LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

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O ENCOSTO
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LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

Mensagem por O ENCOSTO »

A outra revelação do computador de Reyes

Maria Teresa Ronderos
Bogotá, Colômbia


A perícia realizada pela Interpol nos computadores de Raúl Reyes revelou a ampla rede de contatos que o ex-líder guerrilheiro mantinha em todo o continente. Foi constatado que representantes do PT trocaram mensagens com Reyes, mas os nomes não foram divulgados. Para a jornalista Maria Teresa Ronderos, essa rede de contatos sugere a ineficácia da política externa colombiana, que atrelou-se à luta americana contra o terrorismo e não construiu um discurso próprio contra as Farc. Leia mais



Na semana passada, a Interpol anunciou formalmente em uma coletiva de imprensa realizada em Bogotá que, apesar de as autoridades colombianas terem apreendido um dos computadores das Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (Farc) confiscados na selva equatoriana depois de um ataque da força pública colombiana ao acampamento de Raúl Reyes, ex-membro do Secretariado - como é chamado a junta diretora dessa guerrilha -, não haviam manipulado seu conteúdo.

Como se nunca tivesse passado pela cabeça dele que alguém colocaria as mãos em seus equipamentos, Reyes tinha ali todos os documentos, cartas, fotos e vídeos que os chefes das Farc trocaram entre eles, com seus aliados, com pessoas a quem queriam conquistar como amigos e com os milhares de negociantes que lhes ofereciam todo tipo de parafernálias de guerra, desde 1999. Conhecemos apenas uma parte do enorme arquivo, e já apareceram conexões desse movimento de guerrilha com meio continente. Com Chávez e algumas figuras de seu regime, eles conversaram sobre um plano estratégico para impulsionar mutuamente seus fins: o bolivarismo dos primeiros e a queda do governo colombiano, para os segundos. Isso incluiu contatos para compras de armas na Rússia e Belarus, petrodólares, declarações e gestos com benefícios mútuos (Chávez pediu para as Farc o reconhecimento internacional como força beligerante, e as Farc fizeram do mandatário venezuelano um príncipe da paz quando liberaram seqüestrados depois que ele intercedeu).

Até onde se envolveu Chávez em semelhante despropósito pela obsessão de conseguir a libertação dos seqüestrados, e até onde, como asseguram os chefes das Farc em suas comunicações, seus fins reais incluía negócios menos altruístas, como a venda de armas, os aportes em dinheiro e a cumplicidade em crimes de guerra colombiana contra venezuelanos, será questão a ser definida em investigação futura (já que é possível que as Farc não tenham conseguido tudo que dizem).

Também aparecem no computador trocas de mensagens com os grupos mais extremos de produtores de coca, os de Quispe, na Bolívia, que pediam treinamento para seus homens; com alguns representantes do PT brasileiro; com outros da ala mais esquerdista da aliança liderada por Correa no Equador; com os da Pátria Livre, do Paraguai, bem como conexões com o Panamá, transações financeiras na Costa Rica e a lista segue...

A informação apresentada revela as alianças políticas internacionais que as Farc construíram, e ajuda a entender como um exército de homens, mulheres e crianças provenientes das margens mais esquecidas do campo colombiano despejavam tanta soberba. Olhavam-se em um espelho a partir do qual dirigentes políticos de quase toda a América os louvavam, pediam seu apoio e treinamento, manifestavam sua solidariedade. Como não iam se sentir transcendentais e filantropos?

Mas esses computadores de Reyes permitiram descobrir outro fato muito mais importante para a Colômbia: a absoluta ineficácia de sua política externa. Ou, para expressar a descoberta em outros termos, os profundos equívocos na linha adotada pela Colômbia para convencer os latino-americanos a não apoiar as Farc. A Colômbia, preocupada porque podia perder os milionários recursos do Plano Colômbia depois do 11 de setembro de 2001, resolveu se abrigar desde então, sem reparo nenhum, sob a cantata antiterrorista dos Estados Unidos de George W. Bush. No governo de Uribe, as Farc deixaram de ser uma guerrilha colombiana, produzida por erro e estupidez locais, e se converteram, como por magia, em uma força terrorista alienígena. E os diplomatas de Uribe saíram a alardear que o movimento não merecia apoio porque, como a Organização para o Tratado do Atlântico Norte (Otan), a Colômbia estava lutando contra as forças terroristas das Farc.

