Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglaterra


20/05/2008 - 10h22
da BBC

Um novo projeto da Universidade de Oxford, na Inglaterra, pretende investigar as causas da popularidade da religião e os mecanismos da crença religiosa.

Inaugurado em fevereiro, o Cognition, Religion, and Theology Project (Projeto de Cognição, Religião e Teologia), quer identificar os fatores cognitivos que contribuem para a tendência generalizada que as pessoas têm de acreditar em Deus ou deuses.

Em entrevista à BBC Brasil, Justin Barrett, um diretores do projeto, afirmou que a pesquisa a ser desenvolvida pelo grupo será interdisciplinar, ou seja, contará com pesquisadores de áreas distintas como a antropologia, filosofia e teologia, entre outras.

"Além disso, pretendemos trabalhar com crenças religiosas de todo o tipo, em uma perspectiva cultural diversa --queremos investigar os mecanismos da crença em fantasmas, fenômenos sobrenaturais etc.", disse Barrett.

O cientista ressaltou que, apesar de a crença religiosa ser tão difundida, a razão pela qual as pessoas possuem essas crenças ainda é pouco conhecida do ponto de vista científico e, principalmente, cognitivo.

"Fala-se muito em o que é bom ou ruim, se a religião faz bem ou não, mas a realidade é que, da perspectiva científica, ainda há muito a ser estudado e poucas pesquisas. Portanto, qualquer afirmação sobre isso seria prematuro", disse Barrett.

Sobrenatural

O pesquisador explica que muitas das crenças estão relacionadas às características da mente humana.

De acordo com ele, em condições de desenvolvimento normal, a mente tem receptividade para crenças em deuses, a vida após a morte e outras idéias comumente relacionadas à religião.

"A religiosidade é o estado natural. A falta de crença é relativamente não-natural e pouco comum", disse o pesquisador. "Se os cientistas conseguirem explicar por que as pessoas tendem a acreditar em deuses e por que outras acreditam que não há deuses, certamente a presença de uma explicação científica não irá significar que você não deve acreditar em uma coisa ou outra, mas oferecerá possibilidades de explicação."

O novo projeto está vinculado ao Instituto de Antropologia Cognitiva e Evolutiva da Universidade de Oxford, na Inglaterra.

O projeto será desenvolvido em três anos e foi financiado pela Fundação John Templeton.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ ... 3634.shtml

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Por isto que brigamos tanto? O modelo mental é quem determina se entes imaginários existem ou não?

Menos mal...assim posso demonstrar ao Bot que não há comunidade cética alguma. Só psicóticos e autistas.

:emoticon12: :emoticon12: :emoticon12:
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dreaming
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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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Na verdade existem muitos estudos sobre espiritualidade e religiosidade, mas não tantos quanto deveria existir. O link abaixo é para uma edição da Revista de Psiquiatria Clínica, da USP, que aborda apenas esse tema, sob vários enfoques.

http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol34/s1/index.html

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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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dreaming escreveu:Na verdade existem muitos estudos sobre espiritualidade e religiosidade, mas não tantos quanto deveria existir.



Concordo totalmente. Quem sabe assim, possamos mapear alguns tipos de doenças ligadas à este perfil mental. Sabe-se lá se a questão não é genética, já que esta é a bola da vez. Se for uma síndrome, que encontrem alguma espécie de cura.
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dreaming
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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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Apo escreveu:
dreaming escreveu:Na verdade existem muitos estudos sobre espiritualidade e religiosidade, mas não tantos quanto deveria existir.



Concordo totalmente. Quem sabe assim, possamos mapear alguns tipos de doenças ligadas à este perfil mental. Sabe-se lá se a questão não é genética, já que esta é a bola da vez. Se for uma síndrome, que encontrem alguma espécie de cura.


Você realmente deveria clicar no link e dar uma olhada nos artigos...

Principalmente no que trata da história da relação entre crença religiosa e psiquiatria no Brasil.

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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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dreaming escreveu:
Apo escreveu:
dreaming escreveu:Na verdade existem muitos estudos sobre espiritualidade e religiosidade, mas não tantos quanto deveria existir.



