Hatun foi forçada a casar quando tinha apenas 15 anos. A fuga para a liberdade conseguida com o divórcio e uma vida independente pagou-a com a própria vida, a 7 de Fevereiro de 2005, quando foi assassinada com dois tiros na cabeça pelo próprio irmão. O caso que ocorreu em Tempelhof, nos arredores de Berlim, deu origem à Hatun & Can, uma associação fundada por um amigo da jovem assassinada, Andreas Becker (nome falso), cuja missão é agora ajudar jovens muçulmanas em risco de vida e vítimas de maus tratos.
"Tenho de usar um nome falso, ninguém sabe a minha morada e a associação só pode ser contactada por e-mail, caso contrário já teríamos sido alvo de vinganças", diz Becker.
As vinganças a que se refere são por parte de famílias de jovens que fogem de casa devido a maus tratos e em especial a casamentos forçados com primos ou desconhecidos, impostos pelos pais e irmãos mais velhos. Na cultura islâmica e em muitas famílias a mulher é símbolo da decência, enquanto ao homem cabe a defesa da honra. Embora a residir na Alemanha há décadas, algumas famílias vivem e cumprem tradições antigas que chocam com a cultura ocidental. Muitas das jovens que nasceram na Alemanha querem viver de acordo com tradições e valores ocidentais que a família não aceita.
"O primeiro contacto é sempre via e-mail ou telefone, depois de termos conhecimento da situação concreta ajudamos de imediato com as despesas de viagem e com nova documentação, o importante é que essas jovens, cuja vida pode estar em risco, estejam a pelo menos 300 quilómetros de casa, pois as famílias estão espalhadas por todo o lado e os seus elementos comunicam entre si", explica Becker. "As jovens chegam de todas as cidades da Alemanha e a precisar de apoio psicológico." Becker conta que são jovens de origem muçulmana e oriundas de países como o Líbano, Paquistão, Egipto ou Marrocos. A associação existe oficialmente desde 7 de Fevereiro último e, desde então, mais de cem mulheres já pediram a ajuda à Hatun & Can.
"Felizmente temos muitas pessoas que ajudam na causa com doações, em especial juízes e advogados. Em geral, precisamos de cerca de 2000 euros por cada caso para poder organizar tudo, desde a viagem, documentos novos e apartamento para que estas jovens possam iniciar uma vida nova, temos também empresas que disponibilizam empregos e estágios, médicos que dão consultas gratuitas e a colaboração fantástica da Igreja Católica."
A ajuda também vem de fora das fronteiras da Alemanha. "Temos moradas em toda a Europa desde Espanha, Itália e Suécia para onde as jovens ou famílias podem ir em casos mais graves."
Os casos mais graves de que Becker fala são famílias grandes que chegam a ter no seu agregado dezenas de pessoas. Em situações extremas, perseguem durante uma vida inteira uma mulher que não tenha casado com a pessoa escolhida. O medo de sair à rua ou o simples acto de ir às compras torna-se perigoso, pelo que fugir para outro país e obter outra identidade para poderem viver em paz é a única solução que resta.
"Nestes casos são precisos vários polícias para proteger a família até esta entrar no avião, que é revistado, tal como a lista de passageiros, de forma a confirmar se não existe nenhum familiar a bordo disposto a consumar uma vingança."
Becker diz ainda que muitas jovens muçulmanas vivem quase "enclausuradas" e só vão à escola porque é obrigatório na lei alemã, senão nem isso podiam fazer. A função da mulher na comunidade muçulmana conservadora é ficar em casa, cozinhar, cuidar dos irmãos e irmãs, os pais não aceitam que as raparigas tenham alguma forma de independência. Muitas vezes os pais não trabalham, vivem de ajuda social e só não regressam porque não querem abdicar das suas condições de vida.
Becker tem dado várias entrevistas a medias de todo o mundo, um trabalho público activo que considera fundamental porque ajuda a divulgar a missão da Hatun & Can e a sensibilizar a opinião pública para além das fronteiras alemãs.|
http://dn.sapo.pt/2007/12/03/internacio ... _nova.html
Muçulmanas casadas à força com vida nova por dois mil euros
- O ENCOSTO
- Mensagens: 16434
- Registrado em: 02 Nov 2005, 14:21
- Localização: Ohio - Texas (USA)
- Contato:
Muçulmanas casadas à força com vida nova por dois mil euros
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
Re: Muçulmanas casadas à força com vida nova por dois mil eu
O ENCOSTO escreveu:
-----
"Felizmente temos muitas pessoas que ajudam na causa com doações, em especial juízes e advogados. Em geral, precisamos de cerca de 2000 euros por cada caso para poder organizar tudo, desde a viagem, documentos novos e apartamento para que estas jovens possam iniciar uma vida nova, temos também empresas que disponibilizam empregos e estágios, médicos que dão consultas gratuitas
...e a colaboração fantástica da Igreja Católica."
-----
http://dn.sapo.pt/2007/12/03/internacio ... _nova.html
Deve ser o mesmo programa de apoio psicológico que a igreja dá para as crianças vítimas de padres pedófilos.

tsk!tsk!tsk!
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".
500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:
- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".
Deu no que deu !!! ...
