Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

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Aranha
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Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Aranha »

- Cliquem no link abaixo e analisem os fatos citados pelo jornalista Luis Nassif, são denúncias bem reveladoras:

http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=471IMQ006


Abraços,
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waldon
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peguei no orkut

Mensagem por waldon »

Reportagem lamentável da VEJA...
Olá membros da comunidade, estava folheando uma revista Veja do início do mês (dia 9 de janeiro) e me deparei com uma reportagem com o título "Regras" (aliás, a matéria da capa)... A reportagem em si trata da importância das regras em um mundo complexo cheio de desafios profissionais, familiares, sociais, entre outros...

Nesse sentido, a matéria traz uma série de regras, ao melhor nível "Auto-Ajuda", contendo dicas para se tornar um líder, educar os filhos, além de dicas para se tornar uma pessoa de sucesso e superar o fim do relacionamento... ou seja um tema banal e inútil...

Mas esse não é o problema, já que é comum revistas apresentarem matérias desse tipo... Entretanto, há um excerto na matéria que apresenta dicas (12 no total) para ser promovido no emprego. E é justamente nesse ponto que direciono minha crítica... Das 12 dicas apresentadas, considerei três delas extremamente absurdas e completamente antiéticas (dicas 6, 7 e 8)... além de serem, acima de tudo mesquinhas e oportunistas... Vamos observa-las...

6) Pense duas vezes antes de se oferecer como voluntário. Avalie se a tarefa contará pontos a seu favor ou será apenas aborrecida. (ou seja, atitudes de uma pessoa "interesseira e mesquinha"...)

7) Saiba a diferença entre a verdade e toda verdade. (sem comentários, nem precisa)

8) Identifique as pessoas que têm importância para seus objetivos e ganhe a simpatia delas. (lamentável da mesma forma que o ítem 6)

Tais ítens são extremamente imbecis, pois pregam o individualismo e egoísmo, a desonestidade, o oportunismo (no sentido pejorativo), a trapaça, entre vários outros adjetivos, infelizmente presentes em nossa sociedade... A revista Veja deveria refutar esse tipo de atitude... Pelo contrário. quer mostrar, sem nenhuma responsabilidade social, que tal comportamento é absolutamente natural e humano, deturpando imoralmente valores de convívio há muito estabelecidos, onde priorizo acima de tudo a solidariedade, honestidade honra e a dignidade.

Esse tipo de reportagem demonstra claramente como está a nossa sociedade atual... ou seja, superficial, tola, desonesta e acima de tudo egoísta....

Sem mais...

André Brighi, cidadão inconformado com os rumos que a sociedade está tomando...

Saudações
Crie sua camisa com frases ateístas ou de qualquer religião, frases tipo "DARWIN TEM AMA" ou fotos que você quiser, são camisas personalizadas, voce manda fazer a estampa, clique abaixo no link e saiba mais:


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O ENCOSTO
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Re: peguei no orkut

Mensagem por O ENCOSTO »


André Brighi, cidadão inconformado com os rumos que a sociedade está tomando...




Fresco.


A proposito, quando irão bloquear o Al?
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Wallace
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Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Wallace »

Em relação com o que vemos no governo Ptista, é farra de viagens, é farra de mensalões, são cuecas recheadas, são compras de votos, festa dos cartões, etc, etc e etc... Até é compreensível esse tipo de coisa na sociedade. É um simples reflexo do clima de corrupção e impunidade de assola o país, um exemplo didático e o único exemplo de competência desse quadrilha de salafrários que se apelidou de "Partido dos Trabalhadores".

:emoticon21:
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Aranha
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Re: Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Aranha »

Wallace escreveu:Em relação com o que vemos no governo Ptista, é farra de viagens, é farra de mensalões, são cuecas recheadas, são compras de votos, festa dos cartões, etc, etc e etc... Até é compreensível esse tipo de coisa na sociedade. É um simples reflexo do clima de corrupção e impunidade de assola o país, um exemplo didático e o único exemplo de competência desse quadrilha de salafrários que se apelidou de "Partido dos Trabalhadores".

:emoticon21:


- Caceta!!!

- Agora qualquer coisa tem que ter relação com PT e Lula, quanta obssessão!!!

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Wallace
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Re: Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Wallace »

Abmael escreveu:
Wallace escreveu:Em relação com o que vemos no governo Ptista, é farra de viagens, é farra de mensalões, são cuecas recheadas, são compras de votos, festa dos cartões, etc, etc e etc... Até é compreensível esse tipo de coisa na sociedade. É um simples reflexo do clima de corrupção e impunidade de assola o país, um exemplo didático e o único exemplo de competência desse quadrilha de salafrários que se apelidou de "Partido dos Trabalhadores".

:emoticon21:


- Caceta!!!

- Agora qualquer coisa tem que ter relação com PT e Lula, quanta obssessão!!!

Abraços,


Como disse o filósofo reviano Túlio, você é um grande puxa saco...

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:

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Aranha
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Re: peguei no orkut

Mensagem por Aranha »

O ENCOSTO escreveu:

André Brighi, cidadão inconformado com os rumos que a sociedade está tomando...




Fresco.


A proposito, quando irão bloquear o Al?



- Não bloquearam nem o Guest ainda... :emoticon116:


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SickBoy
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Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por SickBoy »

li agora o trecho que falava sobre a pendenga do COC


destaque pro fato de a mesma jornalista que desceu a lenha no COC, anteriormente escreveu uma matéria falando bem do sistema de ensino, e na PRÓPRIA VEJA

"
Escola pública, gestão particular

Uma parceria que melhorou o ensino público em 190 cidades brasileiras

Camila Antunes"

[...] O exemplo mais bem-sucedido desse modelo veio de sete municípios do interior de São Paulo. Eles sobressaem no ranking do estado. Segundo o MEC, de um total de 632 municípios avaliados, esses sete têm lugar na lista dos dez campeões em ensino. Em comum, eles contrataram um grupo privado, o COC (dono de uma rede de 200 escolas em 150 cidades), para ditar os rumos pedagógicos nas salas de aula públicas. É o caso mais contundente de um modelo de administração que, recentemente, vem ganhando espaço no Brasil. Em outras 190 cidades, a educação pública já funciona assim – em São Paulo, 25% dos municípios mantêm parceria com a iniciativa privada. O que mais surpreende nessa nova modalidade de escola pública, no entanto, é a sua eficácia acadêmica. De acordo com o ranking do MEC, a união dos governos com a iniciativa privada tem produzido raras ilhas de excelência num sistema que há décadas forma estudantes de ensino básico incapazes de ler um bilhete e que desconhecem as operações básicas da matemática."



Ah, mas claro, a editora Abril está entrando também nesse mercado também!!



revistinha digna de limpar a budna

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Acauan
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Re: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Acauan »

Abmael escreveu:- ... pelo jornalista Luis Nassif...


Que é um panaca!

É a pura verdade, pois só um panaca escreveria coisas como "neocons americanos", como se houvesse "neocons" em algum outro país do mundo.

Só para lembrar, o panaca dá ao termo "neocon" o mesmo significado deturpado que eu já havia denunciado alhures:


Acauan, em 16/02/2007 às 17:10, escreveu:
O neo-conservadorismo não se desenvolveu coisa nenhuma "no interior dos grupos do grande negocio nos EUA" (seja lá o que quer dizer como isto).
As origens do movimento remetem a intelectuais e artistas, destacadamente judeus, que se decepcionaram com o comunismo e iniciaram um movimento de oposição a ele. Este movimento se diferia do conservadorismo tradicional pela citada predominância da presença judaica em relação à cristã e pela preponderância de uma visão de mundo cosmopolita tipicamente novaiorquina, se opondo ao estereótipo de provincianismo frequentemente apontado nos conservadores tradicionais.
Este movimento não conquistou espaço através do Wall Street Journal, mas dos Think Thanks, que ganharam relevância como centro de estudos de alternativas políticas após a derrocada da União Soviética e após o 11 de setembro.
No mais, "diminuição de regulação, tax cuts ou cortes de impostos" é a proposta oficial do Partido Republicano há décadas, não é isto que caracteriza os neo-conservadores, embora, claro, eles TAMBÉM as defendam.


