O que tem isso a ver, uma vez que lá esse tipo de coisa é ilegal?
Credo, até mesmo na América o empreendedor não tem mais liberdade de contratar quem quiser?
Perdi a fé no mundo, nada mais importa!
A América capitalista já é talvez o maior exemplo, os KKK são de lá. E tem uma seção do artigo da WP que é sobre segregação contemporânea nos EUA. E mesmo a mais antiga, ainda era no capitalismo. Foi melhorando a qualidade de vida na medida em que foram se tornando ilegais práticas diversas de discriminação racial, mesmo que essa discriminação pudesse ser enquadrada como liberdade comercial. Por exemplo, desde os anos 60, não podem mais impor como condição de compra de uma propriedade que não seria alugada (ou comprada) por negros e etc.
Decida-se, garoto.
Os KKK não representam toda a América. Primeiro, porque não são uma parcela significante da população. Segundo, porque o principal princípio do espírito americano é a liberdade independente do indivíduo, seja ele quem for. KKK não quer simplesmente boicotar os negros, ela quer mesmo é exterminá-los, subjulgá-los à vontade dos iluminados brancos, o que não tem nada a ver com o ponto discutido.
Parece fazer um tipo de espantalho inverso daquelas de "no capitalismo, o capital vem antes do ser humano, porque o próprio nome já diz capital-ismo, como teísmo, adoração a Deus, mas é o deus capital". Só que em vez disso, é algo como "no capitalismo, todas as pessoas se comportam da maneira mais lucrativa possível, então todos lucram, ninguém sai no prejuízo" e há ainda a suposição de que a discriminação racial não poderia ser lucrativa.
E a discriminação racial NÃO É lucrativa.
Você está querendo comparar uma sociedade de status com uma sociedade meritocrática, onde na primeira os negros teriam status de escravos e na segunda eles chegariam até onde sua capacidade fosse capaz de conduzi-los.
Nos dias de hoje, os negros detém capital e prestígio, e mesmo assim continuam sendo garota dos olhos do Grande Ditador. Quem se recusa negociar com eles, está fadado ao fracasso.
Para que estado? Os serviços podem ser todos prestados por entidades privadas.
Agora sim você disse uma coisa certa.
E os "direitos" impostos pelo estado nada mais são do que uma forma de maniqueísmo coletivista/esquerdista, a imposição de uma moral à pessoas que nem necessariamente concordam com ela, tirando a liberdade das pessoas agirem de acordo com a sua própria moral, mesmo que isso signifique impedí-las de produzir mais e mais lucrativamente, beneficiando a sociedade toda.
Você acaba de dizer algo ainda mais certo.
Daqui a pouco, você vai querer que a empresas privadas, como de energia elétrica ou de água, corretores de imóveis, vendedores de alimentos e etc, sejam obrigados a fornecer seus produtos e serviços para pessoas de qualquer raça, sexo ou religião, além de instituirem cotas para raças, sexos e etc, como se todos compactuassem de seus ideais puramente capitalistas. Para alguns, há coisas mais elevadas que o dinheiro. A pureza da nação e a moral podem vir primeiro.
Despencou!
Não disse que houve, ou que precisaria haver algo nesse porte.
O que descarta o que tinha dito anteriormente.
A KKK uma vez já foi de 4 milhões de pessoas, aproximadamente 10% da (então) população americana. Não acho que o seu relativo declínio tenha tido a ver simplesmente com capitalismo.
É óbvio que tem. Ao desenvolver a liberdade individual, a sociedade passa desenvolver-se também moral e economicamente, praticamente que como conseqüência.
Com negros destacando-se, acumulando patrimônio e etc, é totalmente inviável excluí-los de seus negócios. Apenas numa sociedade onde o Estado dita as regras, os negros podem ser prejudicados pelas regras ditadas pelo próprio Estado. Numa nação onde eles têm liberdade, podendo trabalhar por conta própria, acumular bens, ir e vir, é simplesmente impossível que sejam prejudicados pela também liberdade de alguém que simplesmente não gosta deles.
O único meio do branco prejudicar o negro numa sociedade livre é através da força física, e o uso da força, sim, deve ser condenado pelo Estado.