Escola Pública
Re.: Escola Pública
Bem pessoal. A partir da semana que vem eu elaborarei melhor meus textos postados já que comprei um computador para mim. O que eu uso é do serviço e não tenho muito tempo para elaborar e conferir o texto digitado. Em casa ficará muito mais fácil.
A diferença entre um ateu e um teísta é que as abobrinhas do primeiro são mais inteligentes que as do segundo.
Re: Re.: Escola Pública
Labrego escreveu:Se possível, passe-me o nome do livro que você mencionou.
O nome do livro é Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes de Stephen R. Covey. Há quem o considere como uma Bíblia do bem-estar. Existe um outro livro do mesmo autor que é uma extensão deste, que se chama O 8° hábito: Da eficácia à grandeza. Este último eu ainda não o li profundamente, mas há quem diz que este segundo seja melhor que o primeiro.
Espero que você goste, caso o adquira.
Labrego escreveu:O difícil é todo esse conhecimento assimilado surtir algum efeito em meu cotidiano pois parece-me que o conhecimento vem antes da experiência.
Imagino que você não teria o conhecimento e a compreensão que você tem hoje se não tivesse passado por tais experiências. Parece-me que as experiências que você teve foi anterior ao conhecimento. Posso estar enganado.
Labrego escreveu:O pior de tudo foi descobrir que trabalhei a vida inteira não para mim mesmo e sim para suprir as necessidades dos outros: família, sociedade, etc...
Acho bacana dar assistência, atenção e carinho para a família. Talvez o que tenha ocorrido é que você se centrou tanto neles que de certa forma esqueceu de você, se anulando.
Um palpite é não seguir o caminho inverso, que seria se centrar muito em você e esquecer da família, com uma forma de revanche. Até mesmo porque eles não merecem pagar um preço por escolhas que você mesmo fez. Você pode fazer as duas coisas: dar o devido valor à sua família e também a si próprio.
O livro que te indiquei fala muito disso.
Labrego escreveu:Às vezes, me pergunto porque estou dizendo tudo isso mas acredito que quanto mais eu dialetizo minha experiência de vida mais eu a compreendo. Por isso que a Internet é um canal importante de comunicação sem a gente ter que expor nosso ego.
Sem dúvida!
Mas vou lhe confessar uma coisa: acho cara a cara muito melhor! A amizade, neste caso, é muito importante. E as conversas pessoais geralmente são mais privadas e com muito menos mal entendidos.
Nossa sociedade, infelizmente, torna as pessoas muito defensivas e que nunca se abrem para ninguém, como se isso fosse sinal de fraqueza. Penso diferente, ao meu ver, é sinal de força, coragem e fundamental para a construção de laços duradouros de amizade.
Labrego escreveu:Curiosamente, atentei para a sua idade e verifiquei que você tem 25 anos. É duro eu ter que admitir mas, hoje com 42 anos, ainda não tenho metade da sua capacidade de compreensão da vida.
Recebo esse seu comentário como um elogio honroso, mas estou certo que existe muita coisa para eu aprender contigo, Labrego. Minhas intenções nesse diálogo são as melhores possíveis, assim como acredito que as sua também são. E as grandes amizades costumam surgir assim.
Um grande abraço!
Re.: Escola Pública
Caro Sr. Édson Jr.:
Concordo que as experiências tornaram possível meu conhecimento atual. O que eu quis dizer foi que para criar experiências novas parece-me imprescindível o conhecimento ou pelo menos a auto-educação. Já percebi, no passado, que os meus conhecimentos me levavam a interpretar a vida como sendo tediosa, já que eu só tinha um jeito de pensar a realidade. Hoje, quando as mesmas coisas me acontecem de novo eu as vejo diferente. É como se eu tivesse repetido de ano a vida inteira e somente agora eu estou passando de ano. Acho que o medo da vida fazia com que eu me apoiasse em um único ponto de vista a fim de me sentir seguro e confiante na vida e no futuro. O chato disso é que a vida não correspondia às minhas expectativas apesar de eu tentar compreendê-la sob uma dicotomia bem e mal. Compreendi, agora, que meu mal maior foi ser obediente aos meus pais ou pelo menos ter me esforçado demais para isso. Agora entendo que quando eu tinha meus 18 anos meus pai já tinha 51 anos e minha mãe 45 anos, ou seja, fui educado por 2 velhos cheios de medos e preconceitos (afinal, ambos são portugueses). Percebo que não fui educado para agir como jovem no passado mas para agir como um velho no passado. Por isso que agora com 42 anos me ressinto de não ter vivido a minha vida e aprendido com as experiênicias. Posso dizer que sou um quarentão querendo ser jovem de novo. Entende o meu dilema? O problema é que não sei como fazer isso. É duro quando a gente enche a cabeça de idéias dos pais e deixa de aprender com as próprias experiências já que nos parece mais fácil obedecer àqueles que para nós sabem o que estão dizendo. Cansei de ouvir falar que isto é para o meu bem, se eu fizer assim vou me dar bem na vida, etc. Até me dei bem mas será que eu precisava ter me privado de tanta coisa assim? Será que eu não conseguiria tudo isso fazendo o certo e vivendo a vida como todo mundo? Essas perguntas são irrespondíveis a não ser que aceitemos a tese da reencarnação de kardec como sendo verdadeira. Entende como ainda preciso de muletas?
Concordo que as experiências tornaram possível meu conhecimento atual. O que eu quis dizer foi que para criar experiências novas parece-me imprescindível o conhecimento ou pelo menos a auto-educação. Já percebi, no passado, que os meus conhecimentos me levavam a interpretar a vida como sendo tediosa, já que eu só tinha um jeito de pensar a realidade. Hoje, quando as mesmas coisas me acontecem de novo eu as vejo diferente. É como se eu tivesse repetido de ano a vida inteira e somente agora eu estou passando de ano. Acho que o medo da vida fazia com que eu me apoiasse em um único ponto de vista a fim de me sentir seguro e confiante na vida e no futuro. O chato disso é que a vida não correspondia às minhas expectativas apesar de eu tentar compreendê-la sob uma dicotomia bem e mal. Compreendi, agora, que meu mal maior foi ser obediente aos meus pais ou pelo menos ter me esforçado demais para isso. Agora entendo que quando eu tinha meus 18 anos meus pai já tinha 51 anos e minha mãe 45 anos, ou seja, fui educado por 2 velhos cheios de medos e preconceitos (afinal, ambos são portugueses). Percebo que não fui educado para agir como jovem no passado mas para agir como um velho no passado. Por isso que agora com 42 anos me ressinto de não ter vivido a minha vida e aprendido com as experiênicias. Posso dizer que sou um quarentão querendo ser jovem de novo. Entende o meu dilema? O problema é que não sei como fazer isso. É duro quando a gente enche a cabeça de idéias dos pais e deixa de aprender com as próprias experiências já que nos parece mais fácil obedecer àqueles que para nós sabem o que estão dizendo. Cansei de ouvir falar que isto é para o meu bem, se eu fizer assim vou me dar bem na vida, etc. Até me dei bem mas será que eu precisava ter me privado de tanta coisa assim? Será que eu não conseguiria tudo isso fazendo o certo e vivendo a vida como todo mundo? Essas perguntas são irrespondíveis a não ser que aceitemos a tese da reencarnação de kardec como sendo verdadeira. Entende como ainda preciso de muletas?
A diferença entre um ateu e um teísta é que as abobrinhas do primeiro são mais inteligentes que as do segundo.
Olá Labrego!
Peço um pouquinho de sua paciência, pois devo demorar 1 ou 2 dias para elaborar uma resposta para sua mensagem. Estou com tempo livre, mas sinto a necessidade de uma maior período de reflexão antes de lhe responder.
É que intuitivamente percebo um certo perigo caso você siga em frente com seus desejos. Imagino que seja necessário cautela quando buscamos liberar sentimentos e desejos reprimidos, pois na ânsia de liberá-los é possível que esqueçamos algumas conseqüências que podem ser bastante negativas, principalmente quando possuímos família e amigos queridos.
Aguarde só um pouquinho, tudo bem?!
