Sobre o Endeusamento dos Empresários

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Herf
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Herf »

Wallace escreveu:
Apo escreveu: Perfeito ( não querendo usar o pior dos clichês do RV, segundo o meu gosto pessoal).



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Aranha
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:
O problema, como dito, é que no Brasil o empresário é duplamente onerado por ter que prover aos empregados as garantias que o Estado não fornece, pagando de novo a fornecedores privados destes benefícios aquilo que já pagou sob a forma de impostos.


- A classe média também, nós pagamos INSS e descontamos até 27% de IR e ainda temos que bancar planos de saúde, escola particular para os filhos e até aposentadoria privada.

- No entanto, na minha área, quase todos investem alto em MBA's, Mestrados e especializações senão perde mercado e promoções, é questão de sobrevivência, imagina empresários.

- Não é a toa que a maioria dos empreendimentos quebra nos primeiros anos...

Acauan escreveu:
Além disto, principalmente a indústria ainda não se livrou de uma certa tradição paternalista trazida de outros tempos, como quando durante a hiperinflação um dos benefícios mais reivindicados pelos sindicatos era a cesta básica, uma vez que a desvalorização constante do dinheiro expunha os operários ao risco de chegar ao fim do mês com um resto de salário sem valor suficiente para comprar comida.

Hoje não vejo motivo algum para dar qualquer benefício ao empregado que não seja na forma de dinheiro vivo no contracheque, e ele que vá comprar sua cesta básica onde quiser ou gastar o dinheiro em cachaça, já que o dinheiro e o problema é dele.


- Exato! - Alguns diriam que esta tradição paternalista vem dos senhores de engenho, no entanto, acho ela um mal menor.

- Pior é a tradição da empresa familiar, muitos empresários recusam entregar a administração na mão de profissionais e insistem e atribuir a filhos, netos e sobrinhos incapazes.

Acauan escreveu:
Mas a legislação trabalhista obriga coisas idiotas como o vale transporte – por que simplesmente não dar ao empregado o valor das passagens em dinheiro, no lugar de arcar com os custos de um dinheiro paralelo de mentirinha?
Além disto, todo benefício concedido em dinheiro termina sendo incorporado ao salário quando reclamado assim na justiça do trabalho.


- Se empresas no Brasil já são paternalistas, imagine o estado então...

Acauan escreveu:
O problema com o desenvolvimento de tecnologias é que isto hoje só é possível às grandes corporações. Indústrias pequenas e médias que se metem a besta de ir além de criar adaptações criativas específicas para seus processos, em geral dão com os burros n'água de gastar fortunas tentando reinventar uma roda que custaria muito mais barato comprar já pronta.

Grandes corporações como a Petrobrás, Embraer, Vale e as gigantes do agro-negócio não tem feito feio nesta área, mas ainda há muita papagaiada de responsabilidade social, que faz empresas que investem em tecnologia parecem vilãs, enquanto quem financia filminho vagabundo de diretor nacional idem é enchido de loas.

Vide o caso da Aracruz e os bandidos do MST/ Via Campesina. A empresa que gastou milhões para desenvolver modernas tecnologias agrícolas é violentada por um bando de vagabas disfarçadas de militantes, nada acontece com os vândalos e a empresa que agüente o prejuízo.

Isto é lá é incentivo para outras empresas fazerem o mesmo?


- Não é.

- Mas também não é desculpa para não fazer, na Europa as empresas também sofrem cargas tributárias mais altas que as nossas e o fazem, os ecochatos também atuam em todos países desenvolvidos e são devidamente enfrentados.

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Fernando Silva
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Fernando Silva »

Acho que coisas como cesta básica e vale transporte têm uma função útil: como não são pagas em dinheiro, não podem ser usadas para outras coisas (embora o vale transporte possa ser gasto com diversão no fim de semana e acabar antes do fim do mês ...).
O FGTS é uma poupança forçada (e muito mal remunerada...).
Em qualquer caso, deixa-se implícito que o trabalhador é irresponsável - o que é verdade em muitos casos, em todas as faixas de renda.

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Johnny
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Johnny »

O vale transporte é subsidiado assim como a refeição, tem abatimento no IR, senão, nem isso dariam. Assistência médico-odontológica também. Eu prefiro trabalhar numa empresa que me pague 1300 com estes benefícios do que em uma que pague 2600. E para o empregador, sai muito mais barato comprar cestas ( e até vale transporte) no atacado. Agora, imaginar um servente, doméstica, ou de outro emprego comum ganhando 415 reais (porque é lei...) e pagando 100 de condução até o trabalho mais uma marmita feita as 4 da manhã e achar que é muito, realmente nem sei o que dizer. O mais engraçado é que eu duvido que alguém aqui se atreveria a azeitar iso pelo dobro em sã consciência. Mas é a maldita herança do pecado original onde o neto paga pelo pecado dos pais que querendo ou não querendo, não tiveram ou quiseram ter uma oportunidade.

Eu que o diga...
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Acauan
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Acauan »

Johnny escreveu: O vale transporte é subsidiado assim como a refeição, tem abatimento no IR,


Não tem não. São contabilizados como despesas como qualquer outra, sem qualquer incentivo fiscal.