E só um completo panaca ainda tenta atribuir a oposição ao governo Silva como produto de "preconceito de classe", sendo que o próprio panaca reconhece o mensalão e escândalos afins que justificam esta oposição e mais um pouco.

No mais, tudo que temos é uma declaração do panaca sobre o porque ele, o panaca, não gosta da Veja.

Quem quiser ligar a mínima para a opinião dele, que ligue.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Wallace
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Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Wallace »

:emoticon22: :emoticon22: :emoticon22:
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Aranha
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Re: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:
Abmael escreveu:- ... pelo jornalista Luis Nassif...


Que é um panaca!


- Bem neocon essa agressividade. :emoticon12:

Acauan escreveu:
É a pura verdade, pois só um panaca escreveria coisas como "neocons americanos", como se houvesse "neocons" em algum outro país do mundo.


- Quando ele usa o termo neocon, não está se referindo a eles em geral e sim à estilo de linguagem da "imprensa neocon" americana, eu entendi que o estilo foi adotado em outros países, Brasil inclusive, justificando assim o "neocons americanos".

Acauan escreveu:
Só para lembrar, o panaca dá ao termo "neocon" o mesmo significado deturpado que eu já havia denunciado alhures:


Acauan, em 16/02/2007 às 17:10, escreveu:
O neo-conservadorismo não se desenvolveu coisa nenhuma "no interior dos grupos do grande negocio nos EUA" (seja lá o que quer dizer como isto).
As origens do movimento remetem a intelectuais e artistas, destacadamente judeus, que se decepcionaram com o comunismo e iniciaram um movimento de oposição a ele. Este movimento se diferia do conservadorismo tradicional pela citada predominância da presença judaica em relação à cristã e pela preponderância de uma visão de mundo cosmopolita tipicamente novaiorquina, se opondo ao estereótipo de provincianismo frequentemente apontado nos conservadores tradicionais.
Este movimento não conquistou espaço através do Wall Street Journal, mas dos Think Thanks, que ganharam relevância como centro de estudos de alternativas políticas após a derrocada da União Soviética e após o 11 de setembro.
No mais, "diminuição de regulação, tax cuts ou cortes de impostos" é a proposta oficial do Partido Republicano há décadas, não é isto que caracteriza os neo-conservadores, embora, claro, eles TAMBÉM as defendam.



- Bem, como eu já escrevi antes, o Luis Nassif se refere ao estilo da imprensa Neocon e não ao neoconservadorismo como um todo, não vi nada na reportagem que contradiga o que você escreveu.

Acauan escreveu:
E só um completo panaca ainda tenta atribuir a oposição ao governo Silva como produto de "preconceito de classe", sendo que o próprio panaca reconhece o mensalão e escândalos afins que justificam esta oposição e mais um pouco.


- Luís Nassifi diz o seguinte: "Um segundo fenômeno desse período foi a identificação de uma profunda antipatia da chamada classe média mídiatica em relação ao governo Lula, fruto dos escândalos do "mensalão", do deslumbramento inicial dos petistas que ascenderam ao poder, agravado por um forte preconceito de classe. Esse sentimento combinava com a catarse proporcionada pelo estilo "neocon". Outros colunistas utilizaram com talento – como Arnaldo Jabor –, nenhum com a fúria grosseira com que Veja enveredou pelos novos caminhos jornalísticos."

- Cada um que interprete como quiser, mas eu não consegui interpretar como você.

Acauan escreveu:
No mais, tudo que temos é uma declaração do panaca sobre o porque ele, o panaca, não gosta da Veja.


- Aí te achei profundamente injusto, o cara fez uma análise histórica, colocou links, datas, deu nomes aos bois, demonstrou cada uma de suas acusações publicando as reportagens originais e ainda colocou a resposta da Abril, ao final ele diz o seguinte: "Não estou em guerra santa contra a Editora Abril. Estou contra o mau jornalismo. É uma luta dura, pois esse jornalismo contaminou grande parte da mídia nos últimos anos."

Acauan escreveu:
Quem quiser ligar a mínima para a opinião dele, que ligue.


- Não é só opinião, ele cita fatos interessantes, você não deve ter lido tudo.

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O ENCOSTO
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Mensagem por O ENCOSTO »

Quem são os retardados que editam esse tal de Observatorio da Imprensa?
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Acauan
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Re: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Acauan »

Abmael escreveu:
Acauan escreveu:
Abmael escreveu:- ... pelo jornalista Luis Nassif...


Que é um panaca!


- Bem neocon essa agressividade. :emoticon12:


Comparado aos Tupis, os neocons são um bando de mocinhas.

Abmael escreveu:
Acauan escreveu:É a pura verdade, pois só um panaca escreveria coisas como "neocons americanos", como se houvesse "neocons" em algum outro país do mundo.


- Quando ele usa o termo neocon, não está se referindo a eles em geral e sim à estilo de linguagem da "imprensa neocon" americana, eu entendi que o estilo foi adotado em outros países, Brasil inclusive, justificando assim o "neocons americanos".


O que é outra bobagem, como se os chamados neocons tivessem inventado este estilo no debate político americano que sempre foi duro e agressivo.
Historicamente, liberais (esquerda americana) e conservadores (os tradicionais) sempre se bateram forte.
O que mudou foi que com a conversão dos liberais ao Politicamente Correto e a recusa dos conservadores em geral a aderir a esta castração ideológica, o discurso agressivo passou a ser muito mais característico da direita americana.
No mais, quem quer ver agressividade que leia a Ann Coulter, que nunca foi neocon apesar de, possivelmente, o Luis Nassif achar que é.


Abmael escreveu:
Acauan escreveu:Só para lembrar, o panaca dá ao termo "neocon" o mesmo significado deturpado que eu já havia denunciado alhures:


- Bem, como eu já escrevi antes, o Luis Nassif se refere ao estilo da imprensa Neocon e não ao neoconservadorismo como um todo, não vi nada na reportagem que contradiga o que você escreveu.


Como disse, a contradição está em apresentar o discurso político agressivo no debate americano como invenção dos neocons, o que é uma deturpação do que caracteriza verdadeiramente este grupo, como descrevi na postagem anterior. No mais, muito antes de se falar em neocons no Brasil o Paulo Francis já metia o pau em Deus e todo mundo, o que prova que estilo agressivo de escrever nunca teve dono.

O Índio Velho que o diga.


Abmael escreveu:
Acauan escreveu:E só um completo panaca ainda tenta atribuir a oposição ao governo Silva como produto de "preconceito de classe", sendo que o próprio panaca reconhece o mensalão e escândalos afins que justificam esta oposição e mais um pouco.


- Luís Nassifi diz o seguinte: "Um segundo fenômeno desse período foi a identificação de uma profunda antipatia da chamada classe média mídiatica em relação ao governo Lula, fruto dos escândalos do "mensalão", do deslumbramento inicial dos petistas que ascenderam ao poder, agravado por um forte preconceito de classe. Esse sentimento combinava com a catarse proporcionada pelo estilo "neocon". Outros colunistas utilizaram com talento – como Arnaldo Jabor –, nenhum com a fúria grosseira com que Veja enveredou pelos novos caminhos jornalísticos."

- Cada um que interprete como quiser, mas eu não consegui interpretar como você.


