Violência policial e alguns foristas
- Apáte
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Re.: Violência policial e alguns foristas
Vermelho por causa do homossexualismo grego.
"Da sempre conduco una attività ininterrotta di lavoro, se qualche volta mi succede di guardare in faccia qualche bella ragazza... meglio essere appassionati di belle ragazze che gay" by: Silvio Berlusconi
- RicardoVitor
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Quanto às origens do Comando Vermelho e outras guerrilhas, leiam "Comando Vermelho: a história secreta do crime organizado", de Carlos Amorim.
Um trecho:
"O incidente na Lemos de Brito provoca a ira da Marinha. Em dezembro de 1969, um navio de aviso oceanográfico parte do píer da Praça Mauá para a Ilha Grande. A bordo, os marinheiros rebeldes e outros 64 presos políticos que já engordavam o cordão dos condenados pela ditadura. No dia 6 de janeiro de 1970, o diretor da Lemos de Brito pede exoneração. Ele se lembra que a transferência dos presos políticos "Foi uma cena muito triste, era como um navio negreiro". João Marcelo
Araújo Júnior conta mais:
--Foi a partir daí que começou esse fenômeno, que mais tarde
iria desembocar no Comando Vermelho. A Ilha Grande era um estabelecimento disciplinar, uma prisão de castigo. Só tinha barra-pesada. Os presos políticos levaram para lá a sua organização, logo fortalecida com a chegada de outros condenados pela Lei de Segurança Nacional.
Entre eles estavam agora deputados, funcionários públicos, universitários. O mesmo processo de união para enfrentar o ambiente se repete. Com mais força. O preso ideológico não se contém com a prisão.
Ao contrário, ele cresce. Na Ilha Grande, ocorreu um fenômeno ideológico por contaminação. Acabou gerando o Comando Vermelho, que perdeu a formação política original, nobre (sic) como movimento de libertação nacional, mas que absorveu a estrutura para se organizar como crime comum. Os bandidos adotaram o princípio da organização para verticalizar o poder dentro do grupo."
E tirem suas conclusões.
Um trecho:
"O incidente na Lemos de Brito provoca a ira da Marinha. Em dezembro de 1969, um navio de aviso oceanográfico parte do píer da Praça Mauá para a Ilha Grande. A bordo, os marinheiros rebeldes e outros 64 presos políticos que já engordavam o cordão dos condenados pela ditadura. No dia 6 de janeiro de 1970, o diretor da Lemos de Brito pede exoneração. Ele se lembra que a transferência dos presos políticos "Foi uma cena muito triste, era como um navio negreiro". João Marcelo
Araújo Júnior conta mais:
--Foi a partir daí que começou esse fenômeno, que mais tarde
iria desembocar no Comando Vermelho. A Ilha Grande era um estabelecimento disciplinar, uma prisão de castigo. Só tinha barra-pesada. Os presos políticos levaram para lá a sua organização, logo fortalecida com a chegada de outros condenados pela Lei de Segurança Nacional.
Entre eles estavam agora deputados, funcionários públicos, universitários. O mesmo processo de união para enfrentar o ambiente se repete. Com mais força. O preso ideológico não se contém com a prisão.
Ao contrário, ele cresce. Na Ilha Grande, ocorreu um fenômeno ideológico por contaminação. Acabou gerando o Comando Vermelho, que perdeu a formação política original, nobre (sic) como movimento de libertação nacional, mas que absorveu a estrutura para se organizar como crime comum. Os bandidos adotaram o princípio da organização para verticalizar o poder dentro do grupo."
E tirem suas conclusões.
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
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Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Soviete Supremo escreveu:Eu também vejo reportagens, vou a teatros, cinemas, leio revistas e livros. Mas nunca ouvi tal disparate.
Acho que você está fugindo porque no fundo você acredita no O de C.
Veja minha pesquisa no Google:
http://www.google.com.br/search?hl=pt-B ... isar&meta=
Quem propugna as mesmas coisas que você são: CMI, Olavo de carvalho e alguns católicos. Porque a Folha de São Paulo, O Estadão, O Globo ou outro jornal respeitável não fez reportagens a respeito?
Informação é informação.
Não costumo preavaliar fonte, porque sou livre e não costumo deixar a minha cabeça pra ser feita por nenhum político, filósofo ou ideólogo.
Não tenho posição política e sou frontalmente contra todas as ideologias, assim como religiões e deixei até de ser torcedor de qualquer time ou modalidade esportiva.
Acho que se tornar obreiro de qualquer cor ou bandeira é uma coisa muito démodé, pra quem já está no terceiro milênio, onde o homem precisa se libertar da sina de ser ovelha de pastor.
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...