Peço um pouquinho de sua paciência, pois devo demorar 1 ou 2 dias para elaborar uma resposta para sua mensagem. Estou com tempo livre, mas sinto a necessidade de uma maior período de reflexão antes de lhe responder.
É que intuitivamente percebo um certo perigo caso você siga em frente com seus desejos. Imagino que seja necessário cautela quando buscamos liberar sentimentos e desejos reprimidos, pois na ânsia de liberá-los é possível que esqueçamos algumas conseqüências que podem ser bastante negativas, principalmente quando possuímos família e amigos queridos.
Aguarde só um pouquinho, tudo bem?!

Re.: Escola Pública
Caro Edson Jr.:
Realmente sou obrigado a concordar com você sobre esse suposto perigo. Muitas vezes percebo que minha dialéticá interior é insuficiente para dar conta da fera interior que foi se formando dentro de mim durante todo o período da minha vida.
Mas, parece-me, que semelhante atrai semelhante e eu não sou o único de minha geração a estar passando por essa que convencionei chamar de crise dos 40 anos. Claro, sou o único que conheço que está tendo coragem de enfrentar e seguir em frente. Conforme Nietzsche, o homem selvagem e primitivo era 100% exteriorizado, ou seja, vivia conforme seus instintos, desejos e necessidades, agindo de acordo com a forma pela qual a situação se apresentava. Isso significa que o homem primitivo não era neurótico pois agia tal qual um animal comum. A vida em civilização nos obrigou a reprimirmos nossos instintos, desejos e necessidades em função dos interesses coletivos. Com isso o homem criou o ego que nada mais é que uma estrutura mental que o faz pensar o mundo de acordo com suas experiên cias sensoriais e emotivas. Com a repressão do homem criou-se dois homens: o interior que não se manifesta (id) e o exterior que se manifesta (ego). Os religiosos deram o nome de demônio ao id e de alma ao ego. Nos desenhos animados o id é representado pelo diabinho e o ego pelo anjinho. Muitos evangélicos hoje temem muito mais a si mesmo do que propriamente algo fora deles, já que seus instintos não foram resolvidos nem canalizados para algo melhor durante a educação dos mesmos. Por isso que eles tem necessidade de lutar bravamente contra si mesmos numa religião austera e rígida para que seu comportamento seja o mais adequado e útil possível para suas vidas e seus objetivos. Não importa muito onde busquemos a origem de nossos males já que nossos males se originam na cultura de nossa família nuclear (pai, mãe e irmãos) e não propriamente no mundo. Se existe alguém responsável pelos nossos males são os nossos próprios pais que por sua vez atribuem a responsabilidade a seus pais e assim por diante. Oras, somos todos vítimas de vítimas, ou melhor, seremos algozes de nós mesmos? Será que nossa inteligência é apenas uma farsa que esconde a nossa covardia de encarar o mundo e fazermos valer nossa vontade? Por que somente agora tive coragem de me auto-encarar e perceber o quanto eu fugi de mim mesmo temendo minhas próprias necessidades tidas como imorais (sexo, lazer, amigos, etc.) pelos meus valores familiares? Não. Acho que minha inteligência se desenvolveu um pouco mais acima da média pois eu a usava para fugir desesperadamente de mim mesmo. Não tive coragem de lutar contra a opressão e conquistar aquilo que realmente me fazia falta. Que inteligência é esta que cria fantasias e necessidades que não existem para depois se auto-julgar como superior aos outros só porque as demais pessoas não tiveram os mesmos estímulos negativos que eu? Entende como é fácil a gente se julgar o único normal do mundo e o mundo inteiro tudo louco? Não pense você que eu estou lhe cobrando uma reposta. Nada disso. É que todas estas perguntas ficaram engasgadas dentro de mim sem palavras para que elas se manifestassem e muito menos coragem. Hoje, que encontrei um apoio em você estou aproveitando para catarseá-las e se porventura as mesmas se mostrarem absurdas e sem sentido não relutarei em taxá-las de irrespondíveis e deixá-las-ei de lado. Obrigado pela compreensão.
Abraços.
Realmente sou obrigado a concordar com você sobre esse suposto perigo. Muitas vezes percebo que minha dialéticá interior é insuficiente para dar conta da fera interior que foi se formando dentro de mim durante todo o período da minha vida.
Mas, parece-me, que semelhante atrai semelhante e eu não sou o único de minha geração a estar passando por essa que convencionei chamar de crise dos 40 anos. Claro, sou o único que conheço que está tendo coragem de enfrentar e seguir em frente. Conforme Nietzsche, o homem selvagem e primitivo era 100% exteriorizado, ou seja, vivia conforme seus instintos, desejos e necessidades, agindo de acordo com a forma pela qual a situação se apresentava. Isso significa que o homem primitivo não era neurótico pois agia tal qual um animal comum. A vida em civilização nos obrigou a reprimirmos nossos instintos, desejos e necessidades em função dos interesses coletivos. Com isso o homem criou o ego que nada mais é que uma estrutura mental que o faz pensar o mundo de acordo com suas experiên cias sensoriais e emotivas. Com a repressão do homem criou-se dois homens: o interior que não se manifesta (id) e o exterior que se manifesta (ego). Os religiosos deram o nome de demônio ao id e de alma ao ego. Nos desenhos animados o id é representado pelo diabinho e o ego pelo anjinho. Muitos evangélicos hoje temem muito mais a si mesmo do que propriamente algo fora deles, já que seus instintos não foram resolvidos nem canalizados para algo melhor durante a educação dos mesmos. Por isso que eles tem necessidade de lutar bravamente contra si mesmos numa religião austera e rígida para que seu comportamento seja o mais adequado e útil possível para suas vidas e seus objetivos. Não importa muito onde busquemos a origem de nossos males já que nossos males se originam na cultura de nossa família nuclear (pai, mãe e irmãos) e não propriamente no mundo. Se existe alguém responsável pelos nossos males são os nossos próprios pais que por sua vez atribuem a responsabilidade a seus pais e assim por diante. Oras, somos todos vítimas de vítimas, ou melhor, seremos algozes de nós mesmos? Será que nossa inteligência é apenas uma farsa que esconde a nossa covardia de encarar o mundo e fazermos valer nossa vontade? Por que somente agora tive coragem de me auto-encarar e perceber o quanto eu fugi de mim mesmo temendo minhas próprias necessidades tidas como imorais (sexo, lazer, amigos, etc.) pelos meus valores familiares? Não. Acho que minha inteligência se desenvolveu um pouco mais acima da média pois eu a usava para fugir desesperadamente de mim mesmo. Não tive coragem de lutar contra a opressão e conquistar aquilo que realmente me fazia falta. Que inteligência é esta que cria fantasias e necessidades que não existem para depois se auto-julgar como superior aos outros só porque as demais pessoas não tiveram os mesmos estímulos negativos que eu? Entende como é fácil a gente se julgar o único normal do mundo e o mundo inteiro tudo louco? Não pense você que eu estou lhe cobrando uma reposta. Nada disso. É que todas estas perguntas ficaram engasgadas dentro de mim sem palavras para que elas se manifestassem e muito menos coragem. Hoje, que encontrei um apoio em você estou aproveitando para catarseá-las e se porventura as mesmas se mostrarem absurdas e sem sentido não relutarei em taxá-las de irrespondíveis e deixá-las-ei de lado. Obrigado pela compreensão.
Abraços.
A diferença entre um ateu e um teísta é que as abobrinhas do primeiro são mais inteligentes que as do segundo.
- salgueiro
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Oi Labrego
Por favor, não leve a mal, minhas palavras duras
Todo esse processo que vc está passando, é fruto da dificuldade de assumir, que o único responsável pelo seu hoje, é vc mesmo. Distribuir responsabilidades pela família, religião, sociedade, cultura pode a princípio, dar um alívio, mas não é verdade, e o peso continua dentro de si. As razões que o levaram a ter um atitude passiva, diante de seu destino, estão em sua personalidade. Não será a análise do mundo exterior que vai trazer as suas mãos o controle e sim o conhecimento de quem, de verdade vc é. Aí sim, de forma plena, poderá fazer escolhas
Bjs
Olá Labrego!
