Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

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Orbe
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Orbe »

Wallace escreveu:
Orbe escreveu:
Wallace escreveu:Pelo menos eles não levaram dinheiro pra casa... Conheço Cels. aos montes com o pires na mão...


Boa piada. Agora conta aquela do papagaio.

Você acha mesmo que em uma ditadura, sem niguem que pudesse vigiar e divulgar livremente o que acontecia, eles não se aproveitaram para roubar bastante? Ah não... claro, os militares são santinhos honestos. Só os civis roubam.


Vivi a dida dentro da minha casa... E a coisa mais absurda!!! A vivi dos dois lados...

Vocês só sabem do que ouviram falar...


Só porque seus familiares aparentemente não roubaram (ou dizem que não roubaram), não quer dizer que realmente não o tenham feito para eles ou facilitado o roubo para outros. Ou, ainda, que outros tantos com muito mais poder que seus familiares, na época, não o tenham feito.

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Apo
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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por Apo »

Militares são a escória. Este é problema deles. O Exército enlouquece. Alguns passavam até necessidade. Mas os oficiais tinham outras formas de levar vantagens extra-soldo. Uma delas é a proteção da instituição.

Os coronéis que estão na reserva hoje tinham uma vida bem boa quando na ativa. Mas nada se compara à roubalheira de agora.
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Apo »

Abmael escreveu:
Mr. Crowley escreveu:Quanta merda...

"estabelecer as instituições democráticas e a ordem" com uma ditadura golpista é a coisa mais paradoxal da face da Terra, vocês não percebem isso??? :emoticon19:


- Só percebem quando o Fidel ou o Chavez fazem.

Abraços,


Eu fora! Todos fazem igualzinho!
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Mr. Crowley
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Mr. Crowley »

Apo escreveu:Os coronéis que estão na reserva hoje tinham uma vida bem boa quando na ativa. Mas nada se compara à roubalheira de agora.


Como nada???

Larga a mão de ser radical... porra... esses caras tinham tudo nas mãos, faziam obras faraônicas uma atrás da outra, fizeram a economia crescer artificialmente(se utilizando de empréstimos, e causando o endividamento do Brasil) sendo que nesse período se percebeu uma MAIOR concentração de renda...

Porra... o governo Lula rouba e rouba pra caralho, mas comparar com esses milicos LIXOS é insanidade...
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RicardoVitor
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Mensagem por RicardoVitor »

COMÍCIO DAS REFORMAS

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Concentração popular, também conhecida como Comício da Central do Brasil, realizada no Rio de Janeiro no dia 13 de março de 1964, em frente à estação ferroviária Dom Pedro II, também chamada Central do Brasil, na praça da República. Organizada por líderes do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), congregou cerca de 150 mil pessoas, incluindo membros de entidades sindicais e outras organizações de trabalhadores da cidade e do campo, servidores públicos civis e militares, estudantes e demais camadas populares. Tendo por finalidade demonstrar a decisão do governo federal de implementar as chamadas reformas de base e defender as liberdades democráticas e sindicais, o comício teve como principal orador o presidente da República, João Goulart.

Antecedentes

A orientação nacionalista-reformista adotada por Goulart desde o início de seu governo já havia desencadeado a oposição dos setores dominantes do país e de largos segmentos das classes médias e da oficialidade. A estabilidade do governo tornara-se precária, em meio a uma crise econômica e uma inflação vertiginosa. Nos primeiros meses de 1964, Goulart procurou estrategicamente mobilizar as massas para a implementação das reformas de base que vinham sendo bloqueadas pelo Congresso. Com esse intuito, determinou a elaboração da mensagem a ser enviada ao Congresso por ocasião da abertura da sessão legislativa de 1964 e, com o apoio dos sindicatos, convocou um comício para o dia 13 de março no Rio de Janeiro, três dias antes da abertura dos trabalhos legislativos. Outros comícios, também apoiados pelos sindicatos e presididos por Goulart, foram programados para Porto Alegre, Recife, Belo Horizonte e São Paulo. A campanha pelas reformas de base deveria culminar na capital paulista com uma concentração de um milhão de trabalhadores no dia 1º de maio.

