Religião é Veneno. Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico.
Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Samael escreveu:Vale lembrar que várias áreas do conhecimento são totalmente danificadas por tal postura. Para citar um exemplo, a historiografia japonesa e a historiografia americana são extremamente fracas. Simples: seu público é reduzido. Em contrapartida, a maioria dos grandes historiadores atuais são franceses. Na minha modesta opinião, a melhor historiografia do mundo.
Não sei não... poucas obras nacionais que vi sobre o Brasil são tão boas quanto as dos brasilianistas, e isso me passou a impressão de que nos E.U.A. se produz muita coisa de qualidade em História.
Já a França não sei, mas imagino que escrevam com viés marxista.
Me refiro à própria historiografia americana. Além do quê, chamar boa parte dos brasilianistas de "americanos" é besteira, pois se cansam de fazer todos os seus estudos por aqui.
Samael escreveu:De toda forma, a minha assinatura responde à questão: "a soma dos incentivos" segue apenas um ideário do que pode dar mais lucro, e não do que é mais útil, mais benéfico ou moralmente mais aceitável. Deixar que "o mercado escolha" é uma postura niilista, de quem aceita que um sistema decida o que é ou não lícito ou correto.
Discordo. O mercado é na verdade um conjunto de incentivos, que podem ser pensados como vetores, cuja orientação e sentido são determinados pelas necessidades e vontades de cada indivíduo e a intensidade pelas vantagens oferecidas na transação.
Se determinada transação for extremamente necessária ou útil para um conjunto grande de interesses que consigam reunir vantagens para efetuá-la, isso ocorrerá. Se não, é porque existem outras coisas mais importantes e vantajosas disputando.
Permitir que o mercado defina é sobretudo considerar cada indivíduo como capaz para determinar seus interesses e produzir os incentivos que conseguir, e essa é a natureza da Liberdade. É portanto, mais moral do que qualquer sistema que escravize e oprima a Vontade, que se traduz na Empresa humana. Negar-lhe o direito à empresa é torná-lo escravo de um sistema, e dessa tirania nenhuma moral pode emergir que não seja falsa é maligna.
Samael escreveu:Vale lembrar que várias áreas do conhecimento são totalmente danificadas por tal postura. Para citar um exemplo, a historiografia japonesa e a historiografia americana são extremamente fracas. Simples: seu público é reduzido. Em contrapartida, a maioria dos grandes historiadores atuais são franceses. Na minha modesta opinião, a melhor historiografia do mundo.
Aqui você apresenta uma opinião contaminada por uma ideologia, já que na França a tradição marxista é muito intensa nessa área, enquanto no Japão e nos EUA não.
De qualquer forma, nada me faz entender porque a historiografia deva receber mais recursos do que o mercado destinaria se fosse livre através dos incentivos individuais, afinal, esses recursos estariam sendo negligenciados para outras atividades em demanda no mercado, e qual seria a razão da historiografia ter prioridade em detrminento dessas outras atividades, já que são as últimas que estão na demanda, não a primeira?
Não vou responder seu primeiro quote porquê cansei de andar em círculos.
Quanto ao segundo, óbvio que minha opinião está impregnada de ideologia. Idem à sua. Mas me refiro basicamente à qualidade. Mesmo os professores de referencial popperiano, braudeliano ou webberiano tem dificuldades em adotar obras dos próprios americanos. E não me refiro ao referencial metodológico não, me refiro à erudição das obras em si.
No fim das contas, chega a ser até engraçado, pois boa parte da sociologia americana tem grande qualidade.
O mercado é guiado pelo lucro, ele só investe onde existe lucro. No caso da educação voltada para os mais pobres não existe o lucro. Nela o mercado não atua. Quem atua é o governo através dos seus professores funcionários públicos. Professores esses aprovados através de processo de concurso público de provas e títulos aberto a toda a população independentemente de orientação ideológica. Por isso, não há nenhum complo marxista na educação.
Não dá para o pobre escolher entra tal e tal ensino porque os pais não possuem conhecimento e nem poder para isto. Eles tem que aceitar o ensino que o estado oferece. Ensino este comum a todos.
Nos EUA o ensino público e de qualidade é oferecido a toda a população. Lá as crianças e os adolescentes ficam oito horas por dia na escola. Este é o segredo do sucesso norte-americano. Existem escolas particulares, mas poucos pais aceitam colocar os filhos nelas.
Não se preocupe com os professores que tem tendência marxista. Contra eles existe o fato de que as crianças vivem num mundo capitalista e são constantemente bombardeadas por propagandas de apelo ao consumismo. Isto faz com que elas tenham um equilibrio entras as informações que vem do lado esquerdo e as que vem do lado direito.
O mercado é guiado pelo lucro, ele só investe onde existe lucro. No caso da educação voltada para os mais pobres não existe o lucro. Nela o mercado não atua. Quem atua é o governo através dos seus professores funcionários públicos. Professores esses aprovados através de processo de concurso público de provas e títulos aberto a toda a população independentemente de orientação ideológica. Por isso, não há nenhum complo marxista na educação.