Johnny escreveu: senão, nem isso dariam.


O vale transporte é obrigatório por lei.

Johnny escreveu: Assistência médico-odontológica também.


Não há incentivos fiscais sobre estas despesas, apenas alguns reembolsos sobre as frações aplicáveis à assistência médica da previdência social paga pela empresa.

Johnny escreveu: Eu prefiro trabalhar numa empresa que me pague 1300 com estes benefícios do que em uma que pague 2600.


O problema é que na tradição brasileira a empresa, ao definir o salário nominal abate os encargos que assumirá por conta dos benefícios fornecidos e apresenta estes benefícios como gratuitos. Mais saudável dentro de uma política de transparência e valorização das responsabilidades individuais se a empresa no lugar de te apresentar um holerite com 1300 de salário e um monte de encargos gratuitos, se ela apresentasse um de 2600 descrevendo um a um os encargos dos benefícios que lhe desconta.

Johnny escreveu: E para o empregador, sai muito mais barato comprar cestas ( e até vale transporte) no atacado.


Não existe vale transporte no atacado.

Johnny escreveu: Agora, imaginar um servente, doméstica, ou de outro emprego comum ganhando 415 reais (porque é lei...) e pagando 100 de condução até o trabalho mais uma marmita feita as 4 da manhã e achar que é muito, realmente nem sei o que dizer. O mais engraçado é que eu duvido que alguém aqui se atreveria a azeitar iso pelo dobro em sã consciência. Mas é a maldita herança do pecado original onde o neto paga pelo pecado dos pais que querendo ou não querendo, não tiveram ou quiseram ter uma oportunidade.

Eu que o diga...


Como disse, não há porque ser contra os benefícios, apenas que seria mais honesto se eles fossem apresentados como desconto do pagamento e não como redução do salário nominal.
Nós, Índios.

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Johnny
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Johnny »

Acauan]Não tem não. São contabilizados como despesas como qualquer outra, sem qualquer incentivo fiscal.[/color][/quote]

Programa de alimentação do Trabalhador:
A lei 6.321 de 14.04.76, dispõe sobre a dedução no lucro tributável para fins de imposto de renda das pessoas jurídicas com o dobro das despesas realizadas com o programa de alimentação do trabalhador.

O decreto nº 5 de 14.01.91 regulamentou a referida lei.

A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto de renda devido, o valor equivalente a alíquota de 5% sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período base em programa de alimentação do trabalhador, podendo o eventual; excesso das despesas serem transferidas para deduções nos 2 exercícios subsequentes.
Vale Transporte
A dedução do Vale-Transporte será permitida somente em relação aos excessos referentes à aquisição de vale-transporte ou transporte próprio fornecido aos empregados da pessoa jurídica até o ano-calendário de 1997, observado o limite de dedução de 8% do imposto de renda devido. Para efeito de cálculo do limite, deve ser excluída, do valor do imposto de renda devido, a parcela do imposto de renda devido no Brasil correspondente a lucros, rendimentos ou ganhos de capital auferidos no exterior (Lei n° 9.430, de 1996, art. 16, § 4°; e IN SRF n° 38, de 1996, art. 14).

O valor dos incentivos fiscais de dedução sujeita-se aos limites estabelecidos nos arts. 5º e 6º da Lei n.º 9.532, de 1997, alterada pela MP n.º 1.636, de 1997, MP n° 1.680, de 1998 e edições posteriores da MP n° 1.753, de 1999, e aos prazos fixados na legislação vigente, bem assim o disposto no § 4º do art. 3º da Lei n.º 9.249, de 1995.

Observados os limites específicos de cada incentivo e o disposto no § 4° do art. 3° da Lei n° 9.249, de 1995, o total das deduções do imposto, apurado sobre a base de cálculo estimada, relativas ao vale-transporte, nas condições citadas no parágrafo anterior, e ao programa de alimentação do trabalhador, não poderá exceder a 8% do imposto de renda devido.

[quote="Acauan][quote="Johnny escreveu:
senão, nem isso dariam.


O vale transporte é obrigatório por lei.[/quote]

Senão nem isso dariam...

Acauan][quote="Johnny escreveu: Assistência médico-odontológica também.


Não há incentivos fiscais sobre estas despesas, apenas alguns reembolsos sobre as frações aplicáveis à assistência médica da previdência social paga pela empresa.[/quote]

Neste caso as empresas de saúde oferecem pacotes para empresas que tenham cotas superiores a um número determinado de empregados. De qualquer forma sai muito mais barato para a empresa do que se eu for pagar individualmente para mim e dependentes.

Acauan][quote="Johnny escreveu: Eu prefiro trabalhar numa empresa que me pague 1300 com estes benefícios do que em uma que pague 2600.