- RicardoVitor
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Re.: Violência policial e alguns foristas
Mais:
"Os presos políticos enviados para a Galeria B da Ilha Grande fizeram logo de saída uma exigência: manter isolamento em relação aos presos comuns. Pode parecer uma decisão elitista, mas escondia um objetivo estratégico, de longo prazo. Os quadros das organizações de esquerda tentavam formar um grupo diferenciado dentro da cadeia, mantendo as características das estruturas de militancia que trouxeram
da rua. Ou seja: tinham secretários, dirigentes, tarefas internas, obrigações políticas. A idéia era reproduzir dentro do presídio o modo de vida típico do revolucionário, sustentando a tradição que vinha desde
o "ano vermelho" de 1917. Com isso, deixavam claro que eram de fato presos políticos, enquanto o regime militar se esforçava para apresentá-los como bandidos comuns, punidos por delitos vulgares, as-
salto ou morte. A postura de resistência como um grupo diferenciado garantia algum reconhecimento internacional e alargava o caminho da anistia. Porque no Brasil existiam presos políticos! Esse era o objetivo.
O Departamento do Sistema Penitenciário e a direção do Instituto Penal Candido Mendes concordaram com a reivindicação. As autoridades carcerárias do Rio parece que não entenderam nada. A Galeria
B foi dividida ao meio por um muro de alvenaria com um portão de ferro. Do lado de cá, os presos políticos; do lado de lá, os bandidos condenados pela LSN. Obra rápida, desconfiança acelerada. A massa
carcerária não recebeu nada bem essa iniciativa. Durante um bom tempo, os dois lados da Galeria B se estranharam. Os presos políticos eram chamados de "bacanas". Uma designação perigosa. Na linguagem do
crime, "bacana" é sempre a vítima potencial. Com esse primeiro round, quase dá certo a idéia de que os presos políticos seriam engolidos pela massa e submetidos à lei do cão. O sistema apostava que logo começariam os conflitos, e os revolucionários perderiam na queda-de-braço com a massa de criminosos do presídio.
Mas alguns dos militantes detidos fizeram valer a força do carisma, impuseram currículos impressionantes como o do padre Alípio. Além do mais, os presos políticos entravam na cadeia como autores
de "crimes de homem'', violência armada, seqüestros. E eram gente de uma espécie de "quadrilha". Na visão pouco elaborada do criminoso comum, as organizações revolucionárias não passavam de grupos de quadrilheiros bem organizados. A motivação ideológica é sofisticada demais para entrar com facilidade na cabeça de um bandido comum. Muitas vezes, um preso político contava a história de um
assalto a banco e recebia à queima-roupa a pergunta difícil de responder:
--Mas quanto é que você levava nisso?
As ações armadas da esquerda eram cuidadosamente planejadas.
Num assalto a banco, por exemplo, o tempo que um sinal de transito levava para abrir e fechar era medido meticulosamente. O grupo--ou comando--entrava na agência bancária com o sinal aberto na rua
e saía com o sinal aberto novamente. Você está diante de uma situação crítica se foge de um assalto e dá de cara com um sinal fechado e o tráfego todo parado. E dificilmente uma unidade de operaçoes da guer-
rilha urbana seria surpreendida dentro de um banco, porque deixava do lado de fora uma "força de choque". O grupo encarregado de conter a repressão na rua usava armamento de impacto, como as metralhadoras calibre 45 e os rifles de cartucho 20 ou 12. Bombas incendiárias --tipo molotov--podiam ser usadas para provocar confusão e eram muito eficientes se explodissem dentro de um carro da polícia.
Esses coquetéis-molotov tinham fórmula especial, desenvolvida por estudantes de química. Em vez de ser apenas uma bomba de gasolina com mecha de pano para acender, usavam ácido sulfúrico,
óleo queimado e uma mistura de clorato de potássio e açúcar. O óleo servia para manter o fogo por mais tempo, podendo ser substituído por sabão em pó, que tem o mesmo efeito. O ácido provoca uma ex-
plosão mais violenta e perigosa. A mistura de clorato e açúcar serve como detonador e dispensa a mecha. Quando ácido e clorato entram em contato, explodem.
Outros explosivos também faziam parte do arsenal da guerrilha: bombas de fragmentação com pregos e parafusos acondicionados junto à pólvora e enxofre num tubo de PVC ou numa lata do tamanho
de uma cerveja. Ou um tipo de combinado químico chamado "termita", que queima com uma temperatura de 1.600 graus e pode derreter em minutos um bloco de motor. A criatividade se somava à audácia
para suprir este arsenal improvisado na luta armada contra o regime
militar.