Ou seja, o cara enrola mais que novelo de lã para não se comprometer, mas toda esta enrolação se torna inútil quando o panaca escreve coisas como "tendo (A Veja) como foco uma classe média não muito sofisticada"[/color=yellow], como se existisse classe média sofisticada e classe média não sofisticada e fosse o Luis Nassif quem decidisse quem é o que, concluindo ele, sabe-se-lá por quais critérios, que sofisticado é quem não lê a Veja.[/color]

Abmael escreveu:
Acauan escreveu:No mais, tudo que temos é uma declaração do panaca sobre o porque ele, o panaca, não gosta da Veja.


- Aí te achei profundamente injusto, o cara fez uma análise histórica, colocou links, datas, deu nomes aos bois, demonstrou cada uma de suas acusações publicando as reportagens originais e ainda colocou a resposta da Abril, ao final ele diz o seguinte: "Não estou em guerra santa contra a Editora Abril. Estou contra o mau jornalismo. É uma luta dura, pois esse jornalismo contaminou grande parte da mídia nos últimos anos."


Se Luis Nassif está em guerra contra o mau jornalismo, faria sua parte parando de escrever estas bobagens.

Será que é o Índio Velho que é injusto ou revendo todas as denúncias e acusações do Nassif vemos que tudo não vai além das fofocas e resmungos, tipo Veja encheu a bola do Fisher. E daí, tá com invejinha sr. 01? Pede prá sair!
Ou então, os editores Fulano e Beltrano da Veja eram pessoas malvadas. Puxa!
E ainda, Veja se debruça sobre a natureza do Macartismo, nome lembrado sempre que alguém ousa falar mal da esquerda.

Ainda tem aquela imbecilidade sobre o jornalismo de dossiês, como se isto não ocorresse até no Jornal Nacional e durante décadas não houvesse sido os militantes petistas os maiores fornecedores de material para este tipo de reportagem, sistematicamente usada para destruir adversários políticos, de Collor a Antonio Carlos Magalhães. Como agora o alvo é o PT, aí passa a ser muito feio fazer este tipo de jornalismo.

E defender o sistema COC de ensino, ainda que disfarçadamente, só porque a Veja o atacou é o cúmulo da cara-de-pau.
As apostilas em questão eram mesmo uma merda, o dono da escola, ao invés de reconhecer e corrigir o erro, tentou intimidar a mãe da aluna que reclamou e proibir o site http://www.escolasempartido.org de divulgar a coisa toda. A tudo se somou à denúncia dos conteúdos do "Nova História Crítica", do comuninha de nome alemão. A repercussão total do assunto era justificativa mais que suficiente para que Veja desse destaque ao tema, como o fizeram vários outros órgãos de imprensa. Se a Abril ganhou comercialmente com isto melhor para ela, pois não divulgou nenhuma mentira, exceto, talvez, na opinião do Nassif, que faz parecer que tudo não passou de uma divulgação errada de Veja sobre o que seriam os conteúdos do COC, sendo que este era apenas um detalhe menor no conjunto da obra.


Abmael escreveu:
Acauan escreveu:Quem quiser ligar a mínima para a opinião dele, que ligue.


- Não é só opinião, ele cita fatos interessantes, você não deve ter lido tudo.


"Não ter lido tudo" foge ao meu estilo, seja que nome lhe dêem.
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SickBoy
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Re: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por SickBoy »

Acauan escreveu:
E defender o sistema COC de ensino, ainda que disfarçadamente, só porque a Veja o atacou é o cúmulo da cara-de-pau.


não vi defesa ao sistema COC por parte dele. aliás, vi sim uma defesa do sistema COC por parte da VEJA, e feito pela mesma jornalista que depois atacou posteriormente o sistema de ensino, demonstrando uma crônica amnésia em relação aos pontos positivos do sistema (elencados anteriormente)

O jornalista também mostrou que em outra revista da editora abril, publicada a mesma época dos ataques ao sistema COC, a editora ABRIL estaria entrando também nesse mercado, com o sistema "SER".


Daí se pode já inferir um bocado de coisas a respeito dos interesses da ABRIL em não mais reconhecer o mérito de outros sistemas de ensino, mas tem gente que vê nisso uma DEFESA ao sistema COC. pfff, não vi o jornalista entrando nesse mérito, como eu também não o fiz.

defesa disfarçada ao sistema COC?

não, só se está apontando as incongruências dessa publicação de merda

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Acauan
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Re: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Acauan »

SickBoy escreveu: não vi defesa ao sistema COC por parte dele.


Que nome você dá ao fato de Nassif ter omitido toda a polêmica em torno das apostilas e se limitado a destacar um erro de citação da Veja e as declarações do dono do COC?
Aliás o centro da polêmica nunca foi a Veja, foi a mãe do aluno que utilizava aquela porcaria de material.
Será que ela também está envolvida em algum esquema de competição comercial com o COC?


Luta sem Classe

Por Mírian Macedo


(Veja ao final a resposta do Sistema COC)

Acabei de tirar minha filha, de 14 anos, do Colégio Pentágono/COC (unidade Morumbi - São Paulo) em protesto contra o método pedagógico "porno-marxista" adotado pela escola no ensino médio este ano. O sistema COC, que começou como cursinho pré-vestibular há cerca de 40 anos em Ribeirão Preto-SP, está implantado hoje em mais de 150 escolas em todo Brasil, atingindo cerca de 200 mil alunos. O Pentágono - que, além do Morumbi, tem colégios em Alphaville e Perdizes - é uma das escolas-parceiras.

As provas de desvio moral-ideológico são incontáveis. Numa apostila de redação, a escola ensina "como se conjuga um empresário" e, para tanto, fornece uma seqüência de verbos retratando a rotina diária deste profissional:

"Acordou, barbeou-se... beijou, saiu, entrou... despachou... vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou... saiu... chegou, beijou, negou, etc., etc.".

A página 4 da apostila de Gramática ostenta a letra de uma música de Charlie Brown Jr, intitulada Papo Reto (Prazer É Sexo O Resto É Negócio) – assim mesmo, tudo em maiúscula, sem vírgula. Está escrito:

"Otário, eu vou te avisar:/ o teu intelecto é de mosca de bar/ (...) Então já era,/ Eu vou fazer de um jeito que ela não vai esquecer".

Noutro exemplo, uma letra de Vitor Martins, da música Vitoriosa:

"Quero sua alegria escandalosa/ vitoriosa por não ter vergonha/ de aprender como se goza".

As apostilas de História e Geografia, pontilhadas de frases-epígrafes de Karl Marx e escritas em 'português ruim', contêm gravíssimos erros de informação e falsificação de dados históricos. Não passam, na verdade, de escancarados panfletos esquerdejosos que as frases abaixo, copiadas literalmente, exemplificam bem:

"Sabemos que a história é escrita pelo vencedor; daí o derrotado sempre ser apresentado como culpado ou condições de inferioridade (sic). Podemos tomar como exemplo a escravidão no Brasil, justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado (sic) como animal, pois era ‘desprovido de alma’. Como catequizar um animal? Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira? Aos comerciantes do tráfico de escravos e aos proprietários rurais. Assim, o negro dava lucro ao comerciante, como mercadoria, e ao latifundiário, como trabalhador. A história pode, dessa forma, ser manipulada para justificar e legitimar os interesses das camadas dominantes em uma determinada época".

Sandice é dizer que a Igreja legitimou a escravidão. Em 1537, o Papa Paulo III publicou a Bula Veritas Ipsa (também chamada Sublimis Deus), condenando a escravidão dos 'índios e as mais gentes'. Dizia o documento, aqui transcrito em português da época que "com authoridade Apostolica, pello teor das presentes, determinamos, & declaramos, que os ditos Indios, & todas as mais gentes que daqui em diante vierem á noticia dos Christãos, ainda que estejão fóra da Fé de Christo, não estão privados, nem devem sello, de sua liberdade, nem do dominio de seus bens, & que não devem ser reduzidos a servidão".

Outra pérola do samba do crioulo doido, extraída da apostila de História:

"O progresso técnico aplicado à agricultura (...) levou o homem a estabelecer seu domínio sobre a produção agrícola em detrimento da mulher".

