Brasil e seus vizinhos - ¿parcero o gatón?

Fórum de discussão de assuntos relevantes para o ateísmo, agnosticismo, humanismo e ceticismo. Defesa da razão e do Método Científico. Combate ao fanatismo e ao fundamentalismo religioso.
Avatar do usuário
user f.k.a. Cabeção
Moderador
Mensagens: 7977
Registrado em: 22 Out 2005, 10:07
Contato:

Re: Brasil e seus vizinhos - ¿parcero o gatón?

Mensagem por user f.k.a. Cabeção »


Deixa eu ver se eu entendi: o argumento do Abmael e o de que apesar das semelhancas, Hitler e Mussolini eram extremamente loucos, logo a comparacao e absurda, e portanto, apesar do Acauan ter melhores argumentos e saber citar fatos com mais eficiencia, ele esta errado; e o que devemos fazer e apenas sentar e esperar a confirmacao de que o Abmael esta certo, apesar dele nao conseguir dar nenhum outro argumento para isso.

A logica e a de que o Acauan denuncia um mal, por isso ele e denuncista, extremista e cre em teorias da conspiracao; logo, devemos ignora-lo e acreditar num Abmael que nada apresenta exceto sua fe irracional de que a situacao nao e tao ruim quanto parece, tao implacavel que ate apostaria uma caixa de cerveja nisso.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Re: Brasil e seus vizinhos - ¿parcero o gatón?

Mensagem por Aranha »

user f.k.a. Cabeção escreveu:
Deixa eu ver se eu entendi: o argumento do Abmael e o de que apesar das semelhancas, Hitler e Mussolini eram extremamente loucos, logo a comparacao e absurda, e portanto, apesar do Acauan ter melhores argumentos e saber citar fatos com mais eficiencia, ele esta errado; e o que devemos fazer e apenas sentar e esperar a confirmacao de que o Abmael esta certo, apesar dele nao conseguir dar nenhum outro argumento para isso.

A logica e a de que o Acauan denuncia um mal, por isso ele e denuncista, extremista e cre em teorias da conspiracao; logo, devemos ignora-lo e acreditar num Abmael que nada apresenta exceto sua fe irracional de que a situacao nao e tao ruim quanto parece, tao implacavel que ate apostaria uma caixa de cerveja nisso.


- É mais ou menos isso, pena que você esteja sendo um tanto parcial, mas é um companheirismo ideológico-moderático compreensível.

- O problema é que tanto você quanto ele, embora tenham boa retórica, não apostariam nem meia caixa nessas teorias conspiratórias.


Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Avatar do usuário
Acauan
Moderador
Mensagens: 12929
Registrado em: 16 Out 2005, 18:15
Gênero: Masculino

Re: Brasil e seus vizinhos - ¿parcero o gatón?

Mensagem por Acauan »

Abmael escreveu:- O problema é que tanto você quanto ele, embora tenham boa retórica, não apostariam nem meia caixa nessas teorias conspiratórias.


Vejamos os motivos pelos quais eu apostaria mais que meia caixa de cerveja na validade do que disse e depois você demonstre em que baseia sua idéia de que o Cabeça e eu estamos iludidos com teorias conspiratórias e iludindo com retórica ou vice-versa.

Fato 1: Hugo Chavez está se armando até os dentes, sua força aérea já supera a FAB em um país com uma pequena fração do espaço aéreo brasileiro e com muito menos fronteiras que o Brasil.
Desdobramentos possíveis do Fato 1:
a) Chavez comprou muitas armas modernas e poderosas, mas não tem intenção de usá-la. Ele as compra porque tem dinheiro sobrando para brincar de aviãozinho;
b) Se Chavez se armou é porque tem intenção de usar estas armas, nem que seja como poder intimidatório contra seus vizinhos;

Fato 2: Chavez intervém abertamente no governo da Bolívia e declarou publicamente que enviará tropas para aquele país para defender o governo Morales em caso de sublevação interna. Dado relevante - entre os territórios da Venezuela e da Bolívia existe o território brasileiro.
Desdobramentos possíveis do Fato 2:
a) Chavez disse que fará, mas não fará;
b) Se Chavez disse que fará, é possível que faça;

