Desafiando Kassab, escola de samba não respeita lacre

[zencem]

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Desafiando Kassab, escola de samba não respeita lacre e promove mais ensaios

Tenho certeza de que o prefeito Kassab não deixará esse ato de afronta passar despercebido e atenderá os apelos da grande maioria dos moradores que desejam ter seu tempo de descanso para poderem trabalhar honestamente. Sua firmeza em combater aqueles que desprezam as leis é uma atitude que devemos admirar, São Paulo só tem a crescer e se tornar uma cidade melhor para se viver.

Caros leitores, escrevo hoje para informá-los do último capítulo da novela que parece não ter mais fim que é a luta dos direitos dos moradores da Bela Vista contra uma instituição popularmente conhecida como “Vai-vai”. Eu imagino que vocês já devem estar cansados desse assunto e por esse motivo não me estenderei.

Após inúmeras queixas sobre o “não-serviço” que é o PSIU e a omissão da prefeitura paulistana, finalmente tive que dobrar a língua. No último domingo, dia 6 de janeiro, o PSIU foi até o local dos ensaios e constatou, pela terceira vez, que a Vai-vai emitia ruídos acima do limite permitido pelo órgão. Foram auferidos 76 decibéis, sendo que o aceitável seria 60.

Nesta última quinta-feira milhares de moradores da região puderam ter um pouco de satisfação ao ler nos jornais paulistanos: “PSIU lacra quadra da Vai-vai por causa do barulho”. A Folha também noticiou o fato, clique aqui para ler.

Em entrevista ao Uol, Thobias afirma que o problema são três ou quatro chatos que estão incomodados, será que sou um deles? Com certeza! Caros leitores, eu sou o chato, mas não o infrator!


Pelo que sei não existe nenhum crime no código penal que prevê pena para chatice, mas conheço vários artigos referentes a perturbação da paz, cerceamento de direito de passagem, cobrança de ingresso em via pública, poluição visual e sonora.

Eu realmente estou cansado das justificativas dos defensores da agremiação, que alegam todo tipo de direito inexistente, citam que a Vai-vai se estabeleceu no bairro há mais tempo, que a instituição promove ações sociais, que o carnaval é uma manifestação cultural e artística, que “os incomodados que se mudem”, que eu deveria checar o bairro antes de morar nele, que isso, que aquilo. Basta!

Chega de arrumar desculpa para não fazer o que é certo, legal e legítimo.

O fato é que, apesar de estar no bairro há 77 anos, a escola não se mobilizou para respeitar seus vizinhos construindo um local adequado para seus eventos, mesmo recebendo dinheiro e área da prefeitura, angariando cerca de R$ 300,00 por fantasia (façam as contas e vão ficar surpresos), cobrando ingresso para entrar em um evento na rua, lucrando com a comercialização de bebidas e alimentos e, pasmem, ainda recebendo patrocínio de uma marca de cerveja. Não me lembro de ver as contas da escola expostas aos munícipes que “patrocinam” mesmo que de forma indireta.

Fico contente que a acusação de racismo que recebi não serviu de cortina para esconder tudo que denunciei. Não é através da falta de respeito com as leis e com os moradores que a escola vai conseguir a simpatia da população.

Quando o Serra saiu da prefeitura, não me dei conta de que acabaríamos por herdar um prefeito de brio, inicialmente até o olhei com certa desconfiança, nunca tido ouvido falar no Kassab e não fazia idéia de sua postura. Outro dia li um comentário de um leitor que, acintosamente, me “acusava” de se PSDBista, agora devo receber mais “elogios” me chamando de Democrata.

Sinceramente, não estou nem um pouco incomodado com os rótulos políticos, contudo apoio e sempre apoiarei aqueles que se determinam ao trabalho e no caso da atual administração posso ver isso claramente nas ações que estão pela cidade toda. Em todas as vezes que falei com o sub-prefeito Andrea Matarazzo, sempre pude contar com sua solidariedade, porém o trabalho destes sempre é prejudicado por interesses escusos de homens de segunda linha que infestam a política de forma irreparável.

Não posso deixar de relatar que a agremiação citada achou por bem não obedecer ao lacre do PSIU, rompendo-o e promovendo mais um ensaio, como noticiado pelo portal Terra, mas isso já era esperado, a escola já protestou contra a lei Cidade Limpa no último carnaval, como mostrado no O Globo.

Muito pior do que o barulho gerado pelos ensaios é a falta de respeito com que nós, seus vizinhos, somos tratados. Quem mora em São Paulo convive com todos os problemas de uma grande metrópole, mas isso não quer dizer que não devemos tentar melhorar a cidade. Não estamos contra o Carnaval, que ele continue, mas de uma forma saudável, sem que tenhamos de pagar um alto preço por ele.

[Jeanioz]

Cumprir a lei = chatice?

Impressionante como o povo brasileiro é folgado, teimoso e bandido.