Capitalismo: Universitária morre por falta de R$ 10

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André
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Mensagem por André »

zencem escreveu:
André escreveu:
zencem escreveu:.
Capitalismo não determina formas de sentir, já uma mente alienada, seja lá por qual tipo for, de obscuratismo, sim.

A sabedoria desegocentra e sensibiliza o homem.


Qualquer sistema influencia e contribui para valorizar, por exemplo, o capital acima da vida humana. Obviamente isso efeitos sobre os indivíduos. Alguns desses vão valorizar mais o "Deus dinheiro" do que vidas. Isso é óbvio e já demonstrei isso muitas vezes. Como o caso da Linda Peeno. Ela pelo menos teve sentimento de culpa, pelas negações que emitiu e pelas mortes que causou sendo uma médica executiva. O mais importante foi que justamente denunciou que no sistema de planos de saúde, negar tratamentos caros aumenta os lucros, logo interessa, e os médicos executivos usam seus conhecimentos para negar tratamento e assim gerar mais lucros para empresa que servem. Tem gente morrendo nessa história. O depoimento dela pode ser visto em diversos lugares.

http://www.thenationalcoalition.org/DrP ... imony.html

Fechar os olhos para a influencia do sistema é cegueira pura. Claro que o sistema não determina e alguns como Linda Peeno, podem se rebelar contra isso, mas a maioria, como se sabe, se sujeita por vantagens pessoais.

Um sistema que incentiva isso tem que ser combatido na fonte, garantir direitos sociais, independente de quanto a pessoa possuí é uma defesa humanista. É a defesa da vida humana, pura e simplesmente.

Dizer que os indivíduos que devem mudar, ignorando a conjuntura que estão inseridos, é uma utopia maior, do que qualquer coisa que já defendi, e muito mais improvável de ser concretizada.


Você está pensando da mesma forma que aquele que acha que o amor pode ser produzido pela imposição de uma lei, ou doutrina.

Que os indivíduos devem mudar, é outra lei... esdrúxula.

Os indivíduos mudam espontaneamente quando são protegidos para ser livres e estimulados a ter um pensamento crítico que os leve a tirar do instinto egoista de auto preservação, soluções que não sejam imediatistas ou que os encaminhem a matar a galinha de ovos de ouro.

Isso é muito mais diferenciado, do que o pensamento coletivo para ovelhas submissas e inábeis.

A ação do farmacêutico capitalista, não pode ser atribuida ao capitalismo, mas ao seu estado miserável de capacidade de pensar, já que, para ele você encontra uma infinidade de outros capitalistas que teriam uma atitude mais calorosa e humana.

Ele agiu contra os princípios capitalistas de preservação do cliente que lhe proporciona lucro.
Olha a hipocrisia, André!
Não te deixe levar por ela. :emoticon4:


Você apenas demonstra que não sabe nem entende um pingo da minha posição.

Vc dizer que outros capitalistas seriam prudentes ou solidários apenas repete o que eu já disse.

Eu estou falando de sistema político e econômico, e qualquer sistema vigente influencia os indivíduos. Nenhum cientista que se preze nega isso. É óbvio. É igualmente óbvio que vc não deu atenção nem deve ter lido o depoimento da Linda Peeno. Quando ler, me de o retorno, se quiser de fato entender a extensão do que significa valorizar mais capital do que vida humana, algo presente por exemplo nos EUA e na relação de empresas de planos de saúde com a população.

Eu não defendo homogeneização, nem coletivismo no sentido que vc utiliza, somente isso detona todo seu ponto de partida.

O coletivo, no sentido de conjunto dos cidadãos, é heterogêneo, e isso é uma mera constatação. A defesa do coletivo nesse sentido é apenas a defesa da reunião democrática dos cidadãos, que tem em comum, apenas o fato de serem cidadãos de um mesmo país. A defesa é pelo empoderamento do cidadão e esse ter o poder de exigir do Estado, dos políticos, e do Mercado, o que deseja, a maioria governando e os direitos de todos sendo garantidos. Logo todos os dogmas do coletivismo uniformizante para mim são lixo não tem nada a ver com o que eu defendo. Porém compreender posições e suas nuances, é difícil. Por isso que não entendem que Orwell era socialista, e por isso o utilizo no avatar.

