Os "guerreiros" e "heróis" do BBB

[Fernando Silva]

Um texto que me mandaram:

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Quando recebi o texto abaixo, fui conferir se era da Martha Medeiros, mesmo, pois na Internet os autores têm seu nome usado por qualquer um. Foi realmente publicado no Zero Hora.

Diferentemente dela, eu bem que gostaria que extinguissem o BBB da TV. O grau de imbecilidade daquele programa me irrita.

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Guerreiras e heróis

Não estou assistindo ao Big Brother, mas vi a chamada para o programa dia desses. Mostrava uma moça, uma das participantes, olhando pra câmera e dizendo com ar dramático: "Eu sou uma guerreira!!". É de dar nos nervos. Guerreira por quê? Porque está participando de um programa de televisão que vai levá-la, no mínimo, à capa da Playboy? Guerreira porque foi escolhida entre milhões de candidatos para ficar comendo do bom e do melhor e jogando conversa fora com um monte de desocupados? As pessoas não têm culpa de serem burras, mas mereciam uma surra por se levarem tão a sério.

O Big Brother é um programa de tevê como outro qualquer e não defendo sua extinção, mas é preciso ficar atento a certos exageros. Por exemplo, é um exagero condenar o jornalista Pedro Bial por apresentá-lo, o cara está trabalhando, só isso. Por outro lado, ele perde a noção quando chama aquele pessoal de "nossos heróis". É o mesmo caso do "guerreira": a troco de que usar essas expressões graves e superlativas para falar de uma brincadeira televisiva onde todos sairão ganhando?

O que irrita no Big Brother, mais do que sua inutilidade, é o fato de os participantes serem tratados como vítimas. Qual é? Circula pela internet um arquivo PPS que, pela primeira vez na história dos PPS, me tocou. Ele mostra heróis de verdade: homens e mulheres que abrem mão do conforto de suas casas para fazer trabalho voluntário em aldeias na África e em clínicas móveis no Líbano.

São pessoas que oferecem ajuda humanitária internacional através do programa Médicos sem Fronteiras e que não medem esforços para dar amparo e assistência a moradores de ruas e demais necessitados, seja no fim do mundo e ou aqui mesmo nas ruas do Brasil. Isso é heróico, isso é ser guerreiro. Quantos de nós, bem nascidos e bem criados, abrem mão de seus pequenos luxos para ajudar quem precisa?

Por isso, se você é da turma que liga pro Big Brother pra votar em paredões, pense melhor antes de erguer o telefone. Direcione sua ligação para um programa assistencial, gaste seu dinheiro com algo que realmente seja útil. Assista ao BBB, divirta-se e dê audiência, não há nada de errado com isso, mas cada vez que tiver o impulso de ligar pra tirar fulano ou sicrana do programa, se toque: tem gente mais necessitada precisando da sua ligação. O site do Unicef traz uma lista de entidades que você pode colaborar dando apenas um telefonema. Quer dar uma espiadinha? Então espie o que está acontecendo à nossa volta.

http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora ... ection=812

[Johnny]

[O ENCOSTO]

Que lição de moral, não?

Não vejo o BBB mas acho que vou deixar de ir ao cinema para dar mais dinheiro aos herois que estão fazendo trabalhos voluntarios.



DÃÃÃÃÃ!


Meu! Cada um faz oq achar melhor com o seu dinheiro!

[Johnny]

[Bellé]

Fomos, somos e seremos espectadores da vida. Os romanos "trancavam homens e feras" para degradiar-se em nome da diversão do povo e do silêncio deste. Hoje podemos todos assistir a uma disputa bem menos sangrenta mas de igual "importância". Temos oito anos de disputas, mentiras e falsidades que monstram como são os seres humanos em seu "habitat natural", para muitos o BBB é uma m* , já para outros a mesma m* é um estilo de vida e fonte de "exemplos", existe um terceiro gurpo que consegue ver o homem em ação, conspirando e lutando não com armas, como na Roma do Cesáres, mas sim com frases e sorrisos utilizando o corpo, a mente e até a falta da mesma para ganhar... o que??? Aplausos, liberdade ou algo mais!!!

[SickBoy]

só vejo pela sacanagem (já devidamente youtubada)

[Sorrelfa]

Num gosto de BBB preferia casa dos artistas...