Qualquer pessoa que se defina como progressista, esquerdista ou nacionalista na América Latina não dá ouvidos a esse discurso, porque cheira a "made in USA". A Colômbia deveria, em lugar disso, ter explicado a seus vizinhos americanos que precisa que eles não apóiem as Farc porque a guerrilha causa danos à população colombiana mais pobre, sabota a produção e agrava a injustiça, e tornou os dirigentes colombianos mais retrógrados e assustadiços, já que associa as mudanças sociais necessárias à subversão e ao comunismo. Caso a Colômbia tivesse explicado aos vizinhos que é exatamente porque as Farc são sua responsabilidade, seu Frankenstein, surgido da inépcia de um Estado que jamais ocupou todo seu território com outra coisa que não armas e também, em parte, da concentração de terras e da desigualdade, não precisaria que ninguém desse à guerrilha razões para continuar existindo, do exterior. O panorama seria outro.

Caso a Colômbia houvesse construído um discurso próprio, autêntico e veraz para convocar a solidariedade dos povos irmãos em sua busca de reconciliação, é muito provável que as Farc obtivessem êxito muito menor em seus esforços de conquistar aliados em quase todos os países americanos. Caso Chávez, Rafael Correa e os partidos de esquerda soubessem com certeza que abrir espaço às Farc equivale a prolongar o conflito colombiano por anos, porque graças a elas se justifica a direita violenta, e isso os torna cúmplices da crueldade como método de domínio político e aliados de um movimento cujos ideais estão carcomidos por negócios lucrativos... Mas não. O governo colombiano constata o enorme fracasso de sua política externa nos computadores de Raúl Reyes, mas insiste em manter a mesma receita. A linguagem de Bush permeia a tal ponto seu discurso que o senhor Noble, da Interpol, colocou sua credibilidade em grande risco ao apresentar seu relatório por classificar as Farc como "terroristas".

Tomara que um novo governo colombiano, com mentalidade menos colonizada, aproveite a descoberta dos computadores de Reyes não só para desarticular os negócios montados pela guerrilha em todos os caminhos americanos mas também para reconhecer que as Farc só puderam chegar tão longe graças à nossa política externa falida, e que portanto é urgente corrigi-la.


http://terramagazine.terra.com.br/inter ... 80,00.html
Editado pela última vez por O ENCOSTO em 21 Mai 2008, 15:34, em um total de 2 vezes.
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Re: Lideranças do PT e FARC trocavam mensagens

Mensagem por O ENCOSTO »

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Re: LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

Mensagem por Apo »

É mesmo? Ninguém mais sabia... :emoticon23:

Eu gostaria muito de saber os nomes...alguém "lá de cima"?
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RicardoVitor
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Re: LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

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Re: LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

Mensagem por Aranha »

O ENCOSTO escreveu:Também aparecem no computador trocas de mensagens com os grupos mais extremos de produtores de coca, os de Quispe, na Bolívia, que pediam treinamento para seus homens; com alguns representantes do PT brasileiro; com outros da ala mais esquerdista da aliança liderada por Correa no Equador; com os da Pátria Livre, do Paraguai, bem como conexões com o Panamá, transações financeiras na Costa Rica e a lista segue...


- O título do tôpico fala em "lideranças".

- Escrever "alguns representantes" sem citar nomes só quer dizer uma coisa: - Não era nínguem relevante, o que é totalmente diferente do título sensacionalista que o ENCOSTO (inimigo número 1 do PT) bolou.

Abraços,
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Re: LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

Mensagem por O ENCOSTO »

Claro Abmael. Você está coberto de razão.

Até mesmo porque o PT não precisa de computadores para falar com as FARC. Recebemos as FARC em Porto Alegre, durante o Governo Olivio Dutra (PT - aquele do bigode) com tapete vermelho. Ou você nega que Olivério Medina não foi recebido por Olivio Dutra e Tarso Genro na época?
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Re: LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

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Noticia do tempo do Forum Inútil Mundial:

PF proíbe as Farc de falarem em público

Polêmico grupo colombiano iria tratar da violação dos direitos humanos :emoticon12:

A Polícia Federal proibiu o ex-padre Olivério Medina, porta-voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), de falar em público no Fórum Social Mundial. A alegação é de que Medina está impedido de participar de atividades políticas no Brasil. Em setembro do ano passado, ele foi preso em Foz do Iguaçu, sob acusação de estar em situação ilegal no País.

