RicardoVitor escreveu:André escreveu:RicardoVitor escreveu:André escreveu:Antes, Ricardo, que vc diga que é hipocrisia, vou me antecipar e explicar. Seria hipocrisia se eu pedisse que as pessoas doassem para caridade, mas não peço, respeito e acho uma boa atitude de quem faz, mas considero um mero paliativo, algo que simplesmente não é solução.
1)Ué? E a caridade oficial? Quem você acha que banca a gastança da sua religião social-democrata? Qual a moral que você tem em querer forçar os outros a doarem ao Estado, enquanto você por si mesmo não doa nem um centavo por iniciativa própria?André escreveu:E não penso mal de quem não faz. Quando vier o dinheiro da bolsa posso destinar uma parte para uma instituição, mas sinceramente isso nem se compara ao fato de eu ter lecionado de graça por 4 meses em um colégio público, ter ajudado um amigo e lecionado em seu lugar quando ele não podia apos uma operação, nem muito menos se compara ao trabalho e a dificuldade de fazer e publicar um livro, que tem como uma de suas funções, divulgar idéias que entendo são essenciais para de fato realizar transformações significativas. O motor por trás de todo meu trabalho é uma preocupação social, movida pela solidariedade, uma motivação inclusive de cunho ético. Doei meu tempo, meu estudo, priorizando não ganhos pessoais, que vem mas são menores do que conseguiria em outras atividades, mas priorizando a contribuição.
2)Quais os resultados, André? Poderia dizer os nomes das pessoas que foram beneficiadas pela sua caridade?André escreveu:O que alguns não entendem é que eu estaria disposto a pagar mais impostos, se esses forem revertidos em benefícios e programas com condicionais eficientes para levantar as pessoas da pobreza.
3)Mais impostos? 70% do rendimento de cada um? Ou 100%?André escreveu:Votaria em um plebiscito desses, faria campanha. Entendo que a solução individual, privada, é pequena, e incapaz, tem que ser uma política pública, tem que abarcar todos, e tem que ser uma escolha democrática, não um ato messiânico.
4)Se nem os indivíduos (como você mesmo) sentem o desejo de contribuir com o próximo, por que o Estado deveria tomar o lugar destes?
1)Eu não peço a ninguém que doe nada para caridade. Hipocrisia seria pedir. Sou absolutamente coerente.
1)Ué? E a caridade oficial? Quem você acha que banca a gastança da sua religião social-democrata? Qual a moral que você tem em querer forçar os outros a doarem ao Estado, enquanto você por si mesmo não doa nem um centavo por iniciativa própria?2)Eu ensinei 4 meses em um colégio público, de graça, quer que eu busque os nomes dos alunos e cite eles em um fórum sem a permissão deles? Quer que eu contate todas as pessoas que ajudei e faça uma lista, tenho mais o que fazer e não preciso me provar para vc.
2)Não precisa, você acabou de me dar um ótimo exemplo de como você ajuda outras pessoas. Por que não continua lecionando, André? 4 meses é muito pouco. Te garanto que nos 4 meses em que você, de forma nobre, ensinou tais alunos, ajudou mais do que todos os momentos em que discursou sobre social-democracia e sobre como essa maravilha vai salvar o mundo.3) Não, mas proporcional aos rendimentos, os nossos ricos sonegam bastante, e existem poucos impostos sobre patrimônio, pelo menos era assim não sei se mudou. Estou disposto a pagar mais impostos, pois para mim a solução está em políticas públicas, não em contribuições privadas.
3)Quem você acredita possuir mais interesses em solucionar tais problemas, André? O político? Ou as pessoas que desejam mesmo ajudar os necessitados?4) Meu caro, todo meu trabalho, é voltado para contribuição para com o outro.
4)De que forma? Quem são esses "outros"?Isso para mim, é muito maior do que dar dinheiro, e muito mais eficiente e importante. Dar dinheiro é um mero paliativo, que alivia a consciência de quem tem sentimento de culpa pelos recursos que tem, e não quer, dedicar tempo, algo que de fato seria mais importante, para trabalhar nisso. E eu não tenho qualquer sentimento de culpa pela minha condição, gostaria que todos tivessem as oportunidades que eu tive, e vou fazer o que puder, da forma que eu entendo melhor, não da forma que vc entende, a fim de contribuir para esse fim. Vc não tem o direito de determinar por mim a forma de contribuir com o outro, e considero o que faço muito mais importante, e com muito mais potencial de resultados, do que fornecer dinheiro. Sendo que nem muito dinheiro meu tenho, acabei a faculdade e entrei no mestrado, que rendimentos teria para doar????
5)Não falei especificamente sobre dinheiro. Pode-se ajudar os outros de inúmeras formas, dinheiro é uma delas. Levar crianças a sala de aula, é outra. Arrecadar alimentos, outra. Distribuir cobertores para moradores de rua, outra. Entre tantas outras, todas são atitudes nobres. Você faz alguma destas, André? Por que não?Mesmo que tivesse preferia pagar na forma de impostos do que dar a instituições privadas. Alias instituições que vivem pedindo seu dinheiro são um saco.
6)É o pobre batendo na sua porta. É chato né? Também acho. Você é tão egoísta quanto eu, André. A diferença entre nós é o fato de que você não gosta de admitir. Eu adoro.Mas vc está se mostrando incapaz de perceber, está sendo um capitalista estreito,
And proud of itque mede as coisas apenas por dinheiro,
7)Você sabe que não estava falando somente sobre dinheiro, André. Pelo menos acredito que sabe.pois a maior solidariedade que já vi, e não estou falando de coisas que eu fiz, mas de outros, tem sido o trabalho diário anos a fio, sem ganhar muito dinheiro, voltado para aprimorar o serviço público.