Uma comissão, composta por Osvaldo Pacheco da Silva, presidente da Federação Nacional dos Estivadores e representante do CGT e do Pacto de Unidade e Ação (PUA), pelo deputado federal Hércules Correia dos Reis, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), ex-presidente do Sindicato de Têxteis da Guanabara e secretário da Comissão Permanente das Organizações Sindicais (CPOS), e pelo deputado José Talarico, secretário do PTB do estado da Guanabara e assessor de Goulart nas atividades sindicais, encarregou-se da organização do Comício da Central.

Foi publicado um edital de convocação, datado de 19 de fevereiro de 1964, dirigido "aos trabalhadores e ao povo em geral", que manifestariam "sua inabalável disposição a favor das reformas de base". Além dos organizadores Osvaldo Pacheco da Silva e Hércules Correia dos Reis, assinaram o edital representantes de mais de 19 entidades, entre os quais Dante Pelacani, do CGT, Clodesmidt Riani, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), Lindolfo Silva, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), o editor Ênio Silveira, do Comando dos Trabalhadores Intelectuais (CTI), Marcelo Cerqueira, da União Nacional dos Estudantes (UNE), e o deputado Sérgio Magalhães, pela Frente Parlamentar Nacionalista (FPN).

O edital deixava claro o objetivo de demonstrar em praça pública a decisão do governo federal de implementar as reformas agrária, bancária, administrativa, universitária e eleitoral, que deveriam ser concretizadas ainda naquele ano de 1964. Outro objetivo era a defesa das liberdades democráticas e sindicais, exigindo-se a extensão do direito de voto aos analfabetos, soldados, marinheiros e cabos, assim como a elegibilidade para todos os eleitores e a necessidade de imediata anistia a todos os civis e militares indiciados e processados por crimes políticos e pelo exercício de atividades sindicais.

O texto do edital também se referia à necessidade de mobilização popular para garantir "o êxito do programa de reformulação da política econômico-financeira e de outras medidas que conduzissem ao fortalecimento do monopólio estatal do petróleo, à ampliação da Petrobras e à efetivação da reforma agrária". O edital afirmava ainda que o presidente da República iria assinar, durante o comício, o decreto da Superintendência da Reforma Agrária (Supra), que declarava sujeitas à desapropriação todas as propriedades que ultrapassassem cem hectares, localizadas numa faixa de dez quilômetros à margem de rodovias ou ferrovias federais e as terras de mais de 30 hectares, quando situadas nas zonas que constituíssem bacias de irrigação dos açudes públicos federais. Esse decreto era considerado o primeiro passo na efetivação da reforma agrária.

Ao mesmo tempo em que era organizado o comício, o governador do estado da Guanabara, Carlos Lacerda, e diversos setores da oposição mobilizavam-se contra sua realização. A atitude hostil do governador carioca iria ensejar uma série de atritos com as autoridades do estado no tocante ao trânsito, principalmente dos ônibus vindos dos subúrbios e dos estados vizinhos transportando os trabalhadores para a concentração. No dia 11 de março, respondendo a um plano de opção oferecido pelo governo federal, dois mil membros do Departamento de Trânsito do Estado da Guanabara transferiram seus serviços para o governo federal, seguindo o exemplo de bombeiros e outras categorias, fato que acirrou a oposição do governo estadual.

Na madrugada do dia 12 para 13, houve uma tentativa de incendiar o palanque armado em frente à estação da Central do Brasil, confirmando as denúncias de que grupos de extrema direita tentariam impedir a realização do comício. As mulheres da Campanha da Mulher pela Democracia (Camde) empenharam-se numa campanha telefônica pedindo ao povo para não comparecer à concentração, ao mesmo tempo em que persuadiam os moradores das ruas entre o palácio das Laranjeiras e a praça da República a colocar velas acesas nas janelas para que o presidente as observasse, como sinal de luto, em seu trajeto de ida e volta do comício.

