Mídia ajuda governo vender c/ novo produto de 2º mão

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Aranha
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Mídia ajuda governo vender c/ novo produto de 2º mão

Mensagem por Aranha »


Por Alberto Dines em 12/11/2007


A mídia está devendo uma explicação à sociedade desde quinta-feira passada, quando o governo anunciou em grande estilo os novos depósitos de petróleo na bacia de Santos.

Na verdade trata-se de uma notícia requentada, anunciada em julho do ano passado, no auge da temporada eleitoral. Como bom vendedor, o governo agora preferiu esquecer que o produto era de segunda-mão e apresentou-o como novo, zero quilômetro.

Os portais, rádios e telejornais de quinta comeram mosca porque no dia seguinte, sexta, O Globo mostrou que a nova descoberta era uma velha descoberta.

E até domingo, passados quatro dias, nenhum veículo – inclusive o próprio Globo – cobrou do governo um esclarecimento. Exceto alguns colunistas isolados.

A omissão não diminui a enorme importância da descoberta, mas desvenda os procedimentos de propaganda do governo. E talvez explique porque o caudilho Chávez gozou o presidente brasileiro chamando-o de "magnata do petróleo".

Chávez sabia que o novo campo é o mesmo do ano passado, mas aos operadores políticos e especuladores do mercado de capitais não interessava diminuir a repercussão do anúncio.

E por que a mídia não denunciou a manipulação?

Simplesmente porque o fim de semana é um buraco negro: o que se publica não é o que acontece, o que acontece não é o que se publica.


FONTE: Observatório da Imprensa

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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Johnny
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Re.: Mídia ajuda governo vender c/ novo produto de 2º mão

Mensagem por Johnny »

Alberto Dines é um agente duplo...

Publica quem pagar melhor....
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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SickBoy
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Re.: Mídia ajuda governo vender c/ novo produto de 2º mão

Mensagem por SickBoy »

acho que esse oba-oba ufanista ainda vende mais jornal

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Fernando Silva
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Re.: Mídia ajuda governo vender c/ novo produto de 2º mão

Mensagem por Fernando Silva »

O governo armou um espetáculo para divulgar a notícia com o máximo de estardalhaço. A mídia divulgou o que ouviu.
Alguns não questionaram e talvez tenham até acreditado que era coisa nova, outros deixaram claro que era notícia velha. O Globo mostrou, na primeira página, um pedaço da página de 2006 com a mesma notícia.

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Wallace
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Mensagem por Wallace »

A Notícia é anterior a 2006...


Wallace escreveu:Para variar mais uma ação dos tucanos que o PT arroga para si...

http://veja.abril.com.br/290999/p_112.html

Mais óleo na bacia

Poço de petróleo sinaliza chances
de novas descobertas para investidores


Lucila Soares e Franco Iacomini

O petróleo, que só vinha trazendo más notícias para o Brasil por causa do aumento do preço internacional, deu alegrias na semana passada. O anúncio da descoberta de um campo na Bacia de Santos, na última terça-feira, teve efeito imediato nas bolsas de valores. As ações da Petrobras bateram no recorde de 135% de valorização neste ano – contra a média de 69% dos demais papéis – 2% de alta só no dia seguinte ao anúncio. A notícia foi festejada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que fez questão de ser o porta-voz da boa nova. O campo descoberto fica na costa do Estado do Rio de Janeiro e tem reservas estimadas em 700 milhões de barris, o equivalente a todo o petróleo que brota no Brasil em dois anos. O novo poço deve começar a produzir comercialmente em 2001. Com ele, o país terá de importar menos – e, portanto, economizará dólares. Existe ainda a possibilidade de haver mais óleo, de boa qualidade, nas redondezas do novo campo – o que traz novamente para o universo das coisas reais a propalada auto-suficiência em 2005. Foi um desses inexplicáveis golpes de sorte. Tudo isso acontece justamente quando o preço internacional do petróleo, que só baixava desde janeiro de 1997, voltou a subir. Neste ano, um acordo entre os países associados à Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Opep, já provocou uma alta de 130% na cotação do produto.