Fato 3. Chavez financia, apoia e influencia a organização terrorista FARC, que mata, sequestra e extorque civis, trafica drogas e atua para desestabilizar o governo democraticamente eleito da Colômbia, tem bases no Equador e registra incursões em território nacional, algumas das quais com agressões armadas contra patrulhas de fronteira do exército brasileiro;
Desdobramentos possíveis do Fato 3:
a) Não há nenhum risco para o Brasil no fato de que um grupo terrorista armado e financiado por Hugo Chavez faça incursões em território brasileiro e atire em nossos soldados;
b) Uma organização terrorista que invade o território brasileiro e atira em nossos soldados deve ser considerada inimigo armado do Brasil, tratado como ameaça à segurança nacional e seus apoiadores e financiadores devem ser conclamados a escolher um lado;

Fato 4. A demonstração de fraqueza do governo brasileiro no episódio em que o presidente da Bolívia, sob a orquestração de Hugo Chavez, invadiu com tropas armadas as refinarias de propriedade do Brasil - um país amigo que não deu motivos para tal agressão - e tomou a força estas propriedades, sem qualquer tentativa de negociação, motivou o presidente eleito do Paraguai a também desafiar os interesses brasileiros e fazer exigências absurdas quanto a Itaipu.
Desdobramentos possíveis do Fato 4:
a) As futuras demonstrações de fraqueza do Brasil serão entendidas por seus vizinhos como um gesto de boa vontade e confiança de uma nação amiga;
b) Cada nova demonstração de fraqueza motivará mais e mais exigências absurdas dos países vizinhos contra os interesses do Brasil;

Fato 5: Chavez mantém relações próximas com o governo teocrático islâmico do Irã, com o qual negocia um acordo nuclear.
Desdobramentos possíveis do Fato 5:
a) Chavez e os aiatolás iranianos querem acesso à tecnologia nuclear para fins pacíficos de produção de energia por entenderem que as gigantescas reservas de petróleo de seus países talvez sejam insuficientes para suprir suas demandas energéticas daqui a alguns séculos;
b) Aí tem!

Poderia citar mais uma centena de fatos e seus desdobramentos, mas bastam estes para levantar a questão de por que cargas d'água quem escolheu as opções "b" dos desdobramentos possíveis dos fatos expostos seria um teórico da conspiração que os optantes da opção "a" tem que trazer à realidade.

Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Avatar do usuário
Fenrir
Mensagens: 1107
Registrado em: 01 Fev 2008, 22:38
Gênero: Masculino

Re: Brasil e seus vizinhos - ¿parcero o gatón?

Mensagem por Fenrir »

Chavez é esperto e ambicioso. E parece se preocupar bastante com seus vizinhos andinos... Talvez porque veja a sí próprio como uma espécie de Simón Bolívar contemporâneo.

Teoria da conspiração ou não, o Brasil deveria ficar de olho nele.
Antes pecar por excesso de prudência.
"Man is the measure of all gods"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)

"The things are what they are and are not what they are not"
(Fenrígoras, o sofista pós-socrático)

"As mentes mentem"
(Fenrir, o mentiroso)

Avatar do usuário
Aranha
Mensagens: 6595
Registrado em: 18 Out 2005, 22:11
Gênero: Masculino
Localização: Nova York
Contato:

Re: Brasil e seus vizinhos - ¿parcero o gatón?

Mensagem por Aranha »

Caro Acauan,

- Em primeiro lugar, não há correlação entre os fatos relatados, eles ocorreram ao longo do tempo dentro de situações e contextos diferenciados.

- Todo mundo sabe quem é o Inimigo externo eleito por Chavez para justificar seu autoritarismo, o qual ele teme e odeia mortalmente e contra qual se arma irracionalmente.

- Todo mundo sabe também que Chavez se guia pela velha máxima que “o inimigo de meu inimigo é meu amigo”, o que explica bem melhor seu bom relacionamento com o Irã, Rússia, Cuba, Bolívia, etc.

- A pretensa superioridade num único item de armamento militar se deve mais à penúria pelo que passa a FAB que não compra aviões novos há uns 15 anos do que a interesses ocultos, jamais comprovados, que Chavez quer enviar caças russos para nos bombardear com artefatos nucleares Iranianos.

