Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Robert Hare, uma sumidade por inventar o maçarico.
Químico norte-americano nascido na Philadelphia, inventor (1801) do maçarico de oxihidrogênio para fusão de materiais refratários e muito utilizado na indústria de platina e construiu o forno elétrico (1839). Ainda professor de Química da Universidade da Pensilvânia, começou (1853) a desenvolver estudos dobre o Espiritismo, visando combatê-lo, mas três anos mais tarde, passou a demonstrar atividades místicas de natureza mediúnica e compilou suas experiência no livro Experimental Investigations of the Spirit Manifestations, onde demonstrava, através dessa obra, a existência e a comunicação dos Espíritos.
Os professores da Universidade de Harvard tomaram a resolução de o denunciar por insanidade e ele só não foi expulso da Universidade da Pensilvânia porque renunciou ao cargo, mas ficou com sua reputação extremamente maculada nos meios científicos até sua morte, em Philadelphia, Pennsylvania, USA.
Não entendi o emoticon gargalhante. Hare fez alguma coisa errada? Que eu saiba NENHUM dos seus críticos sequer se dignou a investigar a coisa... Tá, inventou o maçarico, muito útil até os dias de hoje. Parece que fez algo melhor que você, pelo menos...
Sir Willian Crookes (1832-1919), foi um importante químico inglês do século XIX e início do século XX. Era proveniente de uma família sem tradição científica, e construiu uma sólida carreira, que lhe deu grande destaque na época. Estudou química aplicada (sistemas de efluentes de esgotos) e sobre química pura (quando em 1861 descobriu o elemento químico tálio, e seu peso atômico). Também foi o inventor do radiômetro, e seus estudos sobre descargas elétricas em gases rarefeitos, levaram ao estudo dos "raios catódicos" e "raios canais" o que permitiu a descoberta do elétron, o estudo da estrutura atômica, e levando à descoberta dos raios X. Também foi um dos primeiros estudiosos dos fenômenos espiritualistas, realizando experimentos que até hoje são citados como provas da existência do espírito (embora ele mesmo nunca tenha defendido tal conclusão).
Porra! Que saco! Só neguinho que ja morreu a um catatau de tempo. Nenhum deles pode ser sequer encontrado para se confirmar a validade das alegações. Assim fica fácil de inventar qualquer merda, afirmar que qualquer coisa foi dita... o morto não vai poder desdizer nada mesmo... enfim... vamos adiante.
Escute aqui seu caça ultrapassado: eu só citei os que PUBLICARAM TRABALHOS E LIVROS ASSINADOS POR ELES sobre essa questão de Espiritismo, sacou? Portanto ELES PRÓPRIOS foram autores de seus trabalhos e não apenas citados por terceiros.
Esse é o meu problema com vocês céticos: acusam os cientistas de terem sido muito burros, mas ao mesmo tempo revelam sua própria burrice por serem incapazes de ler esses trabalhos e criticá-los de forma científica e sustentável.
Há dois meios de ser enganado. Um é acreditar no que não é verdadeiro; o outro é recusar a acreditar no que é verdadeiro. Søren Kierkegaard (1813-1855)
Livre-arbítrio e determinismo é mais uma das antinomias incômodas da filosofia espírita. Como não há realmente um critério para a predominância de um ou do outro, os espíritas se saem com a velha, batidíssima, máxima de que "DEPENDE DA EVOLUÇÃO DO ESPÍRITO". Não há meia gravidez ou meio livre -arbítrio: ou se tem ou se não tem. Já encheu o saco. Ponto.
"The most ordinary things are to philosophy a source of insoluble puzzles." (L. Boltzmann)
sklogw escreveu:Livre-arbítrio e determinismo é mais uma das antinomias incômodas da filosofia espírita. Como não há realmente um critério para a predominância de um ou do outro, os espíritas se saem com a velha, batidíssima, máxima de que "DEPENDE DA EVOLUÇÃO DO ESPÍRITO". Não há meia gravidez ou meio livre -arbítrio: ou se tem ou se não tem. Já encheu o saco. Ponto.
