Ele morreu por nós

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NadaSei
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Re: Ele morreu por nós

Mensagem por NadaSei »

Fernando Silva escreveu:Eu testei a aspirina e ela funcionou comigo. Se alguém disser que com ele não funcionou, vou respeitar sua afirmação.
Por outro lado, é possível provar que a aspirina funciona. Basta registrar a atividade do cérebro e ver o que muda (ou não ).

Isto é possível hoje em dia, mas não era no passado recente, quando tínhamos que confiar em declarações pessoais.

Não adiantaria nada Fernando, eu não sei o que significam essas áreas "acendendo" ou "apagando" no cérebro, eu continuaria tendo que confiar no relato do médico de que elas significam que a dor passou e a aspirina funcionou.

Registrar sinais elétricos não muda nada para quem não entende o que esses sinais representam, sem falar que mesmo os que entendem, podem tirar conclusões diferentes, tanto que os opositores da "viagem astral" testaram pessoas e registraram esses sinais.
Pra eles, ver áreas acendendo significaram que a mente está "criando" imagens irreais, já para os praticantes de viagem astral, significa que mostraram que eles estão "vendo" o plano astral e que o equipamento demonstrou que eles estão vendo algo.
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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NadaSei
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Re: Ele morreu por nós

Mensagem por NadaSei »

Ilovefoxes escreveu:Eu acho que há um problema em entender a linha entre ônus da prova e dúvida razoável.

O ônus da prova cabe a quem afirma...

Eu tenho certeza de que o problema esta é em entender a linha que diferencia a dúvida da negação.
Uma afirmação, seja ela positiva ou negativa, continua sendo uma afirmação que se propõe a dizer qual é a verdade e, isso difere em muito da dúvida racional, do ceticismo.

Vejo muitos que fazem afirmações e crêem piamente nelas, negando coisas e afirmando que são irreais, ao mesmo passo em que afirmam ("explicam") qual é a "verdade" sobre tais coisas... mas que estão crentes de que estão sendo "céticos".
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Ilovefoxes
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Re: Ele morreu por nós

Mensagem por Ilovefoxes »

"Negacismo" parece ser só um termo fútil, apelando para improvabilidades pouco prováveis para justificar a "dúvida".

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NadaSei
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Re: Ele morreu por nós

Mensagem por NadaSei »

Ilovefoxes escreveu:"Negacismo" parece ser só um termo fútil, apelando para improvabilidades pouco prováveis para justificar a "dúvida".

Ou pra quilo que você "acredita" que seja pouco provável...

O problema maior é "julgar" o "provável" com base em aparências e ao extrapolar conhecimento científico, tentando avaliar o que a ciência desconhece.
Eu mesmo fazia isso quando era ateu e "acreditava" que a religião falava sobre coisas pouco prováveis... hoje vejo claramente como andamos pelo "vale da sombra e da morte", como o "poder ilusório de Deus" (véu de maya) prende a mente humana, etc... Vivemos no que poderia ser definido como o inferno, em uma verdadeira "era das trevas industrial".
Temas tão antigos e tão verdadeiros...
Uma vez que o ceticismo adequadamente se refere à dúvida ao invés da negação - descrédito ao invés de crença - críticos que assumem uma posição negativa ao invés de uma posição agnóstica ou neutra, mas ainda assim se auto-intitulam "céticos" são, na verdade, "pseudo-céticos".

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Re: Ele morreu por nós

Mensagem por Ilovefoxes »

NadaSei escreveu:tentando avaliar o que a ciência desconhece.
Bah, queria evitar partir para o lado pessoal, mas vendo pelo que você geralmente posta, já imagino o que você tem em mente...

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Fernando Silva
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Re: Ele morreu por nós

Mensagem por Fernando Silva »

NadaSei escreveu:Registrar sinais elétricos não muda nada para quem não entende o que esses sinais representam, sem falar que mesmo os que entendem, podem tirar conclusões diferentes, tanto que os opositores da "viagem astral" testaram pessoas e registraram esses sinais.

Mas já é um início. É muito mais garantido que se basear apenas na opinião das pessoas. É algo objetivo.
É bem possível que um dia o cérebro esteja totalmente mapeado.
NadaSei escreveu:Pra eles, ver áreas acendendo significaram que a mente está "criando" imagens irreais, já para os praticantes de viagem astral, significa que mostraram que eles estão "vendo" o plano astral e que o equipamento demonstrou que eles estão vendo algo.

Sim, estão vendo. Resta saber se é real. Eu vejo um monte de coisas estranhas todas as noites.

Trancado