Ele desmata à vontade, mas critica a Vale. Já plantou transgênicos, mas se acha no direito de depredar a propriedade dos outros que fazem o mesmo.
E uma turma de idiotas da UFRJ (minha escola...) o escolheu como paraninfo

Lembro-me de que os brasileiros viviam dizendo, antes de 1964: "Cadê o exército, que não faz nada?"
Justiça proíbe MST de promover 'atos violentos' contra Vale.
Stédile diz que ações continuarão
"O Globo" 20/03/2008
Após seguidas invasões de suas instalações, a Vale - antiga Companhia Vale
do Rio Doce - obteve nesta quarta-feira, na 41ª Vara Cível do Tribunal de
Justiça do Rio, liminar que proíbe o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST) e seu dirigente João Pedro Stédile de "incitar e promover atos
violentos" contra a empresa, sob pena de multa de R$ 5 mil por ato violento
ou interrupção. Stédile avisou, por sua vez, que ações do movimento não vão
parar e ameaçou não cumprir a decisão judicial.
- Isso não depende de ninguém. Em qualquer região do Brasil, quando tem uma
parte da população que está enfrentando algum problema com algum
latifundiário ou com qualquer empresa, as comunidades têm total autonomia
para se organizarem, se manifestarem e tomarem as decisões que quiserem -
explicou.
Ele afirmou não ter se surpreendido com a ação, que classificou de "medida
desesperadora da direção, que está em dívida com o povo brasileiro".
- O seu (Roger) Agnelli (presidente da Vale) é um preposto do Bradesco, mas
a Vale pertence ao povo brasileiro. Então ele tem todo o direito de
espernear. E nós temos o direito de continuar a luta para reestatizar a
Vale. A Vale está em dívida com várias comunidades onde atua, não honra suas
obrigações. Nós só fizemos essas ações para pressionar a Vale a cumprir suas
obrigações e abandonar projetos prejudiciais ao meio ambiente - disse
Stédile.
Stédile diz que multa ao MST é uma idiotice
Stédile, que participou nesta quarta de aula magna no campus da Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, Zona Norte do Rio,
afirmou ainda que tem multas muito mais altas em outros processos e que
multar o MST para tentar conter o movimento "é uma idiotice":
- Você acha honestamente que é o fato de ter uma multa de R$ 50 (na verdade,
R$ 5 mil) contra mim que vai convencer o povo do Pará a não parar o trem?
Isso é uma idiotice.
O coordenador do MST afirmou que assinou uma citação da juíza Patrícia
Rodriguez Whathely para explicar em juízo, no prazo de 15 dias, a petição da
Vale.
- A Vale é toda poderosa, mas não manda na Justiça - disse.
O dirigente recomendou ainda que a Vale contrate um sociólogo para explicar
a natureza das lutas e dos movimentos sociais, o que eles querem e por que
se mobilizam.
- Se a população está se mobilizando, não adianta eles (a Vale) quererem
botar a culpa em mim. Eles deveriam perguntar para a população por que ela
está se mobilizando - afirmou Stédile.
A juíza entendeu que "o fato de o MST não possuir personalidade jurídica não
impede sua participação em processo judicial, devendo seu dirigente nacional
representá-lo". Afirma ainda que não importam "os motivos que levaram os
integrantes do primeiro (MST) a realizarem tal tipo de manifestação (atos
violentos), mas sim se é permitido esse tipo de protesto em um estado
democrático de direito".
- A Vale tem proposto ações possessórias, mas, diante dos recorrentes atos
de hostilidade do MST, decidiu ir mais fundo e partiu para esta ação de
amplo espectro. Mostramos que o MST, coordenado por Stédile, vem tomando uma
série de atitudes contra a Vale, incitando seus membros a perturbar o
desenvolvimento das atividades da Vale, tentando obstruir linhas férreas,
invadindo instalações ou se apoderando de bens. A juíza acatou a
argumentação - disse o advogado Sérgio Bermudes, que propôs a ação.
Em nota , o MST afirmou que a companhia "deveria trabalhar para resolver os
problemas sociais e ambientais das áreas onde está instalada, em vez de
criar obstáculos para a realização de manifestações legítimas que fazem
parte da democracia".
A Vale, por sua vez, também divulgou uma nota , em que "reafirma seu
compromisso com a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável
das regiões onde atua, e repudia atos violentos e o constante desrespeito ao
Estado de Direito por parte do MST."
No último dia 10 de março, 800 sem-terra ocuparam por 12 horas os trilhos de
uma das principais ferrovias da companhia, em Resplendor, em Minas. Cerca de
300 mil toneladas de minério deixaram de ser transportadas, afetando a
programação de exportações da empresa no Porto de Tubarão (ES).
Manifestantes desocupam a Hidrelétrica de Estreito
Integrantes do MST, da Via Campesina e do Movimento dos Atingidos por
Barragens desocuparam nesta quarta a entrada principal do canteiro de obras
da Hidrelétrica de Estreito, no Maranhão. Durante oito dias, os funcionários
ficaram impedidos de trabalhar.