Já que resolveram desenterrar esse defunto... Acho que está mais por fora que asa de penico ô meu! O determinismo e o livre-arbítrio encontraram a solução do dilema justamente no Espiritismo. Certo, entre os cristãos isso é problema. Desidério Erasmo defendia o livre-arbítrio, mas não sabia explicar as situações onde esse livre-arbítrio era limitado por deficiências físicas e/ou mentais das pessoas. Lutero defendia o determinismo, lembrando São Paulo e a figura do oleiro, que fazia vasos para fins nobres (levar água ou azeite) e vaso para fins vergonhosos (guardar lixo ou merda) e que não cabia as vasos questionar porque foram feitos para isso ou aquilo. A vontade do oleiro era soberana neste caso. Assim seria Deus com relação aos homens: não cabe a esses últimos questionar porque foram feitos aleijados, doentes, dementes, pobres ou ricos, sadios, inteligentes, etc e tal. A vontade de Deus é inquestionável, etc e tal. Mas Lutero não tinha como encaixar semelhante despotismo com a justiça divina. Como pode um Deus justo fazer uma pessoa nascer aleijada sem motivo algum?
Pois bem, é o Espiritismo, com a reencarnação que tem a chave que soluciona o mistério. Sim, temos o livre-arbítrio e assim liberdade para se fazer o que bem entendemos. Mas esse exato poder de fazermos o que bem entendermos CRIA UM DETERMINISMO: as conseqüências de nossas ações recairão sobre nós. Eu tenho a liberdade de pegar o meu carango mixuruca e querer dar uma de Lewis Hamilton, mas se meto a cara no poste e fico estropiado, então NADA HOUVE CONTRA O LIVRE ARBÍTRIO: eu o exerci na hora de barberar, mas isso trouxe a conseqüência de me deixar preso à cama de um hospital e ter seqüelas pelo resto da vida... Isso é o livre arbítrio.
Parece que o pessoal cético não consegue entender esse raciocínio. Ficam citando textos aqui e ali para tentar alegar que "há livre-arbítrio", mas "não há livre-arbítrio". Se querem ficar nesse cipoal para tentar desacreditar o Espiritismo, fiquem à vontade.
Ah! Aproveitando o gancho. Neste mesmo tópico eu disse lá atrás que admitia que Crookes havia sido enganado pela Eva Fay, pois ela seria uma hábil ilusionista, etc e tal. Foi um engano: fui levado a erro por um artigo mentiroso do Massimo Polidoro. Crookes NÃO FOI ENGANADO. Enganados são os que acreditam em Massimo Polidoro e em outros bambambans céticos.
Espíritas em geral utilizam o conceito cristão de livre arbítrio sem analisar a diferença fundamental entre o significado original do conceito e a interpretação kardecista dele, que simplesmente o inverte.
Segundo o cristianismo tradicional (não-calvinista e semi-predestinista) a condição humana está atrelada a um determinismo divino no que se refere aos meios de sua existência e ao livre arbítrio quanto aos fins. Ou seja, se homem nenhum decide onde, quando e como nascer, nem que eventos aleatórios influenciarão sua vida terrena, o destino de sua alma imortal é definido única e exclusivamente por uma escolha individual livre e voluntária.
Segundo a doutrina espírita ocorre o oposto. Os meios da existência humana são definidos pelo livre arbítrio segundo a lei do karma e da reencarnação, mas o destino final é predestinado, uma vez que, segundo o Livro dos Espíritos, TODOS os espíritos progridem necessariamente, obedecendo ao que chama de "força irresistível" e no fim TODOS se tornarão espíritos evoluídos, variando apenas o tempo que cada qual levará para isto.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
O livre-arbítrio, quanto ao destino final, continua sendo igual nos dois casos. O que muda é o resultado dessa escolha.
Dois indivíduos de religiões diferentes escolhem, digamos, fazer o bem e obedecer à sua bíblia. Essa escolha é livre para ser exercida tanto no Espiristismo quanto no Catolicismo, por exemplo.
O que virá depois, e como consequência, é um tratado teológico que varia em ambas as correntes religiosas. Mas a escolha inicial continua sendo faculdade dos sequazes.
Penso que há uma diferença substancial entre "livre-arbítrio" e o "resultado" a que ele conduz, segundo às bases dos dogmas e das tradições do Catolicismo e os preceitos do Espiritismo.