O comício

Cerca de 2.500 soldados da Polícia do Exército perfilavam-se na praça da República às 15 horas, quando começaram a chegar os integrantes das organizações de trabalhadores e de estudantes. Aproximadamente 150 mil pessoas compareceram ao local, segundo o historiador Thomas Skidmore, embora não haja consenso entre os autores nem entre os órgãos de imprensa quanto ao cálculo do número de participantes, que varia desde cem mil pessoas (O Globo) até duzentas mil (Muniz Bandeira). Entre os presentes, destacavam-se as delegações de marítimos, do CGT e do PUA, e as representantes das alas femininas do PTB e da FPN. No palanque presidencial, estavam presentes os chefes dos gabinetes Civil, Darci Ribeiro, e Militar, general Argemiro Assis Brasil, o ministro da Justiça Abelardo Jurema, e os três ministros militares, general Jair Dantas Ribeiro (Guerra), almirante Sílvio Mota (Marinha) e o brigadeiro Anísio Botelho (Aeronáutica). Ainda no palanque encontravam-se os governadores Miguel Arrais, de Pernambuco, João Seixas Dória, de Sergipe, e Badger da Silveira, do estado do Rio de Janeiro, além de deputados federais e estaduais.

Foi anunciada uma relação de 15 oradores que precederiam o presidente da República, entre os quais os três governadores, Leonel Brizola, deputado federal pelo PTB carioca, Artur Virgílio, líder do PTB no Senado, e Armindo Marcílio Doutel de Andrade, líder do PTB na Câmara dos Deputados, além de alguns líderes dos trabalhadores. Às 17 horas iniciou-se o primeiro discurso, do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado da Guanabara, José Lélis da Costa. No momento em que o deputado Sérgio Magalhães, representando a FPN, ia iniciar o terceiro discurso, foi feito um comunicado especial: o presidente da República acabara de assinar, no palácio das Laranjeiras, o decreto da Supra, que dava início às expropriações fundiárias.

Brizola foi o orador mais aplaudido. Depois de afirmar que o Congresso não estava identificado com o povo, exortou o presidente a "abandonar a política de conciliação e organizar um governo estritamente populista e nacionalista". Segundo ele "a única solução pacífica para o impasse" seria depor o Congresso em exercício e "instalar uma Assembléia Constituinte com vistas à criação de um Congresso popular, composto de camponeses, operários, sargentos, oficiais nacionalistas e homens autenticamente populares". Essa medida seria referendada por um plebiscito.

Goulart iniciou seu discurso às 20 horas, tendo falado por mais de uma hora. Inicialmente atacou os chamados "democratas", cuja "democracia do antipovo, da anti-reforma e do anti-sindicato" seria a democracia "para liquidar com a Petrobras, a democracia dos monopólios nacionais e internacionais".

Referindo-se à reforma agrária como "o complemento da abolição do cativeiro para dezenas de milhões de brasileiros", situou a política social do governo dentro da doutrina cristã. Citando o papa João XXIII, afirmou que "o cristianismo nunca foi o escudo para os privilégios condenados pelo Santo Padre" e que os rosários não podiam "ser levantados contra a vontade do povo e suas aspirações mais legítimas".

Mais adiante, o presidente mencionou a necessidade de revisão da Constituição de 1946, "antiquada, porque legaliza uma estrutura sócio-econômica já superada". Afirmando também a necessidade de ampliação da democracia, "colocando fim aos privilégios de uma minoria", assegurou que o processo democrático deveria seguir o caminho pacífico, através das reformas, pois "de nada vale ordenar a miséria... dando-lhe aquela aparência bem comportada". Referindo-se à assinatura do decreto da Supra, frisou que o decreto ainda não era a reforma agrária, pois "reforma agrária feita com pagamento prévio do latifúndio improdutivo, à vista e em dinheiro, não é reforma agrária", mas sim "negócio agrário, que interessa apenas ao latifundiário". Com relação à Petrobras, afirmou que assinara pouco antes o decreto de encampação de todas as refinarias particulares, o que significava que as refinarias de Capuava, Ipiranga, Manguinhos e Amazonas e a Destilaria Rio-Grandense passavam a pertencer ao patrimônio nacional.