Concordo totalmente. Quem sabe assim, possamos mapear alguns tipos de doenças ligadas à este perfil mental. Sabe-se lá se a questão não é genética, já que esta é a bola da vez. Se for uma síndrome, que encontrem alguma espécie de cura.


Você realmente deveria clicar no link e dar uma olhada nos artigos...

Principalmente no que trata da história da relação entre crença religiosa e psiquiatria no Brasil.


Clicarei. :emoticon45:
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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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Nada de muito novo no artigo. Muito tem se falado sobre esta nova onda de aproveitar conteúdos místicos ou religiosos nas mentes para obter melhoras em tratamentos, aliados à psicoterapia e medicação.

Continuo com minha opinião à respeito: não é a religião, nem a crença religiosa que está na base de tudo. É uma certa capacidade de alguns de abnegação, de auto-consolo, de auto-piedade, de auto-misericórdia. Este modelo mental/emocional é um exercício que inclui a negação da realidade que para muitos é crua e dolorosa demais, notadamente em casos de doenças incuráveis, debilitantes ou em casos de tendência à depressão. Mas não há depressão séria que responda apenas à um consolo religioso.
Aliás, a questão é: pessoas que tendem ao niilismo ( depois de passados episódios depressivos recorrentes), com tendências ao suicídio ou não, já se desfizeram da bagagem de esperança que a religiosidade traz. Elas não mais estão à mercê nem desta mistificação, muito menos de qualquer força externa ( como o apelo à misericórdia, à depositar em entes ilusórios e em dogmas) em que possam se apoiar. Há um cansaço excessivo por crer em forças que salvam, ou minimizam a dor, que não seja algo realista e palpável a curto prazo: remédio, procedimento cirúrgico, algo a que elas se submetem em nome de alívio imediato.

Mas agora está na moda esta tentativa de "tratamento", assim como já esteve a homeopatia e os florais, entre outros.
Acho seguinte: para quem crê, enquanto funcionar como placebo ou sensação de estar sendo levado no colo, tudo bem. Mas isto é apenas aliar uma fé pre-existente no paciente ao tratamento convencional. Não é novidade alguma que estes pacientes se sintam reconfortados quando suas religiosidades ( para mim fuga da dor real e crua). Mas de nada adianta por exemplo, querer levar a um ateísta ou cético, ou deprimido quimicamente comprometido a palavra de fé como tratamento. Talvez até piore a situação.
Para mim, isto irritaria profundamente. Cada um se engana como pode e se se permitir. É uma questão de aceitar ou não.
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dreaming
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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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A intenção não é levar nenhum ateu ou cético a buscar conforto religioso.

No artigo "Qualidade de vida e espiritualidade" vc vai encontrar o conceito de espiritualidade utilizado pela OMS e que, apesar de estar ainda em discussão e não representar um consenso, é bastante interessante. Segundo esse conceito espiritualidade é uma característica humana universal e não limitada a nenhum tipo de crença e prática. Alguns autores a dividem em 3 aspectos: a capacidade de encontrar sentido nas experiências da vida, de ter esperança e vontade de viver e, por fim, a fé em si mesmo, nos outros, na ciência ou mesmo em Deus. A questão não é em que sistema pessoal de crença vc se baseia, mas que ninguém vive sem basear sua vida em algo, não com qualidade de vida.

Por esse conceito, qualquer ateu ou cético que acredite na ciência como capaz de curar ou minimizar o sofrimento de sua doença, que utilize explicações adaptacionistas ("instinto de sobrevivência", por exemplo) ou culturais ("medo da morte", por exemplo) para respaldar sua esperança e luta pela sobrevivência, que encontre um sentido na sua experiência (por exemplo, participando de um programa de pesquisa sobre sua doença para que outros não tenham de enfrentar a mesma situação um dia), enfim, esse ateu ou cético está utilizando força espiritual para promover o "coping" de sua situação.

Isso tanto é verdade que na equipe multicultural da OMS que formulou o questionário WHO quality of life SRPB (que avalia específicamente espiritualidade, religiosidade e crenças pessoais relacionando-as à qualidade de vida) participaram tanto ateus e céticos como religiosos e movimentos culturais, isso em diversos países diferentes, para buscar um questionário que tivesse um caráter universal.