O problema é que na tradição brasileira a empresa, ao definir o salário nominal abate os encargos que assumirá por conta dos benefícios fornecidos e apresenta estes benefícios como gratuitos. Mais saudável dentro de uma política de transparência e valorização das responsabilidades individuais se a empresa no lugar de te apresentar um holerite com 1300 de salário e um monte de encargos gratuitos, se ela apresentasse um de 2600 descrevendo um a um os encargos dos benefícios que lhe desconta.[/quote]

Isto pode até estar correto. Mas tem muita gente que gostaria de receber também os descontos e deixar o salário com o governo, e que ele assimisse o resto...

Acauan][quote="Johnny escreveu: E para o empregador, sai muito mais barato comprar cestas ( e até vale transporte) no atacado.


Não existe vale transporte no atacado.[/quote]

Existe sim. Se para cada 10 VT ganha-se um para pessoa comum, imagine comprando 1000, 10000...

Acauan][quote="Johnny escreveu: Agora, imaginar um servente, doméstica, ou de outro emprego comum ganhando 415 reais (porque é lei...) e pagando 100 de condução até o trabalho mais uma marmita feita as 4 da manhã e achar que é muito, realmente nem sei o que dizer. O mais engraçado é que eu duvido que alguém aqui se atreveria a azeitar iso pelo dobro em sã consciência. Mas é a maldita herança do pecado original onde o neto paga pelo pecado dos pais que querendo ou não querendo, não tiveram ou quiseram ter uma oportunidade.

Eu que o diga...


Como disse, não há porque ser contra os benefícios, apenas que seria mais honesto se eles fossem apresentados como desconto do pagamento e não como redução do salário nominal.[/quote][/quote]

Acauan, todos nós empregados sabemos que a carga tributária é um câncer, tanto para o empregador quanto para o assalariado. Mas até onde eu sei, está todo mundo muito satisfeito com a situação, tanto que até hoje não existe nada de concreto (ação dos interessados) que tenha feito cócegas no governo.

Abraços
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Acauan
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Acauan »

Johnny escreveu:
Acauan escreveu:Não tem não. São contabilizados como despesas como qualquer outra, sem qualquer incentivo fiscal.


A lei 6.321 de 14.04.76, ...

O decreto nº 5 de 14.01.91 regulamentou a referida lei.

A pessoa jurídica poderá deduzir do imposto de renda devido, o valor equivalente a alíquota de 5% sobre a soma das despesas de custeio realizadas no período base em programa de alimentação do trabalhador, podendo o eventual excesso das despesas serem transferidas para deduções nos 2 exercícios subsequentes.

Vale Transporte
A dedução do Vale-Transporte será permitida somente em relação aos excessos referentes à aquisição de vale-transporte ou transporte próprio fornecido aos empregados da pessoa jurídica até o ano-calendário de 1997, observado o limite de dedução de 8% do imposto de renda devido.


Como disse, estes benefícios são contabilizados como despesas para efeito de tributação, mas eu estava errado ao dizer que são "despesas como qualquer outra" e que não há qualquer incentivo fiscal.
De todo modo, fica provado que não são as deduções sobre 5% das despesas que motivariam os empresários a conceder tal benefício, uma vez que, no fim, ainda amargam com quase a totalidade da facada.


Johnny escreveu:
Acauan escreveu: O vale transporte é obrigatório por lei.


Senão nem isso dariam...


Décadas antes da obrigatoriedade do vale-transporte, as grandes e médias indústrias de São Paulo concediam aos seus funcionários transporte gratuito ou a valor simbólico, com frotas e linhas de ônibus próprios ou fretados, muitos deles ônibus de turismo de alto conforto.

Johnny escreveu:
Acauan escreveu:
Johnny escreveu: Assistência médico-odontológica também.


Não há incentivos fiscais sobre estas despesas, apenas alguns reembolsos sobre as frações aplicáveis à assistência médica da previdência social paga pela empresa.


Neste caso as empresas de saúde oferecem pacotes para empresas que tenham cotas superiores a um número determinado de empregados. De qualquer forma sai muito mais barato para a empresa do que se eu for pagar individualmente para mim e dependentes.


O que não muda o fato que, de novo, o empresário arca com a facada.

Johnny escreveu:
Acauan escreveu:
Johnny escreveu: Eu prefiro trabalhar numa empresa que me pague 1300 com estes benefícios do que em uma que pague 2600.


O problema é que na tradição brasileira a empresa, ao definir o salário nominal abate os encargos que assumirá por conta dos benefícios fornecidos e apresenta estes benefícios como gratuitos. Mais saudável dentro de uma política de transparência e valorização das responsabilidades individuais se a empresa no lugar de te apresentar um holerite com 1300 de salário e um monte de encargos gratuitos, se ela apresentasse um de 2600 descrevendo um a um os encargos dos benefícios que lhe desconta.


Isto pode até estar correto. Mas tem muita gente que gostaria de receber também os descontos e deixar o salário com o governo, e que ele assimisse o resto...


