Acauan escreveu:No mais, gente muito mais competente do que eu já resumiu esta questão:
...Que a fim de assegurar esses direitos, governos são instituídos entre os homens, derivando seus justos poderes do consentimento dos governados; que, sempre que qualquer forma de governo se torne destrutiva de tais fins, cabe ao povo o direito de alterá-la ou aboli-la e instituir novo governo, baseando-o em tais princípios e organizando-lhe os poderes pela forma que lhe pareça mais conveniente para realizar-lhe a segurança e a felicidade. Na realidade, a prudência recomenda que não se mudem os governos instituídos há muito tempo por motivos leves e passageiros; e, assim sendo, toda experiência tem mostrado que os homens estão mais dispostos a sofrer, enquanto os males são suportáveis, do que a se desagravar, abolindo as formas a que se acostumaram. Mas quando uma longa série de abusos e usurpações, perseguindo invariavelmente o mesmo objeto, indica o desígnio de reduzi-los ao despotismo absoluto, assistem-lhes o direito, bem como o dever, de abolir tais governos e instituir novos-Guardas para sua futura segurança.
Concordo plenamente com isso. Como disse antes, o povo venezuelano tem todo direito, de uma vez entendendo que ele excedeu poderes que não eram seus e está usando de mecanismos ilegítimos, para se manter no poder, usar do instrumento disponível, para destituí-lo.
Eu não tenho certeza é se virou um Estado policial, mas admito que não venho acompanhando noticias desse tipo. Por isso disse, se virou, derrubar ele é legitimo e justo. Como entenderia justo se derrubassem Fidel, e a derrubada de qualquer ditador.
O representante que chega pelo voto, tem que estar mais do que evidenciado que ele está usando de mecanismos de opressão, para legitimar não utilizar os caminhos legais. Já que em um Estado policial esses mecanismos legais não vão funcionar se usa um meio de exceção, como vc disse Acauan. Preferível usar meios pacíficos, mas se não for possível. Se não for um Estado policial, e for possível usar mecanismos legais, se derruba sem precisar recorrer a violência, pelo entendimento que essa liderança não serve.
Agora levanto uma hipótese, suponhamos que: Um Estado que respeite oposição, liberdades políticas, tenha eleições, eleja um político que realize profundas transformações, sem alterar aqueles princípios de liberdade políticas, e a população de forma majoritária apóie ele.
Teria uma pequena minoria o direito de anular a vontade popular, mesmo o Estado não realizando opressão violenta contra ela, apenas por profunda insatisfação com as mudanças?