Ao meu ver, é muito importante que você valorize sua liberdade, mas sugiro cautela. É que na ânsia pela liberdade podemos machucar pessoas a quem amamos, o que seria demasiadamente doloroso para nós mesmos. Vivemos numa sociedade que valoriza muito mais o ter e não o ser, transformando seres humanos em ilhas que se vangloriam de serem livres, quando na verdade são mares de solidão. A grande verdade é que tudo está interligado, não seremos felizes sem o contato profundo e verdadeiro com outras pessoas. Pesquisas revelam que nascemos programados para nos conectarmos. Não fomos projetados para sermos sozinhos.
Além disso, o prazer imediato é bastante estimulado pela mídia e está disponível, o que coopera para a vida superficial e vazia de milhares de pessoas. É um bombardeio de estímulos que acabam produzindo um efeito nocivo sem precedentes na mente das pessoas. As pessoas ficam viciadas com tais estímulos, o que as tornam cada vez mais consumistas. O efeito é semelhante a uma droga. A pessoa sempre precisará de um estímulo cada vez maior para se satisfazer, gerando o chamado SPA (síndrome do pensamento acelerado). Os resultados são drásticos, pois cada vez mais dependentes de estímulos mais e mais fortes, a pessoa acaba deixando de ter prazer nas coisas mais singelas da vida, desvalorizando aquilo que realmente existe de mais valioso e belo, como o amor, a ternura, o desabrochar de uma flor e a beleza no vôo de uma borboleta.
Seria interessante se você tentasse resgatar tais prazeres simples, caso os tenha perdido. A felicidade genuína é amiga da simplicidade. É provável que, durante essa sua busca, os estímulos externos produzidos pela sociedade e mídia percam a voz e, que com isso, você encontre a sua verdadeira voz interior. Terá mais calma, serenidade e pensamentos mais claros.
Com relação à psicanálise, minha interpretação do assunto é diferente. Existiriam três divisões: o ID, o EGO e o SUPEREGO. O ID seria seus instintos e impulsos naturais. Tais impulsos têm como orientação à busca do prazer e a fuga da dor. O SUPEREGO seria as influências, estímulos e repressões exteriores, como a criação, a religião, a mídia. O EGO seria justamente o que você é. E o objetivo da psicanálise é justamente o de fortalecer o EGO, pois com o EGO fortalecido é possível canalizar mais eficientemente os impulsos do ID, bem como as influências do SUPEREGO.
O problema é que as influências da mídia fazem parte também do SUPEREGO e, ao invés de reprimir os impulsos do ID, ela os estimula ainda mais. Enquanto a religião possui um caráter mais repressor, a mídia possui um caráter permissivo. Atualmente, o bombardeio de estímulos está tão intenso que a pessoa será dominada por eles, se não tomar o devido cuidado. Uma boa dica é se afastar por um período de tais estímulos. À medida que forem perdendo a força e o poder, você começará a se encontrar. Aí sim terá escolhas mais autênticas, que brotam do que você realmente é.
A pessoa verdadeiramente livre, não é aquela que dá vazão aos seus instintos e sim a que sabe como os domar. Da mesma forma, consegue filtrar estímulos externos em prol de uma felicidade profunda e verdadeira. Quem não consegue isso é, em algum grau, escravo. Ou dos impulsos do ID, ou dos estímulos e influências do SUPEREGO.
Finalizando, devo concordar com a Salgueiro, pois realmente é fundamental que você não se coloque como vítima. Entendo perfeitamente que sua criação teve uma grande parcela de culpa, mas se fizer o papel de vítima, você ficará estagnado e incapaz de promover verdadeiras mudanças em sua vida. Permitirá que as fraquezas de outras pessoas assumam o controle sobre você. É preciso que você assuma o total controle de si mesmo, assumindo a responsabilidade por sua situação atual, tomando as rédeas de sua vida, resgatando seus sonhos, criando e determinando seu futuro.
Um grande abraço, camarada!
Ao meu ver, é muito importante que você valorize sua liberdade, mas sugiro cautela. É que na ânsia pela liberdade podemos machucar pessoas a quem amamos, o que seria demasiadamente doloroso para nós mesmos. Vivemos numa sociedade que valoriza muito mais o ter e não o ser, transformando seres humanos em ilhas que se vangloriam de serem livres, quando na verdade são mares de solidão. A grande verdade é que tudo está interligado, não seremos felizes sem o contato profundo e verdadeiro com outras pessoas. Pesquisas revelam que nascemos programados para nos conectarmos. Não fomos projetados para sermos sozinhos.
Além disso, o prazer imediato é bastante estimulado pela mídia e está disponível, o que coopera para a vida superficial e vazia de milhares de pessoas. É um bombardeio de estímulos que acabam produzindo um efeito nocivo sem precedentes na mente das pessoas. As pessoas ficam viciadas com tais estímulos, o que as tornam cada vez mais consumistas. O efeito é semelhante a uma droga. A pessoa sempre precisará de um estímulo cada vez maior para se satisfazer, gerando o chamado SPA (síndrome do pensamento acelerado). Os resultados são drásticos, pois cada vez mais dependentes de estímulos mais e mais fortes, a pessoa acaba deixando de ter prazer nas coisas mais singelas da vida, desvalorizando aquilo que realmente existe de mais valioso e belo, como o amor, a ternura, o desabrochar de uma flor e a beleza no vôo de uma borboleta.
Seria interessante se você tentasse resgatar tais prazeres simples, caso os tenha perdido. A felicidade genuína é amiga da simplicidade. É provável que, durante essa sua busca, os estímulos externos produzidos pela sociedade e mídia percam a voz e, que com isso, você encontre a sua verdadeira voz interior. Terá mais calma, serenidade e pensamentos mais claros.
Com relação à psicanálise, minha interpretação do assunto é diferente. Existiriam três divisões: o ID, o EGO e o SUPEREGO. O ID seria seus instintos e impulsos naturais. Tais impulsos têm como orientação à busca do prazer e a fuga da dor. O SUPEREGO seria as influências, estímulos e repressões exteriores, como a criação, a religião, a mídia. O EGO seria justamente o que você é. E o objetivo da psicanálise é justamente o de fortalecer o EGO, pois com o EGO fortalecido é possível canalizar mais eficientemente os impulsos do ID, bem como as influências do SUPEREGO.
O problema é que as influências da mídia fazem parte também do SUPEREGO e, ao invés de reprimir os impulsos do ID, ela os estimula ainda mais. Enquanto a religião possui um caráter mais repressor, a mídia possui um caráter permissivo. Atualmente, o bombardeio de estímulos está tão intenso que a pessoa será dominada por eles, se não tomar o devido cuidado. Uma boa dica é se afastar por um período de tais estímulos. À medida que forem perdendo a força e o poder, você começará a se encontrar. Aí sim terá escolhas mais autênticas, que brotam do que você realmente é.
A pessoa verdadeiramente livre, não é aquela que dá vazão aos seus instintos e sim a que sabe como os domar. Da mesma forma, consegue filtrar estímulos externos em prol de uma felicidade profunda e verdadeira. Quem não consegue isso é, em algum grau, escravo. Ou dos impulsos do ID, ou dos estímulos e influências do SUPEREGO.
Finalizando, devo concordar com a Salgueiro, pois realmente é fundamental que você não se coloque como vítima. Entendo perfeitamente que sua criação teve uma grande parcela de culpa, mas se fizer o papel de vítima, você ficará estagnado e incapaz de promover verdadeiras mudanças em sua vida. Permitirá que as fraquezas de outras pessoas assumam o controle sobre você. É preciso que você assuma o total controle de si mesmo, assumindo a responsabilidade por sua situação atual, tomando as rédeas de sua vida, resgatando seus sonhos, criando e determinando seu futuro.
Um grande abraço, camarada!
