Apáte escreveu:ímpio escreveu:É impossível tentar impedir legalmente apenas que as pessoas empreguem ou não, e forneçam serviços ou não, com critérios racistas ou sexistas?
Fornecer serviços, não. Empregar, quase sempre.
É impossível TENTAR?
Fatalismo maniqueista-esquerdista.
ímpio escreveu:O estado não está impondo critérios, mas limitando, nesse caso. E não decorre logicamente que "não podem haver discriminação, trabalho infantil e etc, logo não há propriedade privada", ou "é melhor defender que não haja propriedade privada também". Vai para o rol das coisas mais sem pé nem cabeça que já ouvi.
A analogia com trabalho infantil não procede.
Não? Vejamos se vem uma explicação do por que não....
Crianças são protegidas pela lei, não só em caso de trabalho infantil.
Sim, e daí? Isso não muda o fato de que se o capitalismo sozinho fosse a fonte da qual emerge toda paz, harmonia e justiça, não precisaríamos das leis protegendo as crianças, não só no trabalho, mas de modo geral. E essas leis são intromissões estatais no direito de livre negociação entre empregador e empregados (bem como leis contra escravidão).
Existem leis proibindo trabalho escravo e/ou infantil, e nem por isso "devia" haver abolição da propriedade privada. Só por que você quer que a condição de que os empregadores não podem julgar coisas impertinentes à função, como raça, implica em se abolir a propriedade privada.
Aliás, contratar crianças serve para pagar mais barato pela mão-de-obra. Se você mesmo está abrindo mão dum grupo de trabalhadores, selecionando ainda mais (mesmo que idiotamente), está disposto a pagar mais caro por um mão-de-obra de igual ou pior qualidade.
Ou seja, a imposição de que não se pode contratar crianças só prejudica a produção e o consumidor. E logo, deverímos abolir a propriedade privada e o voto feminino, para completar esse non-sequitur de maniqueísmos esquerdistas.
ímpio escreveu:?????????
O Estado não pode impedir de uma pessoa, durante uma entrevista, tratar o negro como todo mundo e jogar o curriculum dele no lixo logo que o candidato saie.
No máximo, poderá impedi-lo de poupar o trabalho de anunciar "negros não".
O estado também não pode impedir que uma pessoa saia impune se conseguir matar alguém e se livrar de todas as pistas.
RicardoVitor escreveu:In many cases before the 1960s, these covenants were used for segregationist purposes.[1] These are some samples of that were agreed by different neighborhoods in Seattle, Washington.[citation needed]
Citation needed?
Você pode colocar isso em todo lugar na WP. Não quer dizer que seja só invenção também, basta procurar a respeito. Nesse caso ainda é mais facilitado pelas coisas em si já serem citações, ainda que esteja etiquetado "citation" needed.
Liquid Snake escreveu: - May 1938, Durham, North Carolina (Deeds issued by Hope Valley Realty Co.) - "No property or building shall be owned or occupied by the colored race, except such buildings as may be constructed by the owners and residents of the property, for the use of their servants."
Isto está cheirando a uma lei, não?
Se for escolha do vendedor, tanto faz. A lei não pode impedi-lo de vender o imóvel prum negro. Mesmo que, por puro racismo e babaquice, ele decida vender mais barato para um branco.
Então uma imobiliária poderia ter algo como, as descrições das residências, e preços diferentes para brancos, negros e etc?

Ainda que teoricamente ele possa esconder isso na negociação (tal como se pode teoricamente esconder pistas de diversos crimes, que nem por isso são descriminalizados), não acho que devesse ser legal colocar isso em contrato de venda ou lei.
- October 31, 1947, Laurelhurst, Victory Heights, Green Lake Circle - "No person of other than the Caucasian race shall use or occupy any building or lot except as servants domesticated with any owner or tenant."
Perguntando novamente. Isso era uma lei?
Eu não tenho certeza. O enunciado do artigo diz "
A restrictive covenant is a legal obligation imposed in a deed by the seller upon the buyer of real estate to do or not to do something." Não diz que é necessariamente o estado.
Achei mais
aqui.
Parece que era totalmente privado o negócio mesmo, apenas tem validade legal, meio como "procura-se babá branca".
