Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
André escreveu:Concordo Acauan, mas se lembre que o discurso moralista conservador de direita tb tem seus excessos. Quando leva uma multidão a linchar e matar alguém por revolta contra um crime, acaba contribuindo para outro crime. Não se pode pegar a lei nas próprias mãos caçar e matar aquele que cometeu um crime hediondo.
Antigamente ladrões e criminosos se escondiam, agiam furtivamente e fugiam o mais rápido que podiam com medo justamente de ser linchados, caso pegos em flagrante por uma multidão enfurecida. O que se vê hoje é que bandidos fazem o que querem e bem entendem, em plena luz do dia e às vistas das multidões que forem, por se sentir seguros de que ninguém os desafiará, que eles intimidaram a sociedade a tal ponto que podem se sentir seguros de que não precisam ter medo daqueles que estão atemorizados.
Linchamentos são um risco enorme, vira e mexe um inocente morre em conseqüência. E violam a lei e o direito.
Mas basta acompanhar as notícias nos jornais para ficar óbvio que se o discurso de direita leva multidões a linchar bandidos, então estes são os discursos mais ineficazes do mundo, uma vez que notícia de bandido linchado se tornou raríssima e, quando há, é de algum ladrão de galinha pego em algum fim de mundo onde o hábito resiste.
Logo, não cabe por grau de comparação onde não o há. Pode ficar tranqüilo que, infelizmente, a esmagadora maioria dos bandidos está muito mais segura quanto ao risco de linchamentos do que o restante da população está segura quanto aos bandidos. Poderia ser o contrário.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Acauan escreveu:O discurso ideológico esquerdista inverte o sentido das críticas feitas à preferência que determinadas organizações ditas defensoras dos direitos humanos dão aos direitos dos bandidos, como se isto implicasse em pregação de que assassinos e criminosos violentos devam ter seus direitos suprimidos ou violados, quando o que se quer é que o respeito e garantia aos direitos humanos das pessoas de bem sejam priorizados.
Acauan Qualquer direitista e/ou anti-esquerdista que eu conheça pessoalmente, qualquer partido de direita, qualquer grupo assumidamente de direita que eu conheça sentir-se-ia gravemente ofendido com a insinuação de que a carta fundamental dos direitos humanos é uma causa de esquerda.
Clara,
Deus me livre e guarde de atribuir a causa dos Direitos Humanos à esquerda, direita ou qualquer outro espectro ideológico.
A conquista e sagração destes direitos são um triunfo do espírito humano, uma vitória da civilização.
Se observar meu post verá que critico as organizações "ditas" defensoras dos direitos humanos, que se apropriam deste título para angariar fundos e conquistar notoriedade, enquanto suas ações se dão dentro de um direcionamento político infinitamente menor que os ideais que dizem defender.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
André escreveu:Concordo Acauan, mas se lembre que o discurso moralista conservador de direita tb tem seus excessos. Quando leva uma multidão a linchar e matar alguém por revolta contra um crime, acaba contribuindo para outro crime. Não se pode pegar a lei nas próprias mãos caçar e matar aquele que cometeu um crime hediondo.
Antigamente ladrões e criminosos se escondiam, agiam furtivamente e fugiam o mais rápido que podiam com medo justamente de ser linchados, caso pegos em flagrante por uma multidão enfurecida. O que se vê hoje é que bandidos fazem o que querem e bem entendem, em plena luz do dia e às vistas das multidões que forem, por se sentir seguros de que ninguém os desafiará, que eles intimidaram a sociedade a tal ponto que podem se sentir seguros de que não precisam ter medo daqueles que estão atemorizados.
Linchamentos são um risco enorme, vira e mexe um inocente morre em conseqüência. E violam a lei e o direito.
Mas basta acompanhar as notícias nos jornais para ficar óbvio que se o discurso de direita leva multidões a linchar bandidos, então estes são os discursos mais ineficazes do mundo, uma vez que notícia de bandido linchado se tornou raríssima e, quando há, é de algum ladrão de galinha pego em algum fim de mundo onde o hábito resiste.
Logo, não cabe por grau de comparação onde não o há. Pode ficar tranqüilo que, infelizmente, a esmagadora maioria dos bandidos está muito mais segura quanto ao risco de linchamentos do que o restante da população está segura quanto aos bandidos. Poderia ser o contrário.
Linchamentos são raros. Mas não sei se gente apelando para vingança seja tão raro. E o discurso por trás disso é justamente o moralista conservador, e que aponta para ineficiência do Estado em fazer cumprir a lei, e toma-a em suas mãos. Aponto isso para dizer que discordo tanto dos grupos de Direitos humanos que se preocupam mais com os bandidos, do que com as vitimas, e com aqueles falando de aplicação da lei são capazes de abrir mão dela quando se sentem violados.
Todos, independente da perspectiva de modelo de desenvolvimento, podem concordar que justiça e vingança são coisas diferentes. Que o cumprimento das leis e leis que punem adequadamente seus transgressores, são necessárias.
E os que por cegueira ideológica, de qualquer natureza, não vêem isso, demonstram, pouco compromisso com a justiça.
