Cinema capitalista X cinema de Estado

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Apáte
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Cinema capitalista X cinema de Estado

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Cinema capitalista X cinema de Estado
por Ipojuca Pontes em 28 de abril de 2006

Resumo: Se o representante do cinema capitalista errar, e o filme não der retorno de bilheteria, pagará o prejuízo com dinheiro próprio. Se o cineasta do cinema do Estado errar, basta deitar falação ideológica na mídia e aguardar a nova abertura dos cofres estatais - e tudo recomeça de novo.

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Quem quiser saber a diferença entre o cinema do capitalismo e o cinema patrocinado pelo Estado basta ir ver “16 Quadras” (“16 Blocks”, Image Films, EUA, 2006) e “Brasília 18%” (Petrobrás e Regina Filmes, Brasil, 2006), ambos em exibição em salas nacionais (no Rio, salas 1 e 2 do São Luiz). O primeiro, dirigido por Richard Donner, é produzido por empresa independente, fruto de dinheiro arrecadado nas bilheterias, com a intervenção de companhias de seguros, agentes e empréstimos bancários; o segundo, de Nelson Pereira dos Santos, é feito com o dinheiro da Petrobrás, estatal responsável pelo empobrecimento do povo brasileiro, visto que produz um dos combustíveis mais caros do mundo; com a grana fácil do BNDES, extraído do Fundo de Amparo ao trabalhador – FAT; e com a grana da Eletrobrás, uma empresa que aumenta os preços da energia elétrica a cada três meses.

Os dois filmes tratam da corrupção nos meios oficiais: o americano disseca a virulência da geografia criminosa de um distrito policial de Nova York, o brasileiro pretende denunciar a putrefação dos bastidores políticos de Brasília e arredores, ambos procurando trabalhar dramaticamente em cima de fatos e personagens atuais – com uma diferença básica: enquanto o filme capitalista palpita de vida, sinceridade, emoção e interesse, o cinema do Estado vegeta no solo árido da inconsistência, da chatice, da preguiça e do escapismo. E a mediocridade do filme nacional não pode ser atribuída à falta de dinheiro: é plausível garantir que, com as despesas de lançamento, “Brasília 18%” supere a casa dos US$ 3 milhões – uma quantia astronômica para os cofres de uma nação que não consegue pagar salário mínimo aos seus professores primários.

Em “16 Quadras”, um detetive alcoólatra (Bruce Willis, excepcional) recebe a missão de escoltar um marginal que servirá de testemunha (Moss Derf, negro comovente) até a Corte Judicial, em Chinatown, que fica a 16 quadras de distância. No trajeto, uma autêntica prova de obstáculos, ele descobre que a própria polícia (inclusive o seu parceiro, o detetive Nugent - David Morse, perfeito) quer liquidar a testemunha. A trama é antiga, vem de Homero e até João Ubaldo, em “Sargento Getúlio”, dela se valeu. Mas o que resulta da narrativa em tempo real é um primor: enquanto detetive e marginal escapam pelos descaminhos do asfalto selvagem, o filme avança pleno de vibração, os personagens se descobrem e evoluem como seres humanos, consciente do valor da vida, os dois na busca da redenção. Tudo, a partir de um projeto de cinema cuja essência é: ganhar dinheiro.

O filme de Nelson Pereira se vale de fatos folclóricos do apodrecido tecido político-social brasiliense - por exemplo: do caso da mulher de senador que foi seqüestrada e fotografada nua com o amante, num motel, nos anos 80; do assessor parlamentar José Carlos dos Santos, que matou de picareta a mulher, Ana Elizabeth, e depois denunciou as falcatruas dos anões do orçamento (no tempo de Itamar); da ação do legista Eduardo Reis, do IML de Brasília, etc. - para flagrar a perplexidade de Olavo Bilac (Ricceli), um legista brasileiro radicado em Los Angeles, chamado às pressas para assinar um laudo conclusivo sobre a identidade do corpo de uma mulher, Eugênia Câmara (K. Carvalho), personagem improvável, que “sabe demais” sobre os desvios financeiros de uma quadrilha de parlamentares.

