Igreja Católica: A Praga Social!

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Johnny
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Igreja Católica: A Praga Social!

Mensagem por Johnny »

Igreja Católica: A praga social
Publicado em 02|05 pelo(a) wiki repórter leu leutraix, são paulo-SP

Rodrigo Constantino

"Que os cristãos, cujos reformadores pereceram na masmorra ou na fogueira como apóstatas ou blasfemos - os cristãos, cuja religião exala em cada linha a caridade, liberdade e compaixão... que eles, depois de conquistar o poder de que eram vítimas, exerçam-no exatamente da mesma maneira, é demasiado monstruoso." (John Stuart Mill)

Intitula-se Sacramentum Caritatis a primeira exortação apostólica do Papa Bento XVI. O documento foi redigido a partir do debate que se desenvolveu no Vaticano em 2005 durante o Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia. O ponto que merece maior destaque, em minha opinião, é aquele que condena o segundo casamento, tamanho o absurdo disso. Parece que a Igreja Católica Romana resolveu parar mesmo no tempo, e se os fiéis fossem realmente julgar quantos dogmas ignoram, restariam poucos seguidores de fato. O uso da camisinha, a pílula anticoncepcional, a masturbação, o homossexualismo e agora até mesmo um segundo casamento, tudo isso condenado pela Igreja. Quantos católicos verdadeiros, que seriam totalmente aprovados pelo crivo do Vaticano, restam no mundo? Mas vamos ao trecho completo no qual o Papa ataca o segundo casamento:

"Se a Eucaristia exprime a irreversibilidade do amor de Deus em Cristo pela sua Igreja, compreende-se por que motivo a mesma implique, relativamente ao sacramento do Matrimônio, aquela indissolubilidade a que todo o amor verdadeiro não pode deixar de anelar. Por isso, é mais que justificada a atenção pastoral que o Sínodo reservou às dolorosas situações em que se encontram não poucos fiéis que, depois de ter celebrado o sacramento do Matrimônio, se divorciaram e contraíram novas núpcias. Trata-se dum problema pastoral espinhoso e complexo, uma verdadeira praga do ambiente social contemporâneo que vai progressivamente corroendo os próprios ambientes católicos."

O amor tem que ser indissolúvel para ser verdadeiro. Para o inferno com a poesia que prega o amor eterno enquanto dure! A chama jamais pode se apagar. Se um homem ama uma mulher e vice-versa, a ponto de resolverem casar, jamais podem mudar de idéia, arrepender-se e optar pelo divórcio. Isso seria prova de que não havia amor na época do casamento. O matrimônio torna ambos um único ser, indissolúvel. E a fidelidade a tal sacramento deve estar acima de tudo, inclusive da própria felicidade dos dois envolvidos. Não importa se os sentimentos mudarem, se o amor se esvair, se o que era belo virar motivo de sofrimento ou se uma nova pessoa despertar um novo amor ainda mais forte. Tudo isso deve ser esquecido em nome da fidelidade ao sacramento. Sofra, mas permaneça um fiel. Afinal, o sofrimento não é enaltecido como nobre pelos cristãos? Não é a cruz o símbolo preferido deles? Apenas egoístas colocam a própria felicidade acima disso. E tem mais:

"Enfim, caso não seja reconhecida a nulidade do vínculo matrimonial e se verifiquem condições objetivas que tornam realmente irreversível a convivência, a Igreja encoraja estes fiéis a esforçarem-se por viver a sua relação segundo as exigências da lei de Deus, como amigos, como irmão e irmã; deste modo poderão novamente abeirar-se da mesa eucarística, com os cuidados previstos por uma comprovada prática eclesial. Para que tal caminho se torne possível e dê frutos, deve ser apoiado pela ajuda dos pastores e por adequadas iniciativas eclesiais, evitando, em todo o caso, de abençoar estas relações para que não surjam entre os fiéis confusões acerca do valor do matrimonio."

Ou seja: se não tiver mais jeito, o novo casal pode até conviver junto, contanto que como simples amigos, como irmão e irmã. Sexo nem pensar. Caramba! Se fosse para isso, por que diabos iriam casar? O discurso é tão absurdo que choca até alguns cristãos. Nisso que dá proibir o padre de se casar ou manter relações amorosas com mulheres. Fica falando sobre o que não entende. Como o Papa pode ter a pretensão de aconselhar sobre o relacionamento amoroso entre homens e mulheres se nem mesmo pode experimentar tal sentimento? Acho que o Vaticano deveria dar menos importância para os católicos que descobrem a felicidade somente num segundo casamento, já que errar ou mudar fazem parte da vida, e focar mais nos crescentes escândalos de pedofilia dentro da própria Igreja. Reprimir totalmente instintos tão naturais como o sexo pode fazer a paixão retornar com uma força incontrolável. O fato de vários padres abusarem sexualmente de garotos parece infinitamente mais preocupante que o segundo casamento feliz de homens e mulheres adultos.

