Fernando Silva escreveu:Edson Jr escreveu:Afinal, não existem ateus ressentidos que vivem, de certa forma, em função de uma implícita ou explícita raiva dos crentes?!
Tenho raiva de mim mesmo por ter demorado tanto a descobrir que estava sendo enganado, mas não tenho raiva de quem me enganou porque tinham as melhores intenções.
Olá Fernando!
Não acho que você tenha sido culpado por ter sido cristão. Assim como acho que também não fui culpado por ter sido cristão.
É claro que em alguns momentos fico pensando: "Como fui tão idiota!"
Fernando, repare que nós, seres humanos, temos uma grande dificuldade em perdoar os outros, quando não perdoamos a si mesmos.
Se me considero um idiota por ter sido cristão, como não considerarei idiota quem hoje é um cristão?
Se possuo rancor por ter sido cristão, não guardaria um oculto rancor por aqueles que são cristãos?
Por isso que acho que para que um não-crente ser verdadeiramente livre e usufruir uma vida mais plena, se faz necessário o esquecimento, a inocência e um novo começo, com alegria, boa-vontade e paixão.
Tivemos a força e a coragem de um leão ao nos despreendermos das amarras religiosas. Essa coragem nos abriu o caminho de nossa liberdade. Agora, precisamos abandonar o leão e, como uma criança, experienciarmos um novo recomeço, no caminho da liberdade, sem ressentimentos ou mágoas e, sim, com vontade e alegria.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)