No seu enfadonho “Marienbad” dos pobres, que labora em cima do discurso verbal, Pereira sugere que quem está por trás de tudo é um senador, Silvio Romero (C.Vereza, esboçando estereótipo embigodado que lembra Zé Sarney, o “bengalinha” dos incentivos fiscais na área da cultura), mentor da tunga no orçamento da União. O negócio é de doer, pelo artesanato primário da dramaturgia: querendo dar um tom ambíguo à narrativa, 100% artificial, Pereira mete na história um cineasta drogado, Augusto dos Anjos (M. Melamed), amante da trêfega Eugênia, que poderá servir de bode expiatório ao projeto da quadrilha. Numa atmosfera marcada pelo inverossímil, o legista, que pode ser considerado um dos personagens mais tolos já criados pelo cinema, passeia sua irresolução gaguejante como a Cinderela num bordel de prostituta – quem sabe a reedição de Lula, o ídolo de Nelson Pereira na vida real, que nada sabe, nada ouve e nada vê.

No final do melodrama, o diretor, tradicional lobista do cinema nas ante-salas do poder corrupto de Brasília, revela o real objetivo do filme: ele faz o cineasta caboclo, ao defender-se das acusações, dizer, num depoimento, que pode ser viciado e alcoólatra, mas não é ladrão nem assassino, terminando por amaldiçoar o poder do dinheiro. Aqui, Pereira abusa dos fatos. Não bastassem os comprovados e recentes escândalos de “O Guarani” e “Chatô”, o próprio ato de desperdiçar o dinheiro público em filmes insolventes, para além de imoral, só coonesta a prática consagrada pela elite política tupiniquim, que é a de se dar bem em cima do suor da patuléia ignara.

Voltando ao tema do cinema capitalista e do cinema do Estado, pode-se afirmar que a grande diferença é a seguinte: se Donner, de 76 anos e mestre na arte de filmar, errar a mão, e o filme não vender tickets na bilheteria, ele vai passar muito tempo na geladeira ou pagar o prejuízo com dinheiro próprio. Se o cineasta do cinema do Estado errar, como em geral erra, não tem problema: basta tirar da cachola uma “idéia”, deitar uma falação ideológica na mídia e aguardar a nova abertura dos cofres das estatais - e tudo recomeça de novo. Com uma diferença: a sala de “16 Quadros” estará lotada, com o público vibrando; e a de “Brasília 18%”, com apenas 6 pessoas (sessão das 21h, dia 24/04/06), será a jaula de um público miseravelmente frustrado e até enfurecido.
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Orbe
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Orbe »

Old.

De qualquer forma, como diriam certos patriotas por aqui, viva a cultura brasileira!!

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Apáte
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Apáte »

Viva o que os modernistas chamam de cultura brasileira! E nós, pobres mortais, reais e ao mesmo tempo românticos, simplesmente aceitamos.
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Orbe
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Orbe »

Fazer o que... a maioria acha que o governo deve gastar com essas merdas produzidas pelo Brasil, apenas porque são produzidas pelo Brasil.

Viva a democracia!!

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Apáte
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Apáte »

Bah, a maioria gosta tanto que não está nem disposta a torrar seu dinheiro com isso.

Bah, a maioria dos donos de bares da França ficaram insatisfeitos com a nova lei e ninguém tava nem aí com isso, mas não é do seu interesse, então não toquemos no assunto.