Os comandos guerrilheiros usavam um personagem conhecido como "o crítico", um militante que não entrava na ação mas a tudo assistia. Sua tarefa era apontar os erros na elaboração e execução do
plano. O Grupo Tático Armado (GTA) da Aliança Libertadora Nacional em São Paulo foi o primeiro a se valer deste artifício. Curiosamente, a quadrilha de Lúcio Flávio tinha um "crítico", garçom de um
conhecido restaurante na Zona Sul do Rio. Esta é uma lição que Lúcio pode ter aprendido nos contatos com o pessoal da Vanguarda Popular Revolucionária.
As organizações de esquerda, toda vez que saíam dos porões da clandestinidade para uma operação armada, deixavam em algum ponto da cidade um "plantão médico". Eram estudantes de medicina e de enfermagem, com material cirúrgico e de primeiros socorros. Se alguém fosse ferido num assalto a banco ou seqüestro, esse "serviço médico" tentava resolver o problema. A rotina dos paramédicos da guerrilha resultou na redação de manuais de atendimento a feridos de bala, queimaduras e fra-
turas--as ocorrências mais comuns em combate. A melhor maneira de um ferido ser apanhado é procurar um hospital público.
Essa lição os presos comuns também aprenderam. E aprenderam principalmente que um companheiro ferido em estado grave pode ser socorrido nessas pequenas clínicas cirúrgicas particulares que existem
na Zona Sul do Rio. Ali não há segurança, e um pequeno grupo pode simplesmente tomar de assalto o lugar e submeter o ferido a um tratamento de emergência. Provavelmente as mãos de um cirurgião vão tremer se ele tiver que operar sob a mira de um revólver. Mas a chance de a operação dar resultado é sempre melhor do que morrer perdendo sangue. Mais de uma vez os bandidos do Comando Vermelho recorreram a tal expediente para salvar a vida de um companheiro. Nas ações armadas, a esquerda sempre usava carros roubados horas antes, para que as placas ainda não constassem dos registros policiais. Eram carros "tomados" nos estacionamentos no exato momento em que os donos abriam as portas. Muitas vezes, não eram os automóveis mais potentes. Eram os mais discretos, como as Kombis. Apesar de não serem velozes, passavam despercebidos. No transito sempre congestionado, afinal não há muito que correr. E os carros sempre eram posicionados de modo a que não houvesse testemunhas do grupo em-
barcando neles. Por exemplo: o carro da fuga ficava uma esquina antes do banco e os assaltantes saíam a pé. Outros automóveis eram usados na cobertura--um batedor na frente, um atrás para segurar a polícia.
Acidentes de transito também eram deliberadamente provocados para engarrafar as ruas e impedir o deslocamento rápido da polícia.
Além disso, o carro principal era abandonado poucos quarteirões adiante, em alguns minutos. O grupo que esteve no centro da ação passava para outro veículo estrategicamente estacionado. A mobilização da po-
lícia leva em geral de cinco a dez minutos. Tempo mais do que suficiente para a fuga se consumar. Tudo isso foi "ensinado" aos presos comuns dentro das penitenciárias, nas longuíssimas conversas de quem
não tem nada a fazer, a não ser matar o tempo. O que os bandidos comuns fazem hoje é uma paródia das técnicas da guerrilha urbana.
A experiência da luta armada foi mesmo transferida aos bandidos comuns lentamente, no convívio eventual dentro das cadeias, tanto na Ilha Grande quanto no Complexo Penitenciário da Frei Caneca. Mas
foi na Ilha que esta relação se tornou mais produtiva para o criminoso comum. Lá estavam representantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), da Aliança Libertadora Nacional (ALN ou Ali-
na), da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e da VAR-Palmares. Esses tinham para contar operações complexas, que envolviam estruturas intrincadas e muitos recursos: os seqüestros de diplomatas e os
assaltos a residências milionárias."
"Os presos políticos enviados para a Galeria B da Ilha Grande fizeram logo de saída uma exigência: manter isolamento em relação aos presos comuns. Pode parecer uma decisão elitista, mas escondia um objetivo estratégico, de longo prazo. Os quadros das organizações de esquerda tentavam formar um grupo diferenciado dentro da cadeia, mantendo as características das estruturas de militancia que trouxeram
da rua. Ou seja: tinham secretários, dirigentes, tarefas internas, obrigações políticas. A idéia era reproduzir dentro do presídio o modo de vida típico do revolucionário, sustentando a tradição que vinha desde
o "ano vermelho" de 1917. Com isso, deixavam claro que eram de fato presos políticos, enquanto o regime militar se esforçava para apresentá-los como bandidos comuns, punidos por delitos vulgares, as-