Independente disto, uma maior transparência sobre salários e encargos permitiria aos trabalhadores ter uma noção mais correta de qual é o valor de mercado de seu trabalho e quanto custa ao empregador conceder determinados benefícios.
Hoje existe um cabo de guerra idiota em que os empregados reclamam que ganham pouco e os empresários que pagam demais, porque os primeiros olham apenas o total líquido que recebem enquanto os segundos somam todas as despesas diretas e indiretas da manutenção de um empregado.
O melhor sistema seria se o trabalhador pudesse escolher entre receber os benefícios ou diretamente em dinheiro a fração que lhes cabe deles. Possivelmente a maioria escolheria os benefícios, mas aí teria uma noção clara do custo que representam e do salário indireto no qual implicam.


Johnny escreveu:
Acauan escreveu:
Johnny escreveu: E para o empregador, sai muito mais barato comprar cestas ( e até vale transporte) no atacado.


Não existe vale transporte no atacado.


Existe sim. Se para cada 10 VT ganha-se um para pessoa comum, imagine comprando 1000, 10000...


Bem, já falei besteira lá atrás sobre incentivos, mas minha experiência específica é de pagar pelo valor nominal dos vales.

Johnny escreveu: Acauan, todos nós empregados sabemos que a carga tributária é um câncer, tanto para o empregador quanto para o assalariado. Mas até onde eu sei, está todo mundo muito satisfeito com a situação, tanto que até hoje não existe nada de concreto (ação dos interessados) que tenha feito cócegas no governo.


O grande problema que vejo, pior que as alíquotas em si, é a falta de transparência e o paternalismo, pelos quais todo mundo aceita abrir mão de ganhos diretos desde que alguém use este dinheiro para cuidar dele, seja o governo com os impostos, seja o empregador, oferecendo benefícios.
Natural que empresas com grande número de funcionários usem isto como poder de barganha para conseguir contratos coletivos melhores, mas nem as empresas e nem o governo deveriam incentivar a idéia de que estes benefícios são gratuitos para os empregados, pois são deduzidos do valor de seu salário nominal, nem que sejam baratos ou tenham subsídio significativo (5% sobre as despesas ajuda, mas não barateia).
As responsabilidades individuais são a base de uma democracia sólida e de uma sociedade progressista. Enquanto insistirmos na contramão, teremos todo mundo querendo ganhar algo às custas de todo mundo, o que, matematicamente, é impossível de ocorrer.
Nós, Índios.

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Acauan
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Acauan »

Abmael escreveu: - A classe média também, nós pagamos INSS e descontamos até 27% de IR e ainda temos que bancar planos de saúde, escola particular para os filhos e até aposentadoria privada.
- No entanto, na minha área, quase todos investem alto em MBA's, Mestrados e especializações senão perde mercado e promoções, é questão de sobrevivência, imagina empresários.
- Não é a toa que a maioria dos empreendimentos quebra nos primeiros anos...


Veja, não é que os empresários nacionais não invistam em melhoria, eles não investem em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, porque em geral, salvo as grandes corporações, sai mais barato comprar soluções já disponíveis no mercado global do que desenvolver soluções domésticas.

Os investimentos em melhoria das pequenas, médias ou mesmo grandes indústrias são atualmente mais voltadas para adaptações criativas, uma vez que sai muito mais barato importar uma máquina, com toda a tecnologia embutida do que se meter a desenvolver seus próprios maquinários.

Quanto às falências nos primeiros anos, há algum tempo eram devido principalmente às instabilidades do mercado, hoje são antes decorrência da competição acirrada, que é cada vez mais impiedosa com os players mais fracos ou menos eficientes.


Abmael escreveu: - Exato! - Alguns diriam que esta tradição paternalista vem dos senhores de engenho, no entanto, acho ela um mal menor.
- Pior é a tradição da empresa familiar, muitos empresários recusam entregar a administração na mão de profissionais e insistem e atribuir a filhos, netos e sobrinhos incapazes.


As grandes indústrias multinacionais também fomentaram muito o paternalismo, talvez conseqüência da forte pressão sindical que as matrizes da indústria automobilística sofriam em seus países de origem, reforçada pelas características próprias do mercado de trabalho brasileiro da época. Foi muito positivo, naquele tempo, pois nos anos sessenta um montão de gente vindas de buracos e fins de mundo comeu bife pela primeira vez na vida no restaurante da fábrica, recebeu seu primeiro par de sapatos decente porque a fábrica fornecia, visitou um médico pela primeira vez porque a fábrica pagava a conta ou criou novos e melhores hábitos higiene pessoal por conta das instalações disponíveis na fábrica, do comportamento coletivo e das campanhas educativas.

Hoje as coisas são diferentes, não somos mais um país de Jecas Tatus e preservar costumes corporativos do tempo em que éramos não é bom.

As indústrias familiares estão se desenvolvendo também. As que sobraram, bem entendido, uma vez que quase toda a indústria nacional de auto-peças do ABC, que eram todas familiares, foi comprada por grandes corporações mundiais e internacionalizada.
Os herdeiros remanescentes despertaram para a necessidade de se especializar ou entregar o negócio nas mãos de especialista, sob o risco de perdê-lo – e exemplos não faltam, o que é sempre uma motivação eficaz.


Abmael escreveu: - Se empresas no Brasil já são paternalistas, imagine o estado então...


