outros casos, como dos gordos, só se o que questiona providencia-se testemunhas que dissessem que o contratador não escolheu o gordo devido ao seu excesso de peso. Cabe processo, não cotas, mas processo por preconceito cabe. Assim como cabe por preconceito com homossexuais, devido a razões religiosas(Imagine pessoas qualificadas não serem contratadas por serem descrentes algo que provavelmente acontece). Mas claro que há formas de fazer isso sem deixar evidencias. Logo apenas os casos mais extremos e absurdos que terão visibilidade, se houver evidencias suficientes para levar ao processo. Na maioria das vezes o preconceituoso, o favorecimento indevido, passa incólume, justamente pela falta dessas evidencias.

Já viu o filme Filadélfia? O cara é demitido por ser gay, e ter AIDS. No trabalho era o melhor advogado, com trabalho exemplar. O que fizeram é crime, e o filme denuncia esse tipo de coisa. É disso que falo tb.

Sim, entendo perfeitamente. Eu jamais iria contratar alguém sem condições por simpatia ou exclusão de outro. Mas tipo, somo humanos. Uma vez eu entrei de gaiata no meio de um processo de seleção onde 7 já estavam selecionados. Quando cheguei, as 3 pessoas do departamento ( inclusive o gerente), simpatizaram comigo. Me madaram rápido passar pela bateria de testes que os outros todos já tinham feito, anamnese com a equipe de psicólogas e exames de saúde.
Mesmo tendo outros 7 na parada, de cara os 3 fecharam em mim, pois sentiram uma forte empatia e uma sensação de que eu era a pessoa que melhor encaixaria ali, mesmo que - digamos- alguém tenha tirado melhores notas nos testes do que eu. Eles acharam que esta característica de sincronia era muito importante. E daí? Preconceito com os demais? Não sei. Acho que não somos só robôs a serem avaliados por notas, há mais coisas como empatia ou antipatia num trabalho em equipe.

Eu, como contratadora, colocaria estas questões na balança também. Se eu não for com a cara, meu feeling me impede de contratar. Sinto muito.

Apo se a diferença não for absurda entre a qualificação, é claro que esse é um fator a ser considerado, e entendo perfeitamente. Se o cara não for um jogador de equipe, isso conta como ponto negativo, óbvio. Se for ajuda. E por ai vai.

Esse arbítrio, ou esse nível de arbítrio, eu acho compreensível, aquele que eu descrevi acima, bem diferente desse, é criminoso. Eles tratam de casos, a meu ver, bem diferentes.

Peraí...deixa eu me explicar melhor. Evidente que não é tão simples.
Estou dizendo que o fato de coisas que fogem aos critérios de seleção meritórios quando não se conhece o candidato, podem muitas vezes ser considerados pré-conceituosos. E são mesmo. São apenas baseados em simpatias, antipatias, sensações, feelling...havendo evidências ou não, extrapolam um teste de conhecimentos gerais e específicos. E talvez possamos colocar o quesito ( aparência física, forma de se mexer, de se portar, de ser vestir e outras coisas ligadas à linguagem corporal e à nossos valores pessoais). E valem muito numa apresentação. Há os que julgam preconceito ( pejorativamente ) não contratar viciados ou fumantes ou gays. Depende. Se o cara mantém o vício dele sob controle e se submete às normas da empresas no tocante a estas coisas, tudo bem. Mas como posso saber? O cara que fuma cheira mal. Eu não quero gente cheirando a cigarro do meu lado. E daí? Um gay afrescalhado que dá escândalo numa festa de empresa se beber um pouco, pode ser desagradável para os clientes. E daí? Preconceito? Não, é um direito meu não gostar deste tipo de comportamento.

Não estou dizendo que todo gay é assim. Mas a linha tênue entre a evidência em ser pejorativo e ser racional numa contratação pode resultar na preconcepção também de eu estou apenas sendo sectarista. Nem sempre é assim.
É complicado mesmo.

[André]

Olha...eu não sei. Tenho dúvidas quanto ao que é pior. Se alguém realmente não simpatiza, não gosta, odeia ( sei lá que motivos possa ter e não cabe a minguém julgar sem saber exatamente o porquê do mau sentimento ), acho que não é nem bom que seja obrigado a conviver ou chefiar alguém e colocar em maus lençóis o ambiente no trabalho. Em grandes corporações tudo bem, mas imagine-se uma coisa assim num ambiente restrito a 4 paredes com contato diário.