VIVA LA REVOLUCIÓN!
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Orbe »

É que os interesses dos donos de bares franceses não estão acima da saúde pública. :emoticon12:

Assim como nossa avaliação de que o Brasil produz muito lixo cultural às nossas custas não está acima da suposta vontade da maioria (ou pelo menos dos intelectuais patriotas de plantão) de "preservar a cultura brasileira". :emoticon17:

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Apo
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Apo »

Bom, este ano estamos fora do Oscar, graças a Deus. Isto é prova de que Deus está mostrando ao brazucas que de brasileiro não tem nada.
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Herf
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Mensagem por Herf »

O Felipe Atxa, também lá do MSM, tem artigos muito interessantes mostrando os abusos do financimento estatal de projetos culturais:

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5981 - A fantástica fábrica de propaganda ideológica - Parte 1

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5981 - A fantástica fábrica de propaganda ideológica - Final

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6012 - O vale-tudo do artista brasileiro para “financiar a revolução”

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6024 - O bolsa-abacaxi do Cinema Nacional

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6133 - Sorria, você está financiando um filme argentino

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Claudio Loredo
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Claudio Loredo »



Por que o Estado deve investir no cinema nacional?

Resposta simples: Porque o cinema nacional fala a nossa lingua portuguesa.

Bom para quem não é fluente em inglês. Assim, não precisa ler as legendas.

Daqui há quarenta anos ou mais, os brasileiros poderão continuar sabendo como era seu país, vendo os filmes do passado. Para termos idéia do encantamento que isto representa, basta assistirmos os filmes brasileiros da década de sessenta ou anterior.


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Claudio Loredo
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Claudio Loredo »

Leiam o artigo que saiu ontem no Jornal de Pernambuco

23/01/2008 | 18h36 |

Aumenta a popularidade do cinema nacional

Um estudo inédito realizado pelo Fórum de Festivais e pelo Instituto Brasileiro de Estudos de Festivais Audiovisuais (Ibefest) revelou que a popularidade do cinema brasileiro vem aumentando. O Diagnóstico Setorial 2007/Indicadores 2006 dos Festivais Audiovisuais mostrou que, só em em 2006, as produções nacionais reuniram público de 2.209.559 de pessoas nos festivais. No mesmo ano, mais de 9 milhões de brasileiros visitaram as salas de cinema para assistir a filmes nacionais.

De acordo com a pesquisa, o número de festivais de cinema também cresceu no país, passando de 44, em 2000, para 132 em 2006, o que significa aumento médio de 19,82% por ano. Roraima e Acre foram os únicos estados que não organizaram festivais nesse período. O diagnóstico informou também que a Região Sudeste concentra a maioria dos eventos: 51%.

Segundo o coordenador geral do estudo, Antônio Leal, somente 8% dos 5.500 municípios brasileiros têm salas comerciais de cinema. Em algumas cidades, a população só têm acesso às produções através dos festivais de cinema. “Precisamos compreender que existe no país grande carência de espaços para exibição dos filmes brasileiros. Temos um parque exibidor ainda pequeno, o que dificulta o contato entre o cinema brasileiro e a sociedade”, afirmou Leal.

O estudo constatou que, apesar do maior número de eventos estar concentrado na Região Sudeste, outras regiões do país apresentam festivais consolidados, com anos (e até décadas) de realização contínua, e com enorme capacidade para alavancar negócios e parcerias com base no seu potencial artístico-cultural.

Antônio Leal ressaltou que os festivais de cinema começaram a ganhar espaço, aproximando a sociedade e a cinematografia nacional. "Isso é muito importante porque, assim, reduzimos a exclusão audiovisual no país. Vale lembrar que os festivais não são apenas plataformas de exibição de filmes. Ali acontece um processo de discussão e reflexão.”

Ainda de acordo com o diagnóstico, a realização de festivais movimentou, em todo o país, em 2006, R$ 59.976.403,00, com captação de recursos, parcerias, apoios, bens e serviços. Também foram gerados quase 6 mil empregos diretos durante o ano, com média de 45,31 contratações por evento.

Da Agência Brasil

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RicardoVitor
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por RicardoVitor »

Claudio Loredo escreveu:

Por que o Estado deve investir no cinema nacional?

Resposta simples: Porque o cinema nacional fala a nossa lingua portuguesa.