De qualquer maneira, a idéia não é dar "tratamento" religioso ou espiritual, mas sim avaliar como essas crenças pessoais podem influir positivamente no tratamento e na qualidade de vida. A questão não é se uma depressão séria pode responder a um consolo religioso, mas se religiosidade e espiritualidade podem ser fatores de risco ou de proteção para o desenvolvimento de depressão. Nas centenas de pesquisas (no prefácio da revista que está no link, Koenig, o mais relevante pesquisador da área no mundo, fala em mais de 6000 artigos publicados na base de dados PsychInfo só entre 2001 e 2005) o que se percebe por enquanto é que, dependendo do quadro mental estudado, a religiosidade intrínseca e a espiritualidade podem mesmo constituir fatores de proteção, ou mesmo de auxílio na recuperação, haja vista o caso de dependentes químicos, mais facilmente observado pela alta prevalência.

É realmente discutível afirmar que todos precisam de religiosidade, um conceito totalmente diferente, mas é indiscutível que todos precisam de esperança, vontade e fé para viver.

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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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dreaming escreveu:A intenção não é levar nenhum ateu ou cético a buscar conforto religioso.

No artigo "Qualidade de vida e espiritualidade" vc vai encontrar o conceito de espiritualidade utilizado pela OMS e que, apesar de estar ainda em discussão e não representar um consenso, é bastante interessante. Segundo esse conceito espiritualidade é uma característica humana universal e não limitada a nenhum tipo de crença e prática. Alguns autores a dividem em 3 aspectos: a capacidade de encontrar sentido nas experiências da vida, de ter esperança e vontade de viver e, por fim, a fé em si mesmo, nos outros, na ciência ou mesmo em Deus. A questão não é em que sistema pessoal de crença vc se baseia, mas que ninguém vive sem basear sua vida em algo, não com qualidade de vida.

Por esse conceito, qualquer ateu ou cético que acredite na ciência como capaz de curar ou minimizar o sofrimento de sua doença, que utilize explicações adaptacionistas ("instinto de sobrevivência", por exemplo) ou culturais ("medo da morte", por exemplo) para respaldar sua esperança e luta pela sobrevivência, que encontre um sentido na sua experiência (por exemplo, participando de um programa de pesquisa sobre sua doença para que outros não tenham de enfrentar a mesma situação um dia), enfim, esse ateu ou cético está utilizando força espiritual para promover o "coping" de sua situação.


Sim, mas não entendi a novidade disto. Continua valendo a disposição individual de cada um, os que têm disposição para "compartilhar" por qualquer meio e os que não têm ( que estão centrados apenas no problema, sem espiritualização alguma, a não ser suas dores mais internas e práticas ( às quais médicos ou cientistas não tem acesso sob justificativa alguma). Não há feed-back. Os que têm esta disponibilidade "espiritual" teriam mediante a doença esta disponibilidade porque este é o default delas.

Isso tanto é verdade que na equipe multicultural da OMS que formulou o questionário WHO quality of life SRPB (que avalia específicamente espiritualidade, religiosidade e crenças pessoais relacionando-as à qualidade de vida) participaram tanto ateus e céticos como religiosos e movimentos culturais, isso em diversos países diferentes, para buscar um questionário que tivesse um caráter universal.


Sim, mas o que qualidade de vida têm a ver necessariamente com alguma disposição para agregar ao tratamento algo não terreno, não químico, não genético, não evolutivo?

De qualquer maneira, a idéia não é dar "tratamento" religioso ou espiritual, mas sim avaliar como essas crenças pessoais podem influir positivamente no tratamento e na qualidade de vida. A questão não é se uma depressão séria pode responder a um consolo religioso, mas se religiosidade e espiritualidade podem ser fatores de risco ou de proteção para o desenvolvimento de depressão.


Pois é, não vejo como fator de risco ou proteção. Pode servir de placebo emocional, de consolo, de apoio, mas apenas para aqueles que encontram nesta dimensão extra tratamento psicoterapêutico ou medicamentoso, ou fisioterápico enfim...algum eco. Há quem nem no tratamento psicoterapêutico retire alguma forma de melhora. Muitas pessoas acham que psicoterapia ocupacional é algo inútil, paliativo, enrolador.

