Isabella das favelas.

[Fedidovisk]

é tão mais importante o que os outros sinceramente "acham" do que realmente fazem... mostrar preocupação sem ação não adianta coisa nenhuma, e ação sem sentimento, funciona e muito...

mas todo caso, altruísta é não impor sua opinião sobre os outros... é viver sua vida sem esperar de ninguém...

egoísta é achar que eu tenho que me importar sobre algo só porque alguém acha que isso é o "correto", e o que é pior, quando fora dessa linha de pensamento pessoal do correto, és incluído em um grupo equivalente à assassinos e criminosos de toda espécie já agora no geral, só porque fostes contra uma linha de pensamento pessoal. É a demonização do indivíduo. Se não está comigo, só pode estar não só contra mim, mas também contra todos.

Eu tenho medo... tenho medo...

[Deise Garcia]

Não há obviedade alguma, senão o fato de que você e outros tantos gostam de catar uma chance qualquer para vitimizar pobres e crucificar a malfadada classe média!

Não fuja da pergunta:

O que é bom, afinal? Ser esquadrinhado ou esquecido?

Quando o pobre vai em cana, vocês dizem que se fosse rico ou classe média, fazem cara de paisagem e encobrem o fato, porque rico e classe média nunca vão presos, nem são julgados, se protegem e blablablá!
Quando rico ou classe média são expostos e investigados, vocês querem que prendam os criminosos pobres também?

Temos sim a obviedade dos fatos da diferenciação de julgamento entre pobres e ricos. Qualquer pessoa em sã consciencia conhece os pesos e medidas da justiça. Não podemos nos distanciar disto porque temos situação mais privilegiada de pertencer a "malfadada" classe média".
Quando o pobre vai em cana o caso cai no esquecimento porque pobre, por conta da sua condição social, é mais problemático. Mas um crime é sempre crime. E isto merece destaque seja em que classe social acontecer.

O que vocês querem, afinal? Que rico vá em cana ou não? Responda.

Isto abre mais um precedente! As pessoas que tem um mínimo de senso de justiça e desejam que ela seja colocada em prática desejam que o crime seja punido.

[Apo]

"Bem diferente" no quê? É mais trágico pois aceita-se menos que pais assassinem uma filha do que bandidos arrastem o filho dos outros. A diferença é a tragédia acontecendo dentro do lar, embora saibamos ( mas não queiramos ver ) que as maiores violências e abusos acontecem no "aconchego" familiar.

É diferente pelo fato de o caso do João Hélio ser de interesse coletivo.

O fato de ser coletivo é apenas um dos motivos que temos para nos "tocar". O fato de acontecer na casa ao lado da nossa ou dentro da nossa família é outro motivo que temos para nos "tocar". Penso que este mais chocante ainda e perturbador. Não é toda esquina e toda hora durante nossa vida que encontramos um cara a fim de arrastar nosso filho. Mas nossa família, nossos futuros cônjuges, parentes e amigos de família podem muito bem protagonizar uma cena destas. Ninguém está livre. E acontece o dia inteiro,mas fazemos de conta que não, já que gente boa, de família, nunca é considerada bandido em potencial.

O fato do caso João Hélio por acaso ter uma ligação com a questão da maioridade em nada o faz ser mais ou menos dramático ou pesaroso do que o caso Isabella ou qualquer um outro em que maldade com crianças estejam envolvidas.

O ponto não é qual caso é mais pesaroso, mas sim em qual caso se justifica uma cobertura maior da imprensa, o caso Isabella é de interesse particular, o excesso de cobertura é extremamente ridículo.

Então o caso João Helio também é particular. Não foi com a minha filha e nem na minha cidade.
O que pode servir de argumento aqui é apenas o seguinte: em ambos os casos, as coberturas em excesso são ridículas, sensacionalistas e podem servir de exemplo para bandidos estranhos e bandidos da família.

Dizer que que as pessoas não estão realmente querendo justiça, ou chocadas com um episódio destes também é meio radical. Estas coisas costumam nos tocar muito fundo, e dizem respeito a toda uma fragilidade do instinto animal que reside escondido na raça humana, quando os que deveriam proteger, são traidores dos interesses de perpetuação da raça.

Você está fazendo um pré-julgamento, o que fere o princípio constitucional da presunção da inocência, um indivíduo só pode ser considerado culpado de determinado crime após trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade alguma de recurso.

Pára com isto...estou discutindo em cima de teses e de um pré-julgamento sim que a promotoria está fazendo todos os dias! Estamos num forum discutindo a questão de forma geral. Que bobagem é esta agora?

Pais sofrem ao imaginar que alguém possa fazer isto com seus filhos e filhos ficam assustados porque não sabem de quê são capazes seus pais, os que costumam bater, por ex, e os que nunca demonstraram seu lado violento.

É muito duro saber que estas coisas podem estar acontecendo ao nosso lado e não podemos evitar.

Casos muito piores acontecem todos os dias no país, existem várias "Isabellas" anônimas por aí, não vejo porque este caso em particular merece mais cobertura do que os tantos outros que ocorrem.

E daí? Pegaram este como pegaram o do austríaco. Mas no Brasil, provavelmente, haja interesses em colocar estas coisas em foco, para distrair a opinião pública do que acontece criminosamente com a nossa justiça em geral ( como no próprio caso, que entregaram a chave para a família logo depois do crime, assim eles puderam "lavar" a cena do crime. Quem está interessado em ver o caso da filha ser resolvido, não elimina provas).

Mas talvez o dia em que você tiver filhos, entenda que dor é esta.

Que coisa mais non sequitur, porque a dor que a mãe da menina está sentindo deve implicar em cobertura massante da imprensa?

Não interessam aqui pseudo-intelectualismos como citar falácias. Estou é querendo é demonstrar que uma dose de interesse da sociedade e da opinião pública reside no fato de que a sociedade demanda justiça em qualquer caso, notadamente nos que nos dizem respeito ( direta ou indiretamente). Quem tem filhos ( neste caso em especial) dá muito mais vazão à sentimentos de revolta do que quem não os têm. E isto é fato.

[spink]

E também no Rio de Janeiro onde tem tantos traficantes...e assaltos...balas perdidas e etc...ninguém quer saber....esse tipo de coisa já virou comum...

como já disse aqui; a topografia do rj torna impossível "isolar" o pobre.
o cara desce o morro e está na "parte rica".
diferente de sp, onde, em alguns casos demora-se até quase 4 horas o trajeto do subúrbio ao trabalho.

[Fedidovisk]

Pior do que a dor humana ser explorada pelo mercado ou mídia, é ser usada por ideólogos...