Referindo-se à mensagem que iria enviar ao Congresso 48 horas mais tarde, Goulart declarou que aí estavam também consignadas a reforma eleitoral - baseada no princípio de que "todo alistável deve ser também elegível" - e a reforma universitária, "reclamada pelos estudantes". Anunciou ainda que "dentro de poucas horas", outro decreto seria dado ao conhecimento da nação, o decreto que iria "regulamentar o preço extorsivo dos apartamentos e residências desocupados" cujos aluguéis estavam sendo "oferecidos até mediante o pagamento em dólares". O discurso presidencial mencionou por fim a existência de "forças poderosas" e de "parcelas ponderáveis... que ainda permaneciam insensíveis à realidade nacional" e que poderiam vir a ser "responsáveis perante a História" pelo derramamento de sangue brasileiro, "ao pretenderem levantar obstáculos à caminhada e à emancipação".

O comício terminou às 21:15h. No dia seguinte, Goulart assinou o decreto estipulando o tabelamento do preço de aluguéis e imóveis em todo o território nacional e desapropriando imóveis desocupados por utilidade social.

Repercussões

As repercussões do comício se fizeram imediatamente sentir em todas as partes do país. Manifestações antigovernamentais irromperam em São Paulo e Belo Horizonte, provocadas por grupos de direita, enquanto a União Democrática Nacional (UDN) e parte do Partido Social Democrático (PSD) e outros partidos menores reclamavam o impedimento de João Goulart.

Ademar de Barros, governador de São Paulo, concordou que o impedimento era a medida a ser tomada contra um presidente "que pregava publicamente a subversão da ordem", enquanto Lacerda, tentando formar uma coligação de governadores antigovernistas, referiu-se ao comício como "um ataque à Constituição e à honra do povo" e, ao discurso do presidente, como "subversivo e provocativo, além de estúpido". Por seu turno, o ministro Abelardo Jurema declarou que a oposição não ousaria tentar o impedimento de Goulart, acrescentando que o presidente era "o maior líder popular da Nação", ao passo que a oposição não tinha o menor suporte popular, além de ser malvista pelas forças armadas.

Enquanto a agitação contra Goulart recrudescia nos meios políticos e na imprensa, entidades financiadas pelo empresariado como a Camde, a Fraterna Amizade Urbana e Rural (FAUR), a União Cívica Feminina (UCF), a Sociedade Rural Brasileira (SRB), entre outras, articulavam a realização, nas principais cidades do Brasil, das chamadas marchas da Família, com Deus, pela Liberdade, a fim de levantar as classes médias contra o perigo do comunismo.

Durante a Semana Santa, eclodiu grave crise na Marinha. No dia 26 de março, centenas de marinheiros sublevados, liderados pelo "cabo" (na verdade, marinheiro) José Anselmo dos Santos, se recolheram ao Sindicato dos Metalúrgicos, no Rio, em protesto contra restrições impostas à categoria. O comportamento das autoridades, recusando-se a punir os rebeldes, enfraqueceu ainda mais o governo Goulart, que em 31 de março foi deposto por um movimento político-militar.

Heloísa Menandro

http://www.cpdoc.fgv.br/dhbb/verbetes_htm/5779_1.asp
Editado pela última vez por RicardoVitor em 21 Jan 2008, 21:52, em um total de 1 vez.
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Apo »

Mr. Crowley escreveu:
Apo escreveu:Os coronéis que estão na reserva hoje tinham uma vida bem boa quando na ativa. Mas nada se compara à roubalheira de agora.


Como nada???

Larga a mão de ser radical... porra... esses caras tinham tudo nas mãos, faziam obras faraônicas uma atrás da outra, fizeram a economia crescer artificialmente(se utilizando de empréstimos, e causando o endividamento do Brasil) sendo que nesse período se percebeu uma MAIOR concentração de renda...

Porra... o governo Lula rouba e rouba pra caralho, mas comparar com esses milicos LIXOS é insanidade...


Tá maluco? Radical é você que não quer admitir que eu não sirva prá capacho das suas investidas, pois não sou de direita e nem de esquerda! Já disse que é tudo lixo, cada um ao seu estilinho .
Mas NUNCA se roubou tanto como agora NUM GOVERNO QUE SE DIZIA ( E DIZ ) O MAIS ÉTICO QUE O PAÍS JÁ TEVE!