salto ou morte. A postura de resistência como um grupo diferenciado garantia algum reconhecimento internacional e alargava o caminho da anistia. Porque no Brasil existiam presos políticos! Esse era o objetivo.
O Departamento do Sistema Penitenciário e a direção do Instituto Penal Candido Mendes concordaram com a reivindicação. As autoridades carcerárias do Rio parece que não entenderam nada. A Galeria
B foi dividida ao meio por um muro de alvenaria com um portão de ferro. Do lado de cá, os presos políticos; do lado de lá, os bandidos condenados pela LSN. Obra rápida, desconfiança acelerada. A massa
carcerária não recebeu nada bem essa iniciativa. Durante um bom tempo, os dois lados da Galeria B se estranharam. Os presos políticos eram chamados de "bacanas". Uma designação perigosa. Na linguagem do
crime, "bacana" é sempre a vítima potencial. Com esse primeiro round, quase dá certo a idéia de que os presos políticos seriam engolidos pela massa e submetidos à lei do cão. O sistema apostava que logo começariam os conflitos, e os revolucionários perderiam na queda-de-braço com a massa de criminosos do presídio.
Mas alguns dos militantes detidos fizeram valer a força do carisma, impuseram currículos impressionantes como o do padre Alípio. Além do mais, os presos políticos entravam na cadeia como autores
de "crimes de homem'', violência armada, seqüestros. E eram gente de uma espécie de "quadrilha". Na visão pouco elaborada do criminoso comum, as organizações revolucionárias não passavam de grupos de quadrilheiros bem organizados. A motivação ideológica é sofisticada demais para entrar com facilidade na cabeça de um bandido comum. Muitas vezes, um preso político contava a história de um
assalto a banco e recebia à queima-roupa a pergunta difícil de responder:
--Mas quanto é que você levava nisso?
As ações armadas da esquerda eram cuidadosamente planejadas.
Num assalto a banco, por exemplo, o tempo que um sinal de transito levava para abrir e fechar era medido meticulosamente. O grupo--ou comando--entrava na agência bancária com o sinal aberto na rua
e saía com o sinal aberto novamente. Você está diante de uma situação crítica se foge de um assalto e dá de cara com um sinal fechado e o tráfego todo parado. E dificilmente uma unidade de operaçoes da guer-
rilha urbana seria surpreendida dentro de um banco, porque deixava do lado de fora uma "força de choque". O grupo encarregado de conter a repressão na rua usava armamento de impacto, como as metralhadoras calibre 45 e os rifles de cartucho 20 ou 12. Bombas incendiárias --tipo molotov--podiam ser usadas para provocar confusão e eram muito eficientes se explodissem dentro de um carro da polícia.
Esses coquetéis-molotov tinham fórmula especial, desenvolvida por estudantes de química. Em vez de ser apenas uma bomba de gasolina com mecha de pano para acender, usavam ácido sulfúrico,
óleo queimado e uma mistura de clorato de potássio e açúcar. O óleo servia para manter o fogo por mais tempo, podendo ser substituído por sabão em pó, que tem o mesmo efeito. O ácido provoca uma ex-
plosão mais violenta e perigosa. A mistura de clorato e açúcar serve como detonador e dispensa a mecha. Quando ácido e clorato entram em contato, explodem.
Outros explosivos também faziam parte do arsenal da guerrilha: bombas de fragmentação com pregos e parafusos acondicionados junto à pólvora e enxofre num tubo de PVC ou numa lata do tamanho
de uma cerveja. Ou um tipo de combinado químico chamado "termita", que queima com uma temperatura de 1.600 graus e pode derreter em minutos um bloco de motor. A criatividade se somava à audácia
para suprir este arsenal improvisado na luta armada contra o regime
militar.
Os comandos guerrilheiros usavam um personagem conhecido como "o crítico", um militante que não entrava na ação mas a tudo assistia. Sua tarefa era apontar os erros na elaboração e execução do
plano. O Grupo Tático Armado (GTA) da Aliança Libertadora Nacional em São Paulo foi o primeiro a se valer deste artifício. Curiosamente, a quadrilha de Lúcio Flávio tinha um "crítico", garçom de um
conhecido restaurante na Zona Sul do Rio. Esta é uma lição que Lúcio pode ter aprendido nos contatos com o pessoal da Vanguarda Popular Revolucionária.
As organizações de esquerda, toda vez que saíam dos porões da clandestinidade para uma operação armada, deixavam em algum ponto da cidade um "plantão médico". Eram estudantes de medicina e de enfermagem, com material cirúrgico e de primeiros socorros. Se alguém fosse ferido num assalto a banco ou seqüestro, esse "serviço médico" tentava resolver o problema. A rotina dos paramédicos da guerrilha resultou na redação de manuais de atendimento a feridos de bala, queimaduras e fra-