[Fernando Silva]

O tema do artigo postado é este:

O que irrita no Big Brother, mais do que sua inutilidade, é o fato de os participantes serem tratados como vítimas.

Não é a qualidade do programa e a sugestão para se gastar o dinheiro em coisa melhor é apenas ... uma sugestão.

[Orbe]

O que é BBB?

[Lúcifer]

Bem, eu nem assisto a essa porcaria, por isso eu nem me importo.
Agora, em vez de usar o meu suado dinheirinho para votar em vagabundos, eu o uso para ajudar uma instituição que ajuda menores e idosos carentes. Essa instituição é idônea, só faltando mesmo eu dar uma visita no local.
Pelo menos lá, eu sei que o meu dinheirinho está sendo usado para uma coisa nobre e promissora.

[Apo]

Marthinha Medeiros, minha conterrânea, vizinha de bairro e colega de faculdade!

Ela gosta de meter o pau e esconder que tem prego na ponta.
Tenho certeza de que gostaria que o BBB fosse morto e enterrado, sim.
O Bial é colega dela de profissão e de empresa, so...

[NadaSei]

As pessoas adoram criticar.
O BBB é uma programa de TV, não é do mais artistico, mas é MUITO melhor que muitos outros programas da TV.

O povo tem seu gosto e não devemos chamar Luiz Gonzaga de Lixo enquanto endeusamos e cultuamos Legião Urbana ou Titãs.

Mesmo entre os programas mais simples existem os bons e os ruins.
Comparem o programa da Márcia Goldchimit e o similar que passa no SBT.
A moça do SBT faz o trabalho dela sem querer ser estrela, conduz o programa sem baixarias e expõe na vitrine os animais humanos, expõe o nosso ridículo e inocência.

O BBB mostra como os humanos se comportam em momentos de crise.
O Embate Alemão X Cowboy mostrou bem como o MEDO leva pessoas a atacarem (como bons ditadores), enquanto ao mesmo tempo acreditam piamente que estão apenas se "defendendo" do "ataque" alheio.
Mostra como ao se repetir mentiras em um grupo, essa mentira vira uma verdade inegável e, como os participantes cospem de suas bocas, as exatas palavras que antes escutaram outro dizer em seus ouvidos.
Mostrou o que gera fenômenos como o nazismo, mostrou como as pessoas acreditam no que é dito por um e repetido por outro, mesmo contra os fatos.

O BBB e outros programas do gênero, não são os melhores, mas também não são os piores, nem são como muitos pintam.
O problema maior está em quem assiste e no que a pessoa entende e absorve disso.
Esses programas são o reflexo do que somos como sociedade e, mesmo entre eles, existem os melhores e os piores.

Reclamem de Fantasia, dos programas de palavras cruzadas, sessão de descarrego, tele-vendas mentirosas, etc...
O BBB não é tão ruim, chega a ser bem interessante as vezes, mesmo que não seja o melhor tipo de programa e entretenimento, dá pra aprender muita coisa observando como as pessoas se comportam em momentos de crise e conflito, pois esse é o ambiente que o programa recria na mente dos participantes, com uma boa dose de perfeição.
A quem assiste só cabe aprender e se divertir ao observar o comportamento humano.
Auto-conhecimento via TV.

[Claudio - SP]

"Um monte gente que não tem o que fazer, assistindo outro monte de gente que não tem o que fazer." (José Simão)

[Apo]

Para o post do Nadasei:

[Fenrir]

Reclamem de Fantasia, dos programas de palavras cruzadas, sessão de descarrego, tele-vendas mentirosas, etc...
O BBB não é tão ruim, chega a ser bem interessante as vezes, mesmo que não seja o melhor tipo de programa e entretenimento, dá pra aprender muita coisa observando como as pessoas se comportam em momentos de crise e conflito, pois esse é o ambiente que o programa recria na mente dos participantes, com uma boa dose de perfeição.
A quem assiste só cabe aprender e se divertir ao observar o comportamento humano.
Auto-conhecimento via TV.

Não me parece que este tipo de análise (do comportamento humano) baseada no BBB seja muito fiável.
O ambiente do BBB é artificial. Não sabemos qual parcela das ações dos participantes são determinadas pela emissora, qual se devem a reações espontâneas.