Eu vivi as duas fases da história. VIVI. Não li em livrinho. Trabalhei DENTRO do Ministério do Exército. Sei bem como as coisas funcionavam. O maior problema deles não era a gastança ( embora houvesse, ÓBVIO!!). Milico é lixo. Mas esperar o que daquela corja doente?

Mas a oposição aquela turma está tirando o atraso agora. E como está!

Entendeu agora ou não quer entender?
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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por RicardoVitor »

Logical, responsible, practical.
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Liberal, fanatical, criminal.
Acceptable, respectable, presentable, a vegetable!

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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por Wallace »

Galera, não adianta... Nem mesmo àqueles que pensam que os militares fizeram isso tudo... Mas comparar o governo civil das últimas décadas com o militarismo é comparar Fernandinho Beira-Mar com Edir Macedo...

Não adianta espernear...
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Wallace »

Apo escreveu:
Mr. Crowley escreveu:
Apo escreveu:Os coronéis que estão na reserva hoje tinham uma vida bem boa quando na ativa. Mas nada se compara à roubalheira de agora.


Como nada???

Larga a mão de ser radical... porra... esses caras tinham tudo nas mãos, faziam obras faraônicas uma atrás da outra, fizeram a economia crescer artificialmente(se utilizando de empréstimos, e causando o endividamento do Brasil) sendo que nesse período se percebeu uma MAIOR concentração de renda...

Porra... o governo Lula rouba e rouba pra caralho, mas comparar com esses milicos LIXOS é insanidade...


Tá maluco?


Você ainda pergunta? É claro que tá!!!

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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Apo »

RicardoVitor escreveu:http://www.youtube.com/watch?v=KjM48ZjevmA


Arrepia-me isto! Foi muito perturbador. Uma parte da minha infância foi contaminada com esta....nem tenho a palavra. E nem precisa.
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Mr. Crowley »

Apo escreveu:Tá maluco? Radical é você que não quer admitir que eu não sirva prá capacho das suas investidas, pois não sou de direita e nem de esquerda! Já disse que é tudo lixo, cada um ao seu estilinho .
Mas NUNCA se roubou tanto como agora NUM GOVERNO QUE SE DIZIA ( E DIZ ) O MAIS ÉTICO QUE O PAÍS JÁ TEVE!

Eu vivi as duas fases da história. VIVI. Não li em livrinho. Trabalhei DENTRO do Ministério do Exército. Sei bem como as coisas funcionavam. O maior problema deles não era a gastança ( embora houvesse, ÓBVIO!!). Milico é lixo. Mas esperar o que daquela corja doente?

Mas a oposição aquela turma está tirando o atraso agora. E como está!

Entendeu agora ou não quer entender?


É no mínimo muita ingenuidade sua pensar que um pessoal que tinha todo o poder em mãos, todos os elementos para acobertar a porra que for, roubar menos porque eram mais bonzinhos que o Lula, sendo ainda que este governa numa época onde quase tudo é divulgado na mídia(muitas mentiras inclusive).

Dá um tempo...
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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por Wallace »

"É melhor ser ingenuo do que Burro..."
(Chagas-Forista do RéV)

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Apo »

Mr. Crowley escreveu:
Apo escreveu:Tá maluco? Radical é você que não quer admitir que eu não sirva prá capacho das suas investidas, pois não sou de direita e nem de esquerda! Já disse que é tudo lixo, cada um ao seu estilinho .
Mas NUNCA se roubou tanto como agora NUM GOVERNO QUE SE DIZIA ( E DIZ ) O MAIS ÉTICO QUE O PAÍS JÁ TEVE!

Eu vivi as duas fases da história. VIVI. Não li em livrinho. Trabalhei DENTRO do Ministério do Exército. Sei bem como as coisas funcionavam. O maior problema deles não era a gastança ( embora houvesse, ÓBVIO!!). Milico é lixo. Mas esperar o que daquela corja doente?

Mas a oposição aquela turma está tirando o atraso agora. E como está!

Entendeu agora ou não quer entender?


É no mínimo muita ingenuidade sua pensar que um pessoal que tinha todo o poder em mãos, todos os elementos para acobertar a porra que for, roubar menos porque eram mais bonzinhos que o Lula, sendo ainda que este governa numa época onde quase tudo é divulgado na mídia(muitas mentiras inclusive).