Logo a submissão não é dos indivíduos, mas eu quero que os indivíduos coletivamente, submetam Estado e Mercado a suas vontades, de forma democrática. Nesse sentido é que são verdadeiramente livres, que a emancipação é possível e plena. O socialismo autoritário escraviza a uma elite política, burocrática, o capitalismo aos interesses de quem domina o capital, ambos tem no seu âmago o autoritarismo, apenas de matizes diferentes. É contra o autoritarismo por um sistema mais justo cujos artífices são os próprios cidadãos que escrevo, quem é contra isso que se alinhe a uma elite política, ou ao Grande Capital, ou fique indiferente. E quanto a práticas, é apenas a da socialização tanto do poder, quanto das riquezas, para garantir os direitos sociais a todos. Sem no entanto impedir acumulação, logo os melhores elementos do capitalismo ligados a produção e comercio poderiam ser mantidos se regulados democraticamente de fato.

Está mais do que claro que o capitalismo estrito em uma democracia representativa, assim como o socialismo autoritário, são incapazes de prover tanto de justiça política, quanto justiça social. Quem chega mais perto de prover essas duas justiças são aqueles que combinam capitalismo industrial com medidas de caráter socializante, em democracias mais participativas nas quais os indivíduos têm mais controle sobre Estado e Mercado. No atual contexto é a melhor alternativa disponível, porém o regime meramente representativo, e eminentemente político, é insuficiente.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/

Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196


O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.

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zencem
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Mensagem por zencem »

.
André!

Sobre esta questão de assistência à saúde cabe ao governo regulamentar o setor com todos os pré-requisitos que defendam os interesses do cidadão.
Cabe ao empreendedorismo verificar se dentro dessa regulamentação a atividade é viável.
Uma coisa é certa, a lei mestre continua a mesma, ou seja a viabilidade de lucro.
O resto é churumelas. A atividade privada é apenas um auxílio suplementar á uma obrigação que é do governo, e é pra isso que se paga imposto.

Cada pessoa é única, assim, com referência a esses tremores de consciência de um médico em relação aos seus escrúpulos profissionais, ele é soberano para aceitar o sistema, ou não.
Devem existir, muitos outros na mesma condição, e isso lhes dá oportunidade, até, de criar um serviço associado de saúde, que esteja mais de acordo com essas dúvidas de consciência.

Resta saber se isso é viável.

Como vê, o capitalismo não impede atitudes com visões socialistas e, se elas são boas, não precisam impedir que, as que consideramos desumanas, continuem a existir.

Quem vai decidir isso é o mercado.

Estranho é que, toda essa visão socialista, não se transforma em ação, por parte dos socialistas, quando eles tomam o poder.

O que se vê, na realidade é filho de político enriquecendo repentinamente, ideólogos na doce vida das consultorias, e ladrões levando propinas em empresas de serviço público, como transporte público, limpeza urbana e etc...

Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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Mr. Crowley
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Re: Re.: Capitalismo: Universitária morre por falta de R$ 10

Mensagem por Mr. Crowley »

O ENCOSTO escreveu:
Mr. Crowley escreveu:
Samael escreveu:
Mr. Crowley escreveu:Rodrigo, tente com desenhos.


Ele não é burro. Muito menos idiota.


Tá de saca, né?


E quanto aos desenhos?

Já que os comunistóides babões não conseguem se expressar pela escrita, ficamos no aguardo de outras formas de comunicação.

Eu gostaria de entender, por intermedio de desenhos mesmo, como alguém pode se recusar a ajudar uma garota em agonia só por ser capitalista.

A proposito, lamentavelmente a farmacia ficava no meio de um deserto. Não tinha um único comunistóide babão solidario ali por perto para dar 10 pila.


Tá falando comigo mesmo? :emoticon5:
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André
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Mensagem por André »

zencem escreveu:.
André!

Sobre esta questão de assistência à saúde cabe ao governo regulamentar o setor com todos os pré-requisitos que defendam os interesses do cidadão.
Cabe ao empreendedorismo verificar se dentro dessa regulamentação a atividade é viável.
Uma coisa é certa, a lei mestre continua a mesma, ou seja a viabilidade de lucro.
O resto é churumelas. A atividade privada é apenas um auxílio suplementar á uma obrigação que é do governo, e é pra isso que se paga imposto.

Cada pessoa é única, assim, com referência a esses tremores de consciência de um médico em relação aos seus escrúpulos profissionais, ele é soberano para aceitar o sistema, ou não.
Devem existir, muitos outros na mesma condição, e isso lhes dá oportunidade, até, de criar um serviço associado de saúde, que esteja mais de acordo com essas dúvidas de consciência.

Resta saber se isso é viável.