8)Quá quá quá quá! No Brasil?!? Qual o interesse daqueles que trabalham no setor público? O bem-estar dos outros? E eu que comecei a considerar você um pouco menos ingênuo ultimamente...Quem contribui mais alguém que fornece a uma instituição um percentual do que ganha, ou alguém que abre mão de ganhar para que todo seu trabalho seja sua contribuição. Fico com a segunda, embora essa, provavelmente, não faça o menor sentido para vc, pois mede o valor de tudo pelo dinheiro.
9)Quem abre mão de ganhar para que todo o seu trabalho seja a sua contribuição? Poderia dar exemplos?
1) Não é caridade oficial, os impostos, inclusive no caso do Brasil que já são altos, poderiam diminuir na classe trabalhadora, e média, e aumentar um pouco, entre os mais ricos e sobre patrimônio. O essencial nem é isso, e sim democratizar os espaços de poder, para exigir do Estado que funcione bem e em prol do bem comum.
2) Pq estava estudando para o mestrado, e pq resolvi lançar um livro, outras formas que entendo posso contribuir. Outra razão é que no serviço público na minha cidade não há vagas, eu entrei sempre como professor substituto, chances como essas não apareceram mais, logo invés de ficar parado, apenas procurando uma chance de lecionar de graça, eu resolvi me dedicar a minha pesquisa, e ao meu livro, ambos empreendimentos que tem a preocupação social e de conscientização para cidadania.
3) Os mais interessados não são os políticos, nem de longe, mas a população, ou pelo menos boa parte dela. Isso apenas reforça a idéia que o poder deve ser socializado.
4) Os outros é uma forma de eu me referir ao coletivo. Uma contribuição ao coletivo é uma contribuição que vc não necessariamente conhece todas as pessoas que busca atingir. Como um gestor de saúde que monta um plano e depois de implantado ele não conhece pessoalmente todos os beneficiados. Eu não sei quantos, nem como, afetei com meu livro, mas planejo continuar investindo em pesquisa, e em literatura, como forma de contribuir.
5) Eu faço outras, já te disse, para mim agora é mais importante pesquisar, e realizar minha contribuição na ciência, na história política, e não vou deixar minha contribuição na academia vou publicar em livro e divulgar, e tb em literatura. Quero realizar minha contribuição assim. Em ocasiões fui a ajuda de pessoas que mal conhecia, poderia narrar episódios mas acho isso uma vangloria chata, e valorizo humildade prefiro não fazer.
6) Se fosse o pobre eu não acharia um saco, mas não é. São instituições de caridade que sabem que a gente, e quando falo a gente falo da minha família, que nos contribuímos. Contribuímos para 2 instituições. E eles não são pobres, não quem administra, eles fazem um bom trabalho e por isso contribuímos, eu não contribuo pq não tenho rendimentos. O que acho um saco é eles saberem que a gente contribui e por isso ligarem com freqüência pedindo mais.
Um pobre quando pede eu fico é triste, eu inclusive desculpo certas atitudes que não perdoaria em pessoas que não passam necessidade, como grosserias, e raiva.
7)Não sabia. Achei que estava apenas a falar de dinheiro. Incluiu agora, ações. Falta incluir projetos pessoas de motivação social, como meu livro, e minha pesquisa.
8) E eu não sou ingênuo coisa alguma. Sei que funcionários, professores, gestores, como esse, são minoria, e o funcionalismo público está infestado de encostados, e incompetentes. Quero inclusive poder de demissão, esse poder deveria pertencer ao povo, que é justamente o consumidor do serviço deles. Se está mal feito, porrada no salário, se continuar ruim, saí, para dar chance a outro de fazer melhor. Deve ser a população a exigir e regular.
Quanto ao exemplo, eu conheço ele pessoalmente, e mais alguns como ele, sei que são minoria. E é no trabalho que expressam sua solidariedade.
9) Abrir mão de ganhar mais , aceita ganhar menos, para que seu trabalho seja contribuição. Poderia dar vários exemplos, quer que eu cite nomes? Esbarramos no problema de citar sem ter permissão. Poderia te passar nomes por MP se quiser.
Agora posso te citar um exemplo, eu. Eu poderia muito bem ter feito Direito, ou Comunicação,(essas duas primeiras carreiras com muito de positivo) ou publicidade, e ter buscado carreiras que seguramente me dariam mais dinheiro. No vestibular com meu score passaria em todas essas. E mesmo que não passasse poderia tentar de novo, afinal não tenho pressão para começar a ganhar dinheiro. Mas optei por algo justamente para compreender melhor a política, as questões, para ir a pesquisa e docência, pois entendi, seriam espaços que apesar de ganhando menos, minha contribuição seria maior.
Sabe quem mais, meus pais. Fizeram medicina, hoje são professores universitarios (com doutorado), se tivessem feito algo na clinica, ou especialização, seriam ricos, optaram por algo ligado as suas preocupações, saúde pública. Admiro muito sua escolha, e embora não conversemos muito sobre isso, nem eles nunca tenham me pressionado, sem duvida é uma influencia.
Sabe quem mais? Os colegas deles de trabalho, que fizeram escolha similar. Se quiser passo os nomes, instituição, por MP.