turas--as ocorrências mais comuns em combate. A melhor maneira de um ferido ser apanhado é procurar um hospital público.
Essa lição os presos comuns também aprenderam. E aprenderam principalmente que um companheiro ferido em estado grave pode ser socorrido nessas pequenas clínicas cirúrgicas particulares que existem
na Zona Sul do Rio. Ali não há segurança, e um pequeno grupo pode simplesmente tomar de assalto o lugar e submeter o ferido a um tratamento de emergência. Provavelmente as mãos de um cirurgião vão tremer se ele tiver que operar sob a mira de um revólver. Mas a chance de a operação dar resultado é sempre melhor do que morrer perdendo sangue. Mais de uma vez os bandidos do Comando Vermelho recorreram a tal expediente para salvar a vida de um companheiro. Nas ações armadas, a esquerda sempre usava carros roubados horas antes, para que as placas ainda não constassem dos registros policiais. Eram carros "tomados" nos estacionamentos no exato momento em que os donos abriam as portas. Muitas vezes, não eram os automóveis mais potentes. Eram os mais discretos, como as Kombis. Apesar de não serem velozes, passavam despercebidos. No transito sempre congestionado, afinal não há muito que correr. E os carros sempre eram posicionados de modo a que não houvesse testemunhas do grupo em-
barcando neles. Por exemplo: o carro da fuga ficava uma esquina antes do banco e os assaltantes saíam a pé. Outros automóveis eram usados na cobertura--um batedor na frente, um atrás para segurar a polícia.
Acidentes de transito também eram deliberadamente provocados para engarrafar as ruas e impedir o deslocamento rápido da polícia.
Além disso, o carro principal era abandonado poucos quarteirões adiante, em alguns minutos. O grupo que esteve no centro da ação passava para outro veículo estrategicamente estacionado. A mobilização da po-
lícia leva em geral de cinco a dez minutos. Tempo mais do que suficiente para a fuga se consumar. Tudo isso foi "ensinado" aos presos comuns dentro das penitenciárias, nas longuíssimas conversas de quem
não tem nada a fazer, a não ser matar o tempo. O que os bandidos comuns fazem hoje é uma paródia das técnicas da guerrilha urbana.
A experiência da luta armada foi mesmo transferida aos bandidos comuns lentamente, no convívio eventual dentro das cadeias, tanto na Ilha Grande quanto no Complexo Penitenciário da Frei Caneca. Mas
foi na Ilha que esta relação se tornou mais produtiva para o criminoso comum. Lá estavam representantes do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), da Aliança Libertadora Nacional (ALN ou Ali-
na), da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e da VAR-Palmares. Esses tinham para contar operações complexas, que envolviam estruturas intrincadas e muitos recursos: os seqüestros de diplomatas e os
assaltos a residências milionárias."
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
Clinical, intellectual, cynical.
Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!
RicardoVitor escreveu:Quanto às origens do Comando Vermelho e outras guerrilhas, leiam "Comando Vermelho: a história secreta do crime organizado", de Carlos Amorim.
Um trecho:
"O incidente na Lemos de Brito provoca a ira da Marinha. Em dezembro de 1969, um navio de aviso oceanográfico parte do píer da Praça Mauá para a Ilha Grande. A bordo, os marinheiros rebeldes e outros 64 presos políticos que já engordavam o cordão dos condenados pela ditadura. No dia 6 de janeiro de 1970, o diretor da Lemos de Brito pede exoneração. Ele se lembra que a transferência dos presos políticos "Foi uma cena muito triste, era como um navio negreiro". João Marcelo
Araújo Júnior conta mais:
--Foi a partir daí que começou esse fenômeno, que mais tarde
iria desembocar no Comando Vermelho. A Ilha Grande era um estabelecimento disciplinar, uma prisão de castigo. Só tinha barra-pesada. Os presos políticos levaram para lá a sua organização, logo fortalecida com a chegada de outros condenados pela Lei de Segurança Nacional.
Entre eles estavam agora deputados, funcionários públicos, universitários. O mesmo processo de união para enfrentar o ambiente se repete. Com mais força. O preso ideológico não se contém com a prisão.
Ao contrário, ele cresce. Na Ilha Grande, ocorreu um fenômeno ideológico por contaminação. Acabou gerando o Comando Vermelho, que perdeu a formação política original, nobre (sic) como movimento de libertação nacional, mas que absorveu a estrutura para se organizar como crime comum. Os bandidos adotaram o princípio da organização para verticalizar o poder dentro do grupo."
E tirem suas conclusões.
Obrigado pela força, Ricardo!
Agora o Soviete já tem uma referência que não é o Olavo de Carvalho.