Editado pela última vez por Benetton em 06 Nov 2007, 14:19, em um total de 3 vezes.
" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "
Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.
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"Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar no que é concreto."
Benetton escreveu: O livre-arbítrio, quanto ao destino final, continua sendo igual nos dois casos. O que muda é o resultado dessa escolha.
Não é correto porque o Livro dos Espíritos afirma que uma força irresistível obriga os espíritos a progredir.
O que não impede a livre escolha do indivíduo em se manter no erro, estacionado, por um bom tempo.
O que se está debatendo, no caso, é o livre-arbítrio que o elemento tem agora para praticar ou ignorar, ou seja, a possibilidade de exercer um poder sem outro motivo que não a existência desse mesmo poder, e não uma decisão final que ele poderá tomar no futuro, depois de várias escolhas infrutíferas que o fazem concluir que aquele caminho não o levará a lugar nenhum.
Ou seja, até no progresso final há um arbítrio obtido pelo desgaste evidente e consequente de eleições malfeitas.
Editado pela última vez por Benetton em 13 Mar 2008, 09:48, em um total de 1 vez.
" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "
Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.
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"Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar no que é concreto."
Benetton escreveu: O livre-arbítrio, quanto ao destino final, continua sendo igual nos dois casos. O que muda é o resultado dessa escolha.
Não é correto porque o Livro dos Espíritos afirma que uma força irresistível obriga os espíritos a progredir.
O que não impede a livre escolha do indivíduo em se manter no erro, estacionado, por um bom tempo.
O que se está debatendo, no caso, é o livre-arbítrio que o elemento tem agora para praticar ou ignorar, ou seja, a possibilidade de exercer um poder sem outro motivo que não a existência desse mesmo poder, e não uma decisão final que ele poderá tomar no futuro, depois de várias escolhas infrutíferas que o fazem concluir que aquele caminho não o levará a lugar nenhum.
Ou seja, até no progresso final há um arbítrio obtido pelo desgaste evidente e consequente de eleições malfeitas.
Ou seja, segundo sua própria descrição, o livre arbítrio espírita é uma condição relativa, circunstancial, transitória e inócua.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Benetton escreveu: O livre-arbítrio, quanto ao destino final, continua sendo igual nos dois casos. O que muda é o resultado dessa escolha.
Não é correto porque o Livro dos Espíritos afirma que uma força irresistível obriga os espíritos a progredir.
O que não impede a livre escolha do indivíduo em se manter no erro, estacionado, por um bom tempo.
O que se está debatendo, no caso, é o livre-arbítrio que o elemento tem agora para praticar ou ignorar, ou seja, a possibilidade de exercer um poder sem outro motivo que não a existência desse mesmo poder, e não uma decisão final que ele poderá tomar no futuro, depois de várias escolhas infrutíferas que o fazem concluir que aquele caminho não o levará a lugar nenhum.
Ou seja, até no progresso final há um arbítrio obtido pelo desgaste evidente e consequente de eleições malfeitas.
Ou seja, segundo sua própria descrição, o livre arbítrio espírita é uma condição relativa, circunstancial, transitória e inócua.
Não. O livre-arbítrio que entendo é aquele que se tem hoje e agora. Posso fazer as bobagens que quiser, mas terei que arcar com as consequências disso depois. Nada mais lógico. Até uma sociedade relativamente organizada procura seguir os rudimentos dessa premissa.
Posso escolher evoluir em um tempo y ou em um tempo 10y. Isso não é uma escolha?
Posso arbitrar em fazer o bem ou o mal. E disso resultará consequências, boas ou más. Houve ou não um arbítrio?
Tem gente que gosta de sofrer. Gosta de se fazer de vítima. Escolheu isso. Onde não houve livre-arbítrio? E depois de tanto sofrer, um indivíduo escolhe outro caminho que, sabe ele, fará mudar seu estado. Também não é uma escolha?
Ter como meta final a evolução não torna inócua a condição de arbitrar. Pelo contrário, por ter uma condição inicial de eleger, o indivíduo aprende, depois e por consequência, o que é melhor para si e para os que o cercam.
" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "
Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.
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"Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar no que é concreto."