Como vê, o capitalismo não impede atitudes com visões socialistas e, se elas são boas, não precisam impedir que, as que consideramos desumanas, continuem a existir.

Quem vai decidir isso é o mercado.

Estranho é que, toda essa visão socialista, não se transforma em ação, por parte dos socialistas, quando eles tomam o poder.

O que se vê, na realidade é filho de político enriquecendo repentinamente, ideólogos na doce vida das consultorias, e ladrões levando propinas em empresas de serviço público, como transporte público, limpeza urbana e etc...



Aqui por essas bandas cara que não funciona. Veja a medicina socializada em países desenvolvidos. Praticamente toda Europa Ocidental e funciona muito bem. Logo conjunturas diferentes tornam viáveis, e é possível se fazer.

A importância dos programas sociais até a Folha de São Paulo já vem admitindo como essenciais para diminuição da pobreza. Claro que o crescimento que está ocorrendo agora tb ajuda, alias concordo com a analise que em um primeiro momento foram os programas que aceleraram, depois o crescimento. Mas ainda é pouco. (primeiro mesmo foi a estabilidade econômica)

Por isso que o passo primeiro, não é o da socialização das riquezas, (embora claro defendo programas sociais que sanam as carências mais extremas e estabelecem condicionalidades) mas a socialização do poder. Com o poder, e fiscalizando e regulando a população poderia de fato escolher o caminho que deseja. E não apenas escolher políticos, que não diferem muito entre si, que representam interesses corporativos, e que representam seus próprios interesses de poder e riqueza pessoal.

Os políticos da direita liberal, zencem, ou que se dizem liberais, assim como os que se dizem socialistas, são em sua maioria oportunistas. E nisso são iguais. Apenas usam discursos estratégias diferentes, e tem algumas políticas diferentes, mas tem se demonstrado corruptos, ambos. Assim como usam o poder para favorecimento pessoal, corporativo e dos grupos que os apóiam ou financiam.

Para mudar esse ciclo vejo como melhor alternativa a transformação do sistema político, para um sistema mais aberto ao cidadão, no qual ele tem mais poder sobre Estado e Mercado, podendo assim fiscalizar e regular, tanto para exigir iniciativas compatíveis com sua forma de pensar, como impedir o mau uso do dinheiro e do poder público.
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Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.

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zencem
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André escreveu:
zencem escreveu:.
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Sobre esta questão de assistência à saúde cabe ao governo regulamentar o setor com todos os pré-requisitos que defendam os interesses do cidadão.
Cabe ao empreendedorismo verificar se dentro dessa regulamentação a atividade é viável.
Uma coisa é certa, a lei mestre continua a mesma, ou seja a viabilidade de lucro.
O resto é churumelas. A atividade privada é apenas um auxílio suplementar á uma obrigação que é do governo, e é pra isso que se paga imposto.

Cada pessoa é única, assim, com referência a esses tremores de consciência de um médico em relação aos seus escrúpulos profissionais, ele é soberano para aceitar o sistema, ou não.
Devem existir, muitos outros na mesma condição, e isso lhes dá oportunidade, até, de criar um serviço associado de saúde, que esteja mais de acordo com essas dúvidas de consciência.

Resta saber se isso é viável.

Como vê, o capitalismo não impede atitudes com visões socialistas e, se elas são boas, não precisam impedir que, as que consideramos desumanas, continuem a existir.

Quem vai decidir isso é o mercado.

Estranho é que, toda essa visão socialista, não se transforma em ação, por parte dos socialistas, quando eles tomam o poder.

O que se vê, na realidade é filho de político enriquecendo repentinamente, ideólogos na doce vida das consultorias, e ladrões levando propinas em empresas de serviço público, como transporte público, limpeza urbana e etc...



Aqui por essas bandas cara que não funciona. Veja a medicina socializada em países desenvolvidos. Praticamente toda Europa Ocidental e funciona muito bem. Logo conjunturas diferentes tornam viáveis, e é possível se fazer.

A importância dos programas sociais até a Folha de São Paulo já vem admitindo como essenciais para diminuição da pobreza. Claro que o crescimento que está ocorrendo agora tb ajuda, alias concordo com a analise que em um primeiro momento foram os programas que aceleraram, depois o crescimento. Mas ainda é pouco. (primeiro mesmo foi a estabilidade econômica)

Por isso que o passo primeiro, não é o da socialização das riquezas, (embora claro defendo programas sociais que sanam as carências mais extremas e estabelecem condicionalidades) mas a socialização do poder. Com o poder, e fiscalizando e regulando a população poderia de fato escolher o caminho que deseja. E não apenas escolher políticos, que não diferem muito entre si, que representam interesses corporativos, e que representam seus próprios interesses de poder e riqueza pessoal.