É um circulo vicioso, no qual uma cultura de dependência se realimenta.
Está aí parte do paradoxo em sermos uma sociedade industrial moderna e uma civilização atrasada.


Abmael escreveu:
Acauan escreveu: Vide o caso da Aracruz e os bandidos do MST/ Via Campesina. A empresa que gastou milhões para desenvolver modernas tecnologias agrícolas é violentada por um bando de vagabas disfarçadas de militantes, nada acontece com os vândalos e a empresa que agüente o prejuízo.
Isto é lá é incentivo para outras empresas fazerem o mesmo?


- Não é.
- Mas também não é desculpa para não fazer, na Europa as empresas também sofrem cargas tributárias mais altas que as nossas e o fazem, os ecochatos também atuam em todos países desenvolvidos e são devidamente enfrentados.


É muito diferente. Se ecochatos europeus destruírem centros de pesquisa de empresas por lá, não só terminarão na cadeia, como suas respectivas ONG's cairão no ostracismo como vândalos comuns.
Aqui neste lado de baixo do Equador onde não existe pecado e qualquer paixão diverte, o chefe dos vagabundos aparece dando entrevista na TV como se fosse o próprio Robin Hood.
Nós, Índios.

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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Apáte »

Ainda bem que eu nunca endeusei empresários.
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Apáte »

Acauan escreveu:
Abmael escreveu: - Exato! - Alguns diriam que esta tradição paternalista vem dos senhores de engenho, no entanto, acho ela um mal menor.
- Pior é a tradição da empresa familiar, muitos empresários recusam entregar a administração na mão de profissionais e insistem e atribuir a filhos, netos e sobrinhos incapazes.


As grandes indústrias multinacionais também fomentaram muito o paternalismo, talvez conseqüência da forte pressão sindical que as matrizes da indústria automobilística sofriam em seus países de origem, reforçada pelas características próprias do mercado de trabalho brasileiro da época. Foi muito positivo, naquele tempo, pois nos anos sessenta um montão de gente vindas de buracos e fins de mundo comeu bife pela primeira vez na vida no restaurante da fábrica, recebeu seu primeiro par de sapatos decente porque a fábrica fornecia, visitou um médico pela primeira vez porque a fábrica pagava a conta ou criou novos e melhores hábitos higiene pessoal por conta das instalações disponíveis na fábrica, do comportamento coletivo e das campanhas educativas.

Hoje as coisas são diferentes, não somos mais um país de Jecas Tatus e preservar costumes corporativos do tempo em que éramos não é bom.

As indústrias familiares estão se desenvolvendo também. As que sobraram, bem entendido, uma vez que quase toda a indústria nacional de auto-peças do ABC, que eram todas familiares, foi comprada por grandes corporações mundiais e internacionalizada.
Os herdeiros remanescentes despertaram para a necessidade de se especializar ou entregar o negócio nas mãos de especialista, sob o risco de perdê-lo – e exemplos não faltam, o que é sempre uma motivação eficaz.

:emoticon122:
Editado pela última vez por Apáte em 21 Mar 2008, 20:51, em um total de 1 vez.
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Como de costume, o Abmael fala bobagem.

Um liberal nao ama empresarios, nem os tem como suprassumo da honestidade e integridade.

Milton Friedman dizia que um dos motivos mais fortes para se desejar um Estado reduzido e exatamente o fato de que quando o Estado e grande, os empresarios (ou outros grupos de pressao) se apoderam dele.

A America e um exemplo disso. Depois de um seculo (XIX) praticando livre mercado, certos empresarios comecaram a perceber que poderiam ganhar mais investindo em politica do que no aprimoramento das suas respectivas atividades.

E entao surgiram aberracoes como Sherman Act, subsidios agricolas e cotas de importacao, monstruosidades totalmente incompativeis com o espirito de liberdade que inspirou os fundadores daquela nacao.

Pra resumir, um liberal nao quer aumentar o poder de empresarios, ou coloca-los num pedestal moral acima dos demais. Ele so nao quer que os burocratas ganhem poder excessivo, uma vez que estes tem a tendencia a trabalhar mais por determinados grupos de empresarios do que pela populacao propriamente.

E empresarios tem muito mais a oferecer para a populacao competindo para ser o melhor no mercado do que comprando os politicos super poderosos dos Estados intervencionistas.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

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Fernando Silva
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Fernando Silva »

Acauan escreveu:É muito diferente. Se ecochatos europeus destruírem centros de pesquisa de empresas por lá, não só terminarão na cadeia, como suas respectivas ONG's cairão no ostracismo como vândalos comuns.
Aqui neste lado de baixo do Equador onde não existe pecado e qualquer paixão diverte, o chefe dos vagabundos aparece dando entrevista na TV como se fosse o próprio Robin Hood.

Off topic:
O problema é que os gringos têm uma visão romantizada do MST. As coisas chegam a eles muito filtradas. Hoje mesmo, no jornal, uma cantora canadense se refere a eles como idealistas defensores da justiça social.

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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Aranha »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Como de costume, o Abmael fala bobagem.