Ele nunca tinha ouvido falar no assunto; agora ele pode guardar um pouco de literatura ideológica e buscar informação em outras fontes, de modo a lhe possibilitar acesso a novos pensamentos, que não sejam só doutrinários e, quem sabe, ter oportunidade de ser mais uma mente disposta a pensar livre.

Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
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Deu no que deu !!! ...

- zumbi filosófico
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Re.: Violência policial e alguns foristas
Eu sempre tenho alguma desconfiança com coisas com títulos que tenham "secreto" no meio..... lembro de "a história secreta da humanidade", "a vida secreta das plantas", "o segredo", etc
Não que seja um critério decisivo, claro... mas é meio como "físico quântico"...

Não que seja um critério decisivo, claro... mas é meio como "físico quântico"...

Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Cara...tem gente que acredita em cada coisa.




"Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um tal relógio e um relojoeiro não.
VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.

VOLTAIRE
Porque tanto se orgulhar de nossos conhecimentos se os instrumentos para alcançá-los e objetivá-los são limitados e parciais ?
A Guerra faz de heróis corajosos assassinos covardes e de assassinos covardes heróis corajosos .
No fim ela mostra o que somos , apenas medíocres humanos.
Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Miles Teg escreveu:Eu sempre tenho alguma desconfiança com coisas com títulos que tenham "secreto" no meio..... lembro de "a história secreta da humanidade", "a vida secreta das plantas", "o segredo", etc![]()
Não que seja um critério decisivo, claro... mas é meio como "físico quântico"...
Mas isso é simples, não deixe ser levado pelo título.
No mundo atual, temos que ser mais espertos e desconfiar de tudo, senão, a gente acaba como seguidor de alguma estupidez qualquer, dessas que andam explorando a boa fé das pessoas.
Temos inteligência e livre arbítrio, justamente para possibilitar que a verdade prevaleça.
Agora, se isso é trauma, corta a palavra que desagrada no título, e leia assim: "Comando Vermelho: a história ****** do crime organizado", de Carlos Amorim.
E leia o livro. Não acredite nele, nem nas coisas que já fazem parte de tuas crenças.
E Você vai ver que as coincidências não são meras coincidências.
abraços!
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
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O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
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- Fernando Silva
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Soviete Supremo escreveu:2) Por que primeiro você disse que os favelados eram os criminosos e, depois, invertendo, disse que tem dados falando que a proporção de favelados são minoria nas prisões.
Os criminosos se escondem nas favelas. Mesmo que a maioria dos favelados seja honesta, nem por isto vamos deixar os bandidos em paz. Se o jeito é invadir, vamos invadir.
Soviete Supremo escreveu:3) Porque você acusa o governo Lula e não acusa os governos direitistas que passaram pelo Rio pela impunidade.
Os outros governos que passaram pelo Rio eram de esquerda, como o Brizola, que só fez merda. O César Maia é maluco. Eu votei nele para não votar no Crivella e no Garotinho.
E o Lula escancarou a corrupção, depois de se eleger dizendo-se a virgem no bordel. Acabou sendo pior que os anteriores, que pelo menos tentavam esconder seus crimes. O Lula nem sequer acha que está errado.
Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
emmmcri escreveu:Cara...tem gente que acredita em cada coisa.![]()
![]()
Sem dúvida!
Eu que o diga!!!
Emmcri - cada vêz mais, cada vêz !!!



Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...

Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Que tal assim:
O BOPE vai enfrentar os bandidos com bandeiras da paz... E os bandidos armados até os dentes com armas banhadas a ouro vão ouvir ATENTAMENTE o que eles tem a dizer - que na verdade eles estão prendendo-os para o próprio bem deles. Apesar das cadeias serem o inferno na terra e super lotadas...
- Por favor, bandidos, entreguem as armas. drogas é um problema social muito sério que veio dos descaso das sociedade e dos governos que não deram educação para vocês. Viemos em paz...
Ai, é só trocar a cor do uniforme para branquinho.
Olha só, deixem a polícia fazer o papel da polícia. O povo pode fazer outro papel, como prevenção desse tipo de situação. Agora, querer fazer o papel da polícia é que não dá.
Como não matar? Quando atiram em resistência a justiça? Ah, por favor.
Os traficantes não vem com cafezinho para receber os policiais não...
É bala, chumbo grosso...
O BOPE vai enfrentar os bandidos com bandeiras da paz... E os bandidos armados até os dentes com armas banhadas a ouro vão ouvir ATENTAMENTE o que eles tem a dizer - que na verdade eles estão prendendo-os para o próprio bem deles. Apesar das cadeias serem o inferno na terra e super lotadas...
- Por favor, bandidos, entreguem as armas. drogas é um problema social muito sério que veio dos descaso das sociedade e dos governos que não deram educação para vocês. Viemos em paz...
Ai, é só trocar a cor do uniforme para branquinho.
Olha só, deixem a polícia fazer o papel da polícia. O povo pode fazer outro papel, como prevenção desse tipo de situação. Agora, querer fazer o papel da polícia é que não dá.
Como não matar? Quando atiram em resistência a justiça? Ah, por favor.
Os traficantes não vem com cafezinho para receber os policiais não...
É bala, chumbo grosso...
Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Miles Teg escreveu:zencem escreveu:Soviete Supremo escreveu:zencem escreveu:Você sabia que muitos destes comunistas, hoje, fazem parte dos humanistas que querem assim, uma ação policial do estado, cheio de frescuras e burocracias ideológicas e que nunca estão, verdadeiramente, interessados em resolver este problema da criminalidade?
Porque, hein?
Não sabia. Quem falou isso? o Olavo de Carvalho? Gostaria de ver as fontes.
A primeira organização foi o Comando Vermelho.
E o vermelho, não é simples coincidência e nem tinha nada a ver com as idéias dos bandidos.![]()
Só pra você ver, o quanto a gente tem que aturar!
Será que esse vermelho tem qualquer coisa a ver com comunismo? Vermelho também é associado a sangue, violência. Sei lá, eu realmente não conheço, mas com livre-associação se pode fazer todo tipo de teoria.
Tem sim. É de inspiração marxista durante sua formação na ditaura, onde presos comuns e presos políticos eram mantidos em celas comuns.
Entretanto, não tem mais ideologia política há muito tempo.
- Jeanioz
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Re: Violência policial e alguns foristas
emmmcri escreveu:Cuidado classe média, seus queridinhos já estão traficando, para se armarem falta pouco. Quando as invasões, agressões, cercos e balas perdidas forem em suas moradias, seus apartamentos, casas, condomínios, tenham dignidade e admitam que mudaram de opinião [sic].
?!
Esse não é mais um motivo para fazer ações policiais nas favelas: impedir que o tráfico se espalhe?

"Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."
Napoleão Bonaparte
"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
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- zumbi filosófico
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Re.: Violência policial e alguns foristas
Os traficantes da classe média tem exatamente o que a ver com os traficantes da favela? Como a eliminação completa do tráfico por alguns moradores da favela, eliminaria ao mesmo tempo o tráfico na classe média?
Que eu saiba os traficantes da favela não são fornecedores dos da classe média, na verdade, vez ou outra quase se prende alguém de classe mais alta, e esses são o pessoal no topo da coisa toda.
Que eu saiba os traficantes da favela não são fornecedores dos da classe média, na verdade, vez ou outra quase se prende alguém de classe mais alta, e esses são o pessoal no topo da coisa toda.

- Fernando Silva
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Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Miles Teg escreveu:Os traficantes da classe média tem exatamente o que a ver com os traficantes da favela? Como a eliminação completa do tráfico por alguns moradores da favela, eliminaria ao mesmo tempo o tráfico na classe média?
Alguns têm a ver, outros não.
São dois problemas a se enfrentar.
Do jeito que a coisa está, acabar com o crime na favela não acabaria com os traficantes de classe média, mas certamente reduziria a violência explícita, com bandidos armados assaltando (não acabaria porque há bandidos de classe média assaltando e sequestrando, também).
É a certeza da impunidade que causa isto.
- Fernando Silva
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Re: Violência policial e alguns foristas
emmmcri escreveu:Cuidado classe média, seus queridinhos já estão traficando, para se armarem falta pouco. Quando as invasões, agressões, cercos e balas perdidas forem em suas moradias, seus apartamentos, casas, condomínios, tenham dignidade e admitam que mudaram de opinião [sic].
Por que mudaria? Por que eu não gostaria que a polícia viesse?
Prefiro ouvir tiroteio na vizinhança do que foguetório.
O foguetório indica que os bandidos estão dominando.
O tiroteio me dá a esperança de que alguém morra.
- zumbi filosófico
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Re.: Violência policial e alguns foristas
emmmmmmmmmmmcri,
qual a solução para acabar com o tráfico e a sua violência?
qual a solução para acabar com o tráfico e a sua violência?

- Sorrelfa
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Re.: Violência policial e alguns foristas
Emmmcri escreveu:tais barbaridades cometidas pela policia (seja esta qual for), em investidas despreparadas/descabidas.
Engraçado é que sempre culpa da policia a morte de pessoas inocentes nos tiroteios...
Vendo a justificável insistência de todos, humildemente sou forçado à admitir que sou um cara incrível !
- Jeanioz
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Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Jolly_Roger escreveu:Emmmcri escreveu:tais barbaridades cometidas pela policia (seja esta qual for), em investidas despreparadas/descabidas.
Engraçado é que sempre culpa da policia a morte de pessoas inocentes nos tiroteios...
O Emmmcri não é bobo de reclamar com o gerente da boca.

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Fernando Silva escreveu:Os outros governos que passaram pelo Rio eram de esquerda, como o Brizola, que só fez merda. O César Maia é maluco. Eu votei nele para não votar no Crivella e no Garotinho.
No tempo que o Brizola foi governador do Rio, a filhinha dele, a tal de Nelzinha Brizola, subia no morroa pra comprar suas ervas e era acobertada.
Depois disso, os traficantes começaram a pintar e bordar nos morros, infelizmente.