Alem disso estão todos disputando um prêmio de R$ 1M (alem de outros "paralelos", como posar para revistas masculinas e poder cobrar gordos caches pela presença em eventos).

Agora, tal análise só se poderia dizer razoável se o observador propusesse, desde o início, algo bem especifico, tal como "quero averiguar o que acontece com o comportamento humano quando em situações como as do BBB, considerando todas as implicões tais como possiveis manipulaçoes nos bastidores, a competição por um prêmio gordo e o confinamento em uma casa por um longo período".

Mas abstrair desta configuração muito específica para o resto (o comportamento humano de um modo menos especifico) me pareceria bem forçado, por isso questiono a utilidade de uma tal analise.

De qualquer forma não assisto ao BBB. Acho uma chatice.
Prefiro ler meus livros ou ver Cartoon Network.

[Ilovefoxes]

BBB é perfeito para brasileiros. Você olha para um monte de candidatos, e sem nenhum motivo real, escolhe quem fica e quem sai.

É como brincar de eleição, como fazem ao escolher os políticos. Tipo meu pai, que diz "só voto no PT".

[Lúcifer]

Nadasei, sinto muito, mas eu acho a sua analise meio furada, em partes.
Chamar o BBB de local para assistirmos as reações humanas é meio ridículo. Pelo menos no programa do SBT, Casos de Familia, tentam-se resolver problemas individuais das pessoas. Estão sendo expostos? Sim, estão. Mas pelo menos eles levam uma bagagem psicológica para casa. Não se esqueça que no programa, tem sempre um psicólogo para dar algum tipo de conselho favorável para se resolverem, ou não, os problemas.
Já no Fantasia, ...bem...vale pelas meninas dançando. É a única coisa de bom naquele programa. Band não assisto então nem comento.

Sinto muito, mas se você quer um programa bom em canal aberto, pelo menso alguns da TV Cultura ainda se salvam. Assista ele.

[Ilovefoxes]

dá pra aprender muita coisa observando como as pessoas se comportam em momentos de crise e conflito, pois esse é o ambiente que o programa recria na mente dos participantes, com uma boa dose de perfeição.
A quem assiste só cabe aprender e se divertir ao observar o comportamento humano.
Auto-conhecimento via TV.

Ô. Você deve de descrever então o velho Baú da Felicidade do Sílvio Santos como um estudo altamente qualificado de sócio-economia.

Isso é pobre descrevendo TV aberta de pobre como estudo para parecer chique.

[NadaSei]

Não me parece que este tipo de análise (do comportamento humano) baseada no BBB seja muito fiável.
O ambiente do BBB é artificial. Não sabemos qual parcela das ações dos participantes são determinadas pela emissora, qual se devem a reações espontâneas.

Alem disso estão todos disputando um prêmio de R$ 1M (alem de outros "paralelos", como posar para revistas masculinas e poder cobrar gordos caches pela presença em eventos).

Agora, tal análise só se poderia dizer razoável se o observador propusesse, desde o início, algo bem especifico, tal como "quero averiguar o que acontece com o comportamento humano quando em situações como as do BBB, considerando todas as implicões tais como possiveis manipulaçoes nos bastidores, a competição por um prêmio gordo e o confinamento em uma casa por um longo período".

Mas abstrair desta configuração muito específica para o resto (o comportamento humano de um modo menos especifico) me pareceria bem forçado, por isso questiono a utilidade de uma tal analise.

De qualquer forma não assisto ao BBB. Acho uma chatice.
Prefiro ler meus livros ou ver Cartoon Network.

Desculpe, não tinha visto sua resposta.

O BBB é um reality show, independente de qualquer coisa, ele mostra como os humanos reagem a situação de conflito a que são submetidos e, é a reação deles a tal situação que interessa.

Na vida real, o premio de 1 milhão, pode ser trocado por uma promoção, o confinamento com pessoas com quem não gostariam de estar convivendo, pode ser trocado pela necessidade de estar no emprego X, o estresse das provas e votações, é o estresse da vida, o medo da demissão, do despejo, etc...