- Tanto é que os caças Sukhoi foram comprados porque a força aérea Venezuelana tinha apenas 16 aviões F-16 com 25 anos de uso, dos quais só 5 ainda voavam, aos quais os EUA não prestavam manutenção há mais de 3 anos por razões mais que óbvias, uma estória semelhante pode ser contada sobre os fuzis FAL de fabricação norte-americana com 50 anos de uso substituídos por fuzis stalishalguma-coisa de fabricação russa.

- Se Chavez quer tanto atacar o Brasil porque chegou a tentar comprar 24 supertucanos de seu pretenso inimigo? – Compra obviamente embargada pelos EUA pois os turbohélices tinham tecnologia americana embarcada.

- O Brasil ficou ao lado de Chavez durante o golpe, o Brasil apoiou a entrada da Venezuela no Mercosul, empresas Brasileiras constuíram o metrô de Caracas e a ponte do rio Orinoco, o Brasil apoiou a candidatura da Venezuela a uma cadeira rotativa no conselho de segurança da ONU, não seria mais coerente Chavez atacar a Colômbia ou os EUA?

- Em nenhum momento foi colocada nenhuma ameaça explícita, nenhuma disputa territorial, nenhum interesse brasileiro ou venezuelano contrariado, nenhuma desavença entre os países, enfim, nenhum motivo para agressão militar.

- É óbvio que a Venezuela nunca teria chance alguma de vencer este conflito, mesmo dispondo dos tais 24 caças Sukhoi rondando nosso imenso espaço aéreo 24 horas, as chances de vitória ainda são nulas, sendo assim, qual o interesse da Venezuela em atacar seu segundo (ou terceiro) maior parceiro comercial, o qual não tem condições de vencer e que nunca sequer a ameaçou?

- No que se refere a supostas demonstrações de fraqueza, o texto inicial já demonstra que bancar o machão fecha mais portas que abre, vale lembrar que os EUA ( que são machões) já viram suas petroleiras serem nacionalizadas na marra várias vezes (Na Bolívia e na Venezuela inclusive) e tiveram que entregar o Canal do Panamá antes do tempo previsto no contrato, revezes típicos de potências imperialistas hegemônicas, que passaremos a enfrentar cada vez mais.

Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker

Avatar do usuário
Acauan
Moderador
Mensagens: 12929
Registrado em: 16 Out 2005, 18:15
Gênero: Masculino

Re: Brasil e seus vizinhos - ¿parcero o gatón?

Mensagem por Acauan »

Abmael escreveu:Caro Acauan,

- Em primeiro lugar, não há correlação entre os fatos relatados, eles ocorreram ao longo do tempo dentro de situações e contextos diferenciados.


Só falta avisar o Hugo Chavez disto, pois em sua desinformação ele acredita que todas as suas ações estão integradas dentro do tal Projeto Bolivariano para as Américas.

Abmael escreveu:- Todo mundo sabe quem é o Inimigo externo eleito por Chavez para justificar seu autoritarismo, o qual ele teme e odeia mortalmente e contra qual se arma irracionalmente.


Até o bocó do Chavez sabe que basta um peido da aviação naval dos Estados Unidos da America para reduzir a cinzas todo aquele arsenal comprado a peso de ouro, logo há os inimigos de discurso e os potencialmente de fato, sendo o primeiro destes a Colômbia, contra a qual o ditadorzinho já movimentou tropas para a fronteira, e depois um possível movimento separatista ou insurgente contra o índio ladrão na Bolívia.
O Brasil, com seus Marco Aurélio Garcia e Celso Amorim da vida, mostra-se tão subserviente aos planos do babacão de boina vermelha que realmente não dá motivos para hostilidades, o que não impediu que o maledeto nos pusesse na bunda no episódio do roubo das nossas refinarias, do qual foi obviamente o patrocinador da idéia.
Se faz isto mesmo quando o Brasil se mostra o amigo bonzinho e bobão, o que não fará quando o bobão não pactuar com seus interesses?


Abmael escreveu:- Todo mundo sabe também que Chavez se guia pela velha máxima que “o inimigo de meu inimigo é meu amigo”, o que explica bem melhor seu bom relacionamento com o Irã, Rússia, Cuba, Bolívia, etc.


Ah bom..., agora você me deixou muito mais tranqüilo...


Abmael escreveu:- A pretensa superioridade num único item de armamento militar se deve mais à penúria pelo que passa a FAB que não compra aviões novos há uns 15 anos do que a interesses ocultos, jamais comprovados, que Chavez quer enviar caças russos para nos bombardear com artefatos nucleares Iranianos.


