Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz WSJ
Jornal afirma que classe média começa a se impor politicamente com derrota da CPMF.
O Brasil está chegando ao limite da tolerância a impostos, segundo artigo publicado nesta segunda-feira pelo jornal americano Wall Street Journal.
O jornal cita a derrota da CPMF no Congresso, no mês passado, como um sinal de que a classe política "está finalmente acordando para o fato de que o governo não pode continuar espremendo o público para sempre".
"A morte de qualquer imposto, em qualquer lugar do mundo é uma boa notícia econômica, mas em um país como o Brasil é apenas um pouco menos impressionante do que foi a queda do Muro de Berlim para o leste europeu."
O diário lembra que os impostos sobre a produção do setor privado no Brasil são "extraordinariamente altos e estão diretamente relacionados ao baixo crescimento econômico crônico do período pós-ditadura militar". "Se Brasília estiver começando a temer que o aumento de impostos traz custos políticos, uma mudança épica pode estar a caminho."
Para o Wall Street Journal, no entanto, o fim da CPMF não significa ainda que o Brasil esteja caminhando para uma economia liberal em breve.
"Mas o golpe contra os impostos contradiz o argumento de que a maior economia da América Latina esteja indo pelo caminho socialista dos satélites de Cuba e Venezuela, como a Bolívia, Argentina e Equador. O Brasil, na verdade, está tendendo à modernidade apesar das amarras do grande governo. Só é pena o ritmo."
O jornal americano afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou manter a CPMF com o argumento de que seus recursos seriam utilizados na busca por maior igualdade social, mas "uma visão mais cínica é de que esta é a escola de caudilhos fora de moda, que se agarram ao poder distribuindo clientelismo".
Nos países em que uma boa parte dos eleitores é de classe média, que têm mais a perder do que a ganhar com políticas fiscais que punem aspirações econômicas, o aumento de impostos já atingiu um limite, diz o jornal.
"Se os brasileiros estão acordando para o problema pode ser porque, depois de anos de hiperinflação, a estabilidade monetária parece ter finalmente se estabelecido, fazendo maravilhas para o poder de ganho e de poupança de milhões. Isso, somado ao crescimento global das commodities, está produzindo uma classe média emergente que agora está se impondo politicamente."
O WSJ ainda comenta a complexidade do sistema fiscal brasileiro, afirmando que ela serve a um propósito político: "Todas as complicações no sistema produzem novos empregos no setor governamental e, pelo menos, o mesmo número de oportunidades para garantir favores especiais por um preço. Isso significa que a simplificação do sistema pode reduzir a corrupção como um todo - mas também significa que os esforços para simplificá-lo provavelmente vão enfrentar resistência".
Para o jornal, no entanto, um problema ainda mais fundamental é que a esquerda brasileira parece não perceber que um sistema fiscal simplificado aumentaria os incentivos para que ele funcionasse e fosse aplicado, e provavelmente aumentaria a arrecadação.
http://g1.globo.com/Noticias/Economia_N ... Z+WSJ.html
O Brasil está chegando ao limite da tolerância a impostos, segundo artigo publicado nesta segunda-feira pelo jornal americano Wall Street Journal.
O jornal cita a derrota da CPMF no Congresso, no mês passado, como um sinal de que a classe política "está finalmente acordando para o fato de que o governo não pode continuar espremendo o público para sempre".
"A morte de qualquer imposto, em qualquer lugar do mundo é uma boa notícia econômica, mas em um país como o Brasil é apenas um pouco menos impressionante do que foi a queda do Muro de Berlim para o leste europeu."
O diário lembra que os impostos sobre a produção do setor privado no Brasil são "extraordinariamente altos e estão diretamente relacionados ao baixo crescimento econômico crônico do período pós-ditadura militar". "Se Brasília estiver começando a temer que o aumento de impostos traz custos políticos, uma mudança épica pode estar a caminho."
Para o Wall Street Journal, no entanto, o fim da CPMF não significa ainda que o Brasil esteja caminhando para uma economia liberal em breve.
"Mas o golpe contra os impostos contradiz o argumento de que a maior economia da América Latina esteja indo pelo caminho socialista dos satélites de Cuba e Venezuela, como a Bolívia, Argentina e Equador. O Brasil, na verdade, está tendendo à modernidade apesar das amarras do grande governo. Só é pena o ritmo."
O jornal americano afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentou manter a CPMF com o argumento de que seus recursos seriam utilizados na busca por maior igualdade social, mas "uma visão mais cínica é de que esta é a escola de caudilhos fora de moda, que se agarram ao poder distribuindo clientelismo".
Nos países em que uma boa parte dos eleitores é de classe média, que têm mais a perder do que a ganhar com políticas fiscais que punem aspirações econômicas, o aumento de impostos já atingiu um limite, diz o jornal.
"Se os brasileiros estão acordando para o problema pode ser porque, depois de anos de hiperinflação, a estabilidade monetária parece ter finalmente se estabelecido, fazendo maravilhas para o poder de ganho e de poupança de milhões. Isso, somado ao crescimento global das commodities, está produzindo uma classe média emergente que agora está se impondo politicamente."
O WSJ ainda comenta a complexidade do sistema fiscal brasileiro, afirmando que ela serve a um propósito político: "Todas as complicações no sistema produzem novos empregos no setor governamental e, pelo menos, o mesmo número de oportunidades para garantir favores especiais por um preço. Isso significa que a simplificação do sistema pode reduzir a corrupção como um todo - mas também significa que os esforços para simplificá-lo provavelmente vão enfrentar resistência".
Para o jornal, no entanto, um problema ainda mais fundamental é que a esquerda brasileira parece não perceber que um sistema fiscal simplificado aumentaria os incentivos para que ele funcionasse e fosse aplicado, e provavelmente aumentaria a arrecadação.
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- Jeanioz
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Re: Brasil chegou 'ao limite' na tolerância de impostos, diz
SickBoy escreveu:O Brasil está chegando ao limite da tolerância a impostos, segundo artigo publicado nesta segunda-feira pelo jornal americano Wall Street Journal.
Coitado dos americanos... tem muito que aprender ainda com o jeitinho brasileiro...