A descoberta tem outros efeitos positivos óbvios. Deve avivar o interesse das empresas internacionais pela exploração em território brasileiro. Até o final de abril do próximo ano, a Agência Nacional do Petróleo, ANP, órgão do governo que estabelece as regras e fiscaliza o setor, vai realizar a segunda rodada de licitações para a exploração de petróleo e gás natural no país. Na primeira rodada, realizada em junho, dez companhias de seis países passaram a dividir com a Petrobras o direito de pesquisa, exploração e produção de petróleo e gás. Todas pesos pesados como as americanas Shell e Esso e a italiana Agip, que investiga um bloco vizinho a esse onde foi localizado o novo megacampo. Numa atividade em que se gasta dinheiro aos borbotões sem nenhuma garantia de sucesso, a descoberta de um campo reduz drasticamente o risco de perda total dos investimentos. A novidade já mudou os planos da ANP. Outras áreas da Bacia de Santos, agora em evidência, serão a atração do próximo leilão.

O que está acontecendo na área do petróleo brasileiro é surpreendente. De todos os setores estatais, este era o mais resistente à idéia da privatização. A quebra do monopólio da Petrobras, em junho, tornou o petróleo um dos setores mais dinâmicos da economia brasileira. Nos próximos cinco anos, a pesquisa e a exploração deverão gerar entre 250.000 e 400.000 empregos. Cada empresa que já arrematou áreas de exploração deverá investir pelo menos 1,2 bilhão de dólares nos próximos três anos, só estudando o subsolo, em busca de algum sinal de óleo ou gás. Se as pesquisas tiverem sucesso e passarem para a fase de exploração, as cifras serão bem maiores. A estimativa dos especialistas é de que os investimentos alcancem 70 bilhões de dólares. Além das empresas interessadas diretamente na exploração, onze companhias especializadas em pesquisa de dados geológicos já estão instaladas no país. Empregos, dinheiro e tecnologia são os saldos imediatos da novidade.

O otimismo agora é irrefreável. "Um acontecimento como a descoberta anunciada aumenta muito o poder de atração de investidores pelo Brasil", diz Jean-Paul Prates, diretor da consultoria Expetro, do Rio de Janeiro, especializada no setor petrolífero. Quem investe quer saber se há boas chances de encontrar petróleo, se a qualidade do óleo é boa, e quer ainda poder aproveitar o mercado consumidor brasileiro. No novo campo, que deverá ser explorado apenas pela Petrobras, o petróleo é leve, o que aumenta a eficiência das refinarias, que conseguem produzir com menos gastos produtos de melhor qualidade e mais rentáveis, como o diesel. É uma boa promessa de lucros. "O Brasil é onde mais se faz pesquisa de litoral no mundo", comemora David Zylbersztajn, presidente da ANP, antecipando que novas áreas produtoras podem ser localizadas também em outras bacias petrolíferas. "Estamos apenas no começo."

Epopéia – Os primeiros sinais da existência da reserva de óleo no litoral carioca surgiram no ano passado. Foram necessários alguns meses para confirmar o achado. Apesar de todo o avanço tecnológico, encontrar petróleo continua sendo um processo de tentativa e erro. É freqüente não se achar uma gota de óleo mesmo em locais que, pelas características físicas, tinham tudo para estar encharcados do combustível fóssil. O único jeito de saber ao certo onde está o petróleo é furar. Na Bacia de Santos, onde agora se descobriu o novo campo, foram perfurados nada menos que 100 poços desde 1971, cada um deles ao custo médio de 10 milhões de dólares. A operação é uma verdadeira epopéia. É feita em alto-mar, a centenas de quilômetros da costa e até 2.000 metros abaixo da superfície da água. Furar um poço como o que chegou ao novo depósito exige delicadas operações no fundo do mar e a instalação, com o auxílio de robôs, do equipamento de perfuração. No caso da Bacia de Santos, foram perfurados 4.000 metros de rocha até que o óleo fosse atingido. Uma epopéia tecnológica em que a sonda desceu até o fundo do oceano e de lá trespassou a crosta terrestre por uma distância que equivale a mais da metade do Everest, a montanha mais alta do mundo.

Desde que os indícios de existência do novo campo começaram a se confirmar, as informações ficaram restritas a um grupo muito pequeno de técnicos e executivos da Petrobras. Apenas quinze pessoas, incluindo as que participavam diretamente da operação, acompanharam a evolução da pesquisa. O assunto Bacia de Santos foi banido até do boletim interno da empresa. No final de agosto foi colhida a primeira amostra de óleo. A confirmação final do potencial da reserva e da qualidade do petróleo, entretanto, só veio na segunda-feira passada. O presidente Fernando Henrique foi informado no dia seguinte, mandou organizar uma rápida cerimônia na qual fez o anúncio oficial.