Eu tinha um diretor com problemas em relação a gordos. Ele não suportava ter gordos corpulentos transitando na sala dele. Como eu estava envolvida na seleção do novo funcionário, perguntei o motivo. Ele disse que não sabia ao certo, mas era algo ligado à uma sensação de morosidade, "peso", lentidão, falta de agilidade. Que, em caso de ter 2 ou mais candidatos com o mesmo potencial e currículo adequado, ele jamais contrataria justamente o gordo.

Fazer o quê? Cotas para gordo?

Claro que falo de grandes empresas que contratam muita gente, podendo ficar claro o perfil racista do contratador. Tal atitude é criminosa.

Sendo necessário investigação para evidenciar. Suponha que uma empresa mais de 500 candidatos para 150 vagas, sendo a maioria negros/ mestiços, e apenas 150 socialmente brancos (ou seja, considerados brancos), e ai o cara contrata justamente os 150 socialmente brancos. Sendo que no outro universo havia pessoas mais qualificadas, algo claramente observável pelo currículo. Ai se configura o crime de racismo.

Esse tipo de coisa que falo. Agora nos outros casos, como dos gordos, só se o que questiona providencia-se testemunhas que dissessem que o contratador não escolheu o gordo devido ao seu excesso de peso. Cabe processo, não cotas, mas processo por preconceito cabe. Assim como cabe por preconceito com homossexuais, devido a razões religiosas(Imagine pessoas qualificadas não serem contratadas por serem descrentes algo que provavelmente acontece). Mas claro que há formas de fazer isso sem deixar evidencias. Logo apenas os casos mais extremos e absurdos que terão visibilidade, se houver evidencias suficientes para levar ao processo. Na maioria das vezes o preconceituoso, o favorecimento indevido, passa incólume, justamente pela falta dessas evidencias.

Já viu o filme Filadélfia? O cara é demitido por ser gay, e ter AIDS. No trabalho era o melhor advogado, com trabalho exemplar. O que fizeram é crime, e o filme denuncia esse tipo de coisa. É disso que falo tb.

Sim, entendo perfeitamente. Eu jamais iria contratar alguém sem condições por simpatia ou exclusão de outro. Mas tipo, somo humanos. Uma vez eu entrei de gaiata no meio de um processo de seleção onde 7 já estavam selecionados. Quando cheguei, as 3 pessoas do departamento ( inclusive o gerente), simpatizaram comigo. Me madaram rápido passar pela bateria de testes que os outros todos já tinham feito, anamnese com a equipe de psicólogas e exames de saúde.
Mesmo tendo outros 7 na parada, de cara os 3 fecharam em mim, pois sentiram uma forte empatia e uma sensação de que eu era a pessoa que melhor encaixaria ali, mesmo que - digamos- alguém tenha tirado melhores notas nos testes do que eu. Eles acharam que esta característica de sincronia era muito importante. E daí? Preconceito com os demais? Não sei. Acho que não somos só robôs a serem avaliados por notas, há mais coisas como empatia ou antipatia num trabalho em equipe.

Eu, como contratadora, colocaria estas questões na balança também. Se eu não for com a cara, meu feeling me impede de contratar. Sinto muito.

Apo se a diferença não for absurda entre a qualificação, é claro que esse é um fator a ser considerado, e entendo perfeitamente. Se o cara não for um jogador de equipe, isso conta como ponto negativo, óbvio. Se for ajuda. E por ai vai.

Esse arbítrio, ou esse nível de arbítrio, eu acho compreensível, aquele que eu descrevi acima, bem diferente desse, é criminoso. Eles tratam de casos, a meu ver, bem diferentes.

Peraí...deixa eu me explicar melhor. Evidente que não é tão simples.
Estou dizendo que o fato de coisas que fogem aos critérios de seleção meritórios quando não se conhece o candidato, podem muitas vezes ser considerados pré-conceituosos. E são mesmo. São apenas baseados em simpatias, antipatias, sensações, feelling...havendo evidências ou não, extrapolam um teste de conhecimentos gerais e específicos. E talvez possamos colocar o quesito ( aparência física, forma de se mexer, de se portar, de ser vestir e outras coisas ligadas à linguagem corporal e à nossos valores pessoais). E valem muito numa apresentação. Há os que julgam preconceito ( pejorativamente ) não contratar viciados ou fumantes ou gays. Depende. Se o cara mantém o vício dele sob controle e se submete às normas da empresas no tocante a estas coisas, tudo bem. Mas como posso saber? O cara que fuma cheira mal. Eu não quero gente cheirando a cigarro do meu lado. E daí? Um gay afrescalhado que dá escândalo numa festa de empresa se beber um pouco, pode ser desagradável para os clientes. E daí? Preconceito? Não, é um direito meu não gostar deste tipo de comportamento.