- user f.k.a. Cabeção
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Re.: Escola Pública
Outra coisa, educação não deveria ser uma imposição estatal, nem haver diretrizes e bases, coisa nenhuma. Os pais deveriam ser livres para escolher que tipo de educação pretendem dar para seus filhos, e não estarem sujeitos ao controle de um ministério que no fim das contas determina como as pessoas devem ou não pensar.
Todas as instituições de ensino deveriam ser livres e o que determinaria seu sucesso seria o mercado e a divulgação que elas próprias conseguiriam com a qualidade do ensino prestado, refletido na boa formação de seus alunos, dentro das metas estabelecidas por ela mesma.
Educação básica deve ser um direito do cidadão sim, e deve ser oferecida pelo estado, mas mesmo assim não se trata de um direito ou dever do Estado sair educando como achar que deve a tudo e a todos, ou determinando como as instituições "particulares" deverão conduzir seus programas de ensino para se adequar ao que ele pretende entubar na cabeça desses novos cidadãos.
Esse tipo de determinação que abre precedente para toda a panfletagem marxista que ocorre nos níveis secundário e superior. Professores de formação marxista seguindo programas de orientação marxista, não poderia dar outra coisa se não marxismo e patrulhamento ideológico.
O estigma da educação marxista na verdade se trata apenas de uma manobra velha conhecida de alfabetizar zumbificando, e, enquanto a educação estiver nas mãos de esquerdistas, não se pode esperar nada diferente.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Re: Re.: Escola Pública
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Outra coisa, educação não deveria ser uma imposição estatal, nem haver diretrizes e bases, coisa nenhuma. Os pais deveriam ser livres para escolher que tipo de educação pretendem dar para seus filhos, e não estarem sujeitos ao controle de um ministério que no fim das contas determina como as pessoas devem ou não pensar.
Todas as instituições de ensino deveriam ser livres e o que determinaria seu sucesso seria o mercado e a divulgação que elas próprias conseguiriam com a qualidade do ensino prestado, refletido na boa formação de seus alunos, dentro das metas estabelecidas por ela mesma.
Educação básica deve ser um direito do cidadão sim, e deve ser oferecida pelo estado, mas mesmo assim não se trata de um direito ou dever do Estado sair educando como achar que deve a tudo e a todos, ou determinando como as instituições "particulares" deverão conduzir seus programas de ensino para se adequar ao que ele pretende entubar na cabeça desses novos cidadãos.
Esse tipo de determinação que abre precedente para toda a panfletagem marxista que ocorre nos níveis secundário e superior. Professores de formação marxista seguindo programas de orientação marxista, não poderia dar outra coisa se não marxismo e patrulhamento ideológico.
O estigma da educação marxista na verdade se trata apenas de uma manobra velha conhecida de alfabetizar zumbificando, e, enquanto a educação estiver nas mãos de esquerdistas, não se pode esperar nada diferente.
A questão central é que não há ensino não ideológico. Não há pensamento não ideológico (a não ser que lide apenas com juízos de fato e que não envolva nenhum critério político).
Inventar uma "esquerda marxista" em "comunhão" com o "Ministério da educação" é tão idiota quanto se alfabetizar ideologias (como notoriamente ocorre no ensino básico).
Se tal professor segue tal metodologia e referencial ideológico, ele fatalmente irá deixar transparecer isto em suas idéias dentro de sala de aula. Desde que isso, obviamente, não corrompa nem distorça fatos, não há problema nenhum.
Agora, lançar um idealzinho de "aluno neutro" aprendendo com "professores neutros" é puro non-sense.
- user f.k.a. Cabeção
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Re.: Escola Pública
Não se trata de neutralidade, mas do direito a escolha e pluralidade de opiniões, e não a diretrizes que determinem tão somente uma única ideologia, a marxista, e deflagrada por todos os pedagogos e profissionais de educação, que bebem de uma única fonte, e não permitindo aos pais e a pessoas de posicionamento mais liberal determinarem que tipo de educação devem receber seus próprios filhos.
Deixar o mercado decidir sempre foi a melhor decisão.
Deixar o mercado decidir sempre foi a melhor decisão.
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Re: Re.: Escola Pública
user f.k.a. Cabeção escreveu:Não se trata de neutralidade, mas do direito a escolha e pluralidade de opiniões, e não a diretrizes que determinem tão somente uma única ideologia, a marxista, e deflagrada por todos os pedagogos e profissionais de educação, que bebem de uma única fonte, e não permitindo aos pais e a pessoas de posicionamento mais liberal determinarem que tipo de educação devem receber seus próprios filhos.
Deixar o mercado decidir sempre foi a melhor decisão.
Concordo com toda sua postagem, a não ser com a "decisão do mercado". E isto, por motivos que se eu continuar a debater contigo, a gente sai na porrada e perde a amizade....
- user f.k.a. Cabeção
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Re.: Escola Pública
Mas a decisão do mercado é a mais justa, pois o mercado nada mais é do que a reunião de todos os incentivos, produzidos pelos interesses individuais e propriedades privadas, de todos os integrantes da sociedade.
Oferta e Procura, pura e simples, deve governar, porque qualquer coisa diferente, é impostura ideológica.
Oferta e Procura, pura e simples, deve governar, porque qualquer coisa diferente, é impostura ideológica.
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Re: Re.: Escola Pública
user f.k.a. Cabeção escreveu:Mas a decisão do mercado é a mais justa, pois o mercado nada mais é do que a reunião de todos os incentivos, produzidos pelos interesses individuais e propriedades privadas, de todos os integrantes da sociedade.
Oferta e Procura, pura e simples, deve governar, porque qualquer coisa diferente, é impostura ideológica.
Cabeça, eu jurei a mim mesmo que ia parar com esses debates políticos infrutíferos. Você não me convence, eu não te convenço.
Infelizmente, sou teimoso e vou insistir nisto mais uma vez.
De toda forma, a minha assinatura responde à questão: "a soma dos incentivos" segue apenas um ideário do que pode dar mais lucro, e não do que é mais útil, mais benéfico ou moralmente mais aceitável. Deixar que "o mercado escolha" é uma postura niilista, de quem aceita que um sistema decida o que é ou não lícito ou correto.
Vale lembrar que várias áreas do conhecimento são totalmente danificadas por tal postura. Para citar um exemplo, a historiografia japonesa e a historiografia americana são extremamente fracas. Simples: seu público é reduzido. Em contrapartida, a maioria dos grandes historiadores atuais são franceses. Na minha modesta opinião, a melhor historiografia do mundo.
Re.: Escola Pública
Caro Edson Jr. e Salgueiro:
Gostei das respostas de ambos. Na verdade a Salgueiro falou exatamente o que meu super-ego já fala. (rs). Entendi perfeitamente o que você colocou a título de psicanálise em relação ao id, ao ego e ao super-ego. Na verdade meu super-ego era muito feroz e limitava demais o desenvolvimento e fortalecimento do meu ego. Compreendi perfeitamente o que você quis dizer. Agora tenho uma nova visão de como lidar com estas minhas instâncias psíquicas e quanto ao que você falou de voz interior eu tive ela muito forte dentro de mim nesses últimos 5 anos. Eu até pensava que fosse Deus que estivesse falando comigo. Nem sei dizer o que isso significava mas ela agora está bem menos forte dentro de mim. Quanto ao que você falou que conversando ao vivo com pessoas era muito melhor do que na internet eu descobri que realmente você estava certo. Nessa sexta-feira saí meio-dia do serviço e fui com um colega tomar cerveja. O cara adora filosofia e se chama Péricles. O apelido dele no CPD onde trabalho é NASA. Meu. Foi o maior barato. Nunca consegui tantas respostas às minhas questões como consegui nessa sexta-feira. Percebo agora que eu me rejeitei a vida inteira e alimentei um complexo de inferioridade. Para contrabalançar esse complexo de inferioridade extrema eu tive que meter a cara no mundo e lutar para ser o melhor, criando um complexo de superioridade. Dessa forma isolei-me das pessoas e me dediquei somente à vida profissional, rejeitando todos os demais prazeres por serem incompatíveis com a visão de mundo de minha família. Por isso eu tinha que driblar meu super-ego, escapando do seu julgamento, agindo na inconsciência a fim de suprir minhas necessidades instintuais. Creio que você me forneceu aquilo que estava me faltando. Este processo de acerto de contas com a vida - pois realmente foi o que tive que fazer - se iniciou há 5 anos atrás e desde então venho tentando me reajustar à vida. O mais difícil de lidar é quando aparecem perguntas irrespondíveis dentro de mim e eu não sei como respondê-las. É como se algo ou alguém me cobrasse porque eu não fiz isso ou não fiz aquilo. Realmente, eu cheguei a conclusão de que se eu tivesse feito de outra forma as coisas eu não teria muita chance de chegar aonde eu cheguei e não estaria nem sequer preparado para compreender estas verdades científicas que você tão bem elaborou. Fico imensamente grato por este site existir e prestar esse tipo de ajuda que tenho certeza, não sou o primeiro nem serei o último. Felizmente eu desenvolvi ouvidos para ouvir e compreender. Tomei a liberdade de imprimir estes textos elaborados nesse forum por todos os participantes para eu entregar às pessoas que conheço e que passam pelo mesmo processo de reencontro de si mesmos. Um sobrinho meu recém-saído da penitenciária está com umas idéias muito parecidas com estas que estou expondo aqui. Acredito que ele compreenderá estas palavras pois o mesmo, parece-me, teve um tratamento psicológico no período de 8 anos em que ficou preso. Ele agora tem 26 anos e esteve preso desde os 18 anos. Parece-me seu bom comportamento rendeu-lhe certos benefícios na prisão e agora está em liberdade condicional mas muito confuso ainda em suas idéias, assim como eu. De qualquer forma eu tenho aonde recorrer e sempre recorrerei assim que precisar.