Bom para quem não é fluente em inglês. Assim, não precisa ler as legendas.

Daqui há quarenta anos ou mais, os brasileiros poderão continuar sabendo como era seu país, vendo os filmes do passado. Para termos idéia do encantamento que isto representa, basta assistirmos os filmes brasileiros da década de sessenta ou anterior.



É sério? Ou é brincadeira de alguém?
Logical, responsible, practical.
Clinical, intellectual, cynical.
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Apáte
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Mensagem por Apáte »

Procedure escreveu:O Felipe Atxa, também lá do MSM, tem artigos muito interessantes mostrando os abusos do financimento estatal de projetos culturais:

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5981 - A fantástica fábrica de propaganda ideológica - Parte 1

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5981 - A fantástica fábrica de propaganda ideológica - Final

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6012 - O vale-tudo do artista brasileiro para “financiar a revolução”

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6024 - O bolsa-abacaxi do Cinema Nacional

http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=6133 - Sorria, você está financiando um filme argentino

Também tem:
Cinema do Estado do Ipojuca Pontes.
Resumo: O que acabou na era Collor foi a produção do cinema insolvente da Embrafilme que só logrou dar prejuízo à Nação, durante mais de 20 anos, em cima da miséria física e moral do povo brasileiro.

Agruras do cinema nacional
Resumo: Foi da ação de produtores como Ademar Gonzaga, Carmem Santos, Herbert Richers, Oswaldo Massaini e tantos outros que o cinema nacional conquistou sua maior rede de produção, distribuição e exibição.

Cinema novo-rico comunista
Resumo: O ideário atual do Cinema Novo, sob o manto da defesa da “identidade nacional”, é fazer filmes de milhões de dólares às custas dos trabalhadores, proposta coerente com os princípios de todas as revoluções igualitaristas, que é a de explorar as massas ignaras tendo como pretexto o desejo utópico de emancipá-las.

Guerra das estrelinhas - A luta de classe no cinema estatal
Resumo: Nem Lula, nem Gilberto Gil nem o secretário Sá Leitão comandam mais o processo das “políticas culturais” patrocinadas pelo Estado – são apenas reféns do clientelismo cínico prevalecente no meio.

Cinema da Retomada
Resumo: O chamado "cinema da retomada" nada mais é do que a entrega de dinheiro público, a fundo perdido, para a produção de filmes esquerdistas que hipocritamente buscam atingir o prêmio máximo do cinema capitalista, o Oscar.

O cinema nacional do Rodrigo Constantino
Resumo: Com apenas uma canetada, o presidente Lula assina mais um decreto que limita a liberdade de escolha individual, assim como garante o clientelismo e ineficiência de produtos nacionais.

Cinema Trash
Resumo: No Brasil, em estilo semelhante ao francês, são os produtores que buscam satisfação nos filmes, sem muita preocupação com o público.

Cinema nacional! Que horror! de Huascar Terra do Valle
Resumo: Consta que um "cineasta", filho de banqueiro (evidentemente um caso psiquiátrico), está ameaçando-nos com um filme sobre o saguinário Che Guevara.

Como as coisas devem ser:
A política cinematográfica de Bush de Daniel SantAnna
Resumo: O governo dos EUA toma medida estimulante para aquela que já é uma das mais dinâmicas indústrias do mundo, e que pode ser um duro golpe nos grandes estúdios, favorecendo as produções independentes

Como é no Brasil
Porcaria no cinema de Paulo Diniz Zamboni
Resumo: Já faz muito tempo que o cinema nacional vive de documentários e filmes de segunda categoria onde a realidade social é sempre de uma via só, justificando e defendendo criminosos, desajustados, vadios, malandros e todos os tipos de aberrações.
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zumbi filosófico
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por zumbi filosófico »

RicardoVitor escreveu:
Claudio Loredo escreveu:

Por que o Estado deve investir no cinema nacional?

Resposta simples: Porque o cinema nacional fala a nossa lingua portuguesa.