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
Eu não tenho cegueira ideológica ( não dentro de parâmetros de esquerda e direita ). Minha ideologia é pela justiça, a ordem e o bem estar. Do jeito que as coisas estão, nada disto me parece estar funcionando minimamente e ficamos aqui a discutir ideologia.
Se a lei (algumas precisam ser revistas urgentemente ) fosse pelo menos aplicada, nem em ideologia estaríamos falando.
essas coisas são como quando vestimos uma camisa do lado avesso, ou esquecemos zíper aberto, todo mundo percebe menos a própria pessoa. até ela notar que todos a olham de um jeito estranho.
essas coisas são como quando vestimos uma camisa do lado avesso, ou esquecemos zíper aberto, todo mundo percebe menos a própria pessoa. até ela notar que todos a olham de um jeito estranho.
Bobagem. Me falam que estou com a roupa de avesso e eu enxergo, assim como o ziper aberto. Então, não cabe.
Eu já deixei bem clara a minha ideologia. Não é de esquerda e nem de direita. Sou contra a bagunça assim como sou contra o tolhimento dos direitos. Pode-se ter bagunça e tolhimento de direitos na esquerda e na direita e isto eu posso ver claramente.
Mas muita gente não vê. Fico só olhando e lamentando. E assim caminha a burra humanidade. Estamos todos abraçadinhos no mesmo barco.
Deus me livre e guarde de atribuir a causa dos Direitos Humanos à esquerda, direita ou qualquer outro espectro ideológico.
A conquista e sagração destes direitos são um triunfo do espírito humano, uma vitória da civilização.
Se observar meu post verá que critico as organizações "ditas" defensoras dos direitos humanos, que se apropriam deste título para angariar fundos e conquistar notoriedade, enquanto suas ações se dão dentro de um direcionamento político infinitamente menor que os ideais que dizem defender.
Esquecendo as inúmeras organizações parasitas (eu conheço um punhado delas), é um facto para ti de que a os direitos são universais, logo verdadeiros para todos os humanos, sendo que determinados humanos - mediante determinados crimes - podem ser privados de alguns dos seus direitos?
É ponto assente de que vingança´não e jstiça e de que nunca nunca se pode exercer justiça de forma leviana e cabeça quente?
É também ponto assente de que a justiça é racional, lógica e imparcial, e que a vingança é emocional, irracional e parcial; que ambas não se confundem?
Só por existir, só por duvidar, tenho duas almas em guerra e sei que nenhuma vai ganhar... (J.P.)
Clara Campos escreveu:Esquecendo as inúmeras organizações parasitas (eu conheço um punhado delas), é um facto para ti de que a os direitos são universais, logo verdadeiros para todos os humanos, sendo que determinados humanos - mediante determinados crimes - podem ser privados de alguns dos seus direitos?
Concordo com o cara que disse que estas verdades são auto-evidentes.
Clara Campos escreveu:É ponto assente de que vingança´não e jstiça e de que nunca nunca se pode exercer justiça de forma leviana e cabeça quente?
Vingança não é justiça, é um componente dela. Isto parece brutal, mas é verdadeiro, pelo menos em determinada abordagem. Fazer justiça pode ser entendido como garantir o direito de quem o tem, dentro da definição aceita do que seja direito e de como se o aplique. Sendo assim, fazer justiça implica em forçar quem violou o direito alheio a reparar o dano causado.
Uma justa reparação do dano combina, na proporção possível, restituir as coisas ao status anterior à violação do direito e punir o responsável pela violação. Nas sociedades modernas a punição é justificada por seus aspectos preventivos – impedir coercitivamente que o punido reincida na violação do direito e educativos – esclarecer o punido sobre o significado da correlação entre as conseqüências de seus atos e a punição que sofre.
O fato é que a punição justa inclui um fator vingativo, pois é justo que quem violou o direito alheio sofra as conseqüências de seu ato, como efeito direto de ter feito sua vítima sofrer as conseqüência da violação de direito que lhe infligiu. Sociedades civilizadas estabeleceram formas e limites para esta vingança, mas a verdade é que ainda não descobriram como fazer justiça sem ela, mesmo que os discursos sugiram o contrário.
Clara Campos escreveu:É também ponto assente de que a justiça é racional, lógica e imparcial, e que a vingança é emocional, irracional e parcial; que ambas não se confundem?
Não exatamente.
A justiça só o é quando se subordina ao BEM, sem o que se torna apenas uma convenção imposta por quem tem o poder de fazê-lo, como propôs Trasímaco a Sócrates em "A República". Nosso entendimento do BEM é muito mais intuitivo do que racional e lógico e é muito mais necessário à justiça do que a lógica e a racionalidade.
Assim a vingança não é injusta por ser emocional, irracional e parcial, pois sob muitos aspectos o anseio por verdadeira justiça também pode ser classificado desta forma. Por outro lado, atos completamente racionais, lógicos e imparciais podem ser absolutamente injustos, como identificado no paradoxo que pergunta se é justo matar um inocente para salvar a vida de dois.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!