m[i]g escreveu:Márcio escreveu:Penso que a religião originou do mesmo ramo que a ciência.
Veio da necessidade que o ser humano sapiens teve de entender as forças da natureza, coisas que ele não entendia e que lhe pareciam poderosas e além do natural, ou daquilo que ele entendia como natural.
Daí foi um passo para se atribuir à seres poderosos os efeitos que ocorriam na natureza, no seu meio de atuação.
Com a evolução da capacidade racional e das ferramentas de auxílio da observação, um grupo seguiu por uma vertente que levava em conta a pesquisa sistemática, lógica, etc.
Outro grupo deve ter se estagnado nas explicações mitológicas(o povo devia compreende-las mais facilmente), juntando-se à isso uma certa capacidade de domínio sobre as massas, se denominaram de representantes de deuses, ainda que no começo muitos se consideravam o próprio deus vivo.
Durante muito tempo a ciência foi servindo a religião (pois essa era a mais poderosa dominando estados)até que as contradições se tornaram muito fortes, as observações não confirmavam os mitos, e houve a separação como conhecemos hoje em dia.
Deve ser mais ou menos isso, as nuances são bem mais complexas, de acordo com cada civilização.
"Acredita que as ciencias teriam surgido e se teriam desenvolvido, se não tivessem existido mágicos, alquimistas, astrólogos e adivinhos que tiveram fome e sede de poderes ocultos e proibido?"
Nietzsche , 'die froliche wissenshaft'
No principio as forças da natureza pareciam mesmo mágicas, a forma como o mundo ao redor funcionava era desconhecido, à tudo era atribuido a ação de um deus, ou um ser mais poderoso que o ente humano, era o desconhecido, o oculto e quem se dedicava à isso deveria ter um certo status diante do resto do grupo.
Dessa relação com o desconhecido surgiram a religião e a ciência primitiva, uns permaneceram com as explicações mágicas, outros agregaram mais conhecimento baseado em evidências concretas e métodos de investigação e instrumentação cada vez mais sofisticados e seguiram evoluindo.
A religião permaneceu como um ponte de intermediação entre o povo comum e os deuses, as coisas ''mágicas'', as explicações mais simples para os questionamentos do homem em geral, some-se à isso um certo poder sobre as massas, e ela segue existindo até hoje.