Não estou dizendo que todo gay é assim. Mas a linha tênue entre a evidência em ser pejorativo e ser racional numa contratação pode resultar na preconcepção também de eu estou apenas sendo sectarista. Nem sempre é assim.
É complicado mesmo.

Eu diria que um nível de arbitro é admissível. Ou seja, não é pq o cara fuma, é pq ele fede. Não é pq ele é gay, mas pq ele faz a empresa passar vergonha.

O que implica que: um fumante que não fede, e um gay que não faz vexame, seriam contratados. Não é o que eles são, ou seus hábitos em si, mas o conflito com os interesses da empresa. Nesse caso cai no âmbito do nível de arbítrio admissível.

O que não cai? Se o contratador sistematicamente não contratar fumantes, ou gays, ou negros.... Para isso um caso isolado não serve, tem que ser algo sistemático, e que confrontado com as qualificações, se perceba um viés discriminador. Nesse caso foge do arbítrio de "buscar o melhor para empresa" que é legitimo, para o arbítrio "buscar o que condiz com minhas predileções" que não é legitimo e sim um crime.

O que evidencia é ter vários casos, e ser confrontado com evidencias que demonstram isso.

[Apo]

É. Isto, sim. Mas o que não aceito é quando já tarjam um contratador de criminoso e preconceituoso sem saber as razões. Então vem alguém e faz uma lei de cotas e direitos invioláveis e indiscutíveis que obriga o contratador a engolir qualquer um, e ainda sofrer um processo se não engolir, caso o espertinho se ache no direito de conseguir a vaga na marra, se meter na cabeça ( talvez erronea e precocemente) que só não foi contratador por ser X. E isto acontece. O cara tem lá a baixa auto estima dele e já sái convencido ( ou tentando convencer) que foi lesado por ser X.
É o que acontece com as cotas. Mentem que são negros para entrar pela porta dos fundos. E mentem que são pobres também. É só querer que se forja de tudo neste país.

[Adrianoped]

Eu sou a favor no movimento negro, e acho que essa idéia do dia do mestiço é apenas para contrariar, algo como dia do hétero para quem é contra os gays.

A desigualdade sócio-racial no país é alarmante, com os negros (partos e pretos) tendo um terço da renda dos brancos. Nas universidades eram apenas 2 a 5% de negros que tinham acesso as universidades públicas, demonstrando a discriminação na nossa sociedade.

Sou contra o mito da democracia racial, que considera que o nosso país é justo racialmente e que o problema é econômico. Vejo como um dos problemas econômicos, da pobreza, o descaso do país durante a nossa história com os negros. Assim, vou a favor de políticas de ação afirmativas, tanto para os negros como para os pobres.

[Apo]

Eu sou a favor no movimento negro, e acho que essa idéia do dia do mestiço é apenas para contrariar, algo como dia do hétero para quem é contra os gays.

A desigualdade sócio-racial no país é alarmante, com os negros (partos e pretos) tendo um terço da renda dos brancos. Nas universidades eram apenas 2 a 5% de negros que tinham acesso as universidades públicas, demonstrando a discriminação na nossa sociedade.

Sou contra o mito da democracia racial, que considera que o nosso país é justo racialmente e que o problema é econômico. Vejo como um dos problemas econômicos, da pobreza, o descaso do país durante a nossa história com os negros. Assim, vou a favor de políticas de ação afirmativas, tanto para os negros como para os pobres.

O vestibular é livre para todos. Que discriminação? Quem começou a sacanagem da escravidão foram os próprios negros na África, uns com os outros. Eles nunca se deram o respeito e agora, 500 anos depois, se eu passar no vestibular, vem um cara com uma pele um pouco mais escura que a minha, diz que é uma vítima da escravidão e pega a minha vaga? Não posso aceitar.

Ou seja, como judia, fui eliminada em fornos de gás por alemães. Algum alemão me impede hoje em dia de entrar numa universidade israelita? Não. Mas se eu não passar no Vestibular ou não tiver currículo meritório não entro.

Nada de ficar se beneficiando por coisas que temos é que superar pelo trabalho e com dignidade, e não por favoritismo e vitimização.

[André]

Eu sou a favor no movimento negro, e acho que essa idéia do dia do mestiço é apenas para contrariar, algo como dia do hétero para quem é contra os gays.

A desigualdade sócio-racial no país é alarmante, com os negros (partos e pretos) tendo um terço da renda dos brancos. Nas universidades eram apenas 2 a 5% de negros que tinham acesso as universidades públicas, demonstrando a discriminação na nossa sociedade.

