No seu livro de 2007, da Free Press, Behe lança mão de dados quantitativos para derrubar a mutação randômica e a seleção natural como mecanismos evolutivos (pois ele acredita que a evolução tenha ID). ele dá exemplo da limitação da atuação da mutação randômica e da seleção natural (cito três)
Primeiro argumento:
O Plasmodium falciparum, em contato com a cloroquina, demorou cinqüenta anos para conseguir resistência, com a formação de duas mutações, para um total de 100 000 000 000 000 000 000 indivíduos. Não houve modificação substancial do Plasmodium, após a formação de tamanha população, na sua resistência a cloroquina.
Segundo argumento:
As bactérias cultivadas em laboratório, após bihões de bilhões de indivíduos sofrendo alterações ambientais produzidas por cientistas não apresentaram modificação substancial no seu genótipo... A resistência antimicrobiana foi uma pequena modificação.
Terceiro argumento:
O vírus HIV que formou bilhões de bilhões de indivíduos ao lutar contra o ser humano e sofre uma taxa de mutação 10 000 vezes maior do que o Plasmodium não apresentou modificação substancial no seu fenótipo quando apresentou resistência aos anti-retrovirais...
Behe argumenta que ao cessar o uso da cloroquina, as mutações não se sustentaram na natureza.
Minha experiência clínica indica que em uroculturas muitas Escherichia coli são sensíveis (são mortas) por TODOS os antibióticos, sendo praticamente impossível que um ser humano NUNCA tenha usado antibiótico-OU SEJA, A RESISTÊNCIA ANTIMICROBIANA NÃO SE SUSTENTA NA NATUREZA
A conclusão é a de que a seleção natural e a mutação não podem ser os mecanismos evolutivos conforme evidenciado pela ancestralidade comum, que BEHE aceita.

Fica a questão bacteriana(de novo):
Se um ser que já produziu 10 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 000 de indivíduos nos supostos últimos 4 000 000 000 de anos NÃO MUDOU NADA, POR QUE O SER HUMANO MUDARIA EM 1 000 000 DE ANOS?
Conclusão:
Com certeza a mutação randômica e a seleção natural explicam a mudança da cor na asa da mariposa, mas não como a mariposa se tornou mariposa...