O comportamento humano segue certos "padrões" em situações especificas, sendo que algumas delas são reproduzidas muito bem no programa.
Quando rola uma confusão lá dentro, é possível observar a influencia do grupo se sobrepor a razão e individualidade de certas pessoas, enquanto outras, analisam a situação e não se deixam levar pela pressão do grupo.
É possível também observar a ética dos indivíduos e os seus preconceitos, e, nas votações, a forma como o publico escolhe seus participantes prediletos, fala muito sobre com o povo enxerga tudo aquilo.

Vou dar alguns exemplos.
O povo gosta de "pobres" e de "coitadinhos", tem preconceito contra quem tem cara de playboy e julga a pobreza ou não, apenas com base na aparência e na linguagem.
Os participantes do sexo feminino mostram uma boa dose de sexismo positivo, procurando favorecer outras garotas, o mesmo já não ocorre entre os homens. Dois negros já mostraram ser preconceituosos, um deles mais que o outro, também foi possível ver homofobia em outros participantes.
O mais legal é a dinâmica entre os participantes e a reação do publico na escolha dos favoritos.

Obviamente não é um super programa, mas também não é dos piores que já se viu porai.

[NadaSei]

Nadasei, sinto muito, mas eu acho a sua analise meio furada, em partes.
Chamar o BBB de local para assistirmos as reações humanas é meio ridículo.

Não é ridículo Lúcifer, já observei pessoas se comportando na vida real, ao aparecer uma situação de estresse, da mesma forma como as pessoas tem se comportado ali no BBB.

O interessante do BBB é ter acesso a todos os lados da estória e ver como alguns individuos tem uma visão estreita do todo e, quando confrontados com os fatos ou com a desaprovação do publico, mergulham no irracional, começam da reclamar da "edição" da globo, a dizer que o "povo" não está do lado deles, por não estar vendo o que "realmente" aconteceu.ver
Outros, no entanto, usam a razão e tem maior visão do que se passa, entendem os dois lados.

Pelo menos no programa do SBT, Casos de Familia, tentam-se resolver problemas individuais das pessoas. Estão sendo expostos? Sim, estão. Mas pelo menos eles levam uma bagagem psicológica para casa. Não se esqueça que no programa, tem sempre um psicólogo para dar algum tipo de conselho favorável para se resolverem, ou não, os problemas.

Sim... mas a idéia não é "resolver" os problemas dos outros, e sim ver como funcionam as mentes das pessoas envolvidas.
Mesmo programas como Casos de Familia, mostram coisas interessantes e, existem os piores e os melhores.
O do SBT é MUITO bem feito (para o formato do programa), Já o programa concorrente feito pela tal da Márcia, busca criar baixarias, barracos e ainda passa valores retrógrados saídos da cabeça da tal Márcia.
São o mesmo tipo de programa, mas um é ruim pra burro, já o outro, é MUITO bom para o que se propõe.
Não é um grande programa, mas mesmo assim, o do SBT é bom em sua proposta de programa popular despretensioso. Idem o BBB.

Sinto muito, mas se você quer um programa bom em canal aberto, pelo menso alguns da TV Cultura ainda se salvam. Assista ele.[/color]

Também não gosto da TV aberta no geral... o melhor de todos os canais é o history channel, é tão bom quanto o antigo discovery, e chega a ser melhor que o NatGeo.
Não estou falando sobre "bons" programas nesse sentido, estou dizendo que, mesmo entre os programas populares, existem os bem feitos e os mal feitos e, se falando de programa popular, não adianta querer "demoniza-los", não são tão ruins assim quanto alguns fazem parecer. Quem assiste é que "absorve" aquilo que quer.
Espero que continuem existindo programas populares no futuro, ao lado de bons programas. Eles fazem parte da "variedade" e não deixam a TV virar pura masturbação intelectual.

Não vejo mal algum em se assistir um programa popular.
O ruim é ter uma TV que seja APENAS feita deles.

Sabe, são como filmes estilo "porcs".
Eu não quero só ter para assistir filmes como "de olhos bem fechados" ou "cidade dos sonhos", quero ver besteira também... Quero filmes de adolescentes tentando transar com meninas gostosas e safadas, com muita piada forçada e tudo mais. Eu quero variedade, não overdose de masturbação intelectual.