Dá um tempo...


É. Parece que você agora entendeu. Ingenuidade para quem viveu a merda de perto não é um bom argumento da sua parte. Sempre se fez propaganda na mídia. E ela sempre foi tendenciosa e mentirosa, servindo obviamente aos seus intentos. E nenhum governo é bonzinho e transparente.

Você é um bom garoto. Vai deitar a cabeça no travesseiro e pensar que a nossa conversinha valeu a pena, enfim.

Abraços.
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Mr. Crowley »

Apo escreveu:
Mr. Crowley escreveu:
Apo escreveu:Tá maluco? Radical é você que não quer admitir que eu não sirva prá capacho das suas investidas, pois não sou de direita e nem de esquerda! Já disse que é tudo lixo, cada um ao seu estilinho .
Mas NUNCA se roubou tanto como agora NUM GOVERNO QUE SE DIZIA ( E DIZ ) O MAIS ÉTICO QUE O PAÍS JÁ TEVE!

Eu vivi as duas fases da história. VIVI. Não li em livrinho. Trabalhei DENTRO do Ministério do Exército. Sei bem como as coisas funcionavam. O maior problema deles não era a gastança ( embora houvesse, ÓBVIO!!). Milico é lixo. Mas esperar o que daquela corja doente?

Mas a oposição aquela turma está tirando o atraso agora. E como está!

Entendeu agora ou não quer entender?


É no mínimo muita ingenuidade sua pensar que um pessoal que tinha todo o poder em mãos, todos os elementos para acobertar a porra que for, roubar menos porque eram mais bonzinhos que o Lula, sendo ainda que este governa numa época onde quase tudo é divulgado na mídia(muitas mentiras inclusive).

Dá um tempo...


É. Parece que você agora entendeu. Ingenuidade para quem viveu a merda de perto não é um bom argumento da sua parte. Sempre se fez propaganda na mídia. E ela sempre foi tendenciosa e mentirosa, servindo obviamente aos seus intentos. E nenhum governo é bonzinho e transparente.

Você é um bom garoto. Vai deitar a cabeça no travesseiro e pensar que a nossa conversinha valeu a pena, enfim.

Abraços.


Claro, você trabalhou lá e tinha acesso a todos os documentos das finanças do governo, tá bom...
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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por Houses Of The Holy »

Olavo é o cara.

Admiro a forma com que ela fala dos esquerdistas. São todos bandidos.

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Wallace
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Wallace »

Mr. Crowley escreveu:
Claro, você trabalhou lá e tinha acesso a todos os documentos das finanças do governo, tá bom...


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Cara, você é muito pentelho... Não saiu da aborrecencia, não?

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Mr. Crowley
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Mr. Crowley »

Wallace escreveu:
Mr. Crowley escreveu:
Claro, você trabalhou lá e tinha acesso a todos os documentos das finanças do governo, tá bom...


:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

Cara, você é muito pentelho... Não saiu da aborrecencia, não?


Vou comprar um espelho pra você, como já disse no outro tópico...
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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por Wallace »

Óhhh só com o cara é... :emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:
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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por SickBoy »

Wallace escreveu:Pelo menos eles não levaram dinheiro pra casa... Conheço Cels. aos montes com o pires na mão...



AHHAHAHAHAHAHAHAHAHA cof.. gasp... askdasjdhkasd MEL DELS

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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Wallace »

SickBoy escreveu:
Wallace escreveu:Pelo menos eles não levaram dinheiro pra casa... Conheço Cels. aos montes com o pires na mão...



AHHAHAHAHAHAHAHAHAHA cof.. gasp... askdasjdhkasd MEL DELS


Pelo menos eles não usaram malas nem cuecas... Nem muito menos havia ladroagem institucionalizada em nome de um partido ou quartel... No máximo, no máximo era uma graninha do jogo do bicho e tal...

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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por Tulio »

Wallace escreveu:
Tulio escreveu:Os militares foram uns incompetentes... deixaram escapar o Direu, a Dilma, o Franklin, e uma porrada de comunas safados.


Esqueceu-se do mais cafajeste deles, que dedou seus cumpanheros no Araguaia para tirar o seu da reta... O Zé que Genoino não tem nada...

