ÚLTIMA VIAGEM PODE SER FEITA COM LUXO E BELEZA
Conheça alguns dos mais belos carros funerários antigos do Brasil
Texto: Marcos Camargo Jr.
Fotos: Divulgação e Marcos Camargo Jr.
(07-11-07) - Ninguém gosta de falar sobre a morte, tampouco em carro funerário. Mas o fato é que a maioria de nós fará a última viagem num desses veículos. Simples ou luxuosos, eles são uma evolução das carruagens antigas que serviam para conduzir o féretro até o cemitério.
Desde a invenção do automóvel, no final do século XIX, diversos veículos foram adaptados para esta finalidade.
No cinema, alguns carros fúnebres ficaram famosos, como no imperdível filme “Ensina-me a Viver” (Inglaterra, 1971), que conta a história do jovem Harold, que tinha fixação pela morte, e seu amor incondicional por Maude, uma senhora de 79 anos. O rapaz gosta tanto dos rabecões que adquire um Cadillac funerário 1959 e, mais adiante, transforma um Jaguar E-type V12, presente da sua mãe, num carro funerário, para desespero dos aficionados pela marca. O filme inspirou a peça de mesmo nome, atualmente em cartaz no Teatro Faap, em São Paulo, com Glória Menezes e Arlindo Lopes.
De volta ao Museu da Ulbra, em Canoas/RS, é possível conhecer uma carruagem e outros carros três carros fúnebres que também têm muita história para contar.
Dodge 1932 – Este veículo de estilo único impressiona pelos seus 6 m de comprimento e muitos ornamentos. O carro foi usado até meados da década de 1950 e era destinado a levar apenas crianças e mulheres virgens, devido à cor branca, associada à pureza. O motor desse Dodge é um seis cilindros em linha. Seu câmbio, de três marchas, não demonstra nenhuma pretensão de bom desempenho. O carro é uma verdadeira obra de arte em termos de carroceria e preserva a originalidade do modelo Dodge 1932 apenas na parte dianteira. Com inúmeros ornamentos trabalhados em madeira, ele foi feito totalmente à mão. A parte de trás foi desenhada com inspiração nos antigos sacrários das igrejas, abaulados e com uma cruz na parte de cima.
Studebaker 1925 – Um pouco menos exagerado e mais discreto, o Studebaker 1925 é outro carro fúnebre adaptado a partir do modelo Coach, o mais simples da linha na época, com motor seis cilindros. O carro guarda um toque de discrição até chegar à parte traseira, toda trabalhada, que forma um baldaquino construído em madeira com quatro colunas sustentadas por quatro “guardiões”. A parte de cima, além do teto, tem o mesmo estilo de um sacrário, todo arredondado e com símbolos cristãos talhados na superfície. O Studebaker na cor preta era destinado a levar caixões de adultos e mulheres casadas e, como todo carro funerário na época, era usado apenas por autoridades e pessoas muito ricas.
Cadillac 1955 – É um remanescente dos antigos carros fúnebres totalmente construídos à mão e com os pesados ornamentos clássicos. O Cadillac Fletwood é uma adaptação do modelo Limousine, que mede 7,5 metros, tem a parte dianteira fechada, como no modelo convencional, e a traseira aberta. Além de acomodar o caixão, há vários bancos para levar outros passageiros (vivos, é claro). O formato da carroceria também é inspirado nos baldaquinos, com oito colunas, teto trabalhado, pintado na cor preta e várias peças cromadas, como qualquer carro da época.
A partir do final dos anos 1950, os carros funerários ficariam mais sóbrios e mais simples, sem tantos detalhes de acabamento. No ocidente católico, o Concílio Vaticano II encerrado em 1963 estabeleceu novas normas para a liturgia. Os cultos e manifestações de fé, com isso, ficaram mais simples. Os carros funerários acompanharam essa tendência. Deixaram pouco a pouco a ostentação de baldaquinos, da madeira trabalhada, dos cromados e a inspiração nos sacrários e na simbologia cristã e aderiram à sobriedade e à discrição, como a última cerimônia exige.
http://www.webmotors.com.br/wmpublicado ... hnid=38488
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- Jeanioz
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Ana Lia escreveu::emoticon16: Se eu for cremada posso ser levada numa Harley Davidson?
Um morto numa moto?
http://br.youtube.com/watch?v=rXjouUSdtVY

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"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
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