Sou contra o mito da democracia racial, que considera que o nosso país é justo racialmente e que o problema é econômico. Vejo como um dos problemas econômicos, da pobreza, o descaso do país durante a nossa história com os negros. Assim, vou a favor de políticas de ação afirmativas, tanto para os negros como para os pobres.

1-Eu respeito a legitimidade do movimento negro, e de democraticamente defender suas causas. Mas gostaria muito de um movimento mestiço, para não se esquecer, que nem todos que são considerados pelos outros como negros se consideram. E não devem ser excluídos, alias ninguém deve ser excluído devido a raça. Esse não deve ser um critério.

2- A desigualdade econômica é o grande problema. Assim como racismo, e preconceitos, mas para resolver ambos, políticas sociais, e educação, que valoriza o individuo, e não sua cor, ou sua religião, mas que respeita a identidade dele, e sua forma de pensar, são fundamentais.

3-Não acredito em democracia racial nenhuma, e existe racismo sim. Apenas discordo que esse seja o meio para resolver.

Como já disse anteriormente, não se pode punir pessoas pela cor de sua pele, nem beneficiar por isso. O único critério de equidade que eu entendo como justo, é o socioeconômico.

O risco, enorme, de se incentivar, acabar com identidade mestiça, assim como, o de excluir todos os que não se identifiquem como negros, é algo já materializado em parte, por políticas universitárias. Mesmo que sejam pobres, e tenham estudado a vida toda em escola pública, apenas por não se identificar como negros, estão fora. É essa a injustiça com aqueles que não se identificam que eu não posso compactuar.

P.S Isso é apenas uma perspectiva. E respeito posições divergentes. Não sou o dono da verdade, mas tenho meus princípios, perspectivas predominantes, e exponho de forma coerente com esses.

[Apo]

E nem todo que se diz negro para conseguir fraudar um processo de seleção é negro também. Ou seja, isto só serve para cavar mais confusão ainda.

Engraçado é ver que os mesmos que se ofendiam quando eram considerados negros ou mulatos são os primeiros a mudar de idéia para receber benefícios. É que nem pobre. O cara não quer ser e esconde que é. Mas quando é para receber alguma coisa do governo de graça, passa a ser um pobre coitado. E começa a choradeira na frente das câmeras. Nas costas, dão risada e aproveitam para se endividar e fazer mais uma festa, mais um filho...

Sou contra tudo isto.

[Adrianoped]

Eu sou a favor no movimento negro, e acho que essa idéia do dia do mestiço é apenas para contrariar, algo como dia do hétero para quem é contra os gays.

A desigualdade sócio-racial no país é alarmante, com os negros (partos e pretos) tendo um terço da renda dos brancos. Nas universidades eram apenas 2 a 5% de negros que tinham acesso as universidades públicas, demonstrando a discriminação na nossa sociedade.

Sou contra o mito da democracia racial, que considera que o nosso país é justo racialmente e que o problema é econômico. Vejo como um dos problemas econômicos, da pobreza, o descaso do país durante a nossa história com os negros. Assim, vou a favor de políticas de ação afirmativas, tanto para os negros como para os pobres.

O vestibular é livre para todos. Que discriminação? Quem começou a sacanagem da escravidão foram os próprios negros na África, uns com os outros. Eles nunca se deram o respeito e agora, 500 anos depois, se eu passar no vestibular, vem um cara com uma pele um pouco mais escura que a minha, diz que é uma vítima da escravidão e pega a minha vaga? Não posso aceitar.

Ou seja, como judia, fui eliminada em fornos de gás por alemães. Algum alemão me impede hoje em dia de entrar numa universidade israelita? Não. Mas se eu não passar no Vestibular ou não tiver currículo meritório não entro.

Nada de ficar se beneficiando por coisas que temos é que superar pelo trabalho e com dignidade, e não por favoritismo e vitimização.

Essa idéia de mérito individual só pode ser considerada em partes. As condições para acesso a universidade pública são mais econômicos, os que podem pagar uma boa educação.

A maioria branca nas universidade é por terem mais dinheiro para financiar a educação e depois poder dizer que tem mérito pessoal.

[Apo]

Aliás, para mim, este negócio de movimento isto e movimento aquilo é falta do que fazer e vontade de encher o saco e provocar.

Imagina Movimento Judeu, Movimento Japonês, Movimento Árabe... e por fim Movimento Branco. A tarja de nazista e racista seria líquida e certa. Mas Movimento Negro pode...tsc

Aliás, cada um é o que é e ninguém pediu para nascer desta ou daquela raça ou mistura. Também não tenho culpa por erros do passado. Os próprios negros começaram a coisa de escravizarem-se uns aos outros na África e venderam seus escravos para o mundo.