Um liberal nao ama empresarios, nem os tem como suprassumo da honestidade e integridade.


- Como de costume, você usa falsas acusações como argumento, começo a acreditar que tal ocorre mais por desonestidade que por desatenção, está bem evidente no quote abaixo que retirei da minha mensagem original que não me dirijo especificamente, aos liberais, e sim a um bem definido grupo de um bem definido sítio de INTERNET.

Abmael escreveu:- Percebo que aqui no RV os Ultra-liberais tem como dogma a máxima de que empresários são o supra-sumo da modernidade, honestidade e desenvolvimento da sociedade brasileira.supra-sumo da modernidade, honestidade e desenvolvimento da sociedade brasileira.


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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Aranha »

Acauan escreveu:
Veja, não é que os empresários nacionais não invistam em melhoria, eles não investem em pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias, porque em geral, salvo as grandes corporações, sai mais barato comprar soluções já disponíveis no mercado global do que desenvolver soluções domésticas.

Os investimentos em melhoria das pequenas, médias ou mesmo grandes indústrias são atualmente mais voltadas para adaptações criativas, uma vez que sai muito mais barato importar uma máquina, com toda a tecnologia embutida do que se meter a desenvolver seus próprios maquinários.

Quanto às falências nos primeiros anos, há algum tempo eram devido principalmente às instabilidades do mercado, hoje são antes decorrência da competição acirrada, que é cada vez mais impiedosa com os players mais fracos ou menos eficientes.


- Foi-se o tempo que a inovação se alimentava de espasmos esporádicos de criatividade, hoje em dia, os mais conscientizados entendem que inovação deve ser um processo contínuo dentro da empresa e deste processo depende a própria sobrevivência.

- Veja a Coca-Cola que ficou quase um século com um único sabor guardado numa fórmula secreta, na última década a mesma lançou uns dez novos sabores, isto é apenas um exemplo ilustrativo de como as coisas mudaram.

- Ainda mais quando as empresas são ameaçadas a todo momento por tecnologias disruptivas que levam à falência súbita, um caso bem conhecido é o da Polaroid que ainda comemorava o sucesso da foto instantânea quando ouviu um leve boato sobre câmeras digitais, quando deu por si estava falindo.

- Há alternativas para quem não tem dinheiro, o problema é a inércia, há financiamentos de pai-para-filho no BNDES, há a possibilidade de parcerias com outras empresas, com instituições de ensino e pesquisa e até programas de governo.
Acauan escreveu:
As grandes indústrias multinacionais também fomentaram muito o paternalismo, talvez conseqüência da forte pressão sindical que as matrizes da indústria automobilística sofriam em seus países de origem, reforçada pelas características próprias do mercado de trabalho brasileiro da época. Foi muito positivo, naquele tempo, pois nos anos sessenta um montão de gente vindas de buracos e fins de mundo comeu bife pela primeira vez na vida no restaurante da fábrica, recebeu seu primeiro par de sapatos decente porque a fábrica fornecia, visitou um médico pela primeira vez porque a fábrica pagava a conta ou criou novos e melhores hábitos higiene pessoal por conta das instalações disponíveis na fábrica, do comportamento coletivo e das campanhas educativas.

Hoje as coisas são diferentes, não somos mais um país de Jecas Tatus e preservar costumes corporativos do tempo em que éramos não é bom.

As indústrias familiares estão se desenvolvendo também. As que sobraram, bem entendido, uma vez que quase toda a indústria nacional de auto-peças do ABC, que eram todas familiares, foi comprada por grandes corporações mundiais e internacionalizada.
Os herdeiros remanescentes despertaram para a necessidade de se especializar ou entregar o negócio nas mãos de especialista, sob o risco de perdê-lo – e exemplos não faltam, o que é sempre uma motivação eficaz.


- Grandes corporações tendem a usar sobras de caixa para melhorar o padrão de vida dos operários, os executivos de RH moderninhos adoram isto, eu, enquanto empregado, acho ótimo, no entanto, a concorrência com chineses e indianos mortos-de-fome está levando até estas corporações a economizar palito-de-dente para fechar planilhas de custo, acho que essa era de boa vida está acabando, que pena, isto criava um vínculo quase familiar entre empresa e empregado e isto era bom para ambos.

- Ok, um determinado setor industrial de uma determinada área foi desnacionalizado e com isso encerrou a administração familiar, mas isso é um caso isolado, aqui em Brasília, por exemplo, a indústria moveleira é toda dominada por grupos familiares.


Acauan escreveu:
Abmael escreveu:- Mas também não é desculpa para não fazer, na Europa as empresas também sofrem cargas tributárias mais altas que as nossas e o fazem, os ecochatos também atuam em todos países desenvolvidos e são devidamente enfrentados.


É muito diferente. Se ecochatos europeus destruírem centros de pesquisa de empresas por lá, não só terminarão na cadeia, como suas respectivas ONG's cairão no ostracismo como vândalos comuns.
Aqui neste lado de baixo do Equador onde não existe pecado e qualquer paixão diverte, o chefe dos vagabundos aparece dando entrevista na TV como se fosse o próprio Robin Hood.


