Fernando Silva escreveu:docdeoz escreveu:ASSIM NÃO DÁ PARA REFUTAR MESMO! No livro Biologia Ciência Ùnica ele diz que como a biologia evolutiva não se encaixa nas ciências, muda-se as ciências, por que a evolução está comprovada...
1. Há tantos fatos confirmando a evolução que ela deve ser considerada comprovada até que alguém encontre uma evidência em contrário.
2. Sim, se as teorias científicas não conseguem explicar os fatos da biologia, mudam-se as teorias até que consigam. E de novo, mais tarde, se voltarem a não explicar.
Concordo com esses pontos, mas vou fazer uma ressalva quanto ao último:
3. A TE não é como a Relatividade, que Einstein deduziu através de cálculos para só então confirmar por fatos. A TE, assim como a História, depende de observarem os fatos. Chocado?
Eu não sei bem como surgiu a teoria da relatividade, se não teve uma série de observações iniciais que levaram às deduções e então às confirmações... mas de qualquer forma, a evolução não é puramente história, como parece ser que o doc está entendendo.
Há uma parte análoga a história, que não é tanto uma questão de teoria, mas mais de observação, mas há também a base dessa história, a noção geral de que, os organismos descendem todos de um ancestral comum, modificando-se em linhagens divergentes.
Apenas a partir da proposição de que os todos seres tem um ancestral comum, não se pode parar e adivinhar que por exemplo, existiriam cavalos, tiranossauros, samambaias, etc. De forma similar, apenas a partir da proposição de que os humanos tem cultura que muda gradualmente de grupo em grupo não se pode prever que existiria o império romano, Nova Iorque ou Hong Kong.
Ao mesmo tempo, a história das sociedades praticamente não tem essa necessidade de comprovar uma "base", ela é muito mais intuitivamente aceitável, pode se dar por garantida sem precisar se comprovar nada, a menos que se seja algum tipo de niilista maluco.
Já a evolução, a proposição de ancestralidade comum universla precisa ser comprovada, e pode ser refutada. As possibilidades teóricas de refutação são muito mais numerosas que as possibildades de confirmação, de forma similar que, pegando um punhado de pessoas aleatoriamente na rua, o mais provável é se refutar uma genealogia, não existir uma real.
A maior parte das características teoricamente possíveis dos seres não são compatíveis com o padrão esperado por uma filogenia, por parentesco. De certa forma, a inexistência de parentesco entre todos os seres prevê mais formas intermediárias do que a evolução, que as prevê apenas entre certos grupos bem específicos - "coincidentemente", apenas o que se observa.
Então, como dito na primeira afirmação, a base para afirmar que há uma história de evolução, é bastante sólida, com as confirmações proveninentes dessas observações, apesar das chances de ser demonstrada falsa (se fosse) serem muito maiores. Não pode ser simples coincidência.