Não tem coisa mais afrontadora do que as camisetas escritas 100% negro. Tô vendo que o cara é negro e daí? Afinal ele tem mesmo orgulho ou é uma vítima com auto-estima ferida para sempre?

[Apo]

Eu sou a favor no movimento negro, e acho que essa idéia do dia do mestiço é apenas para contrariar, algo como dia do hétero para quem é contra os gays.

A desigualdade sócio-racial no país é alarmante, com os negros (partos e pretos) tendo um terço da renda dos brancos. Nas universidades eram apenas 2 a 5% de negros que tinham acesso as universidades públicas, demonstrando a discriminação na nossa sociedade.

Sou contra o mito da democracia racial, que considera que o nosso país é justo racialmente e que o problema é econômico. Vejo como um dos problemas econômicos, da pobreza, o descaso do país durante a nossa história com os negros. Assim, vou a favor de políticas de ação afirmativas, tanto para os negros como para os pobres.

O vestibular é livre para todos. Que discriminação? Quem começou a sacanagem da escravidão foram os próprios negros na África, uns com os outros. Eles nunca se deram o respeito e agora, 500 anos depois, se eu passar no vestibular, vem um cara com uma pele um pouco mais escura que a minha, diz que é uma vítima da escravidão e pega a minha vaga? Não posso aceitar.

Ou seja, como judia, fui eliminada em fornos de gás por alemães. Algum alemão me impede hoje em dia de entrar numa universidade israelita? Não. Mas se eu não passar no Vestibular ou não tiver currículo meritório não entro.

Nada de ficar se beneficiando por coisas que temos é que superar pelo trabalho e com dignidade, e não por favoritismo e vitimização.

Essa idéia de mérito individual só pode ser considerada em partes. As condições para acesso a universidade pública são mais econômicos, os que podem pagar uma boa educação.

A maioria branca nas universidade é por terem mais dinheiro para financiar a educação e depois poder dizer que tem mérito pessoal.

Mentira que serve para facilitar os que não têm força de vontade.
Meus colegas negros de escola pública têm mais direitos do que eu? Por quê? Que preconceito é este? Também estudei em escola pública. Isto faz de mim uma negra?

[Adrianoped]

Eu sou a favor no movimento negro, e acho que essa idéia do dia do mestiço é apenas para contrariar, algo como dia do hétero para quem é contra os gays.

A desigualdade sócio-racial no país é alarmante, com os negros (partos e pretos) tendo um terço da renda dos brancos. Nas universidades eram apenas 2 a 5% de negros que tinham acesso as universidades públicas, demonstrando a discriminação na nossa sociedade.

Sou contra o mito da democracia racial, que considera que o nosso país é justo racialmente e que o problema é econômico. Vejo como um dos problemas econômicos, da pobreza, o descaso do país durante a nossa história com os negros. Assim, vou a favor de políticas de ação afirmativas, tanto para os negros como para os pobres.

O vestibular é livre para todos. Que discriminação? Quem começou a sacanagem da escravidão foram os próprios negros na África, uns com os outros. Eles nunca se deram o respeito e agora, 500 anos depois, se eu passar no vestibular, vem um cara com uma pele um pouco mais escura que a minha, diz que é uma vítima da escravidão e pega a minha vaga? Não posso aceitar.

Ou seja, como judia, fui eliminada em fornos de gás por alemães. Algum alemão me impede hoje em dia de entrar numa universidade israelita? Não. Mas se eu não passar no Vestibular ou não tiver currículo meritório não entro.

Nada de ficar se beneficiando por coisas que temos é que superar pelo trabalho e com dignidade, e não por favoritismo e vitimização.

Essa idéia de mérito individual só pode ser considerada em partes. As condições para acesso a universidade pública são mais econômicos, os que podem pagar uma boa educação.

A maioria branca nas universidade é por terem mais dinheiro para financiar a educação e depois poder dizer que tem mérito pessoal.

Mentira que serve para facilitar os que não têm força de vontade.
Meus colegas negros de escola pública têm mais direitos do que eu? Por quê? Que preconceito é este? Também estudei em escola pública. Isto faz de mim uma negra?

Me desculpe, você não acredita nas estatísticas que eu utilizo e eu não considero estatísticas individuais, casos particulares e que ao meu ver não representam uma realidade social maior.

Se os dados que me baseio estão errados, então estou errado.

[Apo]

Você só lê o que quer ou lhe interessa. Isto também não facilita um debate.
Os números podem mostrar apenas um pedaço da realidade. O que as pessoas fazem com estes benefícios é o que me interessa.