Bom para quem não é fluente em inglês. Assim, não precisa ler as legendas.

Daqui há quarenta anos ou mais, os brasileiros poderão continuar sabendo como era seu país, vendo os filmes do passado. Para termos idéia do encantamento que isto representa, basta assistirmos os filmes brasileiros da década de sessenta ou anterior.



É sério? Ou é brincadeira de alguém?


Perdi meu "emprego", o original voltou :emoticon8:
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Orbe
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Orbe »

Claudio Loredo escreveu:

Para termos idéia do encantamento que isto representa, basta assistirmos os filmes brasileiros da década de sessenta ou anterior.



AHUAHAUHAUHAUAHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAUH *engasga* *retoma o fôlego* HAUHAUHAUAHUAHAUHAUHAUHAUAHUAHUAHUAHUAHUAHUAHAUHAUHAUHAUH...

Foi piada, não foi? Tomara que sim, porque eu ri muito...

A qual porno-xanxada você se refere ao falar de encantamento?

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Claudio Loredo
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Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Claudio Loredo »



Eu estava me referindo aos filmes do Glauber Rocha, do Mazaropi, do Oscarito, do Domingos de Oliveira , do Aurélio Teixeira e Roberto Farias. Você nunca ouviu falar de cinema novo? O Brasil produziu muitos filmes excelentes na década de 60. Eram filmes de diversos estilos: policiais, romances, aventura, comédia etc. Todos competiam em qualidade com os filmes de Hollywood da mesma época.


Orbe
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Orbe »

Claudio Loredo escreveu:

Eu estava me referindo aos filmes do Glauber Rocha



Lixo.

Claudio Loredo escreveu:
do Mazzaropi,


Lixo.

Claudio Loredo escreveu:
do Oscarito


Lixo.

Claudio Loredo escreveu:
do Domingos de Oliveira


Lixo.

Claudio Loredo escreveu:
do Aurélio Teixeira


Lixo.

Claudio Loredo escreveu:
e Roberto Farias.


Lixo.

Claudio Loredo escreveu:
Você nunca ouviu falar de cinema novo?


Sim. E já assiti vários filmes desse movimento artístico. Todos dos artistas citados acima. Todos lixo. Nenhum me despertou qualquer encantamento. Talvez um enjôo...

Claudio Loredo escreveu:
O Brasil produziu muitos filmes excelentes na década de 60. Eram filmes de diversos estilos: policiais, romances, aventura, comédia etc. Todos competiam em qualidade com os filmes de Hollywood da mesma época.



Só se for em qualidade tecnológica. Porque em roteiro, direção, atuação... até mesmo em temáticas não tem comparações.

Para citar uma lista dessas era melhor você ter citado as porno-xanxadas mesmo...

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Apo
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Apo »

Claudio Loredo escreveu:

Eu estava me referindo aos filmes do Glauber Rocha, do Mazaropi, do Oscarito, do Domingos de Oliveira , do Aurélio Teixeira e Roberto Farias. Você nunca ouviu falar de cinema novo? O Brasil produziu muitos filmes excelentes na década de 60. Eram filmes de diversos estilos: policiais, romances, aventura, comédia etc. Todos competiam em qualidade com os filmes de Hollywood da mesma época.



Desculpem o mau jeito mas....PUTA MERDA!
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Apo
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Apo »

Claudio Loredo escreveu:

Por que o Estado deve investir no cinema nacional?

Resposta simples: Porque o cinema nacional fala a nossa lingua portuguesa.

Bom para quem não é fluente em inglês. Assim, não precisa ler as legendas.

Daqui há quarenta anos ou mais, os brasileiros poderão continuar sabendo como era seu país, vendo os filmes do passado. Para termos idéia do encantamento que isto representa, basta assistirmos os filmes brasileiros da década de sessenta ou anterior.



Tem certas coisas que é melhor não sabermos...