Ok, feministas. Agora, tratem de explicar a importância e o poder das inúmeras deusas na mitologia dos povos mesopotâmicos, especialmente Inana/Ishtar, chamada de Rainha do Céu e da Terra, Alta Sacerdotisa dos Céus, Estrela Matutina e Vespertina e que integrava, com igual poder, a Assembléia dos Deuses, ao lado de Anu, Enlil, Enki, Ninhursag, Nana e Shamash. Na Suméria,"tanto deuses quanto deusas eram patronos da cultura; forças tanto femininas quanto masculinas estavam envolvidas com a criação da civilização. A realidade dos papéis das mulheres dentro de casa estava em perfeito acordo com a projeção destes papéis no mundo divino". (Tikva Frymer-Kensky em seu livro de 1992, In the Wake of Goddesses: Women, Culture and Transformation of Pagan Myth. Fawcet-Columbine, New York.

Mais delírio marxista de viés esquerdológico:

"Estas transformações provocaram a dissolução das comunidades neolíticas, como também da propriedade coletiva, dando lugar à propriedade privada e à formação das classes sociais, isto é, a propriedade privada deu origem às desigualdades sociais - daí as classes sociais - e a um poder teoricamente colocado acima delas, como árbitro dos antagonismos e contradições, mas que, no final de tudo, é o legitimador e sustentáculo disso: o Estado". (Definição de propriedade privada, classes sociais e de Estado, em sentido marxista, no neolítico, nem Marx!).

Calma, não acabou: No capítulo sobre a Mesopotâmia, a apostila informa que o deus Marduk (grafado Manduque) ordenou a 'Gilgamés' que construísse uma arca para escapar do dilúvio. (Gilgamesh é, na verdade, descendente do Noé caldeu/sumério, chamado Utnapishtin/Ziusudra. É Utnapishtin que conta a Gilgamesh a história da arca e do dilúvio. Há versões em que Ubaretut, filho de Enki, é que é o verdadeiro Noé; Utnapishtin apenas revela a história do dilúvio a Gilgamesh).

Outro trecho informa que o "dilúvio seria enviado por Deus, como castigo às cidades de Sodoma e Gomorra". (Em Genesis (19,24), lê-se: "O Senhor fez então chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra". Além disto, a destruição de Sodoma e Gomorra nada tem a ver com Noé e sim, com o patriarca Abraão e seu sobrinho Ló).

Outros achados:

"Diz a tradição que Sargão era filho de um jardineiro, o que nos faz pensar que, nesta época, como era possível alguém das chamadas camadas baixas da sociedade, ter acesso ao poder?". (Que reflexão revolucionária! E que estilo!).

No capítulo "Geografia das contradições" lê-se: "Uma das graves contradições relaciona-se à economia: na sociedade capitalista quase todos trabalham para gerar riquezas, mas apenas uma minoria burguesa se apropria dela (sic) (...) Por outro lado, é necessário compreender que a sociedade foi e é organizada por meio das relacões sociais de produção. Entre nós, e na maioria dos países, temos o modo de produção capitalista, em que a relação básica é representada pelo trabalho. Nele encontram-se os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores que, não possuindo os meios de produção, vendem sua força de trabalho". (Marxismo puro, simples assim).

O mais grave é que estas apostilas, de viés ideológico explícito, vêm sendo adotadas por um número cada vez maior de escolas no País. Além das escolas próprias, o COC faz parcerias com quem queira adotar o sistema, como aconteceu este ano com o Colégio Pentágono, onde minha filha estuda desde o primário. Estas apostilas têm de ser proibidas e as escolas-parceiras e o COC têm de ser responsabilizados. É a escuridão reinante.

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Dias depois de exercer o direito de resposta, o Sistema COC de Ensino ajuizou ação judicial, objetivando a condenação do coordenador do EscolasemPartido.org, Miguel Nagib, e da jornalista Mírian Macedo, ao pagamento de indenização por danos morais alegadamente causados pelo artigo.

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Resposta do Sistema COC

O Sistema COC de Ensino lamenta profundamente o conteúdo do texto da Sra. Mirian Macedo, publicado nesse site.

Queremos esclarecer:

O estudo da História, enquanto uma disciplina do conhecimento, tem como um dos pontos de partida a elaboração de uma teoria desse conhecimento. Essa teoria norteia o trabalho de leitura e interpretação das informações, de elaboração e estabelecimento daquilo que chamamos fatos históricos.

Podemos dizer que há uma construção da narrativa histórica dentro de uma perspectiva espaço-temporal que envolve personagens particulares (reis, presidentes, líderes religiosos, revolucionários...) e personagens coletivos (povos, etnias, massas urbanizadas, comunidades religiosas...). Porém, o que define a posição desses sujeitos históricos e a valorização de seus discursos é, entre outros aspectos, a teoria assumida pelos historiadores. Infere-se, disso, a importância das teorias da História na legitimação dessa ou daquela representação do passado humano.

No que tange ao campo específico dessas teorias, encontramos, de forma basilar, dois caminhos distintos. Um valoriza as relações materiais de produção nas comunidades humanas como determinantes de elaborações sociais, políticas, econômicas e culturais específicas que constituem a condição humana num determinado momento. Esse caminho assinala a importância da divisão social do trabalho e dos mecanismos de controle da produção como definidores de um sentido histórico. Assim, as diferenças estabelecidas no âmbito econômico-social imprimem um movimento na História. Esse movimento é marcado por contradições surgidas dessa própria diferenciação econômico-social. Tais contradições, quando superadas, colocam o grupo humano em outro estágio de desenvolvimento e este redefine as novas contradições. É nesse jogo, chamado de dialético, que flui a História. O que tratamos aqui é da teoria marxista ou do materialismo histórico-dialético.

O outro caminho valoriza a criação das idéias na relação que os homens estabelecem com a natureza e seus semelhantes. São as idéias, nesse sentido, os valores assumidos por um grupo humano que busca definir-se no contato com o mundo (natureza/outros grupos), os pilares, os fundamentos do movimento da História. Esses pilares se constituem como mitologias, religiões, sistemas éticos, filosofias etc. Nessa teoria, a própria forma de produção, de divisão social do trabalho e de distinções sociais se estabelecem em relação a esses conjuntos de valores compartilhados e, às vezes, questionados, pois há também uma relação dialética nesse mundo das idéias. Essa perspectiva da História valoriza a cultura como o âmbito definidor de organizações políticas, sociais e econômicas dos grupos humanos no tempo e no espaço. Essa teoria pode ser chamada de idealista e teve como importante pensador Max Weber, intelectual alemão, considerado, com Karl Marx e outros pensadores, um dos pais das ciências sociais (humanas). Em relação à crítica feita ao material didático, mostramos capacidade e disposição em atender aos dois caminhos interpretativos da História, sem dar espaço para simplificações grosseiras e panfletárias.

Educação não é doutrinamento para um lado ou para outro, mas é o estímulo da inteligência da complexidade. Doutrinamento é simples repetição; inteligência da complexidade é, antes de tudo, articulação.

É em nome dessa diversidade cultural, do choque entre a cultura dos livros e a cultura da mídia, que o material de Língua Portuguesa contempla os mais diversos autores e estilos, desde clássicos da literatura mundial até poetas, letristas e – por que não? – artistas populares amplamente explorados pela mídia – principalmente rádio e TV – para que possam ser comparados, discutidos, sob a luz da escola e dos professores. Dessa forma, ao invés de negar a existência de tais textos e letras, colocamo-las às claras para que possam suscitar análises e reflexões, para que possam colaborar com o processo educacional além do instrucional.