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:


Pois é cara, esqueci desse genuíno pilantra :emoticon2:
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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por Claudio Loredo »



Gostaria de entender o por que desta insistência em defender a ditadura militar brasileira? Será que é porque querem um outro golpe militar para derrubar o governo atual? Caso outra ditadura seja implantada no Brasil, será que quem defende a ditadura numa democracia teria a coragem de defender a democracia numa ditadura? É claro que não.

Olavo de Carvalho sabe disto, ela sabe de sua covardia, ele não é bobo. Ele sabe que tudo que ele fala é bobajada, mas continua escrevendo estas bobajadas porque existe quem compre elas. E afinal, ele vive disto. Este é o trabalho dele: enganar otários. Mas o pior não é enganar otários. O pior é estimular estes otários a serem perigosos.


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Re: Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasilei

Mensagem por RicardoVitor »

Claudio Loredo escreveu:

Gostaria de entender o por que desta insistência em defender a ditadura militar brasileira? Será que é porque querem um outro golpe militar para derrubar o governo atual? Caso outra ditadura seja implantada no Brasil, será que quem defende a ditadura numa democracia teria a coragem de defender a democracia numa ditadura? É claro que não.

Olavo de Carvalho sabe disto, ela sabe de sua covardia, ele não é bobo. Ele sabe que tudo que ele fala é bobajada, mas continua escrevendo estas bobajadas porque existe quem compre elas. E afinal, ele vive disto. Este é o trabalho dele: enganar otários. Mas o pior não é enganar otários. O pior é estimular estes otários a serem perigosos.





Você sabe no que o seu discurso de ódio ao que você chama de direitas irá resultar? Apenas em um mundo cada vez pior. Chamar os que pensam diferente de otários perigosos não trará a paz e a felicidade ao mundo. Trará somente intolerância e destruição. E deixa meu coração triste. Triste de ver como o ser humano é capaz de odiar aos seus irmãos com tanta facilidade, propagando o ódio por foruns de internet.

Será que podemos viver sem o ódio? Como fazer para eliminar o ódio de dentro de nós? Como podemos eliminar o ódio de outros? ou pelo menos impedir que o ódio cause tanto mal as nossas vidas?

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Claudio Loredo
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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por Claudio Loredo »



Há, há, há, Ricardo Vito, Estou morrendo de rir com minha imitação. Só que ela não representa o que eu penso. Eu respeito e muito o pensamento de direita. Há muitas coisas que eu concordo ditas por respeitáveis pensadores da direita.

Só que Olavo de Carvalho é diferente. Ele é um maluco (ou se faz) que não diz coisa com coisa. Ele compara ateus com ratos, acredita em astrologia e criacionismo. Acha que a ONU é uma organização comunista. Entre muitas outras maluquices que ele prega que não cabe neste post.

Lamento que um demente, como ele, seja o representante do pensamento de direita no Brasil. Isto é pessimo e terrível para a direita que podia ter um representante muito, mas muito melhor. Infelizmente, as luzes são jogadas neste sujeito. Isto apenas porque ele cria polêmicas para chamar atenção. Quem perde com isto é o livre mercado que poderia ter defensores bem melhores.


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Rennan
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Re.: Olavo de Carvalho explica o regime militar brasileiro

Mensagem por Rennan »

Resumo do que penso sobre 1964

Olavo de Carvalho
Bah! (jornal universitário gaúcho), maio de 2004



Como repercussão da matéria de capa da edição anterior, "40 anos da ditadura", o filósofo, jornalista e escritor Olavo de Carvalho gentilmente escreveu-nos um texto exclusivo com sua opinião sobre esse turbulento período de nossa história.

* * *

Tudo o que tenho lido sobre o movimento de 1964 divide-se nas seguintes categorias: (a) falsificação esquerdista, camuflada ou não sob aparência acadêmica respeitável; (b) apologia tosca e sem critério, geralmente empreendida por militares que estiveram de algum modo ligados ao movimento e que têm dele uma visão idealizada.

Toda essa bibliografia, somada, não tem valor intelectual nenhum. Serve apenas de matéria-prima, muito rudimentar, para um trabalho de compreensão em profundidade que ainda nem começou.