O único motivo pelo qual a FAB é sucateada, assim como praticamente todas as forças aéreas da América do Sul, é que todos os países do continente perceberam a bobagem que seria uma corrida armamentista local, seguindo o exemplo do Brasil, que sendo o maior país, e mesmo assim não dando nenhum motivo para seus vizinhos temê-lo, consolidou uma confiança continental em fronteiras seguras.

Aí quem veio e quebrou esta confiança?


Abmael escreveu:- Tanto é que os caças Sukhoi foram comprados porque a força aérea Venezuelana tinha apenas 16 aviões F-16 com 25 anos de uso, dos quais só 5 ainda voavam, aos quais os EUA não prestavam manutenção há mais de 3 anos por razões mais que óbvias, uma estória semelhante pode ser contada sobre os fuzis FAL de fabricação norte-americana com 50 anos de uso substituídos por fuzis stalishalguma-coisa de fabricação russa.


Basta ver o número de fuzis comprados, para ter certeza que boa coisa não pode sair dali.

Abmael escreveu:- Se Chavez quer tanto atacar o Brasil porque chegou a tentar comprar 24 supertucanos de seu pretenso inimigo? – Compra obviamente embargada pelos EUA pois os turbohélices tinham tecnologia americana embarcada.


Não disse que, necessariamente, Chavez queira tanto atacar o Brasil e sim que não se pode confiar nele.
Independente disto, ô perguntinha estranha esta sua.
Se Chavez quisesse tanto atacar o Brasil, tentaria comprar vinte e quatro supertucanos para atacar o Brasil, oras...
Só para lembrar, quase todas as matérias primas estratégicas que sustentavam a indústria bélica da Alemanha nazista no início da guerra eram vendidas espontaneamente e de bom grado pela União Soviética. O níquel-cromo que Stalin enviava como item de exportação voltou para a Rússia revestindo as balas disparadas contra o Exército Vermelho.
Ah é, esqueci, exemplos históricos não valem porque as situações não são idênticas.


Abmael escreveu:- O Brasil ficou ao lado de Chavez durante o golpe, o Brasil apoiou a entrada da Venezuela no Mercosul, empresas Brasileiras constuíram o metrô de Caracas e a ponte do rio Orinoco, o Brasil apoiou a candidatura da Venezuela a uma cadeira rotativa no conselho de segurança da ONU, não seria mais coerente Chavez atacar a Colômbia ou os EUA?


Acho que nem o mais alucinado dos ditadores acharia coerente atacar os Estados Unidos e como este já declarou seu apoio incondicional a Colômbia, Chavez que é loco si, pero no tonto sabe que é mais seguro só latir para um cachorro daquele tamanho do que se atrever a mordê-lo.

Abmael escreveu:- Em nenhum momento foi colocada nenhuma ameaça explícita, nenhuma disputa territorial, nenhum interesse brasileiro ou venezuelano contrariado, nenhuma desavença entre os países, enfim, nenhum motivo para agressão militar.


Claro que não.
Só as bobagens insignificantes de que Chavez financia um grupo terrorista que invade o território brasileiro e atira em nossos soldados, interferiu em assuntos internos do governo da Bolívia contra os interesses brasileiros no caso das refinarias, tenta repetir esta influência com o bispo espertinho eleito no Paraguai, declara publicamente seu projeto bolivariano de integrar toda a América do Sul em uma união de repúblicas socialistas (isto me lembra alguma coisa...), declarou publicamente que intervirá militarmente na Bolívia em caso de insurgência contra o índio ladrão – mesmo com o território brasileiro estando inconvenientemente entre os dois.

A qual é...
Se fosse o embaixador americano que tivesse feito ou dito qualquer destas coisas, o mundo inteiro já estaria gritando contra a arrogância do Império.


Abmael escreveu:- É óbvio que a Venezuela nunca teria chance alguma de vencer este conflito, mesmo dispondo dos tais 24 caças Sukhoi rondando nosso imenso espaço aéreo 24 horas, as chances de vitória ainda são nulas, sendo assim, qual o interesse da Venezuela em atacar seu segundo (ou terceiro) maior parceiro comercial, o qual não tem condições de vencer e que nunca sequer a ameaçou?


E desde quando ditadores egocêntricos se submetem a este tipo de lógica.