A proibição causou mal-estar no fórum, pois muitos de seus organizadores não sabiam da presença das Farc em Porto Alegre.

Além disso, a atitude da PF obrigou o deputado Renato Simões (PT), coordenador de um debate que teria a participação de Medina, a substituir o porta-voz das Farc, na última hora, por Javier Cifuentes, que integra a comissão político-diplomática do grupo guerrilheiro.

Intitulado "Direitos Humanos e Soberania Nacional na América Latina", o debate será realizado hoje na Pontifícia Universidade Católica (PUC).

"Esse ato da Polícia Federal é uma censura ao Fórum Social", criticou Renato Simões.

Segundo ele, Medina trataria da questão da violação dos direitos humanos na Colômbia e dos assassinatos políticos. O debate vai abordar o Plano Colômbia. " Vamos discutir a ingerência dos Estados Unidos na região amazônica, a pretexto de combate ao narcotráfico", concluiu o deputado.

Sem riscos - O integrante da comissão político-diplomática das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Javier Cifuentes disse ontem que a organização guerrilheira não representa risco para os países vizinhos.

Cifuentes defendeu, numa agitada entrevista coletiva durante o Fórum Social Mundial (FSM), na capital gaúcha, a soberania dos países latino-americanos e criticou as tentativas de intervenção militar dos Estados Unidos na região.

Todas as incursões norte-americanas serão combatidas pelas Farc, mas sem ameaçar os demais países, já que cada um deve encontrar uma forma própria de reação, disse seu representante. "Não queremos a guerra, mas ela não nos assusta", resumiu.

Cifuentes considerou que o Plano Colômbia representa "a ponta de lança militar dos Estados Unidos para impor a Área de livre Comércio das Américas (Alca) na América Latina". Para ele, este "é o plano norte-americano para tomar a Amazônia, que é o maior potencial hídrico do mundo", analisou.

Cifuentes afirmou que a água irá substituir o petróleo como fator de poder no mundo, o que justificaria o interesse dos Estados Unidos pela região. As Farc sustentam que cada país latino deve encontrar sua própria forma de combater a Alca e a intervenção norte-americana. O Brasil, comparou, decidiu fortalecer o Mercosul, que é uma forma de enfrentar a Alca.

As Farc, diz seu representante, rejeitam narcotráfico e não têm nenhuma relação com ele, apenas com os camponeses que cultivam coca, a quem consideram "vítimas" do comércio organizado de drogas. (© O Estado de São Paulo)


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Delegado das Farc diz que Brasil tem de se preocupar com os EUA



PORTO ALEGRE - O delegado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Fórum Social Mundial, Javier Cifuentes, garantiu hoje que o Brasil não precisa temer as Farc que atuam exclusivamente na Colômbia. Mas advertiu que os brasileiros devem se preocupar com os Estados Unidos, que querem tomar conta da Amazônia.

"Estamos conscientes dos horrores nas guerras, mas quem prega liberdade no meu país é assassinado", disse.

Javier Cifuentes desfila discretamente pelo centro de eventos da PUC/RS com uma camiseta com a frase "No a la intervención en Colombia", referindo-se ao Plano Colômbia, pelo qual os governos do seu país e dos Estados Unidos pretendem combater o narcotráfico e a guerrilha das Farc.

Cifuentes se autodefine como "um diplomata das Farc", mas não divulga o nome registrado no seu passaporte.

Hoje à tarde será realizada uma oficina sobre a "resistência e a luta dos povos contra o neoliberalismo" com a participação de um representante das Farc.

Mas não foi esclarecido antecipadamente, por questões de segurança, se o palestrante será o próprio Javier Cifuentes ou outro guerrilheiro, junto com outros representantes de organizações populares. (©Jornal do Brasil)


http://www.sindicatomercosul.com.br/not ... oticia=608
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Re: LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

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O ENCOSTO escreveu:Claro Abmael. Você está coberto de razão.

Até mesmo porque o PT não precisa de computadores para falar com as FARC. Recebemos as FARC em Porto Alegre, durante o Governo Olivio Dutra (PT - aquele do bigode) com tapete vermelho. Ou você nega que Olivério Medina não foi recebido por Olivio Dutra e Tarso Genro na época?