Benetton escreveu:Não. O livre-arbítrio que entendo é aquele que se tem hoje e agora. Posso fazer as bobagens que quiser, mas terei que arcar com as consequências disso depois. Nada mais lógico. Até uma sociedade relativamente organizada procura seguir os rudimentos dessa premissa. Posso escolher evoluir em um tempo y ou em um tempo 10y. Isso não é uma escolha?
Não, porque você não é livre para escolher não evoluir. É mais ou menos como se alguma facção cristã predestinista dissesse que Deus lhe dá direito a escolha de ir para o inferno em tempo Y ou em tempo 10Y. Duvido que concorde que há livre arbítrio absoluto nesta condição, logo não há porque concluir que haja na sua.
Benetton escreveu:Posso arbitrar em fazer o bem ou o mal. E disso resultará consequências, boas ou más. Houve ou não um arbítrio?
Como disse, um arbítrio relativo, circunstancial, transitório e inócuo. Calvinistas também admitem que você pode optar pelo bem ou mal transitoriamente, mas que no fim Deus já terá decidido seu destino deste o princípio.
Sua argumentação tenta ignorar o fato de que o destino final de todos os espíritos já está traçado, o que mesmo sendo um destino benevolente implica em que os espíritos não tem livre arbítrio para escolher outro, apenas podem protelá-lo por algum tempo.
Benetton escreveu:Tem gente que gosta de sofrer. Gosta de se fazer de vítima. Escolheu isso. Onde não houve livre-arbítrio? E depois de tanto sofrer, um indivíduo escolhe outro caminho que, sabe ele, fará mudar seu estado. Também não é uma escolha? Ter como meta final a evolução não torna inócua a condição de arbitrar. Pelo contrário, por ter uma condição de eleger, o indivíduo aprende o que é melhor para si e para os que o cercam.
Torna inócua sim, pois não importa quantas escolhas você faça em um determinado sentido, elas serão sistematicamente anuladas por uma ordem cósmica sobre a qual você não tem poder nenhum, que inevitavelmente o conduzirá para onde esta ordem cósmica determinou independente de para onde você possa ter desejado ir em qualquer momento de sua interação com esta ordem.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
Benetton escreveu:Não. O livre-arbítrio que entendo é aquele que se tem hoje e agora. Posso fazer as bobagens que quiser, mas terei que arcar com as consequências disso depois. Nada mais lógico. Até uma sociedade relativamente organizada procura seguir os rudimentos dessa premissa. Posso escolher evoluir em um tempo y ou em um tempo 10y. Isso não é uma escolha?
Não, porque você não é livre para escolher não evoluir. É mais ou menos como se alguma facção cristã predestinista dissesse que Deus lhe dá direito a escolha de ir para o inferno em tempo Y ou em tempo 10Y. Duvido que concorde que há livre arbítrio absoluto nesta condição, logo não há porque concluir que haja na sua.
Errado. Escolho o que me é conveniente no momento, independente de me preocupar com evolução. Posso optar pelos prazeres desregrados e imediatos de uma vida material, porque isso me é mais conveniente do que uma evolução a longo prazo.
E ir para o inferno é uma concepção radical da maioria das religiões cristãs. Esse tempo citado se aplica às minhas assertivas quanto à D.E.
Se há ou não livre-arbítrio em outra concepção religiosa, é problema para quem a segue. Explico aquilo que me cabe. Outros foristas de outras crenças que o façam.
Acauan escreveu:
Benetton escreveu:Posso arbitrar em fazer o bem ou o mal. E disso resultará consequências, boas ou más. Houve ou não um arbítrio?
Como disse, um arbítrio relativo, circunstancial, transitório e inócuo. Calvinistas também admitem que você pode optar pelo bem ou mal transitoriamente, mas que no fim Deus já terá decidido seu destino deste o princípio.
Sua argumentação tenta ignorar o fato de que o destino final de todos os espíritos já está traçado, o que mesmo sendo um destino benevolente implica em que os espíritos não tem livre arbítrio para escolher outro, apenas podem protelá-lo por algum tempo.
Você pode repetir isso quantas vezes quiser, mas não mudará a condição de que de inócuo só existe na concepção imediatista, que não vê o aprendizado ao longo do tempo, daquele que erra e procura corrigir seu erro por sua própria iniciativa, provando mais uma vez a existência de arbitragem.