Não dá para o pobre escolher entra tal e tal ensino porque os pais não possuem conhecimento e nem poder para isto. Eles tem que aceitar o ensino que o estado oferece. Ensino este comum a todos.
Nos EUA o ensino público e de qualidade é oferecido a toda a população. Lá as crianças e os adolescentes ficam oito horas por dia na escola. Este é o segredo do sucesso norte-americano. Existem escolas particulares, mas poucos pais aceitam colocar os filhos nelas.
Não se preocupe com os professores que tem tendência marxista. Contra eles existe o fato de que as crianças vivem num mundo capitalista e são constantemente bombardeadas por propagandas de apelo ao consumismo. Isto faz com que elas tenham um equilibrio entras as informações que vem do lado esquerdo e as que vem do lado direito.
Muito boa postagem, Cláudio. Só discordo do último parágrafo. Todos temos um viés político ou um referencial preferido. Enfim, todos temos ideologias. O que não se pode é deixar que essas ideologias deturpem fatos concretos.
user f.k.a. Cabeção escreveu: Eu acho que um ítem que deveria ser gradualmente abolido é a faculdade pública.
Isso é uma fantasia, uma irrealidade. Eu estudo numa e sei disso. Faculdades públicas podem funcionar bem na França, mas no Brasil é estupidez. Os recursos para educação devem ser destinados para a formação fundamental e secundária sólida, e pública.
O ensino superior deveria ser todo ele pago, com as pessoas de menor renda trabalhando durante o curso ou conseguindo uma bolsa por processos meritocráticos.
Esse é o sistema mais funcional, o que implica em menores desperdícios.
Só para constar, os sindicatos de professores das universidades federais rejeitou uma proposta do MEC de reajuste de 30%, pois de acordo com eles, o justo seria 48%. Outra observação pertinente é que esses gananciosos são todos (ou quase todos) de orientação marxista.
Isso é absurdo. Os salários devem ser regulados pelo mercado, ou tudo vira uma palhaçada.
Ai, meu estômago...como dói...
O meu idém! Trabalho em uma universidade federal e tenho certeza que a maioria das pesquisas feitas aqui simplesmente seriam descartadas em faculdades particulares, pois são de pesquisa básica (de onde saem as descobertas importantes... ou vai me dizer que um patrocinador vai chegar no pesquisador e dizer: tenho X de grana para em seis messes você descobrir a cura do câncer e no final do ano a da AIDS!). O aprendizado tem três pilares: 1/3 depende do professor, 1/3 da escola (faculdade/universidade, etc) e 1/3 depende do aluno. Tem univesidade particulares boas, mas por causa dessa soma e tem universidade pública ruim, também em parte por causa deles. E os professores e funcionário das públicas são selecionados através de provas teóricas e práticas para demostrarem qualidades. Quanto a proposta dos professores não posso falar, mas a dos funcionário, perante o astronômico aumento oferecido pelo governo em 2004, de 0,01% (não dado até hoje)foi o cumprimento do acordo de greve de 2003 (que era o cumprimento do acordo da greve de 2002: o plano de carreira). Vamos fazer uma peguena brincadeira? Pegue o seu salário de 1994 e veja o que pode comprar com ele hoje. Os funcionários das universidades federais estão a 10 anos (DEZ ANOS!) sem reajuste de salário (já perdemos muito mais de 100% do valor). Lembrando que quando das greves o MEC só indica abertura de conversações (nem de negociações) depois de 45... 60 dias. Para finalizar, a greve dos funcionários de 2001 (ou foi a de 1999..não lembro bem) foi para que os funcionários de classe mais baixa pudesse ganhar um salário mínimo (não leram errado... eles ganhavam menos de UM SALÁRIO MÍNIMO! e recebiam uma gratificação no valor que faltava para completar... gratificação que poderia ser suspensa a qualquer momento, era descontada de qualquer futuro aumento (ainda bem que não haviam ) e quando se aposentavam.. babau gratificação (lembrando que como funcionários públicos, não temos FGTS).
Se ler a minha postagem, Claudio, verá que não proponho exatamente a abolição do ensino público, pelo menos não o de base, porque a universidade estatal é algo ridiculamente perdulário.
A única coisa que proponho é a abdicação do monopólio da educação.
Você menciona o caso dos EUA, mas se procurar se informar (aqui, por exemplo) descobrirá que lá, fora a educação pública, existe o Homeschooling, porque como uma verdadeira nação Livre, os EUA esperam que os pais tenham o direito de decidir como educar seus filhos, se assim quiserem.
E os estabelecimentos particulares tem liberdade para definir metas e diretrizes próprias.
Além disso, mesmo o programa público americano não passa sequer perto do ensino marxista ministrado por essas bandas.
Em suma, não há um monopólio estatal da educação, e talvez em função disso não se vê um desempenho tão terrível por lá quanto o que vemos por aqui, onde a educação e totalmente definida por pedagogos marxistas mais preocupados com a forma de inserir suas ideologias imbecilizantes na cabeça das crianças. O resultado do Brasil é ruim até nos testes de orientação esquerdistas aplicados por fundações no mundo todo.