- Só um reparo, lá eles também dão entrevista na TV como se fossem o próprio Robin Hood.

- Mas, de qualquer forma, como pode um grupo clandestino de vândalos ignorantes tenha maior influência política, exposição na mídia e apoio popular que empresários bem-sucedidos donos da maior parte do PIB nacional?

- Falta competência aos empresários nacionais para influenciar mais nos destinos do Brasil.

Abraços,
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Com o uso conveniente de determinadas palavras nos podemos falar a todos e a ninguem ao mesmo tempo.

De qualquer modo, para todo mundo que tenha pensado que voce se dirigia a liberais, e nao aos fatidicos "ultra-liberais-que-nao-sao-liberais-em-particular do RV", e aos quais voce nao da nomes nem cita exemplos que caracterizem a sua afirmativa, eu coloquei a minha objecao.

E de qualquer modo, eu posso provar que por diversas vezes voce falou bobagens, o que explica o meu "como de costume".

Qualquer um disposto a examinar os dois expedientes podera dizer qual deles e o desonesto.
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Ilovefoxes »

Liberal é significado de que? De liberdade, liberdade para roubar dos pobres e dar para seus filinhos-de-papai!! Esses riquinhos acham que não roubam, não matam, não estupram, mas isso é tudo que eles sabem fazer! Deveriam de dar tudo que eles tem para mim que eu iria distribuir justamente entre os pobres!!!

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spink
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por spink »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Com o uso conveniente de determinadas palavras nos podemos falar a todos e a ninguem ao mesmo tempo.

De qualquer modo, para todo mundo que tenha pensado que voce se dirigia a liberais, e nao aos fatidicos "ultra-liberais-que-nao-sao-liberais-em-particular do RV", e aos quais voce nao da nomes nem cita exemplos que caracterizem a sua afirmativa, eu coloquei a minha objecao.

E de qualquer modo, eu posso provar que por diversas vezes voce falou bobagens, o que explica o meu "como de costume".

Qualquer um disposto a examinar os dois expedientes podera dizer qual deles e o desonesto.


O melhor patrão é o que paga gente como você. malan e gustavo franco para estudar às custas do Estado para ter feito as malandragens que fizeram.
Claro, após saberem das maracutaias do bc tem um ex diretor que leva seus puro-sangues de jatinho para competir no reino unido (não gosta do termo popular inglaterra).
Direitistas enrustidos ou não vão votar nos financiadores desses bilionários com a bolha cambial de 1999.
E a Mírian leitão que afirmava categoricamente em seus pronunciados e em suas colunas que a paridade tinha vindo para ficar. :emoticon45:
O orloff (Meenem) sucumbiu 2 meses antes.
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Acauan
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Acauan »

Abmael escreveu:- Foi-se o tempo que a inovação se alimentava de espasmos esporádicos de criatividade, hoje em dia, os mais conscientizados entendem que inovação deve ser um processo contínuo dentro da empresa e deste processo depende a própria sobrevivência.


Isto é correto, mas em muitos ramos de negócios a inovação indispensável a sobrevivência não é, necessariamente, a inovação no produto, mas a inovação no serviço prestado ao cliente, ponto no qual as deficiências são por vezes grotescas. Vide companhias telefônicas com seu aparato tecnológico de bilhões de dólares e sua incompetência crônica em resolver problemas simples dos assinantes.

O pãozinho de trigo é essencialmente o mesmo há milênios. Em ambientes competitivos sobrevive a padaria que melhor atende seus clientes e mais inova na melhoria deste atendimento.


Abmael escreveu:- Mas, de qualquer forma, como pode um grupo clandestino de vândalos ignorantes tenha maior influência política, exposição na mídia e apoio popular que empresários bem-sucedidos donos da maior parte do PIB nacional?
- Falta competência aos empresários nacionais para influenciar mais nos destinos do Brasil.


Esta é uma questão extremamente relevante e sua análise merecia um certo aprofundamento que não cabe aqui.

Os empresários brasileiros se mostraram competentes em diversas áreas da disputa econômica, mas em sua grande maioria se afastaram da disputa político-ideológica.
O símbolo maior do poderio econômico empresarial, a FIESP, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, que em seu auge era alvo de permanente interesse dos órgãos de comunicação, com seu presidente da época sendo disputado a tapa pelos repórteres, toda vez que algum novo acontecimento relevante na política ou economia indicava que tal representante de classe deveria ser um dos primeiros a ter sua opinião ouvida.

Hoje ninguém mais nem lembra que a FIESP existe e, para falar a verdade, a última vez que andei pelas salas da pirâmide da Paulista achei os carpetes um tanto gastos.

Mas o fato é que enquanto as organizações cheias de motivação ideológica se fortaleceram nos últimos vinte anos, ocupando o vácuo político que os militares deixaram ao sair desacreditados do poder, os empresários se recolheram às suas ocupações rotineiras, talvez achando que militância política havia deixado de ser um esporte de cavalheiros e se tornara agitação de gentalha, coisa de pobre.

Deu no que deu.
Nós, Índios.