O que dizem os Calvinistas é um problema que não afeta a D.E, assim como o que dizem muitas outras religiões.
Se Eu ignoro que a condição final dos espíritos está traçada, também Você ignora a condição inicial, intermediária e a que mais evidencia o livre-arbítrio, e que cada espírito experimenta, cada um a seu modo, corrigindo erros e refletindo sobre seus atos, face às consequências naturais que advêm de suas escolhas, ou seja, do seu arbítrio. O indivíduo poderá ficar o tempo que quiser no erro, ao mesmo tempo que vislumbra que tal procedimento o impede e o separa de caminhos retos. Cabe a ele decidir o que é melhor para si.
Acauan escreveu:
Benetton escreveu:Tem gente que gosta de sofrer. Gosta de se fazer de vítima. Escolheu isso. Onde não houve livre-arbítrio? E depois de tanto sofrer, um indivíduo escolhe outro caminho que, sabe ele, fará mudar seu estado. Também não é uma escolha? Ter como meta final a evolução não torna inócua a condição de arbitrar. Pelo contrário, por ter uma condição de eleger, o indivíduo aprende o que é melhor para si e para os que o cercam.
Torna inócua sim, pois não importa quantas escolhas você faça em um determinado sentido, elas serão sistematicamente anuladas por uma ordem cósmica sobre a qual você não tem poder nenhum, que inevitavelmente o conduzirá para onde esta ordem cósmica determinou independente de para onde você possa ter desejado ir em qualquer momento de sua interação com esta ordem.
Essa é a sua opinião, respeitável, porém inócua!
Nada é anulado por ordem cósmica de nenhuma natureza. É dentro do próprio indivíduo que está a escolha de continuar sofrendo, seguindo um caminho torto, ou de retornar e recuperar o caminho que lhe pode abreviar o sofrimento.
Parece que determinismo para Você só é compreendido no período final de uma evolução, esquecendo-se que a arbitragem se processa durante todo o intervalo anterior, que é muito maior e muito mais significativo para se definir o que seja livre-arbítrio.
Aliás, aproveito aqui as palavras do Azathoth que também opinou acerca desse assunto em outro tópico :
"Determinismo não implica em fatalismo. Em nada o fato do futuro ser fixo em qualquer instante 't' impede processos de transformações sociais no planeta."
"Está em andamento em outro tópico uma discussão sobre Livre Arbítrio nas circunstâncias da teologia espírita. Aqui eu gostaria de realizar uma defesa de que não só Livre Arbítrio pode existir em um Universo determinístico (Compatibilismo) como a alegação mais forte de que é em um Universo determinístico que podemos ter a maior liberdade."
" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "
Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.
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"Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar no que é concreto."
O erro em sua argumentação é que você tentou estender a aplicação de um conceito de livre-arbítrio válido em uma realidade material-biológica não-determinista para uma hipotética realidade cósmica-espiritual determinista.
Você diz que se o espírito pode fazer escolhas livremente, então ele tem livre-arbítrio.
Isto não é verdade dentro da doutrina espírita pelos seguintes motivos.
Primeiro que O Livro dos Espíritos, na questão 274, deixa claro que os chamados espíritos superiores podem se impor de modo irresistível aos inferiores, o que por si só já deixa claro uma exceção ao exercício do livre-arbítrio, o que é suficiente para justificar minha afirmação de que o livre arbítrio espírita é circunstancial, pois há circunstância em que ele pode ser revogado, como dito na própria obra base da doutrina em questão.
Segundo que a escolha entre opções só caracteriza livre arbítrio quando estas opções não são determinadas por uma vontade externa, visando realizar as intenções desta vontade externa, independente de qual seja a escolha feita.
A própria definição de livre-arbítrio é inseparável da idéia de auto-determinação, ou seja, o indivíduo guiado por sua própria vontade. Ora, quando as escolhas do indivíduo nada mais são do que um artifício criado para realizar as intenções de outra vontade, não a sua própria, se há livre-arbítrio neste caso ele é, no máximo, relativo.