Gostei das respostas de ambos. Na verdade a Salgueiro falou exatamente o que meu super-ego já fala. (rs). Entendi perfeitamente o que você colocou a título de psicanálise em relação ao id, ao ego e ao super-ego. Na verdade meu super-ego era muito feroz e limitava demais o desenvolvimento e fortalecimento do meu ego. Compreendi perfeitamente o que você quis dizer. Agora tenho uma nova visão de como lidar com estas minhas instâncias psíquicas e quanto ao que você falou de voz interior eu tive ela muito forte dentro de mim nesses últimos 5 anos. Eu até pensava que fosse Deus que estivesse falando comigo. Nem sei dizer o que isso significava mas ela agora está bem menos forte dentro de mim. Quanto ao que você falou que conversando ao vivo com pessoas era muito melhor do que na internet eu descobri que realmente você estava certo. Nessa sexta-feira saí meio-dia do serviço e fui com um colega tomar cerveja. O cara adora filosofia e se chama Péricles. O apelido dele no CPD onde trabalho é NASA. Meu. Foi o maior barato. Nunca consegui tantas respostas às minhas questões como consegui nessa sexta-feira. Percebo agora que eu me rejeitei a vida inteira e alimentei um complexo de inferioridade. Para contrabalançar esse complexo de inferioridade extrema eu tive que meter a cara no mundo e lutar para ser o melhor, criando um complexo de superioridade. Dessa forma isolei-me das pessoas e me dediquei somente à vida profissional, rejeitando todos os demais prazeres por serem incompatíveis com a visão de mundo de minha família. Por isso eu tinha que driblar meu super-ego, escapando do seu julgamento, agindo na inconsciência a fim de suprir minhas necessidades instintuais. Creio que você me forneceu aquilo que estava me faltando. Este processo de acerto de contas com a vida - pois realmente foi o que tive que fazer - se iniciou há 5 anos atrás e desde então venho tentando me reajustar à vida. O mais difícil de lidar é quando aparecem perguntas irrespondíveis dentro de mim e eu não sei como respondê-las. É como se algo ou alguém me cobrasse porque eu não fiz isso ou não fiz aquilo. Realmente, eu cheguei a conclusão de que se eu tivesse feito de outra forma as coisas eu não teria muita chance de chegar aonde eu cheguei e não estaria nem sequer preparado para compreender estas verdades científicas que você tão bem elaborou. Fico imensamente grato por este site existir e prestar esse tipo de ajuda que tenho certeza, não sou o primeiro nem serei o último. Felizmente eu desenvolvi ouvidos para ouvir e compreender. Tomei a liberdade de imprimir estes textos elaborados nesse forum por todos os participantes para eu entregar às pessoas que conheço e que passam pelo mesmo processo de reencontro de si mesmos. Um sobrinho meu recém-saído da penitenciária está com umas idéias muito parecidas com estas que estou expondo aqui. Acredito que ele compreenderá estas palavras pois o mesmo, parece-me, teve um tratamento psicológico no período de 8 anos em que ficou preso. Ele agora tem 26 anos e esteve preso desde os 18 anos. Parece-me seu bom comportamento rendeu-lhe certos benefícios na prisão e agora está em liberdade condicional mas muito confuso ainda em suas idéias, assim como eu. De qualquer forma eu tenho aonde recorrer e sempre recorrerei assim que precisar.
A diferença entre um ateu e um teísta é que as abobrinhas do primeiro são mais inteligentes que as do segundo.
Re.: Escola Pública
Caro Edson Jr.:
Somente para complementar o meu texto anterior, conversando com esse amigo percebi que eu acreditava piamente que meu pai era infeliz e sofredor. Em suma, sentia muita pena dele. Lembrei-me então de que eu já havia lido que dó e pena é identificação com a miséria alheia ou uma tentativa que fazemos de nos colocar no lugar das pessoas e vermos e sentirmos o mundo com os olhos dela. E não era que eu estava certo? Percebi que durante a vida usei muito esse recurso a fim de gostar de pessoas que eu não gostava pois sentia-me culpado por não gostar. E pior, eram pessoas das quais eu dependia, como meus pais por exemplo. Conclusão: usei tanto esse recurso que ele ficou automático em meu cérebro e criei uma falsa empatia pelas pessoas. Na verdade esses sentimentos eram meus e não das pessoas a minha volta. Apesar dos resultados drásticos, hoje consigo dar risada dessa minha ingenuidade. Pelo menos para mim esta conclusão e a maneira como flagrei esse processo ocorrendo dentro de mim foi o melhor presente de natal de minha vida. Era um tormento para mim sentir coisas que não faziam parte da minha experiência de vida pois eram outros que estavam vivendo suas experiências e eu sempre me intrometia achando que eles estavam sentindo aquilo que eu estava sentindo. Acredito que você deve compreender este tipo de mecanismo mental que a gente adquire para sobreviver quando sente que nossa sobrevivência está em jogo. Acredito hoje que a solidariedade é importante mas não devemos sofrer com as dores alheias. Devemos sim tentar amenizá-las e isso se estiver em nosso alcance. Por exemplo, jamais tentarei amenizar a dor de alguém que está doente. Para isso já existem médicos e minha solidariedade se torna inútil nessa área mas se eu tiver amizade pela pessoa confortá-la-ei com minha presença e companhia. O resto quem faz é o médico. Entende como a gente aprende coisas erradas na igreja? Todo crente acredita piamente que resolveu todos os problemas da vida e não consegue fazer uma caridade sincera. Ele projeta seu emocional negativo no mundo e acredita que todo mundo está sentindo o que ele está sentindo. É igual o programa Zorra Total com o Maluf: isso não é meu, não estou nem aqui. Ele nega que aqueles sentimentos negativos pertencem a ele pois ele criou eficientes mecanismos mentais de projeção de sua negatividade. Com isso ele obtém um alívio temporário de suas dores e cai naquela síndrome do pensamento acelerado que você citou. Realmente, identifiquei muitos conhecidos meus, inclusive eu, que sofrem dessa síndrome e procuram entupir a mente com uma fé cega e irracional no sobrenatural a fim de fugirem mais ainda de si mesmos. Meu. Você é o cara. Deu-me subsídios para compreender a mim mesmo e aos demais que eu conheço. Parabéns.