Eis o que considero a verdadeira praga social, em vez de casar pela segunda vez: a mentalidade medieval de alguns crentes, que condenam todos os avanços conquistados pelas mulheres recentemente; o desejo de alguns de retornar aos tempos da Inquisição, onde "hereges" seriam levados para a estaca; a postura quase criminosa de condenar o uso da camisinha no mundo moderno, com enormes riscos de contração de doenças sexualmente transmissíveis; a crescente pedofilia dentro da Igreja; a doutrinação de ignorantes desesperados por algum consolo; o fanatismo religioso, que ofusca a razão humana; a venda de caridade com o esforço alheio enquanto a Igreja nada em ricas terras e muito ouro; e por fim, toda a hipocrisia presente no mundo.

FONTE
http://www.rodrigoconstantino.blogspot.com
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Fernando Silva
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Re: Igreja Católica: A Praga Social!

Mensagem por Fernando Silva »

Se um homem ama uma mulher e vice-versa, a ponto de resolverem casar, jamais podem mudar de idéia, arrepender-se e optar pelo divórcio. Isso seria prova de que não havia amor na época do casamento. O matrimônio torna ambos um único ser, indissolúvel.

A palavra da ICAR vale mais do que a realidade da natureza humana?

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Johnny
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Re: Igreja Católica: A Praga Social!

Mensagem por Johnny »

Fernando Silva escreveu:
Se um homem ama uma mulher e vice-versa, a ponto de resolverem casar, jamais podem mudar de idéia, arrepender-se e optar pelo divórcio. Isso seria prova de que não havia amor na época do casamento. O matrimônio torna ambos um único ser, indissolúvel.

A palavra da ICAR vale mais do que a realidade da natureza humana?


Este bixo Papão está conseguindo o que nenhum outro para conseguiu. Implodir o pouco de credibilidade que a ICAR tinha. Não é atoa (SIC?) que a quantidade de fiéis decresce a cada dia. Será apresentado na NatGeo um documentário sobre isso entre hoje e sexta feira. Entre os motivos, o próprio Papa atual nazista, o machismo da igreja e sobre estarem voltando a apresentar missas e outras idioticies em Latin (LATRIN).

Mas fico com medo do avanço do evangelismo...
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Re: Igreja Católica: A Praga Social!

Mensagem por Apo »

Fernando Silva escreveu:
Se um homem ama uma mulher e vice-versa, a ponto de resolverem casar, jamais podem mudar de idéia, arrepender-se e optar pelo divórcio. Isso seria prova de que não havia amor na época do casamento. O matrimônio torna ambos um único ser, indissolúvel.

A palavra da ICAR vale mais do que a realidade da natureza humana?


Meu Deus! O que será que há na mente doente de uma criatura destas? Jamais podem mudar de idéia?
Então, um pedófilo da Igreja sempre foi e sempre será um pedófilo? Então foi ser padre já premeditando o que ia fazer uma vez que pudesse vertir a batina? A ICAR também, uma vez Inquisidora, jamais poderá mudar de idéia: inquisidora criminosa para sempre! O que prova que ela e seus membros sabem muito bem o que estão fazendo lá dentro! Mau caráter e ICAR, indissolúveis.


Como o ser humano projeta o que é nos demais... :emoticon3:
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Re: Igreja Católica: A Praga Social!

Mensagem por Fernando Silva »

Apo escreveu:Então, um pedófilo da Igreja sempre foi e sempre será um pedófilo?

Não tinha pensado nisto...

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Apo
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Re: Igreja Católica: A Praga Social!

Mensagem por Apo »

Fernando Silva escreveu:
Apo escreveu:Então, um pedófilo da Igreja sempre foi e sempre será um pedófilo?

Não tinha pensado nisto...


Não é à toa que a ICAR foge como diabo da cruz dos crimes da Inquisição e protege todos os laços ilícitos e imorais. E acobertar a verdade só mostra que ela é real e permanente ( pelo menos ideologicamente). Não é por acaso que nos filiamos a determinadas instituições, temos afinidades com a cultura dela. Esconder nossas facetas obscuras sob fachadas moralistas é muito conveniente.
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