"Uma sociedade sem religião é como um navio sem bússola."
Napoleão Bonaparte
"Religião é uma coisa excelente para manter as pessoas comuns quietas."
Napoleão Bonaparte
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Re.: Brasil chegou
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"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."


- Claudio Loredo
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Re.: Brasil chegou
O poder de tributar é o poder de destruir os inimigos e é também o poder de beneficiar os amigos. Por isto, os tributos no Brasil são do jeito que são. Eles aumentam o poder dos políticos. Empresas que colaboram com campanhas eleitorais acabam ganhando incentivos fiscais e outras facilidades no trato com o Estado.
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Re: Re.: Brasil chegou
Claudio Loredo escreveu:
Empresas que colaboram com campanhas eleitorais acabam ganhando incentivos fiscais e outras facilidades no trato com o Estado.
Coias que, diga-se de passagem, devem ser oferecidas normalmente, sem a necessidade de doação ao partido X ou Y.
O ENCOSTO
http://www.manualdochurrasco.com.br/
http://www.midiasemmascara.org/
Onde houver fé, levarei a dúvida.
"Ora, a fé é o firme fundamento das coisas infundadas, e a certeza da existência das coisas que não existem.”
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Re.: Brasil chegou
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- Jeanioz
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Re.: Brasil chegou
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Re: Re.: Brasil chegou
Jeanioz escreveu:FNORD...
Você está no tópico errado. Vai lá no pratos voadores!


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Re: Re.: Brasil chegou
Claudio Loredo escreveu:
O poder de tributar é o poder de destruir os inimigos e é também o poder de beneficiar os amigos. Por isto, os tributos no Brasil são do jeito que são. Eles aumentam o poder dos políticos. Empresas que colaboram com campanhas eleitorais acabam ganhando incentivos fiscais e outras facilidades no trato com o Estado.


















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Re.: Brasil chegou
Apo, quando concorda com o argumento ou citação anterior (acima, UP). Sacou?
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