Finalmente, dentro da máxima espírita de que "nem uma folha cai sem que Deus assim o queira", tem-se que todos os eventos que influenciam as decisões humanas, que em uma realidade não determinista seriam aleatórios, em uma realidade determinista estes eventos são instrumentos de manipulação da vontade de modo que esta vontade se direcione para onde quer uma vontade externa.
Uma aplicação correta de livre arbítrio deve considerar o ambiente em que existem os seres para os quais a existência do livre-arbítrio está sendo considerada. Segundo a doutrina kardecista, espíritos são seres cósmicos que habitam a eternidade, logo manifestações restritas de livre-arbítrio nas supostas encarnações são apenas transitórias.
Por fim, pode-se prolongar esta discussão indefinidamente, com cada parte chegando a conclusão que está certa partindo de suas próprias premissas e usando suas próprias definições. Dentro de minhas premissas e definições a ordem cósmica narrada pela doutrina espírita cria um conceito de livre-arbítrio semelhante ao que têm os ratos presos em um labirinto. Eles podem decidir se viram a direita ou a esquerda em cada bloqueio do caminho, mas a única alternativa efetiva que possuem é seguir o caminho que lhes foi projetado e imposto por uma vontade externa. Inócuo pois.
Editado pela última vez por Acauan em 07 Nov 2007, 23:10, em um total de 1 vez.
Nós, Índios.
Acauan Guajajara ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha Lutar com bravura, morrer com honra.
Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz!
O que parece estar em dissonância entre a sua a minha concepção de livre-arbítrio esbarra no próprio conceito deste termo.
Livre-Arbítrio - Dicionário Aurélio Sec. XXI - Resumo
"Refere-se o livre-arbítrio principalmente às ações e à vontade humana, e pretende significar que o homem é dotado do poder de, em determinadas circunstâncias, agir sem motivos ou finalidades diferentes da própria ação."
Refere-se à vontade humana / Em determinadas circunstâncias, agir sem motivos ou finalidades diferentes da própria ação : Conceitualmente, não diverge do que venho afirmando.
Com relação ao determinismo implacável de Deus sobre o destino final dos Espíritos, podemos dizer que as convergências divinas que chegariam até nós seriam antes uma reação decorrente de nossa própria condição existencial, ou seja, é através do nosso existir que vamos agindo e automaticamente corporificando as conseqüências de suas Leis, tanto no plano moral como no material.
Essa história de que não cai uma folha sem a permissão de Deus, vem do Apóstolo Paulo, e ele, logicamente, não estava se referindo a ação direta do Todo Poderoso e sim a um reflexo Dele através da ação de uma Lei material. Esta Lei, no caso específico, englobaria tão somente a lei da gravidade, responsável pela queda dos corpos, simples assim.
Deus criaria Espíritos ou princípios inteligentes. Estes tornando-se parte, através do longo processo evolutivo, do imenso laboratório Divino, vão manipulando e interagindo com as infinitas possibilidades energéticas emanadas de Deus.
O livre-arbítrio existe para o indivíduo tanto no plano espiritual, onde "poderá", dependendo de sua evolução, escolher uma nova existência e as provas a sofrer, quanto no plano material, cedendo ou resistindo aos "arrastamentos" a que todos nós, de maneira voluntária, somos submetidos. À educação recebida, cabe o dever de combater essas tendências más.
Mas em que consiste o livre-arbítrio para o Espírito? Em escolher, de acordo com seu grau de perfeição, quando no estado de erraticidade, as futuras existências corporais. Nem a reencarnação anula esta liberdade. Se o homem sucumbe diante das provas, é porque ele mesmo as escolheu.
Bom, estava me abstendo de tocar no Livro dos Espíritos, pois prefiro me basear em raciocínio próprio ou em pesquisas de diversas correntes, para respaldar minhas assertivas.
Mas já que Você tomou a iniciativa de citar o Livro dos Espíritos para fundamentar o seu ponto de vista, então voltemos a esse mesmo livro e verifiquemos o que diz o Capítulo específico sobre o Livre-arbítrio. Vou selecionar somente os itens que julguei mais relevantes para o caso :
Cap. X - Da lei de Liberdade
Pág. 383 - Edição 76ª.