Verdade verdadeira. As FARC foram convidadas de honra aqui em Porto Alegre.
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Re: LIDERANÇAS DO PT e FARC TROCAVAM MENSAGENS

Mensagem por Apo »

O ENCOSTO escreveu:Noticia do tempo do Forum Inútil Mundial:

PF proíbe as Farc de falarem em público

Polêmico grupo colombiano iria tratar da violação dos direitos humanos :emoticon12:

A Polícia Federal proibiu o ex-padre Olivério Medina, porta-voz das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), de falar em público no Fórum Social Mundial. A alegação é de que Medina está impedido de participar de atividades políticas no Brasil. Em setembro do ano passado, ele foi preso em Foz do Iguaçu, sob acusação de estar em situação ilegal no País.

A proibição causou mal-estar no fórum, pois muitos de seus organizadores não sabiam da presença das Farc em Porto Alegre.

Além disso, a atitude da PF obrigou o deputado Renato Simões (PT), coordenador de um debate que teria a participação de Medina, a substituir o porta-voz das Farc, na última hora, por Javier Cifuentes, que integra a comissão político-diplomática do grupo guerrilheiro.

Intitulado "Direitos Humanos e Soberania Nacional na América Latina", o debate será realizado hoje na Pontifícia Universidade Católica (PUC).

"Esse ato da Polícia Federal é uma censura ao Fórum Social", criticou Renato Simões.

Segundo ele, Medina trataria da questão da violação dos direitos humanos na Colômbia e dos assassinatos políticos. O debate vai abordar o Plano Colômbia. " Vamos discutir a ingerência dos Estados Unidos na região amazônica, a pretexto de combate ao narcotráfico", concluiu o deputado.

Sem riscos - O integrante da comissão político-diplomática das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) Javier Cifuentes disse ontem que a organização guerrilheira não representa risco para os países vizinhos.

Cifuentes defendeu, numa agitada entrevista coletiva durante o Fórum Social Mundial (FSM), na capital gaúcha, a soberania dos países latino-americanos e criticou as tentativas de intervenção militar dos Estados Unidos na região.

Todas as incursões norte-americanas serão combatidas pelas Farc, mas sem ameaçar os demais países, já que cada um deve encontrar uma forma própria de reação, disse seu representante. "Não queremos a guerra, mas ela não nos assusta", resumiu.

Cifuentes considerou que o Plano Colômbia representa "a ponta de lança militar dos Estados Unidos para impor a Área de livre Comércio das Américas (Alca) na América Latina". Para ele, este "é o plano norte-americano para tomar a Amazônia, que é o maior potencial hídrico do mundo", analisou.

Cifuentes afirmou que a água irá substituir o petróleo como fator de poder no mundo, o que justificaria o interesse dos Estados Unidos pela região. As Farc sustentam que cada país latino deve encontrar sua própria forma de combater a Alca e a intervenção norte-americana. O Brasil, comparou, decidiu fortalecer o Mercosul, que é uma forma de enfrentar a Alca.

As Farc, diz seu representante, rejeitam narcotráfico e não têm nenhuma relação com ele, apenas com os camponeses que cultivam coca, a quem consideram "vítimas" do comércio organizado de drogas. (© O Estado de São Paulo)


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Delegado das Farc diz que Brasil tem de se preocupar com os EUA



PORTO ALEGRE - O delegado das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no Fórum Social Mundial, Javier Cifuentes, garantiu hoje que o Brasil não precisa temer as Farc que atuam exclusivamente na Colômbia. Mas advertiu que os brasileiros devem se preocupar com os Estados Unidos, que querem tomar conta da Amazônia.

"Estamos conscientes dos horrores nas guerras, mas quem prega liberdade no meu país é assassinado", disse.

Javier Cifuentes desfila discretamente pelo centro de eventos da PUC/RS com uma camiseta com a frase "No a la intervención en Colombia", referindo-se ao Plano Colômbia, pelo qual os governos do seu país e dos Estados Unidos pretendem combater o narcotráfico e a guerrilha das Farc.

Cifuentes se autodefine como "um diplomata das Farc", mas não divulga o nome registrado no seu passaporte.

Hoje à tarde será realizada uma oficina sobre a "resistência e a luta dos povos contra o neoliberalismo" com a participação de um representante das Farc.

Mas não foi esclarecido antecipadamente, por questões de segurança, se o palestrante será o próprio Javier Cifuentes ou outro guerrilheiro, junto com outros representantes de organizações populares. (©Jornal do Brasil)


http://www.sindicatomercosul.com.br/not ... oticia=608



Pombas, eu tava procurando isto!

Grata.

E AGORA, ABMAEL CASTRO CHAVEZ DA SILVA???
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