zencem escreveu:André escreveu:zencem escreveu:.
Capitalismo não determina formas de sentir, já uma mente alienada, seja lá por qual tipo for, de obscuratismo, sim.
A sabedoria desegocentra e sensibiliza o homem.
Qualquer sistema influencia e contribui para valorizar, por exemplo, o capital acima da vida humana. Obviamente isso efeitos sobre os indivíduos. Alguns desses vão valorizar mais o "Deus dinheiro" do que vidas. Isso é óbvio e já demonstrei isso muitas vezes. Como o caso da Linda Peeno. Ela pelo menos teve sentimento de culpa, pelas negações que emitiu e pelas mortes que causou sendo uma médica executiva. O mais importante foi que justamente denunciou que no sistema de planos de saúde, negar tratamentos caros aumenta os lucros, logo interessa, e os médicos executivos usam seus conhecimentos para negar tratamento e assim gerar mais lucros para empresa que servem. Tem gente morrendo nessa história. O depoimento dela pode ser visto em diversos lugares.
http://www.thenationalcoalition.org/DrP ... imony.html
Fechar os olhos para a influencia do sistema é cegueira pura. Claro que o sistema não determina e alguns como Linda Peeno, podem se rebelar contra isso, mas a maioria, como se sabe, se sujeita por vantagens pessoais.
Um sistema que incentiva isso tem que ser combatido na fonte, garantir direitos sociais, independente de quanto a pessoa possuí é uma defesa humanista. É a defesa da vida humana, pura e simplesmente.
Dizer que os indivíduos que devem mudar, ignorando a conjuntura que estão inseridos, é uma utopia maior, do que qualquer coisa que já defendi, e muito mais improvável de ser concretizada.
Você está pensando da mesma forma que aquele que acha que o amor pode ser produzido pela imposição de uma lei, ou doutrina.
Que os indivíduos devem mudar, é outra lei... esdrúxula.
Os indivíduos mudam espontaneamente quando são protegidos para ser livres e estimulados a ter um pensamento crítico que os leve a tirar do instinto egoista de auto preservação, soluções que não sejam imediatistas ou que os encaminhem a matar a galinha de ovos de ouro.
Isso é muito mais diferenciado, do que o pensamento coletivo para ovelhas submissas e inábeis.
A ação do farmacêutico capitalista, não pode ser atribuida ao capitalismo, mas ao seu estado miserável de capacidade de pensar, já que, para ele você encontra uma infinidade de outros capitalistas que teriam uma atitude mais calorosa e humana.
Ele agiu contra os princípios capitalistas de preservação do cliente que lhe proporciona lucro.
Olha a hipocrisia, André!
Não te deixe levar por ela.![]()
Você apenas demonstra que não sabe nem entende um pingo da minha posição.
Vc dizer que outros capitalistas seriam prudentes ou solidários apenas repete o que eu já disse.
Eu estou falando de sistema político e econômico, e qualquer sistema vigente influencia os indivíduos. Nenhum cientista que se preze nega isso. É óbvio. É igualmente óbvio que vc não deu atenção nem deve ter lido o depoimento da Linda Peeno. Quando ler, me de o retorno, se quiser de fato entender a extensão do que significa valorizar mais capital do que vida humana, algo presente por exemplo nos EUA e na relação de empresas de planos de saúde com a população.
Eu não defendo homogeneização, nem coletivismo no sentido que vc utiliza, somente isso detona todo seu ponto de partida.
O coletivo, no sentido de conjunto dos cidadãos, é heterogêneo, e isso é uma mera constatação. A defesa do coletivo nesse sentido é apenas a defesa da reunião democrática dos cidadãos, que tem em comum, apenas o fato de serem cidadãos de um mesmo país. A defesa é pelo empoderamento do cidadão e esse ter o poder de exigir do Estado, dos políticos, e do Mercado, o que deseja, a maioria governando e os direitos de todos sendo garantidos. Logo todos os dogmas do coletivismo uniformizante para mim são lixo não tem nada a ver com o que eu defendo. Porém compreender posições e suas nuances, é difícil. Por isso que não entendem que Orwell era socialista, e por isso o utilizo no avatar.
Logo a submissão não é dos indivíduos, mas eu quero que os indivíduos coletivamente, submetam Estado e Mercado a suas vontades, de forma democrática. Nesse sentido é que são verdadeiramente livres, que a emancipação é possível e plena. O socialismo autoritário escraviza a uma elite política, burocrática, o capitalismo aos interesses de quem domina o capital, ambos tem no seu âmago o autoritarismo, apenas de matizes diferentes. É contra o autoritarismo por um sistema mais justo cujos artífices são os próprios cidadãos que escrevo, quem é contra isso que se alinhe a uma elite política, ou ao Grande Capital, ou fique indiferente. E quanto a práticas, é apenas a da socialização tanto do poder, quanto das riquezas, para garantir os direitos sociais a todos. Sem no entanto impedir acumulação, logo os melhores elementos do capitalismo ligados a produção e comercio poderiam ser mantidos se regulados democraticamente de fato.
Está mais do que claro que o capitalismo estrito em uma democracia representativa, assim como o socialismo autoritário, são incapazes de prover tanto de justiça política, quanto justiça social. Quem chega mais perto de prover essas duas justiças são aqueles que combinam capitalismo industrial com medidas de caráter socializante, em democracias mais participativas nas quais os indivíduos têm mais controle sobre Estado e Mercado. No atual contexto é a melhor alternativa disponível, porém o regime meramente representativo, e eminentemente político, é insuficiente.