5. Livre-Arbítrio
843. Tem o homem o livre-arbítrio de seus atos?
“Pois que tem a liberdade de pensar, tem igualmente a de obrar. Sem o livre-arbítrio, o homem seria máquina.”
844. Do livre-arbítrio goza o homem desde o seu nascimento?
“Há liberdade de agir, desde que haja vontade de fazê-lo. Nas primeiras fases da vida, quase nula é a liberdade, que se desenvolve e muda de objeto com o desenvolvimento das faculdades. Estando seus pensamentos em concordância com o que a sua idade reclama, a criança aplica o seu livre-arbítrio àquilo que lhe é necessário.”
851. Haverá fatalidade nos acontecimentos da vida, conforme ao sentido que se dá a este vocábulo? Quer dizer: todos os acontecimentos são predeterminados? E, neste caso, que vem a ser do livre-arbítrio?
“A fatalidade existe unicamente pela escolha que o Espírito fez, ao encarnar, desta ou daquela prova para sofrer. Escolhendo-a, institui para si uma espécie de destino, que é a conseqüência mesma da posição em que vem a achar-se colocado. Falo das provas físicas, pois, pelo que toca às provas morais e às tentações, o Espírito, conservando o livre-arbítrio quanto ao bem e ao mal, é sempre senhor de ceder ou de resistir.
Ao vê-lo fraquejar, um bom Espírito pode vir-lhe em auxílio, mas não pode influir sobre ele de maneira a dominar-lhe a vontade. Um Espírito mau, isto é, inferior, mostrando-lhe, exagerando aos seus olhos um perigo físico, o poderá abalar e amedrontar. Nem por isso, entretanto, a vontade do Espírito encarnado deixa de se conservar livre de quaisquer peias.”
Ainda neste Livro, temos na questão 872, o livre-arbítrio resumido da seguinte forma :
- O homem não é fatalmente levado ao mal;
- seus atos não foram previamente determinados;
- Os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino.
Ele pode, por prova e por expiação, escolher uma existência em que seja arrastado ao crime, quer pelo meio onde se ache colocado, quer pelas circunstâncias que sobrevenham, mas será sempre livre de agir ou não agir.
Pelo conhecimento das leis que regem essa natureza moral, chegar-se-á a modificá-la, como se modifica a inteligência pela instrução e o temperamento pela higiene.
" Duvidar de tudo ou acreditar em tudo são duas soluções igualmente cômodas : Ambas nos dispensam do trabalho de pensar. "
Jules Henri Poincare - Físico e Matemático Francês.
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"Sempre que possivel, converse com um saco de cimento. Nessa vida só devemos acreditar no que é concreto."
Benetton escreveu: O livre-arbítrio, quanto ao destino final, continua sendo igual nos dois casos. O que muda é o resultado dessa escolha.
Não é correto porque o Livro dos Espíritos afirma que uma força irresistível obriga os espíritos a progredir.
Acauan, sem querer ser chato, mas acho que essa força irresistível seria a NOSSA PRÓPRIA NATUREZA HUMANA. Afinal nós aprendemos sempre, ate mesmo gente tão burra como o Nosso Guia Lulla ou um falecido tio meu. Então se aprendemos, é óbvio que progredimos com isso. Não dá para evitar.
Eu posso optar por fazer um curso de computação ou por fazer um curso de cultura inútil, como um de Sociologia. Mas independente de escolhas, sempre aprendemos. Quando eu recebo um e-mail da Serasa ou SPC, dizendo que há pendências financeiras no meu CPF (nunca mostrado) e que tenho CLICAR AQUI para ver as ditas pendências e ao fazer isso, nada aparece, penso que houve engano. Quando descubro desfalques na minha conta corrente e o gerente me pergunta:
_ Você aceitou algum e-mail da Serasa ou SPC?
_ Sim
_ Seu burro! São programas espiões que roubam sua senha que eles instalam quando você clica no famoso "Clique Aqui". Foi assim que o hacker roubou sua senha e sua conta. Mude a senha e formate o seu computador, senão...
Bem, já aprendi aí que não se deve dar a mínima para avisos da Serasa e SPC via e-mail. E isso é só um exemplo. Kardec simplesmente transferiu essa condição humana para o espírito, que ao contrário do corpo humano, não está sujeito à extinção.