Somente para complementar o meu texto anterior, conversando com esse amigo percebi que eu acreditava piamente que meu pai era infeliz e sofredor. Em suma, sentia muita pena dele. Lembrei-me então de que eu já havia lido que dó e pena é identificação com a miséria alheia ou uma tentativa que fazemos de nos colocar no lugar das pessoas e vermos e sentirmos o mundo com os olhos dela. E não era que eu estava certo? Percebi que durante a vida usei muito esse recurso a fim de gostar de pessoas que eu não gostava pois sentia-me culpado por não gostar. E pior, eram pessoas das quais eu dependia, como meus pais por exemplo. Conclusão: usei tanto esse recurso que ele ficou automático em meu cérebro e criei uma falsa empatia pelas pessoas. Na verdade esses sentimentos eram meus e não das pessoas a minha volta. Apesar dos resultados drásticos, hoje consigo dar risada dessa minha ingenuidade. Pelo menos para mim esta conclusão e a maneira como flagrei esse processo ocorrendo dentro de mim foi o melhor presente de natal de minha vida. Era um tormento para mim sentir coisas que não faziam parte da minha experiência de vida pois eram outros que estavam vivendo suas experiências e eu sempre me intrometia achando que eles estavam sentindo aquilo que eu estava sentindo. Acredito que você deve compreender este tipo de mecanismo mental que a gente adquire para sobreviver quando sente que nossa sobrevivência está em jogo. Acredito hoje que a solidariedade é importante mas não devemos sofrer com as dores alheias. Devemos sim tentar amenizá-las e isso se estiver em nosso alcance. Por exemplo, jamais tentarei amenizar a dor de alguém que está doente. Para isso já existem médicos e minha solidariedade se torna inútil nessa área mas se eu tiver amizade pela pessoa confortá-la-ei com minha presença e companhia. O resto quem faz é o médico. Entende como a gente aprende coisas erradas na igreja? Todo crente acredita piamente que resolveu todos os problemas da vida e não consegue fazer uma caridade sincera. Ele projeta seu emocional negativo no mundo e acredita que todo mundo está sentindo o que ele está sentindo. É igual o programa Zorra Total com o Maluf: isso não é meu, não estou nem aqui. Ele nega que aqueles sentimentos negativos pertencem a ele pois ele criou eficientes mecanismos mentais de projeção de sua negatividade. Com isso ele obtém um alívio temporário de suas dores e cai naquela síndrome do pensamento acelerado que você citou. Realmente, identifiquei muitos conhecidos meus, inclusive eu, que sofrem dessa síndrome e procuram entupir a mente com uma fé cega e irracional no sobrenatural a fim de fugirem mais ainda de si mesmos. Meu. Você é o cara. Deu-me subsídios para compreender a mim mesmo e aos demais que eu conheço. Parabéns.
A diferença entre um ateu e um teísta é que as abobrinhas do primeiro são mais inteligentes que as do segundo.
Re.: Escola Pública
Olá Labrego
Fico muito feliz por tê-lo ajudado. O mundo ao nosso redor parece que muda para melhor à medida que vamos nos descobrindo. É uma jornada fascinante que não há como se arrepender!
Devo ficar um tempinho fora da internet, pois é final de ano. É necessário diversão!
Feliz Ano Novo Labrego! Muita saúde, Paz e tudo de bom...
Fico muito feliz por tê-lo ajudado. O mundo ao nosso redor parece que muda para melhor à medida que vamos nos descobrindo. É uma jornada fascinante que não há como se arrepender!

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"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Re: Re.: Escola Pública
Labrego escreveu:O mais difícil de lidar é quando aparecem perguntas irrespondíveis dentro de mim e eu não sei como respondê-las.
Acho que cada um tem uma maneira peculiar de lidar com essas questões. Pessoalmente, costumo dar ares a imaginação. É maneiro! Mas quando tais questões começam a me incomodar, me chatear, deixo para lá. Até mesmo porque são perguntas irrespondíveis. Se não existe resposta para elas, é besteira ficar me preocupando demais. Não vou achar a resposta mesmo!
...agora fui...

Re.: Escola Pública
Caro Edson Jr.:
Ficar-lhe-ei eternamente grato pelas suas respostas e orientações às minhas dúvidas e ignorâncias. Hoje compreende minha principal falha na vida que foi a de criar uma falsa empatia pelas pessoas à minha volta. Agora tenho certeza de que terei um feliz ano novo de 2006 e aprendi a valorizar o contato humano e a exposição de nosso eu como algo confortador e maravilhoso. Para mim chega de hipocrisias. Se antes eu era criticado por ser eu mesmo que tive que criar uma máscara, hoje me sinto livre e feliz por poder ser realmente eu. Sentir minhas próprias necessidades e tentar supri-las sem sentir vergoonha ou medo de ser eu mesmo. Claro, hoje me solidarizo com todos aqueles que estão buscando a verdade e esses falam a minha língua. Já aqueles que preferem as meias-verdades e não se esforçam ainda para encontrarem a si mesmos, estes não mais falam a minha língua. Reconheço hoje que sempre amei meus pais mas o que eu odiava de verdade era o meu super-ego. Como o super-ego é herança dos pais o mesmo não mais me servia na íntegra para a nova realidade que eu estava vivendo. No passado foi muito útil mas no presente estava causando problemas em minha vida. Por isso que eu projetava meu ódio e raiva nos meus pais. Oras, como eu poderia odiá-los se eles mudaram tanto? É que o super-ego estava desatualizado. Coisas que foram verdadeiras para os meus pais no passado, no presente já não eram mais e como cristalizei o ego eu filtrava meus pais através dessa óptica anacrônica, ou seja, julgava eles pelo passado. As pessoas nos interessam pelo que elas são hoje e não pelo que foram no passado. Meus pais mudaram. O que nunca mudou foi minha cabeça. risos... Agora entendo isso. O que mais contribuiu para essa cristalização do ego foi o fato de eu, por não ter conseguido me resolver aos 20 anos, ter abdicado da vida em sociedade para tornar-me uma máquina como o computador. Se eu conseguisse ser puramente racional tipo o Spock de Jornada nas Estrelas eu não mais sofreria dores emocionais pois a minha razão me supriria a vida. Oras, agora compreendo isso e pior, ainda consigo dar risada de tudo isso. Essa loucura teve uma finalidade interessante: me proporcionou uma profissão bastante rentável. Hoje sou Analista de Sistemas e durante os meus últimos 20 anos profissionais fui Programador de Computadores. Acho que todo bom profissional deve ter um pouco de loucura em si para deixar de lado as praias, mulheres, etc. para se dedicar a algo na vida. Einsten já disse que no Brasil será muito difícil surgir um gênio porque o Brasil é muito bonito e maravilhoso. O ambiente nos desvia constantemente de nosso alvo na vida; É como os crentes dizem: para o mal há muita tentação mas para o bem, pouca motivação. Para mim o ideal hoje é valorizar o prazer de viver e também o de trabalhar em prol de alguma causa, mesmo que essa causa seja a nossa própria causa. Afinal, sendo feliz eu irradiarei a minha felicidade a minha volta e outras pessoas seguirão meu exemplo que nunca foi indigno de uma pessoa de bem, apesar de um pouco disparatado e aparentemente sem sentido para a nossa cultura brasileira. Como alguém pode achar alguém com um livro na mão uma pessoa feliz? Deixando o chope e as mulheres de lado? Em nossa cultura infelizmente quem faz esse tipo de coisa é taxado de louco ou que não gosta de viver. Foram essas mensagens que tentavam me tirar de meu caminho. Hoje, muita gente que usufruiu daquilo que a vida tem de melhor me diz que gostaria de ter feito o que eu fiz e eu lhes dizia que eu gostaria de ter feito o que elas fizeram e nao o que eu fiz. Oras, porque isso? Porque culturalmente eu cheguei a conclusão de que não valeu a pena porque não consegui ser feliz mas no fundo eu sentia que fiz a coisa certa. Só que esse sentimento era tao vago e impreciso que eu precisei demolir meus valores culturais para poder entender isso. Afinal, percebo hoje que a minha cultura anterior não era propícia para a realidade que eu pretendia me dar e que estou vivendo hoje. Percebe agora toda a dificuldade de alguem que mesmo estando infeliz mas menos infeliz que ontem tem de mudar seus paradigmas e o que dizer entao de sua religiao? Se esse site nao fosse de ateus eu agradeceria a Deus por este site existir.