Tanto o é que vemos panfletagem esquerdista mesmo em escolas particulares. Até a oitava-série, eu estudei em estabelecimentos particulares (alguns até de "elite"), e pude notá-la. Mesmo no meu segundo grau, em instituições militares federais, ela se mostrava presente, num nível bem mais alto do que a fronteira do saudável.
Ninguém deve ter o monopólio da educação, pois esse é o precedente para todo o patrulhamento ideológico e doutrinação que vemos e que só tornam nossos alunos mais e mais imbecis.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem
user f.k.a. Cabeção escreveu: Eu acho que um ítem que deveria ser gradualmente abolido é a faculdade pública.
Isso é uma fantasia, uma irrealidade. Eu estudo numa e sei disso. Faculdades públicas podem funcionar bem na França, mas no Brasil é estupidez. Os recursos para educação devem ser destinados para a formação fundamental e secundária sólida, e pública.
O ensino superior deveria ser todo ele pago, com as pessoas de menor renda trabalhando durante o curso ou conseguindo uma bolsa por processos meritocráticos.
Esse é o sistema mais funcional, o que implica em menores desperdícios.
Só para constar, os sindicatos de professores das universidades federais rejeitou uma proposta do MEC de reajuste de 30%, pois de acordo com eles, o justo seria 48%. Outra observação pertinente é que esses gananciosos são todos (ou quase todos) de orientação marxista.
Isso é absurdo. Os salários devem ser regulados pelo mercado, ou tudo vira uma palhaçada.
Ai, meu estômago...como dói...
O meu idém! Trabalho em uma universidade federal e tenho certeza que a maioria das pesquisas feitas aqui simplesmente seriam descartadas em faculdades particulares, pois são de pesquisa básica (de onde saem as descobertas importantes... ou vai me dizer que um patrocinador vai chegar no pesquisador e dizer: tenho X de grana para em seis messes você descobrir a cura do câncer e no final do ano a da AIDS!). O aprendizado tem três pilares: 1/3 depende do professor, 1/3 da escola (faculdade/universidade, etc) e 1/3 depende do aluno. Tem univesidade particulares boas, mas por causa dessa soma e tem universidade pública ruim, também em parte por causa deles. E os professores e funcionário das públicas são selecionados através de provas teóricas e práticas para demostrarem qualidades. Quanto a proposta dos professores não posso falar, mas a dos funcionário, perante o astronômico aumento oferecido pelo governo em 2004, de 0,01% (não dado até hoje)foi o cumprimento do acordo de greve de 2003 (que era o cumprimento do acordo da greve de 2002: o plano de carreira). Vamos fazer uma peguena brincadeira? Pegue o seu salário de 1994 e veja o que pode comprar com ele hoje. Os funcionários das universidades federais estão a 10 anos (DEZ ANOS!) sem reajuste de salário (já perdemos muito mais de 100% do valor). Lembrando que quando das greves o MEC só indica abertura de conversações (nem de negociações) depois de 45... 60 dias. Para finalizar, a greve dos funcionários de 2001 (ou foi a de 1999..não lembro bem) foi para que os funcionários de classe mais baixa pudesse ganhar um salário mínimo (não leram errado... eles ganhavam menos de UM SALÁRIO MÍNIMO! e recebiam uma gratificação no valor que faltava para completar... gratificação que poderia ser suspensa a qualquer momento, era descontada de qualquer futuro aumento (ainda bem que não haviam ) e quando se aposentavam.. babau gratificação (lembrando que como funcionários públicos, não temos FGTS).
Exato, Victor!
A questão central é que o mercado não está preocupado com o que é intrínsecamente melhor, mas sim, ao que dá mais lucro a curto prazo. E é por isso que o Estado deve intervir e fprover o bem-estar geral. O mercado que se volte às relações de poder, o estado que se volte aos indivíduos.
Sou completamente contra esse ideal néo-liberal de que o mercado deve administrar a vida das pessoas.
Todos querem que se invista na educação, desde que não se aumente impostos e salários dos professores vagabundos, que não sabem abaixar a cabeça quando um aluno mal compreendido entra com uma faca ou revolver na sala de aula.
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."
Todos querem que se invista na educação, desde que não se aumente impostos e salários dos professores vagabundos, que não sabem abaixar a cabeça quando um aluno mal compreendido entra com uma faca ou revolver na sala de aula.
Os impostos já são altos o bastante. O que tem que ser feito é acabar com os parasitas da administração pública e dos 3 poderes e aumentar o salário de professores, médicos e policiais.
E fiscalizar melhor para diminuir a corrupção e os roubos nas licitações, obras etc.
Por que um mordomo em Brasília ganha 12 mil para servir aos parlamentares uns poucos dias da semana e os professores ganham micharia?
Por que um parlamentar precisa de dezenas de assessores e servidores só para ele?
) e quando se aposentavam.. babau gratificação (lembrando que como funcionários públicos, não temos FGTS).
