Alter-ego escreveu:1. Irmã Dulce era boa e sofria.
E o que eu faria é irrelevante, já que eu não tenho o conhecimento de Deus, de forma que não poderia julgar como ele.
Se fosse só EU a achar que isso é um problema teológico, va lá, mas temos toda uma teologia que discute o "problema do mal".
Resumindo: na hora que aquela menina inglesa estava sendo estuprada e assassinada por algum pedófilo maldito, no meio de todo o sofrimento dela, estava a onipresença do espírito de deus. Vamos deixar de lado a onipresença da substância de deus porque imaginar que o pinto do cara era de substância divina traria sérios problemas para a mente de qualquer pessoa séria.
Alter-ego escreveu:2. Essa é a concepção protestante da história. É interessante, mas incompleta. O grego possuia muitos recursos linguisticos para "representar, simbolizar, significar". Mas usou o verbo ser para tratar do trecho em questão. Além do mais, os profetas anunciam, quase no fim do AT, que o Senhor levantaria um Reino eterno, que ofereceria do nascer ao por do Sol um sacrifício perfeito. Fala mais, fala que o sacerdote deste Reino o é, eternamente, segundo a ordem do Rei Melquisedec. Melquisedec aparece uma única vez na Bíblia fazendo o que? Tcharam! Ofertando pão e vinho a Deus. Logo, longe de ter o caráter de ceia, dos protestantes, a consagração na Igreja Católica, assume as vestes sacrificiais (na tradição religiosa não há adoração sem sacrifício), reconhecendo mais que um símbolo na Eucaristia.
Se vc prefere achar que apesar da onipresença de deus, o vinho que vc toma no domingo é mais deus que a cerveja da sexta-feira e isso parece normal pra vc, tudo bem... pra mim parecem dois conceitos incompatíveis. Veja que o protestantismo até tentou arrumar a coisa acertar essas coisas incompatíveis que o catolicismo trazia e não largava, mas mesmo eles não conseguiram...