Um grande abraço e pode ter certeza de que entre nós nasceu uma grande amizade. FELIZ ANO NOVO !!!
Ficar-lhe-ei eternamente grato pelas suas respostas e orientações às minhas dúvidas e ignorâncias. Hoje compreende minha principal falha na vida que foi a de criar uma falsa empatia pelas pessoas à minha volta. Agora tenho certeza de que terei um feliz ano novo de 2006 e aprendi a valorizar o contato humano e a exposição de nosso eu como algo confortador e maravilhoso. Para mim chega de hipocrisias. Se antes eu era criticado por ser eu mesmo que tive que criar uma máscara, hoje me sinto livre e feliz por poder ser realmente eu. Sentir minhas próprias necessidades e tentar supri-las sem sentir vergoonha ou medo de ser eu mesmo. Claro, hoje me solidarizo com todos aqueles que estão buscando a verdade e esses falam a minha língua. Já aqueles que preferem as meias-verdades e não se esforçam ainda para encontrarem a si mesmos, estes não mais falam a minha língua. Reconheço hoje que sempre amei meus pais mas o que eu odiava de verdade era o meu super-ego. Como o super-ego é herança dos pais o mesmo não mais me servia na íntegra para a nova realidade que eu estava vivendo. No passado foi muito útil mas no presente estava causando problemas em minha vida. Por isso que eu projetava meu ódio e raiva nos meus pais. Oras, como eu poderia odiá-los se eles mudaram tanto? É que o super-ego estava desatualizado. Coisas que foram verdadeiras para os meus pais no passado, no presente já não eram mais e como cristalizei o ego eu filtrava meus pais através dessa óptica anacrônica, ou seja, julgava eles pelo passado. As pessoas nos interessam pelo que elas são hoje e não pelo que foram no passado. Meus pais mudaram. O que nunca mudou foi minha cabeça. risos... Agora entendo isso. O que mais contribuiu para essa cristalização do ego foi o fato de eu, por não ter conseguido me resolver aos 20 anos, ter abdicado da vida em sociedade para tornar-me uma máquina como o computador. Se eu conseguisse ser puramente racional tipo o Spock de Jornada nas Estrelas eu não mais sofreria dores emocionais pois a minha razão me supriria a vida. Oras, agora compreendo isso e pior, ainda consigo dar risada de tudo isso. Essa loucura teve uma finalidade interessante: me proporcionou uma profissão bastante rentável. Hoje sou Analista de Sistemas e durante os meus últimos 20 anos profissionais fui Programador de Computadores. Acho que todo bom profissional deve ter um pouco de loucura em si para deixar de lado as praias, mulheres, etc. para se dedicar a algo na vida. Einsten já disse que no Brasil será muito difícil surgir um gênio porque o Brasil é muito bonito e maravilhoso. O ambiente nos desvia constantemente de nosso alvo na vida; É como os crentes dizem: para o mal há muita tentação mas para o bem, pouca motivação. Para mim o ideal hoje é valorizar o prazer de viver e também o de trabalhar em prol de alguma causa, mesmo que essa causa seja a nossa própria causa. Afinal, sendo feliz eu irradiarei a minha felicidade a minha volta e outras pessoas seguirão meu exemplo que nunca foi indigno de uma pessoa de bem, apesar de um pouco disparatado e aparentemente sem sentido para a nossa cultura brasileira. Como alguém pode achar alguém com um livro na mão uma pessoa feliz? Deixando o chope e as mulheres de lado? Em nossa cultura infelizmente quem faz esse tipo de coisa é taxado de louco ou que não gosta de viver. Foram essas mensagens que tentavam me tirar de meu caminho. Hoje, muita gente que usufruiu daquilo que a vida tem de melhor me diz que gostaria de ter feito o que eu fiz e eu lhes dizia que eu gostaria de ter feito o que elas fizeram e nao o que eu fiz. Oras, porque isso? Porque culturalmente eu cheguei a conclusão de que não valeu a pena porque não consegui ser feliz mas no fundo eu sentia que fiz a coisa certa. Só que esse sentimento era tao vago e impreciso que eu precisei demolir meus valores culturais para poder entender isso. Afinal, percebo hoje que a minha cultura anterior não era propícia para a realidade que eu pretendia me dar e que estou vivendo hoje. Percebe agora toda a dificuldade de alguem que mesmo estando infeliz mas menos infeliz que ontem tem de mudar seus paradigmas e o que dizer entao de sua religiao? Se esse site nao fosse de ateus eu agradeceria a Deus por este site existir.

Um grande abraço e pode ter certeza de que entre nós nasceu uma grande amizade. FELIZ ANO NOVO !!!
A diferença entre um ateu e um teísta é que as abobrinhas do primeiro são mais inteligentes que as do segundo.
Re.: Escola Pública
Quero deixar neste tópico a sugestão de que o Edson Jr. e outras pessoas que tem uma grande compreensão dos problemas que afligem as pessoas, tendo em vista os resultados obtidos por mim neste tópico, que abram um tópico denominado "Consultório de Psicologia" onde as pessoas possam desabafar seus problemas e se virem confortadas e ajudadas por pessoas que tem conhecimento de causa sobre o assunto. Percebo que não é fácil mudar de uma situação anterior para uma atual e melhor mas as pessoas precisam ser encorajadas a exporem suas dificuldades para que nosso ateísmo não vire um substituto da religião que abandonamos e sim um novo estilo de vida e de pensamento onde possamos criar convicções fortes e duradouras e não apenas modismo ou opinião. Tenho como certeza de que é muito difícil nos libertarmos dos laços emocionais que nos prendem a qualquer pseudo-verdade pois renunciar a mesma significará muitas vezes a desestruturação de nossa vida afetiva/emocional. Afinal, quantos de nós não construiu para si uma personalidade negativa e conformista para fugir da angústia de sesentir inferior aos outros? Creio que muitos de nós e não podemos deixar que somente a revolta seja o sentimento dominante em nossa mudança de opinião religiosa.
Um abraço a todos desse tópico.
Um abraço a todos desse tópico.
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Re.: Escola Pública
Olá, Labrego!
O meu acesso à internet é discado, por isso só poderei acessá-la nos fins de semana. Durante o mês de novembro e dezembro podia utilizar à vontade pois minha linha telefônica é nova e tinha direito à 300 reais de bônus nos dois primeiros meses. Agora, em janeiro, essa moleza acabou. (rsrs)
Vou fazer o seguinte: Nos fins de semana vou separar suas respostas e outras que forem importantes e salvá-las e durante a semana vou elaborando minhas mensagens. Assim ficará melhor para mim.
Acessar a internet depois de meia-noite é complicado para mim, pois preciso manter o costume de acordar cedo, por causa do trabalho.
Bom, hoje vou apenas fazer um breve comentário no tópico "consultório de pasicologia". Os demais comentários farei durante a semana e deixarei aqui no site no fim de semana.
O meu acesso à internet é discado, por isso só poderei acessá-la nos fins de semana. Durante o mês de novembro e dezembro podia utilizar à vontade pois minha linha telefônica é nova e tinha direito à 300 reais de bônus nos dois primeiros meses. Agora, em janeiro, essa moleza acabou. (rsrs)
Vou fazer o seguinte: Nos fins de semana vou separar suas respostas e outras que forem importantes e salvá-las e durante a semana vou elaborando minhas mensagens. Assim ficará melhor para mim.
Acessar a internet depois de meia-noite é complicado para mim, pois preciso manter o costume de acordar cedo, por causa do trabalho.
Bom, hoje vou apenas fazer um breve comentário no tópico "consultório de pasicologia". Os demais comentários farei durante a semana e deixarei aqui no site no fim de semana.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)
Re.: Escola Pública
Caro Edson Jr.:
Valeu cara. Também vou postar meus textos nesse tópico pois percebi que os conteúdos dos mesmos não são de interesse geral para todos, visto que os mesmos abordam justamente aquilo que se quer desacreditar: a alma humana. Independentemente da crença em Deus ou não é sabido que a alma humana existe, entendendo-se por alma aquilo que compõe nosso conjunto de emoções e sentimentos que agem, muitas vezes, independentemente da razão. É como o coelho que ao ouvir um barulho primeiro foge motivado pelo medo (emoção) para depois ter certeza de que o barulho era de uma raposa ou não (razão).