- Sorrelfa
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Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Usuário deletado escreveu:Miles Teg escreveu:emmmmmmmmmmmcri,
qual a solução para acabar com o tráfico e a sua violência?
Acho que ele não tem, ele só quer é criticar a polícia.
Como se fosse a policia quem está errada ao passar fogo nos traficantes que os recebem a tiros de fuzil e granadas...
Vendo a justificável insistência de todos, humildemente sou forçado à admitir que sou um cara incrível !
Re.: Violência policial e alguns foristas
Como é que armamento chega em favela? Ah, sim, por policiais corruptos.
Como é que drogas chegam em favelas? Ah, sim, por meio da "vista grossa" da corrupção.
Como é que a polícia finge que age para agradar meia dúzia de pessoas na opinião pública? Passando fogo no que vier pela frente na favela.
A cada maldito dia é um novo caso de inocentes mortos noticiados no Rádio. Fora os "culpados" que a polícia deve forjar aos montes.
Como é que drogas chegam em favelas? Ah, sim, por meio da "vista grossa" da corrupção.
Como é que a polícia finge que age para agradar meia dúzia de pessoas na opinião pública? Passando fogo no que vier pela frente na favela.
A cada maldito dia é um novo caso de inocentes mortos noticiados no Rádio. Fora os "culpados" que a polícia deve forjar aos montes.
- Soviete Supremo
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Re.: Violência policial e alguns foristas
Ainda estou procurando algo interessante para ler sobre o CV na net. Gostei das citações do livro do Amorim. Que os presos políticos conviveram com os piores bandidos do Rio é fato, como também acho plausível dizer que os presos comuns aprenderam muito com os presos políticos. Mas eles inspiram-se no marxismo somente durante pouco período. Aprenderam muito mais as táticas de combate dos comunistas do que seus ideais. Acho que se tais bandidos estivessem presos junto a agentes da CIA eles teriam recebido instruções muito semelhantes em termos de organização e combate. De qualquer maneira gostaria também de ver provas de que o tráfico DO BRASIL financia movimentos esquerdistas. Creio que garotos entram para o tráfico porque vêem nele uma possibilidade de ascenção social. Querem, como as pessoas que eles assistem na TV, ostentar riqueza, glamour e poder. E eles sabem que não vão alcançar isto trabalhando por um salário mínimo, daí arriscarem-se por maiores ganhos. Em suma, acho que afirmar que o CV é marxista é forçar a barra. Se alguém tiver algum artigo demonstrando a ligação dos traficantes do rio aos movimentos socias (não venham me falar que o pessoal das ONGs é maconheiro) eu lerei e comentarei.
“A classe capitalista fornece continuamente à classe operária letras de câmbio por uma parte do produto fornecida pela segunda, mas encampada pela primeira. Mas o operário continua a devolvê-la à classe capitalista, retirando a parte que lhe toca por seu próprio produto. A forma mercadoria do produto e a forma dinheiro da mercadoria dissimulam essas relações.”
O Capital – edição resumida - Karl Marx e Julian Borchardt - 7ª edição – pág.139
O Capital – edição resumida - Karl Marx e Julian Borchardt - 7ª edição – pág.139
- Fernando Silva
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Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Samael escreveu:Como é que armamento chega em favela? Ah, sim, por policiais corruptos.
Como é que drogas chegam em favelas? Ah, sim, por meio da "vista grossa" da corrupção.
A Força Nacional só ficou no Rio durante o Panamericano, mas já está sendo acusada de corrupção e de proteger os bandidos.
Cozinhar esta situação em banho-maria não resolve nada e só faz corromper a polícia, o Estado e a sociedade.
Re: Re.: Violência policial e alguns foristas
Soviete Supremo escreveu:Ainda estou procurando algo interessante para ler sobre o CV na net. Gostei das citações do livro do Amorim. Que os presos políticos conviveram com os piores bandidos do Rio é fato, como também acho plausível dizer que os presos comuns aprenderam muito com os presos políticos. Mas eles inspiram-se no marxismo somente durante pouco período. Aprenderam muito mais as táticas de combate dos comunistas do que seus ideais. Acho que se tais bandidos estivessem presos junto a agentes da CIA eles teriam recebido instruções muito semelhantes em termos de organização e combate. De qualquer maneira gostaria também de ver provas de que o tráfico DO BRASIL financia movimentos esquerdistas. Creio que garotos entram para o tráfico porque vêem nele uma possibilidade de ascenção social. Querem, como as pessoas que eles assistem na TV, ostentar riqueza, glamour e poder. E eles sabem que não vão alcançar isto trabalhando por um salário mínimo, daí arriscarem-se por maiores ganhos. Em suma, acho que afirmar que o CV é marxista é forçar a barra. Se alguém tiver algum artigo demonstrando a ligação dos traficantes do rio aos movimentos socias (não venham me falar que o pessoal das ONGs é maconheiro) eu lerei e comentarei.
É, Soviete!
Perdemos tempo prestando informações que poderiam melhorar o teu discernimento.
Você já aprendeu, também, a fazer, como diz a Apo, "Cara de Paiságem".
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