Qual o interesse dos generais argentinos em atacar a Inglaterra se não tinham condições de vencer? Mesmo assim invadiram as Malvinas.
Sadam Hussein também invadiu o Kwait que nunca o ameaçou e que podia contar, como contou, com a defesa de uma coalizão ocidental que o Iraque não podia vencer.
A lista longa, se exemplos históricos valerem e aquela máxima de não repetir os erros servir para alguma coisa.


Abmael escreveu:- No que se refere a supostas demonstrações de fraqueza, o texto inicial já demonstra que bancar o machão fecha mais portas que abre, vale lembrar que os EUA ( que são machões) já viram suas petroleiras serem nacionalizadas na marra várias vezes (Na Bolívia e na Venezuela inclusive) e tiveram que entregar o Canal do Panamá antes do tempo previsto no contrato, revezes típicos de potências imperialistas hegemônicas, que passaremos a enfrentar cada vez mais.


Se os Estados Unidos tivessem mostrado fraqueza quando realmente interessava, hoje estaríamos todos falando alemão, japonês ou russo.

Mais recentemente, logo após o Onze de Setembro os Estados Unidos invadiram o Afeganistão, bombardearam e destruiram as bases da Al Qaeda no país, derrubaram o regime Talibã e desde então não houve mais uma única morte por atentado terrorista em território americano.
Se a America seguisse os conselhos do idiota da abertura do tópico, tentaria estabelecer relações mais cordiais com os muçulmanos enquanto estes explodiam edifícios sobre suas cabeças.

E coitadinho do Panamá se pensa que obrigou a America a fazer alguma coisa que não quisesse por conta própria.
Quanto às nacionalizações, veja quanto Cuba ganhou com elas e quando perdeu com o embargo – um direito legítimo dos Estados Unidos no caso – e conclua quem perdeu mais.

E Venezuela e Bolívia que nacionalizem alguma coisa aqui, falem outra besteira ali, mas que experimentem botar as manguinhas de fora e lançar um ataque militar à Colômbia, por exemplo.
No dia seguinte terão que dar satisfações ao USS Ronald Reagan.
Nós, Índios.

Acauan Guajajara
ACAUAN DOS TUPIS, o gavião que caminha
Lutar com bravura, morrer com honra.

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Avatar do usuário
Fernando Silva
Administrador
Mensagens: 20080
Registrado em: 25 Out 2005, 11:21
Gênero: Masculino
Localização: Rio de Janeiro, RJ
Contato:

Re: Brasil e seus vizinhos - ¿parcero o gatón?

Mensagem por Fernando Silva »

Diplomacia de generosidade
"O Globo" 13/05/08

RUBENS BARBOSA

[...]
Adicionalmente, a generosidade parece fazer-se também presente por afinidades ideológicas e partidárias, acrescento eu.

Nessa linha, o Brasil tem perdoado dívidas (Bolívia), feito doações (Paraguai) e concessões importantes como no caso da expropriação manu militari de duas refinarias da Petrobras, com o descumprimento de tratados, acordos e contratos, sem protesto ou reação.
[...]
Quais os resultados dessa diplomacia da generosidade? Poucos foram os seus frutos
. O Brasil passou a ter, na maioria dos casos, uma atitude reativa como evidenciado nas propostas formuladas pela Venezuela (gasoduto, Banco do Sul, pacto militar para a região e Unasur) e pela Argentina (salvaguardas unilaterais contra produtos de exportação, veto à compra da cadeia de postos da Esso pela Petrobras).

Muitos são os exemplos de que essa atitude não resultou em benefícios para a política externa quando estavam em jogo interesses reais. As candidaturas brasileiras a organismos internacionais foram rejeitadas pelos países da região e a pretensão brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU encontra forte resistência de nossos vizinhos. A Bolívia se opõe à construção da hidrelétrica do Rio Madeira e o presidente eleito do Paraguai quer rever o Tratado de Itaipu, ameaçando inclusive levar o caso ao Tribunal de Haia.

A Argentina, depois de inúmeras concessões feitas pelo Brasil, inclusive a cessão de energia neste inverno, continua a impor medidas restritivas comerciais, ilegais não só no Mercosul, como também no GATT, e se recusa a levantar a proibição de exportação de trigo para o Brasil.

Até onde nos levará a diplomacia da generosidade?

Trancado