Vale ainda ressaltar que o material impresso é parte do processo de ensino e aprendizagem, que conta também com conteúdo na Internet, Livros Eletrônicos, entre tantos outros recursos que se completam com a atuação dos professores, coordenadores, alunos e pais. As escolas parceiras também complementam o material didático do sistema COC com outras atividades. É o caso do exercício "Como se conjuga um empresário", reproduzido na integra do vestibular da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que não se encontra nos materiais da 1a série do Ensino Médio do Sistema COC.

No processo de produção editorial podem ocorrer falhas e imprecisões. Nós, do Sistema COC, temos o compromisso de fazer as correções, por meio do uso do material por professores e alunos, ou de leitura crítica. Erratas são enviadas às escolas parceiras, e na edição seguinte o material impresso é retificado. Honramos sempre tal compromisso.

Para finalizar, citamos algumas obras de referência nacional e internacional, as quais corroboram o conteúdo apresentado nos livros de História do Sistema COC de Ensino.

FAUSTO, Boris – História do Brasil, São Paulo, Edusp.

NEVES, Joana – História Geral – a construção de um mundo globalizado, São Paulo, Editora Saraiva. FIGUEIRA, Divalte G. – História, São Paulo, Editora Ática.

CASAS, B. de las – Brevíssima relação da destruição das Índias, Lisboa, Antígona. KOSHIBA, L. e PEREIRA, D. M. F. – História do Brasil, São Paulo, Atual. CAMPOS, F. de e MIRANDA, R. G. – Oficina de História, São Paulo, Editora Moderna. SODRÉ, N. W. – Formação histórica do Brasil, São Paulo, Editora Brasiliense.

José Henrique del Castillo Melo - Sistema COC

Fontë: http://www.escolasempartido.org

Nós, Índios.

Acauan Guajajara
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Johnny
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Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Johnny »

Alguém aí poderia "traduzir" e resumir o que aconteceu com referência ao COC pois é de meu interesse e não estou achando fontes sobre isso.

Grato!
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Aranha
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Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:
Abmael escreveu:
- Quando ele usa o termo neocon, não está se referindo a eles em geral e sim à estilo de linguagem da "imprensa neocon" americana, eu entendi que o estilo foi adotado em outros países, Brasil inclusive, justificando assim o "neocons americanos".


O que é outra bobagem, como se os chamados neocons tivessem inventado este estilo no debate político americano que sempre foi duro e agressivo.
Historicamente, liberais (esquerda americana) e conservadores (os tradicionais) sempre se bateram forte.
O que mudou foi que com a conversão dos liberais ao Politicamente Correto e a recusa dos conservadores em geral a aderir a esta castração ideológica, o discurso agressivo passou a ser muito mais característico da direita americana.
No mais, quem quer ver agressividade que leia a Ann Coulter, que nunca foi neocon apesar de, possivelmente, o Luis Nassif achar que é.


- Não estou inteirado destas nuances político-partidárias americanas, mas não vejo em que isto desqualifica o uso que Luis Nassif fez do termo, se a gênese do dele é equivocada ou se o mesmo é impreciso, isto não é culpa do Luís Nassif, ele poderia até concordar contigo e usá-lo assim mesmo haja visto que se tornou um jargão.

Acauan escreveu:
Abmael escreveu:
Acauan escreveu:[color=yellow]
Só para lembrar, o panaca dá ao termo "neocon" o mesmo significado deturpado que eu já havia denunciado alhures:


- Bem, como eu já escrevi antes, o Luis Nassif se refere ao estilo da imprensa Neocon e não ao neoconservadorismo como um todo, não vi nada na reportagem que contradiga o que você escreveu.


Como disse, a contradição está em apresentar o discurso político agressivo no debate americano como invenção dos neocons, o que é uma deturpação do que caracteriza verdadeiramente este grupo, como descrevi na postagem anterior. No mais, muito antes de se falar em neocons no Brasil o Paulo Francis já metia o pau em Deus e todo mundo, o que prova que estilo agressivo de escrever nunca teve dono.

O Índio Velho que o diga.


- Concordo contigo, mas mantenho que a culpa da imprecisão do termo não é do autor da reportagem, o Gospels é uma vertente da música negra americana bastante conhecida, só que no Brasil o termo serve para classificar todo tipo de porcaria produzida por evangélicos, desde Forró até Funk, ritmos que são tudo menos Gospel de verdade, no entanto o termo, embora equivocado, é utilizado assim mesmo para melhor entendimento de todos.

Acauan escreveu:
Abmael escreveu:
- Luís Nassifi diz o seguinte: "Um segundo fenômeno desse período foi a identificação de uma profunda antipatia da chamada classe média mídiatica em relação ao governo Lula, fruto dos escândalos do "mensalão", do deslumbramento inicial dos petistas que ascenderam ao poder, agravado por um forte preconceito de classe. Esse sentimento combinava com a catarse proporcionada pelo estilo "neocon". Outros colunistas utilizaram com talento – como Arnaldo Jabor –, nenhum com a fúria grosseira com que Veja enveredou pelos novos caminhos jornalísticos."

- Cada um que interprete como quiser, mas eu não consegui interpretar como você.


Ou seja, o cara enrola mais que novelo de lã para não se comprometer, mas toda esta enrolação se torna inútil quando o panaca escreve coisas como
"tendo (A Veja) como foco uma classe média não muito sofisticada", como se existisse classe média sofisticada e classe média não sofisticada e fosse o Luis Nassif quem decidisse quem é o que, concluindo ele, sabe-se-lá por quais critérios, que sofisticado é quem não lê a Veja.


- Realmente, ele foi infeliz nesta classificação relativa a sofisticação da classe média, eu leio Veja e sou bastante sofisticado, diga-se de passagem.

Acauan escreveu:
Se Luis Nassif está em guerra contra o mau jornalismo, faria sua parte parando de escrever estas bobagens.

Será que é o Índio Velho que é injusto ou revendo todas as denúncias e acusações do Nassif vemos que tudo não vai além das fofocas e resmungos, tipo Veja encheu a bola do Fisher. E daí, tá com invejinha sr. 01? Pede prá sair!


- Quanta maldade incontida caro Silvícola, na verdade a questão contra o Publicitário Eduardo Fischer era baseada em duas práticas de mal jornalismo, a saber:
1) Notícias Falsas: Veja insistiu em noticiar, apesar de todos os desmentidos, que a AMBEV montou um Bunker e uma Operação Especial para responder à campanha da FEMSA capitaneada pelo Fischer.

2) Matéria paga disfarçada: Está lá na reportagem o trecho que transcrevo a seguir:
Uma leitura do balanço da campanha, no portfólio da Fischer América, permitiu entender a insistência da Veja em mencionar o Baixinho (clique aqui):

"A campanha `surpreendente´ criada para Kaiser também envolveu uma forte presença do Baixinho, gerando intenso boca-a-boca e dezenas de milhões de reais em mídia espontânea gratuita (apuração em novembro de 2006)".

As agências costumam conferir valores a matérias publicadas "espontaneamente" na imprensa, calculando o valor da centimetragem das matérias como se fosse de publicidade. Uma matéria de tal tamanho na Veja teria um valor considerável na contabilidade da campanha. As notas sobre o Baixinho começavam a mostrar sua utilidade.


Acauan escreveu:
Ou então, os editores Fulano e Beltrano da Veja eram pessoas malvadas. Puxa!
E ainda, Veja se debruça sobre a natureza do Macartismo, nome lembrado sempre que alguém ousa falar mal da esquerda.


- Segundo Nassif, a Abril demitiu dois desses “Malvados” por estarem recebendo um “por fora”.

- Quanto ao resto Nassif faz a seguinte crítica: ” passaram a exacerbar a agressividade, a desqualificação, a agressão gratuita”, concordo com ele.