- Article 34 of Code of Ethics for realtors in Seattle stated: "A Realtor should never be instrumental in introducing into a neighborhood a character of property or occupancy, members of any race or nationality, or any individual whose presence will clearly be detrimental to property values in that neighborhood."
A vizinhança tinha o poder de impedir o proprietário de vender uma casa a um negro? Se for o caso, já não tem nada a ver com que eu digo: "Somente o proprietário pode decidir o que fazer com sua propriedade."
Pelo que
estou lendo, me parece que são simplesmente os donos das terras mesmo, que impõem essas condições como forma de não desvalorizar a vizinhança. Mas posso estar interpretando mal devido ao maniqueísmo esquerdista inerementemente ligado à essa questão extremamente esquerdista.
In 1948, the Supreme Court held that restrictive covenants were illegal and that government could not help to enforce them (Shelley v. Kraemer). This left open the possibility of voluntary agreements between realtors and homeowners which allowed housing discrimination to continue. In 1964, Seattle voters rejected a referendum that prohibited housing discrimination.
In April 1968, the city council passed an open housing ordinance, making restrictive covenants illegal.
Segundo, qual o meio dos vizinhos expulsar um negro da vizinhança se não for pela força física, o que repudio mais do que qualquer um aqui.
Não se trata de expulsar, mas de não deixar entrar. E eu creio que eu repudio a força física cerca de 10% mais do que você. E o Samael aproximadamente 12,4%. Defenda a força física para qualquer um de nós para ver se não vai tomar umas bordoadas.
Punk Boy escreveu:In the case of Shelley v. Kraemer, the United States Supreme Court ruled that it would be unconstitutional for the courts to enforce such a covenant, and such covenants no longer have any force where they exist.
A-HA!
Cai por terra os exemplos apontados.
???????????
COMO? Se foi a LEI que proibiu a discriminação, e não ela que se desfez pela emergência espontânea da bondade e felicidade infindas através do capitalismo livre?
Steve Rogers escreveu:A proteção infantil estatal só corrobora com minhas idéias, ao contrário do que você quer.
As legislações trabalhistas são maniqueísmos esquerdistas que visam criar uma sociedade utópica impondo sua moral do que é certo ou não quanto a trabalho e "justiça social", incluindo as leis que negam oportunidades de trabalho às crianças. Fazem isso para que fiquem mais aversas ao trabalho e portanto mais propensas ao esquerdismo, que nada mais é do que um modo louco de achar que ninguém precisa trabalhar, que o estado provê tudo por mágica.
Ora, do mesmo modo que eu posso escolher se eu dou meu carro a um amigo, posso escolher quem será o futuro dono dele, mesmo que este me ofereça mais do que outro pelo mesmo produto porque, por algum motivo MEU, eu quero assim e ninguém tem nada a ver com isso.
Eu acho que, se alguém quer dar um carro para alguém, tem todo o direito de dar. Mas acho que ninguém tem o direito de me vender um carro mais caro ou negar a se vender porque eu sou branco, porque moro na minha cidade ou qualquer motivo arbitrário. Ainda que teoricamente pudesse fazer isso e ninguém ficar sabendo (tal como poderia até me matar ou me lesar de outra forma), não sei se é exatamente "direito" maior dele de discriminar os compradores por critérios raciais ou outros irrelevantes, do que o meu direito "branco" de comprar.
Você acredita que a iniciativa privada pode assumir o lugar do estado em serviços e etc, sem ao mesmo tempo assumir as responsabilidades, sem que isso resulte em nenhuma perda significativa de liberdade?
E supondo que não, que o capitalismo sozinho efetivamente evitasse esse tipo de coisa, seria uma grande tragédia (ou mal, = divisão de tudo entre bem e mal, = maniqueísmo, e logo esquerdista) haver uma lei que simplesmente fosse automaticamente obedecida o tempo todo, por estar em plena harmonia com o mercado/vontades naturais e culturais de todos os seres humanos, só para o caso de, quem sabe, algum eventual esquerdista maniqueísta mutante resolver não dar as mesmas possibilidades a pessoas de acordo com a raça ou a outras coisas que deveriam ser irrelevantes?