Abraços.
Valeu cara. Também vou postar meus textos nesse tópico pois percebi que os conteúdos dos mesmos não são de interesse geral para todos, visto que os mesmos abordam justamente aquilo que se quer desacreditar: a alma humana. Independentemente da crença em Deus ou não é sabido que a alma humana existe, entendendo-se por alma aquilo que compõe nosso conjunto de emoções e sentimentos que agem, muitas vezes, independentemente da razão. É como o coelho que ao ouvir um barulho primeiro foge motivado pelo medo (emoção) para depois ter certeza de que o barulho era de uma raposa ou não (razão).
Abraços.
A diferença entre um ateu e um teísta é que as abobrinhas do primeiro são mais inteligentes que as do segundo.
- Poindexter
- Mensagens: 5894
- Registrado em: 18 Nov 2005, 12:59
Re: Re.: Escola Pública
Samael escreveu:A questão central é que não há ensino não ideológico.
Discordo. Isso, para mim, é desculpa de quem ensina com viés marxista. Uma espécie de Tu Quoque. Típico "mantra" esquerdista.
Cito, como exemplo, as aulas de "descobrimento do Brasil". Eu não vejo isso como "eurocentrismo", mas sim como uma constatação do fato de que o nível de desenvolvimento das populações que viviam na AL antes do século XVI ser pequeno demais e obscuro demais (relatos pouco confiáveis, além de tradições orais serem muitos distorcidas) para justificarem muitas aulas acerca delas...
Samael escreveu: Não há pensamento não ideológico (a não ser que lide apenas com juízos de fato e que não envolva nenhum critério político).
Discordo. Isso, para mim, é desculpa de quem ensina com viés marxista. Uma espécie de Tu Quoque. Típico "mantra" esquerdista.
Samael escreveu:Se tal professor segue tal metodologia e referencial ideológico, ele fatalmente irá deixar transparecer isto em suas idéias dentro de sala de aula. Desde que isso, obviamente, não corrompa nem distorça fatos, não há problema nenhum.
E desde quando não corrompe? Desde quando não distorce? Desde quando não é distorção sobreenfatizar a violência da repressão do Estado e subenfatizar a violência dos comunistas em 1935?
Samael escreveu:Agora, lançar um idealzinho de "aluno neutro" aprendendo com "professores neutros" é puro non-sense.
Agora, lançar um idealzinho de "comunismo puro", onde "não há Estado" é puro non-sense.
Si Pelé es rey, Maradona es D10S.
Ciertas cosas no tienen precio.
¿Dónde está el Hexa?
Retrato não romantizado sobre o Comun*smo no século XX.
A child, not a choice.
Quem Henry por último Henry melhor.
O grito liberalista em favor da prostituição já chegou à este fórum.
Lamentável...
O que vem de baixo, além de não me atingir, reforça ainda mais as minhas idéias.
The Only Difference Between Suicide And Martyrdom Is Press Coverage
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- Poindexter
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Re: Re.: Escola Pública
Samael escreveu:Vale lembrar que várias áreas do conhecimento são totalmente danificadas por tal postura. Para citar um exemplo, a historiografia japonesa e a historiografia americana são extremamente fracas. Simples: seu público é reduzido. Em contrapartida, a maioria dos grandes historiadores atuais são franceses. Na minha modesta opinião, a melhor historiografia do mundo.
Não sei não... poucas obras nacionais que vi sobre o Brasil são tão boas quanto as dos brasilianistas, e isso me passou a impressão de que nos E.U.A. se produz muita coisa de qualidade em História.
Já a França não sei, mas imagino que escrevam com viés marxista.
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Samael escreveu:De toda forma, a minha assinatura responde à questão: "a soma dos incentivos" segue apenas um ideário do que pode dar mais lucro, e não do que é mais útil, mais benéfico ou moralmente mais aceitável. Deixar que "o mercado escolha" é uma postura niilista, de quem aceita que um sistema decida o que é ou não lícito ou correto.
Discordo. O mercado é na verdade um conjunto de incentivos, que podem ser pensados como vetores, cuja orientação e sentido são determinados pelas necessidades e vontades de cada indivíduo e a intensidade pelas vantagens oferecidas na transação.
Se determinada transação for extremamente necessária ou útil para um conjunto grande de interesses que consigam reunir vantagens para efetuá-la, isso ocorrerá. Se não, é porque existem outras coisas mais importantes e vantajosas disputando.
Permitir que o mercado defina é sobretudo considerar cada indivíduo como capaz para determinar seus interesses e produzir os incentivos que conseguir, e essa é a natureza da Liberdade. É portanto, mais moral do que qualquer sistema que escravize e oprima a Vontade, que se traduz na Empresa humana. Negar-lhe o direito à empresa é torná-lo escravo de um sistema, e dessa tirania nenhuma moral pode emergir que não seja falsa é maligna.
Samael escreveu:Vale lembrar que várias áreas do conhecimento são totalmente danificadas por tal postura. Para citar um exemplo, a historiografia japonesa e a historiografia americana são extremamente fracas. Simples: seu público é reduzido. Em contrapartida, a maioria dos grandes historiadores atuais são franceses. Na minha modesta opinião, a melhor historiografia do mundo.
Aqui você apresenta uma opinião contaminada por uma ideologia, já que na França a tradição marxista é muito intensa nessa área, enquanto no Japão e nos EUA não.
De qualquer forma, nada me faz entender porque a historiografia deva receber mais recursos do que o mercado destinaria se fosse livre através dos incentivos individuais, afinal, esses recursos estariam sendo negligenciados para outras atividades em demanda no mercado, e qual seria a razão da historiografia ter prioridade em detrminento dessas outras atividades, já que são as últimas que estão na demanda, não a primeira?
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
Re: Re.: Escola Pública
Poindexter escreveu:[Discordo. Isso, para mim, é desculpa de quem ensina com viés marxista. Uma espécie de Tu Quoque. Típico "mantra" esquerdista.
Cito, como exemplo, as aulas de "descobrimento do Brasil". Eu não vejo isso como "eurocentrismo", mas sim como uma constatação do fato de que o nível de desenvolvimento das populações que viviam na AL antes do século XVI ser pequeno demais e obscuro demais (relatos pouco confiáveis, além de tradições orais serem muitos distorcidas) para justificarem muitas aulas acerca delas...
Pode discordar, mas não pode provar que juízos de valores são livres de ideologias, até porquê a sua afirmação está cheia deles.
E o que você citou como exemplo é um juízo de fato. E, bem ou mal, a historiografia do início dos anos 90 se voltou e muito à história do dominado. A historiografia voltada às populações americanas cresceu muito de número e de qualidade.
Poindexter escreveu:Discordo. Isso, para mim, é desculpa de quem ensina com viés marxista. Uma espécie de Tu Quoque. Típico "mantra" esquerdista.
Discordo. Isso, para mim, é desculpa de quem ensina com viés positivista. Uma espécie de Tu Quoque. Típico "mantra" direitista.
Fácil, não?
Poindexter escreveu:E desde quando não corrompe? Desde quando não distorce? Desde quando não é distorção sobreenfatizar a violência da repressão do Estado e subenfatizar a violência dos comunistas em 1935?
Se você acha que qualquer ideologia fatalmente "corrompe os fatos", então vamos parar de ensinar, pois o ensino não-ideológico morreu com Augusto Comte há alguns séculos...
Poindexter escreveu:Agora, lançar um idealzinho de "comunismo puro", onde "não há Estado" é puro non-sense.
Eu sei disso tanto quanto você. Mas você deveria ter reclamado com Marx, que é um dos autores da idéia...
Editado pela última vez por Samael em 04 Jan 2006, 13:58, em um total de 1 vez.