Acauan escreveu:
Ainda tem aquela imbecilidade sobre o jornalismo de dossiês, como se isto não ocorresse até no Jornal Nacional e durante décadas não houvesse sido os militantes petistas os maiores fornecedores de material para este tipo de reportagem, sistematicamente usada para destruir adversários políticos, de Collor a Antonio Carlos Magalhães. Como agora o alvo é o PT, aí passa a ser muito feio fazer este tipo de jornalismo.


- Eu nem sabia que Luís Nassif é Petista, mas pelo que li, ele não invalidou o jornalismo por Dossiês, apenas apontou o uso abusivo do mesmo.

Acauan escreveu:
E defender o sistema COC de ensino, ainda que disfarçadamente, só porque a Veja o atacou é o cúmulo da cara-de-pau.
As apostilas em questão eram mesmo uma merda, o dono da escola, ao invés de reconhecer e corrigir o erro, tentou intimidar a mãe da aluna que reclamou e proibir o site http://www.escolasempartido.org de divulgar a coisa toda. A tudo se somou à denúncia dos conteúdos do "Nova História Crítica", do comuninha de nome alemão. A repercussão total do assunto era justificativa mais que suficiente para que Veja desse destaque ao tema, como o fizeram vários outros órgãos de imprensa. Se a Abril ganhou comercialmente com isto melhor para ela, pois não divulgou nenhuma mentira, exceto, talvez, na opinião do Nassif, que faz parecer que tudo não passou de uma divulgação errada de Veja sobre o que seriam os conteúdos do COC, sendo que este era apenas um detalhe menor no conjunto da obra.


- Então como explicar que a mesma repórter que fez esta reportagem publicou na própria Veja alguns meses antes matéria com elogios rasgados ao COC, que transcrevo a seguir:
"[...] O exemplo mais bem-sucedido desse modelo veio de sete municípios do interior de São Paulo. Eles sobressaem no ranking do estado. Segundo o MEC, de um total de 632 municípios avaliados, esses sete têm lugar na lista dos dez campeões em ensino. Em comum, eles contrataram um grupo privado, o COC (dono de uma rede de 200 escolas em 150 cidades), para ditar os rumos pedagógicos nas salas de aula públicas. É o caso mais contundente de um modelo de administração que, recentemente, vem ganhando espaço no Brasil. Em outras 190 cidades, a educação pública já funciona assim – em São Paulo, 25% dos municípios mantêm parceria com a iniciativa privada. O que mais surpreende nessa nova modalidade de escola pública, no entanto, é a sua eficácia acadêmica. De acordo com o ranking do MEC, a união dos governos com a iniciativa privada tem produzido raras ilhas de excelência num sistema que há décadas forma estudantes de ensino básico incapazes de ler um bilhete e que desconhecem as operações básicas da matemática."

- Como explicar a seguinte declaração do diretor do COC?
"O material `Conjugando o Empresário´ não consta das apostilas do COC. Foi um professor do `Pentágono´ que copiou esse texto do vestibular da UFMG e distribuiu para seus alunos, na sua classe. Tanto que nenhuma outra escola tem esse material. Expliquei para a repórter, mas colocaram na reportagem de tal maneira que ficou parecendo que o material era do COC.

"Mandei uma carta para a revista, pedindo que retificassem o que me foi atribuído. Não publicaram a carta. Muitos pais de alunos do COC mandaram cartas à revista com cópia para mim. Nenhuma saiu, só as cartas contrárias, e que se basearam na matéria da Veja.

"Recebi muitos telefonemas de solidariedade, mas ninguém quer dar a cara para bater, temendo retaliação da revista."


- A própria Veja veio a desmentir em 27 de Junho de 2007.

- Bem, os fatos estão aí, cada um que julgue.

Acauan escreveu:
Abmael escreveu:
Acauan escreveu:[color=yellow]
Quem quiser ligar a mínima para a opinião dele, que ligue.


- Não é só opinião, ele cita fatos interessantes, você não deve ter lido tudo.



"Não ter lido tudo" foge ao meu estilo, seja que nome lhe dêem.


- Perdão pela inferência falha.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

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Johnny
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Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

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Esclarecido.
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Johnny
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Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

Mensagem por Johnny »

Isso ainda vai dar o que falar...
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Processar? Sistema COC deveria é contratar mãe de aluna para rever suas apostilas

É preciso ler o post abaixo para estender este:

O sistema COC de ensino, até onde posso alcançar, existe porque existe o capitalismo — a menos que se candidatasse a Ministério da Doutrina no caso de um regime comunista no Brasil. Fosse eu o dono da EMPRESA, em vez de processar Mirian Macedo — e os sites que divulgaram seu texto —, eu a contrataria para revisar as apostilas.

Reinaldo Azevedo

Os trechos que ela selecionou do material didático são mesmo constrangedores, vexaminosos, vergonhosos. Os donos da empresa COC, empresários que são, sentem-se devidamente retratados nesta seqüência de verbos: “Acordou, barbeou-se... beijou, saiu, entrou... despachou... vendeu, ganhou, lucrou, lesou, explorou, burlou... convocou, elogiou, bolinou, estimulou, beijou, convidou... despiu-se... deitou-se, mexeu, gemeu, fungou, babou, antecipou, frustrou... saiu... chegou, beijou, negou, etc., etc.” ???

Do conjunto, sem dúvida, duas coisas me deixaram particularmente encantado: descobrir que o capitalismo começou no neolítico (eu sempre disse que o modelo é antigo, mas não achei que fosse tanto...) e que o dilúvio foi uma punição para Sodoma e Gomorra. O Deus do Velho Testamento era mesmo padrasto! Imagino que quem afirmou a besteira nunca pôs os olhos numa Bíblia, mas escreve a respeito. Como de costume...

Por que o sistema COC está processando a mãe da aluna? Não lhe reconhece o direito de contestar as sandices que imprime? Defende, segundo entendi, o método crítico, “dialético”, sei lá o quê, desde que COC fique livre de qualquer escrutínio? Mírian inventou aquelas informações? Mais: não basta ao "sistema" o espaço para defender o seu ponto de vista?

Continua ... VEJA.abril.com.br
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Johnny
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Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

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Além disso e desculpem o copiar colar mas não tenho muito tempo para ficar digitando coisas enormes e nem mesmo contra argumentar sem parar e filosofar...
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“Veja” defende a pureza ideológica do marxismo
Publicado 14 junho, 2007 Política

Hoje, senhores leitores, começaremos por um teste. Pedimos que leiam o seguinte trecho: “Karl Marx foi um pensador profundo e complexo que tirou a filosofia das nuvens e a colocou no mundo real. (….) Reduzir Marx ao esquerdismo de botequim que se nota em alguns livros e apostilas é uma ofensa ao filósofo alemão e um desserviço à educação dos jovens brasileiros”. Quem acertar qual foi o comunista que escreveu isso, ganhará uma viagem turística ao Bronx, bucólico bairro de Nova Iorque onde a vida é um eterno dia de São Cosme e Damião - bala pra todo mundo, não precisa nem ir atrás.

Não conseguiu descobrir? Ainda bem, leitor. Você acabou de se livrar do Bronx e ainda ficamos sabendo que não é leitor da “Veja”. Como? Sim, minha senhora, o trecho é da “Veja”, esse bastião da pureza ideológica do marxismo, na qual ficamos sabendo que Marx foi um “rigoroso filósofo alemão”; que “criticar o capitalismo é saudável”; e que os “dogmas e simplificações” são características do “marxismo vulgar”.