Que encantamento, Cláudio? Aquilo é uma assinatura do lixo cultural (???) nacional.
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Herf
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Herf »

zumbi filosófico escreveu:
RicardoVitor escreveu:
Claudio Loredo escreveu:

Por que o Estado deve investir no cinema nacional?

Resposta simples: Porque o cinema nacional fala a nossa lingua portuguesa.

Bom para quem não é fluente em inglês. Assim, não precisa ler as legendas.

Daqui há quarenta anos ou mais, os brasileiros poderão continuar sabendo como era seu país, vendo os filmes do passado. Para termos idéia do encantamento que isto representa, basta assistirmos os filmes brasileiros da década de sessenta ou anterior.



É sério? Ou é brincadeira de alguém?


Perdi meu "emprego", o original voltou :emoticon8:

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

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user f.k.a. Cabeção
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

Claudio Loredo escreveu:

Por que o Estado deve investir no cinema nacional?

Resposta simples: Porque o cinema nacional fala a nossa lingua portuguesa.

Bom para quem não é fluente em inglês. Assim, não precisa ler as legendas.

Daqui há quarenta anos ou mais, os brasileiros poderão continuar sabendo como era seu país, vendo os filmes do passado. Para termos idéia do encantamento que isto representa, basta assistirmos os filmes brasileiros da década de sessenta ou anterior.




Claudio a ideia e bem simples ate.

O "cinema nacional" e financiado com dinheiro publico, vindo de pessoas que nao vao assistir o filme necessariamente.

A pergunta e: por que diabos as pessoas devem pagar por filmes que nao desejam ver?

Se voce nao gosta de filmes americanos, voce nao precisa pagar para nao ve-los. Mesmo os americanos nao pagam um centavo para um produtor se ele nao quiser assistir o filme americano.

Mas o brasileiro paga para nao ver filmes. Existem pessoas cujo trabalho e gastar o dinheiro do povo com porcarias que nao dao retorno, guardando uma porcentagem para sustentar seu padrao de vida de classe alta.

E ainda se acham no direito de falar no nome de uma "cultura nacional", como se o conjunto de costumes e ideias ligadas ao Brasil brotasse somente das suas iluminadas cabecas.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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Apáte
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Re: Re.: Cinema capitalista X cinema de Estado

Mensagem por Apáte »

Claudio Loredo escreveu:

Por que o Estado deve investir no cinema nacional?

Resposta simples: Porque o cinema nacional fala a nossa lingua portuguesa.

Bom para quem não é fluente em inglês. Assim, não precisa ler as legendas.

Daqui há quarenta anos ou mais, os brasileiros poderão continuar sabendo como era seu país, vendo os filmes do passado. Para termos idéia do encantamento que isto representa, basta assistirmos os filmes brasileiros da década de sessenta ou anterior.


Bah, Claudio.
Os filmes não mostram exatamente como era o país. Se 60 e 70 teve censura, como alegam os esquerdistas, não mostram é porcaria nenhuma.

E usar o Sagrado Nome da Nossa Língua Portuguesa para propósitos tão vis é pecado.

Argumentar que é bom ter filme nacional pra não ler legenda também foi de doer. Que o Santo Hebert nos salve!

E ninguém vai se preocupar em fazer um bom trabalho, interessante para público, se o Estado vai bancar tudo, mesmo que nem um imbecil se dê ao trabalho de obsevar a "obra".
Isso tudo com nosso suado dinheirinho, lembre-se.

Claudio Loredo escreveu:
O Brasil produziu muitos filmes excelentes na década de 60. Eram filmes de diversos estilos: policiais, romances, aventura, comédia etc. Todos competiam em qualidade com os filmes de Hollywood da mesma época.

Pirou.

Glauber Rocha

Por coincidência, não tinha postado este:
Glauber Rocha, cinema e Estado
Resumo: O povo quer do cinema apenas lazer, mas o governo e partidos totalitários para ampliar o tamanho do Estado, assumem a visão do cinema como “agente de transformação”.
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