Os políticos da direita liberal, zencem, ou que se dizem liberais, assim como os que se dizem socialistas, são em sua maioria oportunistas. E nisso são iguais. Apenas usam discursos estratégias diferentes, e tem algumas políticas diferentes, mas tem se demonstrado corruptos, ambos. Assim como usam o poder para favorecimento pessoal, corporativo e dos grupos que os apóiam ou financiam.

Para mudar esse ciclo vejo como melhor alternativa a transformação do sistema político, para um sistema mais aberto ao cidadão, no qual ele tem mais poder sobre Estado e Mercado, podendo assim fiscalizar e regular, tanto para exigir iniciativas compatíveis com sua forma de pensar, como impedir o mau uso do dinheiro e do poder público.


Esta questão das desigualdades, especialmente as de oportunidade, têm que ser a mola mestre de todo governo, seja de direita, seja de esquerda, ou independente.

Aliás, eles todos reconhecem essa importância, só que as desempenham de uma forma demagógica e inapropriada, e, quase sempre, repetindo o velho mantra de "venha a nós o vosso reino".

O nosso presidente revelou-se um exímio atleta da demagogia, no uso dessas ações tão importantes.
Sua arrogância e provocações, diariamente, repetidas, deslustra a sua iniciativa, até porque, afasta a oportunidade de conquistar a solidariedade de pessoas que as poderiam dar desinteressadamente.

Preferiu promover a divisão e aniquilar a oposição, seja demonizando-a, seja enfraquecendo-a com a cooptação mercenária.

Então, é muito triste ver a miséria alheia servindo de suporte para ambições duvidósas e que estão sempre estremecendo nossas expectativas de uma sociedade livre e democrática.

Como você sabe, ações demagógicas são sempre imediatistas e contraproducentes e deixa a nós, contribuintes, revoltados quando vemos o nosso imposto sendo usado de uma forma inadequada, pra dar fama pra vagabundo, enquanto nem somos lembrados como os verdadeiros beneméritos compulsórios.

Como sempre, nossas divergências são apenas abstratas. :emoticon16:

Um abraço!
Sócrates, o pai da sabedoria, 470 aC, dizia:

- "Conhece-te a ti mesmo;
O 'Eu' é o caminho (da sabedoria)".


500 anos depois, um cara estragou tudo, tascando essa, num gesto de egolatria e auto-contemplação patológica:

- "EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA".

Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


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zencem
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André escreveu:
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Sobre esta questão de assistência à saúde cabe ao governo regulamentar o setor com todos os pré-requisitos que defendam os interesses do cidadão.
Cabe ao empreendedorismo verificar se dentro dessa regulamentação a atividade é viável.
Uma coisa é certa, a lei mestre continua a mesma, ou seja a viabilidade de lucro.
O resto é churumelas. A atividade privada é apenas um auxílio suplementar á uma obrigação que é do governo, e é pra isso que se paga imposto.

Cada pessoa é única, assim, com referência a esses tremores de consciência de um médico em relação aos seus escrúpulos profissionais, ele é soberano para aceitar o sistema, ou não.
Devem existir, muitos outros na mesma condição, e isso lhes dá oportunidade, até, de criar um serviço associado de saúde, que esteja mais de acordo com essas dúvidas de consciência.

Resta saber se isso é viável.

Como vê, o capitalismo não impede atitudes com visões socialistas e, se elas são boas, não precisam impedir que, as que consideramos desumanas, continuem a existir.

Quem vai decidir isso é o mercado.

Estranho é que, toda essa visão socialista, não se transforma em ação, por parte dos socialistas, quando eles tomam o poder.

O que se vê, na realidade é filho de político enriquecendo repentinamente, ideólogos na doce vida das consultorias, e ladrões levando propinas em empresas de serviço público, como transporte público, limpeza urbana e etc...



Aqui por essas bandas cara que não funciona. Veja a medicina socializada em países desenvolvidos. Praticamente toda Europa Ocidental e funciona muito bem. Logo conjunturas diferentes tornam viáveis, e é possível se fazer.