CRÍTICA

Entre um e outro curso de formação marxista na CIA, o Bob Civita comoveu-se com o drama de uma “dona de casa” escandalizada com o que leu nas apostilas do colégio de sua filha. É verdade que levou 9 anos para isso, desde que a filha entrou nesse colégio. Por sinal, uma dona de casa que se intitula “marxista desiludida”, o que só significa que ela confundia suas ilusões com o marxismo. Pelo seu retrato, a “dona de casa” em questão corre o risco de temperar o feijão com Chanel Nº 5 ou preparar vinha-d’alho com Chateau Dufort-Vivens, safra 1885, vinho que custa uns 15 ou 20 mil reais a garrafa…

Indignado com a deturpação do marxismo, o Civita encomendou uma crítica ao perigoso revisionismo das apostilas feitas pelo grupo COC, de Ribeirão Preto, São Paulo. Há alguns meses, ele arranjou um historiador da Universidade do Texas para fazer considerações sobre o capitalismo da Grécia no ano V a.C. Agora, a autora da contribuição crítica ao revisionismo só pode ser uma discípula daquele imbecil. Também convocou o sr. Roberto Romano, com seu pedantismo asinino, para falar do “emburrecimento dos jovens”. Sem dúvida, ele só não é especialista no assunto porque é muito chato. Não há jovem que agüente…

Mas, se os trechos que “Veja” reproduz são representativos do material do COC, essas apostilas são muito boas. Portanto, pessoal do COC, parem com esse negócio de mudar as apostilas. Nada de puxar o saco da “Veja”, pois o que ela está querendo é que vocês mudem o que está certo, não o que está errado. É só ler algumas pérolas do marxismo ortodoxo de “Veja”:

1) “A escravidão no Brasil é justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado como animal, pois era ‘desprovido de alma’ (…). Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira?”. Comentário de “Veja”: a Igreja já era, então, contrária à escravidão. O papa Paulo III escreveu, em 1537: “Ninguém deve ser reduzido à escravidão”.

O comentário de “Veja” é de uma ignorância crassa nos fatos históricos mais elementares. A Igreja condenou oficialmente a escravização dos índios no século XVI. Mas somente em 1839 ela condenaria a escravidão dos negros, através de uma bula do papa Gregório XVI. Declarações de alguns papas (Pio II, Paulo III, Urbano VIII) contra a escravidão negra jamais mudaram, durante 4 séculos, a posição da Igreja, estabelecida nas bulas de Eugênio IV, Nicolau V, Calisto III, Sisto IV e Inocêncio VIII. Se no caso dos índios argumentava-se que eles só se converteriam ao catolicismo se não fossem escravos, no caso dos negros a argumentação é que a conversão somente seria possível se eles fossem escravos.

2) “A dissolução das comunidades neolíticas, como também da propriedade coletiva, deu lugar à propriedade privada e à formação das classes sociais, isto é, a propriedade privada deu origem às desigualdades sociais (…).” (Capítulo “A pré-história”, pág. 103 da apostila do COC). Comentário da “Veja”: o conceito de “classes sociais” não se aplica a uma sociedade organizada em clãs. As desigualdades subsistem desde que a humanidade vivia da caça, da pesca e da coleta.

O comentário de “Veja” é coisa de idiota, além do mais, pedante. A apostila não se refere a “uma sociedade organizada em clãs”, mas, exatamente, à dissolução dessa sociedade (“dissolução das comunidades neolíticas”), e à sociedade de classes que resultou dessa dissolução, após a substituição da propriedade coletiva pela propriedade privada dos meios de produção. É evidente que antes da existência de classes havia desigualdades. O homem e a mulher, por exemplo, já naquela época não tinham a mesma anatomia. Mas a apostila se refere a “desigualdades sociais”, ou seja, desigualdades de classe, que, naturalmente, só podiam existir depois do aparecimento das classes sociais. Que a empregada do Civita não entenda chongas de marxismo, vá lá. Mas seria bom que aprendesse a ler.

DESCONHECIDO

3) “O surgimento da propriedade privada dos meios de produção (…) provocou, na Grécia, a formação da sociedade de classes organizada sob a cidade-estado.” (Capítulo “O período arcaico”, pág. 128 da apostila do COC) Comentário de “Veja”: as classes na Grécia antiga eram determinadas pela ascendência dos cidadãos – e não por sua riqueza.

O filho do Rockefeller é tão burguês quanto o pai. O filho do Victor Civita, o Bob, é da mesma classe que o pai. Mas seria de um ridículo atroz dizer que no capitalismo as classes sociais são determinadas “pela ascendência”. É evidente que as classes são formadas por indivíduos e que estes indivíduos se reproduzem. As classes na Grécia eram determinadas pela propriedade (ou não) dos escravos, da terra e dos demais meios de produção. Puxar o saco do patrão, que herdou aquela fortuna toda “pela ascendência”, não faz parte do marxismo. E as classes também não são determinadas “por sua riqueza”, ainda que os proprietários dos meios de produção sejam mais ricos do que os não proprietários. É a classe a que se pertence que determina a riqueza (ou pobreza), e não a riqueza (ou pobreza) que determina a classe. Só um asno (ou uma asna) para trocar as bolas nessa questão. Além do que, é possível ser rico e ser um desclassificado: se as classes sociais fossem determinadas “por sua riqueza”, Al Capone seria um representante da burguesia norte-americana. No entanto, era apenas um marginal.

O que mais escandalizou a “dona de casa” e a “Veja” não foi um texto histórico nem marxista, mas um texto literário, “Como se conjuga um empresário”. O autor é Mino, descrito por “Veja” como um “desconhecido escritor cearense”. Pode ser desconhecido para as bestas que compõem a corte do Civita, que adoram colocar nas alturas qualquer mediocridade, contanto que seja americana. Mino foi colaborador do “Pasquim” e até fez umas vinhetas para a Globo. Trata-se de um talentoso pintor, chargista, cartunista, humorista e escritor da terra de José de Alencar e Clóvis Monteiro - avô do nosso editor-chefe. Não é a primeira vez que Mino é vítima da burrice. Deve ser o único escritor que perdeu o sobrenome devido à censura daquela ditadura da qual o pai do Bob era expoente. Os censores acharam que Mino Castelo Branco só podia ser gozação com o Castelo Branco que havia assumido o poder com o golpe de 64. Não houve jeito de convencê-los de que esse era mesmo o seu sobrenome. Nem com a carteira de identidade na mão…

CARLOS LOPES
Hora do Povo

Rizzolo: O mais engraçado, é o total desconhecimento da teoria marxista , o sujeito nem os livros básicos sobre marxismo leu, ou se leu ficou com medo que os outros lessem e se tornassem comunistas , puxa que medo ! Lança então mão de donas de casa, ” marxistas desiludidos ” engolidos e devorados pelas ” contradições ” , ex- anões trotskistas, ” comedores de criancinhas ” enfim lança mão de tudo , e compõe então a sintese das ” pérolas de Cívita ” como as elencadas acima. Só impressiona mesmo a elite incauta, porque a elite consciênte , ou não lê essas besteiras da Veja, ou só da uma olhadina na Vejinha pra ” pegar aquele cineminha no final de semana ” ou pra trocar o piso da sala.

fonte: Blog do Rizzolo
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Re.: Revista VEJA: Estilo Neocon, política e negócios

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Além disso e desculpem o copiar colar mas não tenho muito tempo para ficar digitando coisas enormes e nem mesmo contra argumentar sem parar e filosofar...
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“Veja” defende a pureza ideológica do marxismo"
Publicado 14 junho, 2007 Política

Hoje, senhores leitores, começaremos por um teste. Pedimos que leiam o seguinte trecho: “Karl Marx foi um pensador profundo e complexo que tirou a filosofia das nuvens e a colocou no mundo real. (….) Reduzir Marx ao esquerdismo de botequim que se nota em alguns livros e apostilas é uma ofensa ao filósofo alemão e um desserviço à educação dos jovens brasileiros”. Quem acertar qual foi o comunista que escreveu isso, ganhará uma viagem turística ao Bronx, bucólico bairro de Nova Iorque onde a vida é um eterno dia de São Cosme e Damião - bala pra todo mundo, não precisa nem ir atrás.