O Brasil produz hoje 1,1 milhão de barris por dia e consome 1,75 milhão. A diferença é adquirida no exterior, o que significa um gasto médio de 4 bilhões de dólares por ano em importações. Esse é o item que mais pesa nas compras do país e foi um dos responsáveis, neste ano, por enfear os números do saldo da balança comercial. O problema não preocupava enquanto o preço internacional do petróleo estava baixo. Mas ultimamente o quadro tem mudado de feição. Os onze países da Opep, que já foram responsáveis por 80% da produção mundial de petróleo e vinham se enfraquecendo (hoje são responsáveis pelo fornecimento de pouco mais de 30% do petróleo consumido no planeta), resolveram virar a mesa. Vêm, paulatinamente, reduzindo o fornecimento do produto, para forçar uma alta nos preços.

Alternativas – Os países industrializados, que imaginavam estar livres das pressões dos árabes nesse departamento, ficaram perplexos. Pela primeira vez nas últimas duas décadas a Opep conseguiu amarrar um pacto sem nenhuma dissensão entre seus membros, elevando os preços ao nível mais alto registrado em tempos de paz. O preço do barril bateu em 24 dólares na semana passada, o mais alto desde 1985. Nos últimos treze anos, o valor do barril de petróleo vinha se mantendo estável na faixa dos 12 dólares. Os especialistas estão divididos em relação ao comportamento futuro dos preços. A hipótese mais temida é de que a Opep continue a elevá-los, com sucessivos cortes de produção, embora se duvide de sua capacidade política de continuar promovendo aumentos. "A partir de um certo patamar de preços, os próprios membros do cartel começam a se desentender e a abrir as torneiras", diz Milton Franke, um consultor do Rio de Janeiro especializado em petróleo.

Historicamente o petróleo é o principal combustível do capitalismo industrial, mas seu peso relativo na economia e sua onipresença na vida das pessoas diminuem visivelmente. Desde a década de 70, o mundo vem buscando fontes alternativas de energia para fugir à dependência exagerada de combustíveis fósseis. No Brasil, esse esforço criou o Proálcool. O álcool combustível também é utilizado em carros nos Estados Unidos. Já há veículos movidos a energia elétrica. A indústria química também está substituindo derivados de petróleo por matérias-primas sintéticas. Na Europa, multiplicaram-se as usinas nucleares, que substituem as termelétricas na geração de energia para casas e empresas. Os progressos foram muitos, mas o mundo ainda está longe de poder abrir mão do petróleo.


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Johnny
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Re.: Mídia ajuda governo vender c/ novo produto de 2º mão

Mensagem por Johnny »

Na minha casa tem bolo de chocolate, na sua não tem...

Resumo: Tem gente que posta e não lê: Com o que foi colocado aqui concluimos que:

- Bacia do Rio de Janeiro agora se chama Bacia de Santos.
- Investidores e industriais são todos ingênuos e burros
- A midia brasileira está sem competência investigativa e dança conforme o governo quer
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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zencem
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Re: Mídia ajuda governo vender c/ novo produto de 2º mão

Mensagem por zencem »

Abmael escreveu:
Por Alberto Dines em 12/11/2007


***

Os portais, rádios e telejornais de quinta comeram mosca porque no dia seguinte, sexta, "O Globo mostrou que a nova descoberta era uma velha descoberta".

E até domingo, passados quatro dias, nenhum veículo – inclusive o próprio Globo – cobrou do governo um esclarecimento. Exceto alguns colunistas isolados.

A omissão não diminui a enorme importância da descoberta, mas desvenda os procedimentos de propaganda do governo. E talvez explique porque o caudilho Chávez gozou o presidente brasileiro chamando-o de "magnata do petróleo".

"Chávez sabia que o novo campo é o mesmo do ano passado", mas aos operadores políticos e especuladores do mercado de capitais não interessava diminuir a repercussão do anúncio.

E por que a mídia não denunciou a manipulação?


FONTE: Observatório da Imprensa

Abraços,


Esta Globo é uma televisão mercenária, manipulada pelo imperialismo bolivariano do nazista Chaves.

Fora Globo golpista... Vendida... Ladrona!!!

Televisão estatal já!!! :emoticon9: :emoticon6: :emoticon9:
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


Trancado