A importância dos programas sociais até a Folha de São Paulo já vem admitindo como essenciais para diminuição da pobreza. Claro que o crescimento que está ocorrendo agora tb ajuda, alias concordo com a analise que em um primeiro momento foram os programas que aceleraram, depois o crescimento. Mas ainda é pouco. (primeiro mesmo foi a estabilidade econômica)

Por isso que o passo primeiro, não é o da socialização das riquezas, (embora claro defendo programas sociais que sanam as carências mais extremas e estabelecem condicionalidades) mas a socialização do poder. Com o poder, e fiscalizando e regulando a população poderia de fato escolher o caminho que deseja. E não apenas escolher políticos, que não diferem muito entre si, que representam interesses corporativos, e que representam seus próprios interesses de poder e riqueza pessoal.

Os políticos da direita liberal, zencem, ou que se dizem liberais, assim como os que se dizem socialistas, são em sua maioria oportunistas. E nisso são iguais. Apenas usam discursos estratégias diferentes, e tem algumas políticas diferentes, mas tem se demonstrado corruptos, ambos. Assim como usam o poder para favorecimento pessoal, corporativo e dos grupos que os apóiam ou financiam.

Para mudar esse ciclo vejo como melhor alternativa a transformação do sistema político, para um sistema mais aberto ao cidadão, no qual ele tem mais poder sobre Estado e Mercado, podendo assim fiscalizar e regular, tanto para exigir iniciativas compatíveis com sua forma de pensar, como impedir o mau uso do dinheiro e do poder público.


Esta questão das desigualdades, especialmente as de oportunidade, têm que ser a mola mestre de todo governo, seja de direita, seja de esquerda, ou independente.

Aliás, eles todos reconhecem essa importância, só que as desempenham de uma forma demagógica e inapropriada, e, quase sempre, repetindo o velho mantra de "venha a nós o vosso reino".

O nosso presidente revelou-se um exímio atleta da demagogia, no uso dessas ações tão importantes.
Sua arrogância e provocações, diariamente, repetidas, deslustra a sua iniciativa, até porque, afasta a oportunidade de conquistar a solidariedade de pessoas que as poderiam dar desinteressadamente.

Preferiu promover a divisão e aniquilar a oposição, seja demonizando-a, seja enfraquecendo-a com a cooptação mercenária.

Então, é muito triste ver a miséria alheia servindo de suporte para ambições duvidósas e que estão sempre estremecendo nossas expectativas de uma sociedade livre e democrática.

Como você sabe, ações demagógicas são sempre imediatistas e contraproducentes e deixa a nós, contribuintes, revoltados quando vemos o nosso imposto sendo usado de uma forma inadequada, pra dar fama pra vagabundo, enquanto nem somos lembrados como os verdadeiros beneméritos compulsórios.

Como sempre, nossas divergências são apenas abstratas. :emoticon16:

Um abraço!
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Sobre esta questão de assistência à saúde cabe ao governo regulamentar o setor com todos os pré-requisitos que defendam os interesses do cidadão.
Cabe ao empreendedorismo verificar se dentro dessa regulamentação a atividade é viável.
Uma coisa é certa, a lei mestre continua a mesma, ou seja a viabilidade de lucro.
O resto é churumelas. A atividade privada é apenas um auxílio suplementar á uma obrigação que é do governo, e é pra isso que se paga imposto.

Cada pessoa é única, assim, com referência a esses tremores de consciência de um médico em relação aos seus escrúpulos profissionais, ele é soberano para aceitar o sistema, ou não.
Devem existir, muitos outros na mesma condição, e isso lhes dá oportunidade, até, de criar um serviço associado de saúde, que esteja mais de acordo com essas dúvidas de consciência.

Resta saber se isso é viável.

Como vê, o capitalismo não impede atitudes com visões socialistas e, se elas são boas, não precisam impedir que, as que consideramos desumanas, continuem a existir.

Quem vai decidir isso é o mercado.

Estranho é que, toda essa visão socialista, não se transforma em ação, por parte dos socialistas, quando eles tomam o poder.

O que se vê, na realidade é filho de político enriquecendo repentinamente, ideólogos na doce vida das consultorias, e ladrões levando propinas em empresas de serviço público, como transporte público, limpeza urbana e etc...



Aqui por essas bandas cara que não funciona. Veja a medicina socializada em países desenvolvidos. Praticamente toda Europa Ocidental e funciona muito bem. Logo conjunturas diferentes tornam viáveis, e é possível se fazer.