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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por spink »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Como de costume, o Abmael fala bobagem.

Um liberal nao ama empresarios, nem os tem como suprassumo da honestidade e integridade.

Milton Friedman dizia que um dos motivos mais fortes para se desejar um Estado reduzido e exatamente o fato de que quando o Estado e grande, os empresarios (ou outros grupos de pressao) se apoderam dele.

A America e um exemplo disso. Depois de um seculo (XIX) praticando livre mercado, certos empresarios comecaram a perceber que poderiam ganhar mais investindo em politica do que no aprimoramento das suas respectivas atividades.

E entao surgiram aberracoes como Sherman Act, subsidios agricolas e cotas de importacao, monstruosidades totalmente incompativeis com o espirito de liberdade que inspirou os fundadores daquela nacao.

Pra resumir, um liberal nao quer aumentar o poder de empresarios, ou coloca-los num pedestal moral acima dos demais. Ele so nao quer que os burocratas ganhem poder excessivo, uma vez que estes tem a tendencia a trabalhar mais por determinados grupos de empresarios do que pela populacao propriamente.

E empresarios tem muito mais a oferecer para a populacao competindo para ser o melhor no mercado do que comprando os politicos super poderosos dos Estados intervencionistas.


Muito bom para quem está na Europa(à qual união dezpreza) com o dinheiro do lula.
Seria coerente se você tivesse suplicado ao presidente fragorosicamente derrotado no segundo turno.
porém, os "liberais" brazucas vivem em outro planeta.
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Wallace »

O dinheiro é do Lulla, é?

Ahhh, mas esse Lulla é muito bonzinho...

E pelo que vejo ele está fincando menos burro, "dando dinheiro" pra uma parte da populalção que realmente pode fazer alguma diferença.
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »

spink escreveu:com o dinheiro do lula



Talvez eu devesse exercer o direito de nao responder apoiado na prerrogativa de nao discutir com idiotas, e voce e um idiota.

Mas ate mesmo para um idiota contumaz a sua frase e excessiva.

Ninguem e financiado pelo "dinheiro do Lula", exceto talvez seus familiares e comparsas. Independente do que petralhas cretinos e bocais, como voce, queiram, e o dinheiro do contribuinte que paga as bolsas de estudo brasileiras. E o erario nao e a propriedade privada do presidente da republica. Sua afirmacao e caracteristica do abuso de poder petralha e dos rompantes maquiavelicos dessa raca.

Mas mesmo forcando a barra, a sua afirmacao espuria e falsa, pois eu nunca disse que recebia bolsa do Brasil, e de fato nao recebo um centavo sequer do dinheiro publico brasileiro, nem nunca recebi desde que sai do Brasil. Nao que isso seja da conta de qualquer um aqui, e digo apenas para caracterizar o ato de calunia.
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por spink »

Você sobrevive com a grama do papai ou da mamãe?
Tudo bem; é um trocadilho infame.
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Wallace »

Usuário deletado escreveu:Alguns esquerdistas mancham a imagem de ótimos esquerdistas que temos aqui como o Bruno e o Sama, lamentável.


Data venia, caro amiguinho...

Esquerdista bom aqui e com mais de dois neurônios (funcionando :emoticon12: ) é o André... O resto se for elogiável é por camaradagem...
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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Fernando Silva »

spink escreveu:O melhor patrão é o que paga gente como você. malan e gustavo franco para estudar às custas do Estado para ter feito as malandragens que fizeram.

Bolsas de estudo são (ou deveriam ser) um investimento do Estado em indivíduos que podem vir a ser importantes para o país.

Quanto a Malan e Gustavo Franco, devemos a eles, em grande parte, a dívida externa renegociada de modo a se tornar pagável, o Plano Real e o fim da inflação.

Mas a esquerda, que se opôs ao Plano Real como sendo uma maracutaia eleitoreira (e perdeu 2 eleições por isso), prefere fingir que não viu seu sucesso e agora diz que foi Lula que acabou com a inflação e descobriu o Brasil.
O problema é que o povinho burro tem memória curta e acredita :emoticon8:

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Re: Sobre o Endeusamento dos Empresários

Mensagem por Aranha »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Com o uso conveniente de determinadas palavras nos podemos falar a todos e a ninguem ao mesmo tempo.


- E simulando ter entendido do jeito mais conveniente podemos acusar qualquer um de qualquer coisa.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
De qualquer modo, para todo mundo que tenha pensado que voce se dirigia a liberais, e nao aos fatidicos "ultra-liberais-que-nao-sao-liberais-em-particular do RV", e aos quais voce nao da nomes nem cita exemplos que caracterizem a sua afirmativa, eu coloquei a minha objecao.


- Pode ficar tranquilo, você não está entre eles.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
E de qualquer modo, eu posso provar que por diversas vezes voce falou bobagens, o que explica o meu "como de costume".


- E por diversas vezes você "entendeu" o que escrevi de forma deturpada o que explica minha desconfiança.

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Qualquer um disposto a examinar os dois expedientes podera dizer qual deles e o desonesto.


- Que seja.

Abraços,
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