Para esse trabalho, a exigência preliminar, até hoje negligenciada, é distinguir entre o golpe que derrubou João Goulart e o regime que acabou por prevalecer nos vinte anos seguintes.

Contra o primeiro, nada se pode alegar de sério. João Goulart acobertava a intervenção armada de Cuba no Brasil desde 1961, estimulava a divisão nas Forças Armadas para provocar uma guerra civil, desrespeitava cinicamente a Constituição e elevava os gastos públicos até as nuvens, provocando uma inflação que reduzia o povo à miséria, da qual prometia tirá-lo pelo expediente enganoso de dar aumentos salariais que a própria inflação tornava fictícios. A derrubada do presidente foi um ato legítimo, apoiado pelo Congresso e por toda a opinião pública, expressa na maior manifestação de massas de toda a história nacional (sim, a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” foi bem maior do que todas as passeatas subseqüentes contra a ditadura). É só ler os jornais da época – os mesmos que hoje falsificam sua própria história – e você tirará isso a limpo.

O clamor geral pela derrubada do presidente chegou ao auge em dois editoriais do Correio da Manhã que serviram de incitação direta ao golpe. Sob os títulos “Basta!” e “Fora!”, ambos foram escritos por Otto Maria Carpeaux, um escritor notável que depois se tornou o principal crítico do novo regime. Por esse detalhe você percebe o quanto era vasta e disseminada a revolta contra o governo.

O golpe não produziu diretamente o regime militar. Este foi nascendo de uma seqüência de transformações – quase “golpes internos” – cujas conseqüências ninguém poderia prever em março de 1964. Na verdade, não houve um “regime militar”. Houve quatro regimes, muito diferentes entre si: (1) o regime saneador e modernizador de Castelo Branco; (2) o período de confusão e opressão que começa com Costa e Silva, prossegue na Junta Militar e culmina no meio do governo Médici: (3) o período Médici propriamente dito; e (4) a dissolução do regime, com Geisel e Figueiredo.

Quem disser que no primeiro desses períodos houve restrição séria à liberdade estará mentindo. Castelo demoliu o esquema político comunista sem sufocar as liberdades públicas. Muito menos houve, nessa época, qualquer violência física, exceto da parte dos comunistas, que praticaram 82 atentados antes que, no período seguinte, viessem a ditadura em sentido pleno, as repressões sangrentas, o abuso generalizado da autoridade. O governo Médici é marcado pela vitória contra a guerrilha, por uma tentativa fracassada de retorno à democracia e por um sucesso econômico estrondoso (o Brasil era a 46ª. economia do mundo, subiu para o 8º. lugar na era Médici, caindo para o 16º. de Sarney a Lula). Geisel adota uma política econômica socializante da qual pagamos o prejuízo até hoje, tolera a corrupção, inscreve o Brasil no eixo terceiro-mundista anti-americano e ajuda Cuba a invadir Angola, um genocídio que não fez menos de 100 mil vítimas (o maior dos crimes da ditadura e o único autenticamente hediondo -- contra o qual ninguém diz uma palavra, porque foi a favor da esquerda). Figueiredo prossegue na linha de Geisel e nada lhe acrescenta – mas não se pode negar-lhe o mérito de entregar a rapadura quando já não tinha dentes para roê-la.

É uma estupidez acreditar que esses quatro regimes formem unidade entre si, podendo ser julgados em bloco. Na minha opinião pessoal, Castelo foi um homem justo e um grande presidente; Médici foi o melhor administrador que já tivemos, apesar de mau político. Minha opinião sobre Costa, a Junta Militar, Geisel e Figueiredo não pode ser dita em público sem ferir a decência.

Em 1964 eu estava na esquerda. Por vinte anos odiei e combati o regime, mas nunca pensei em negar suas realizações mais óbvias, como hoje se faz sem nenhum respeito pela realidade histórica, nem em ocultar por baixo de suas misérias os crimes incomparavelmente mais graves praticados por comunistas que agora falseiam a memória nacional para posar de anjinhos.


http://www.olavodecarvalho.org/textos/resumo_1964.htm

Trancado