Nas centenas de pesquisas (no prefácio da revista que está no link, Koenig, o mais relevante pesquisador da área no mundo, fala em mais de 6000 artigos publicados na base de dados PsychInfo só entre 2001 e 2005) o que se percebe por enquanto é que, dependendo do quadro mental estudado, a religiosidade intrínseca e a espiritualidade podem mesmo constituir fatores de proteção, ou mesmo de auxílio na recuperação, haja vista o caso de dependentes químicos, mais facilmente observado pela alta prevalência.


Insisto, isto para quem está "aberto" à estre tipo de crença. Para os demais é inútil.

É realmente discutível afirmar que todos precisam de religiosidade, um conceito totalmente diferente, mas é indiscutível que todos precisam de esperança, vontade e fé para viver.


É discutível, porque noções como esperança, vontade e fé podem estar ligadas à instintos primitivos de sobrevivência. Isto acontece com animais e crianças pequenas, que não têm espiritualidade de forma alguma.

Portanto, esta noção não é válida no geral.
Este tipo de pesquisa costuma ser tendenciosa e manipulável.
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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

Mensagem por Fernando Silva »

dreaming escreveu:Por esse conceito, qualquer ateu ou cético que acredite na ciência como capaz de curar ou minimizar o sofrimento de sua doença, que utilize explicações adaptacionistas ("instinto de sobrevivência", por exemplo) ou culturais ("medo da morte", por exemplo) para respaldar sua esperança e luta pela sobrevivência, que encontre um sentido na sua experiência (por exemplo, participando de um programa de pesquisa sobre sua doença para que outros não tenham de enfrentar a mesma situação um dia), enfim, esse ateu ou cético está utilizando força espiritual para promover o "coping" de sua situação.

No fim das contas, o que temos é um programa de computador rodando em nosso cérebro, o qual não entendemos e ao qual chamamos "espiritualidade" ou "força espiritual".

Talvez um dia o entendamos o bastante para implantá-lo em uma inteligência artificial.

A propósito, lembrei-me de que, quando era criança, me diziam que "o saber não ocupa lugar".
Ocupa, sim, tanto que o cérebro usa o sono para descartar o lixo recolhido durante o dia.
Temos apenas um número finito de sinapses e neurônios. E gênios em uma coisa costumam ter limitações em outras coisas. Não temos capacidade cerebral para sermos excelentes em tudo.

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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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"o saber não ocupa lugar".


Esta eu também ouvia. Cheira a naftalina e tias solteironas, professoras primárias, daquelas de régua na mão e óculos na ponta do nariz. :emoticon12:
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dreaming
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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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6000 pesquisas tendenciosas?!? Parece que o Popper estava enganado mesmo quando defendia que a diversidade de pesquisas e pesquisadores garantia a salvaguarda da ciência contra as crenças pessoais...

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Re: Crença religiosa vira tema de pesquisa científica na Inglate

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dreaming escreveu:6000 pesquisas tendenciosas?!? Parece que o Popper estava enganado mesmo quando defendia que a diversidade de pesquisas e pesquisadores garantia a salvaguarda da ciência contra as crenças pessoais...


6000 Pesquisas? Ou 6000 artigos?
Eu disse que pesquisas deste tipo já são feitas com o perfil de pessoas pré escolhido, com as perguntas direcionadas e os dados tabulados de forma a mostrar uma tendência. Por exemplo: se você perguntar para o entrevistado como ele se sentiria em tese se tivesse uma doença grave e se sentimentos de esperança seriam importantes, ele poderia responder que sim, claro! Mas a esperança não precisa ter o mesmo significado espiritual para todos. Pode ser esperança no remédio, no médico, em algum diferencial particular de resistência à doença.
Precisaríamos analisar o conteúdo e a metodologia da pesquisa. Depois disto, analisar como o assunto foi abordado nos artigos.
O que importa é que este tipo de "apoio" serve apenas para aqueles que aceitam um grau de "espiritualidade" como fator de proteção. E mesmo assim, alguns tomam consciência de que isto pode não ser assim tão relevante no final das contas.
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Trancado