Não conseguiu descobrir? Ainda bem, leitor. Você acabou de se livrar do Bronx e ainda ficamos sabendo que não é leitor da “Veja”. Como? Sim, minha senhora, o trecho é da “Veja”, esse bastião da pureza ideológica do marxismo, na qual ficamos sabendo que Marx foi um “rigoroso filósofo alemão”; que “criticar o capitalismo é saudável”; e que os “dogmas e simplificações” são características do “marxismo vulgar”.

CRÍTICA

Entre um e outro curso de formação marxista na CIA, o Bob Civita comoveu-se com o drama de uma “dona de casa” escandalizada com o que leu nas apostilas do colégio de sua filha. É verdade que levou 9 anos para isso, desde que a filha entrou nesse colégio. Por sinal, uma dona de casa que se intitula “marxista desiludida”, o que só significa que ela confundia suas ilusões com o marxismo. Pelo seu retrato, a “dona de casa” em questão corre o risco de temperar o feijão com Chanel Nº 5 ou preparar vinha-d’alho com Chateau Dufort-Vivens, safra 1885, vinho que custa uns 15 ou 20 mil reais a garrafa…

Indignado com a deturpação do marxismo, o Civita encomendou uma crítica ao perigoso revisionismo das apostilas feitas pelo grupo COC, de Ribeirão Preto, São Paulo. Há alguns meses, ele arranjou um historiador da Universidade do Texas para fazer considerações sobre o capitalismo da Grécia no ano V a.C. Agora, a autora da contribuição crítica ao revisionismo só pode ser uma discípula daquele imbecil. Também convocou o sr. Roberto Romano, com seu pedantismo asinino, para falar do “emburrecimento dos jovens”. Sem dúvida, ele só não é especialista no assunto porque é muito chato. Não há jovem que agüente…

Mas, se os trechos que “Veja” reproduz são representativos do material do COC, essas apostilas são muito boas. Portanto, pessoal do COC, parem com esse negócio de mudar as apostilas. Nada de puxar o saco da “Veja”, pois o que ela está querendo é que vocês mudem o que está certo, não o que está errado. É só ler algumas pérolas do marxismo ortodoxo de “Veja”:

1) “A escravidão no Brasil é justificada pela condição de inferioridade do negro, colocado como animal, pois era ‘desprovido de alma’ (…). Além da Igreja, que legitimou tal sandice, a quem mais interessava tamanha besteira?”. Comentário de “Veja”: a Igreja já era, então, contrária à escravidão. O papa Paulo III escreveu, em 1537: “Ninguém deve ser reduzido à escravidão”.

O comentário de “Veja” é de uma ignorância crassa nos fatos históricos mais elementares. A Igreja condenou oficialmente a escravização dos índios no século XVI. Mas somente em 1839 ela condenaria a escravidão dos negros, através de uma bula do papa Gregório XVI. Declarações de alguns papas (Pio II, Paulo III, Urbano VIII) contra a escravidão negra jamais mudaram, durante 4 séculos, a posição da Igreja, estabelecida nas bulas de Eugênio IV, Nicolau V, Calisto III, Sisto IV e Inocêncio VIII. Se no caso dos índios argumentava-se que eles só se converteriam ao catolicismo se não fossem escravos, no caso dos negros a argumentação é que a conversão somente seria possível se eles fossem escravos.

2) “A dissolução das comunidades neolíticas, como também da propriedade coletiva, deu lugar à propriedade privada e à formação das classes sociais, isto é, a propriedade privada deu origem às desigualdades sociais (…).” (Capítulo “A pré-história”, pág. 103 da apostila do COC). Comentário da “Veja”: o conceito de “classes sociais” não se aplica a uma sociedade organizada em clãs. As desigualdades subsistem desde que a humanidade vivia da caça, da pesca e da coleta.

O comentário de “Veja” é coisa de idiota, além do mais, pedante. A apostila não se refere a “uma sociedade organizada em clãs”, mas, exatamente, à dissolução dessa sociedade (“dissolução das comunidades neolíticas”), e à sociedade de classes que resultou dessa dissolução, após a substituição da propriedade coletiva pela propriedade privada dos meios de produção. É evidente que antes da existência de classes havia desigualdades. O homem e a mulher, por exemplo, já naquela época não tinham a mesma anatomia. Mas a apostila se refere a “desigualdades sociais”, ou seja, desigualdades de classe, que, naturalmente, só podiam existir depois do aparecimento das classes sociais. Que a empregada do Civita não entenda chongas de marxismo, vá lá. Mas seria bom que aprendesse a ler.

DESCONHECIDO

3) “O surgimento da propriedade privada dos meios de produção (…) provocou, na Grécia, a formação da sociedade de classes organizada sob a cidade-estado.” (Capítulo “O período arcaico”, pág. 128 da apostila do COC) Comentário de “Veja”: as classes na Grécia antiga eram determinadas pela ascendência dos cidadãos – e não por sua riqueza.

O filho do Rockefeller é tão burguês quanto o pai. O filho do Victor Civita, o Bob, é da mesma classe que o pai. Mas seria de um ridículo atroz dizer que no capitalismo as classes sociais são determinadas “pela ascendência”. É evidente que as classes são formadas por indivíduos e que estes indivíduos se reproduzem. As classes na Grécia eram determinadas pela propriedade (ou não) dos escravos, da terra e dos demais meios de produção. Puxar o saco do patrão, que herdou aquela fortuna toda “pela ascendência”, não faz parte do marxismo. E as classes também não são determinadas “por sua riqueza”, ainda que os proprietários dos meios de produção sejam mais ricos do que os não proprietários. É a classe a que se pertence que determina a riqueza (ou pobreza), e não a riqueza (ou pobreza) que determina a classe. Só um asno (ou uma asna) para trocar as bolas nessa questão. Além do que, é possível ser rico e ser um desclassificado: se as classes sociais fossem determinadas “por sua riqueza”, Al Capone seria um representante da burguesia norte-americana. No entanto, era apenas um marginal.

O que mais escandalizou a “dona de casa” e a “Veja” não foi um texto histórico nem marxista, mas um texto literário, “Como se conjuga um empresário”. O autor é Mino, descrito por “Veja” como um “desconhecido escritor cearense”. Pode ser desconhecido para as bestas que compõem a corte do Civita, que adoram colocar nas alturas qualquer mediocridade, contanto que seja americana. Mino foi colaborador do “Pasquim” e até fez umas vinhetas para a Globo. Trata-se de um talentoso pintor, chargista, cartunista, humorista e escritor da terra de José de Alencar e Clóvis Monteiro - avô do nosso editor-chefe. Não é a primeira vez que Mino é vítima da burrice. Deve ser o único escritor que perdeu o sobrenome devido à censura daquela ditadura da qual o pai do Bob era expoente. Os censores acharam que Mino Castelo Branco só podia ser gozação com o Castelo Branco que havia assumido o poder com o golpe de 64. Não houve jeito de convencê-los de que esse era mesmo o seu sobrenome. Nem com a carteira de identidade na mão…

CARLOS LOPES
Hora do Povo

Rizzolo: O mais engraçado, é o total desconhecimento da teoria marxista , o sujeito nem os livros básicos sobre marxismo leu, ou se leu ficou com medo que os outros lessem e se tornassem comunistas , puxa que medo ! Lança então mão de donas de casa, ” marxistas desiludidos ” engolidos e devorados pelas ” contradições ” , ex- anões trotskistas, ” comedores de criancinhas ” enfim lança mão de tudo , e compõe então a sintese das ” pérolas de Cívita ” como as elencadas acima. Só impressiona mesmo a elite incauta, porque a elite consciênte , ou não lê essas besteiras da Veja, ou só da uma olhadina na Vejinha pra ” pegar aquele cineminha no final de semana ” ou pra trocar o piso da sala.

fonte:
"Tentar provar a existencia de deus com a biblia, é a mesma coisa q tentar provar a existencia de orcs usando o livro senhor dos aneis."

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Trancado