A importância dos programas sociais até a Folha de São Paulo já vem admitindo como essenciais para diminuição da pobreza. Claro que o crescimento que está ocorrendo agora tb ajuda, alias concordo com a analise que em um primeiro momento foram os programas que aceleraram, depois o crescimento. Mas ainda é pouco. (primeiro mesmo foi a estabilidade econômica)

Por isso que o passo primeiro, não é o da socialização das riquezas, (embora claro defendo programas sociais que sanam as carências mais extremas e estabelecem condicionalidades) mas a socialização do poder. Com o poder, e fiscalizando e regulando a população poderia de fato escolher o caminho que deseja. E não apenas escolher políticos, que não diferem muito entre si, que representam interesses corporativos, e que representam seus próprios interesses de poder e riqueza pessoal.

Os políticos da direita liberal, zencem, ou que se dizem liberais, assim como os que se dizem socialistas, são em sua maioria oportunistas. E nisso são iguais. Apenas usam discursos estratégias diferentes, e tem algumas políticas diferentes, mas tem se demonstrado corruptos, ambos. Assim como usam o poder para favorecimento pessoal, corporativo e dos grupos que os apóiam ou financiam.

Para mudar esse ciclo vejo como melhor alternativa a transformação do sistema político, para um sistema mais aberto ao cidadão, no qual ele tem mais poder sobre Estado e Mercado, podendo assim fiscalizar e regular, tanto para exigir iniciativas compatíveis com sua forma de pensar, como impedir o mau uso do dinheiro e do poder público.


Esta questão das desigualdades, especialmente as de oportunidade, têm que ser a mola mestre de todo governo, seja de direita, seja de esquerda, ou independente.

Aliás, eles todos reconhecem essa importância, só que as desempenham de uma forma demagógica e inapropriada, e, quase sempre, repetindo o velho mantra de "venha a nós o vosso reino".

O nosso presidente revelou-se um exímio atleta da demagogia, no uso dessas ações tão importantes.
Sua arrogância e provocações, diariamente, repetidas, deslustra a sua iniciativa, até porque, afasta a oportunidade de conquistar a solidariedade de pessoas que as poderiam dar desinteressadamente.

Preferiu promover a divisão e aniquilar a oposição, seja demonizando-a, seja enfraquecendo-a com a cooptação mercenária.

Então, é muito triste ver a miséria alheia servindo de suporte para ambições duvidósas e que estão sempre estremecendo nossas expectativas de uma sociedade livre e democrática.

Como você sabe, ações demagógicas são sempre imediatistas e contraproducentes e deixa a nós, contribuintes, revoltados quando vemos o nosso imposto sendo usado de uma forma inadequada, pra dar fama pra vagabundo, enquanto nem somos lembrados como os verdadeiros beneméritos compulsórios.

Como sempre, nossas divergências são apenas abstratas. :emoticon16:

Um abraço!


Lula além da pouca competência técnica vem metendo os pés pelas mãos em diversas questões. Se defendo a importância de programas vigentes em seu governo( a maioria não foi criada em seu governo), o seu governo, em muitos aspectos, é criticável, inclusive uma crítica feita pela esquerda.

Eu diria que nossas divergências, ou melhor, diferenças, são retóricas, talvez tb de estilo. No conteúdo talvez vc não defenda a socialização do poder tanto quanto eu, como medida para responsabilizar cada vez mais os indivíduos pelo seu próprio destino. Seja mais desconfiado, coisa que ser, digo desconfiado, é algo que valorizo. Claro que quando convencido, como estou já algum tempo, da democratização progressiva e ampliada como melhor forma de combater corrupção e minimizar as deformações no exercício do poder, devemos claro defender. Mesmo com nossas dúvidas, inerentes ao fato de não nos basearmos em dogmas, mas em princípios, esses que mudam e se enriquecem com o tempo.

Quanto a desigualdades, falo claro das de oportunidade, socioeconômicas, de condições, obviamente deve se fazer o possível para minimizar seus efeitos. Elas vão sempre existir, porém obviamente seria melhor viver em uma sociedade que todos têm o básico, e podem conquistar além desse, com base em seus esforços e capacidade. Pois quando alguém não tem o que comer, ou come de forma inadequada, na tenra idade, seu desenvolvimento mental já está sendo comprometido, os limites já estão lhe sendo impostos, e se alguns poucos são capazes de superar isso, não devem ser usados como desculpa, para uma conjuntura que condena muitos a condições de vida terríveis.
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zencem
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Re: Re.: Capitalismo: Universitária morre por falta de R$ 10

Mensagem por zencem »

Rhyan escreveu:Quanto de imposto tem a bombinha?


:emoticon11: Creio que, mais ou menos, os 10 reais que faltavam.
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Deu no que deu !!! ... :emoticon147:


Trancado