OS EFEITOS
DA
MÚSICA ROCK
DA
MÚSICA ROCK
A controvérsia atual sobre os efeitos da música rock está baseada, em grande parte, em preocupações estéticas, sociais, religiosas, e/ou políticas, ao invés de estudos científicos sobre seus efeitos mentais e físicos nos seres humanos. Avaliações subjetivas da música podem dar origem a infindáveis controvérsias, porque elas estão baseadas em gosto pessoal e/ou considerações culturais.
Isto nos lembra das tentativas que Hitler fez para eliminar as características “primitivas” e negróides da música negra, estabelecendo normas para determinar o que se constituía em música satisfatória para o povo alemão. Entre outras coisas, o Terceiro Reich decretou: “As composições denominadas como jazz podem conter não mais que 10% de síncopes. O restante tem que consistir de um fluxo de legato natural, completamente despojado das voltas rítmicas histéricas tão típicas da música das raças bárbaras, que apelam aos instintos obscuros tão estranhos à raça germânica (o denominado ‘riffs’). (N.T. - riffs são frases ritmicas curtas, que são repetidas em improvisação.”
É evidente que o Terceiro Reich não obteve sucesso em eliminar as músicas “rítmicas histéricas” das “raças bárbaras”, porque apenas alguns anos após a queda do império de Hitler a música rock veio à existência com uma batida rítmica impulsionadora, mais forte do que o jazz. Hoje, os efeitos da música rock são criticados não apenas por alguns políticos, pastores, e analistas sociais, mas também por músicos consagrados.
Por exemplo, o famoso pianista de concertos norueguês Kjell Bekkelund, declarou: “A cultura pop representa uma mentira humana básica. Retrata os seres humanos sem problemas e restrições, sonhando sobre suas novas conquistas sexuais, carreiras sociais, e aceitação pelos ‘níveis sociais mais elevados.’ É culpada pela degradação sem limites da mulher, considerando-a apenas como objeto sexual. O objetivo da indústria pop, na minha opinião, parece ser a criação de indivíduos que ‘não precisem pensar.’”

Alguns podem desejar questionar as opiniões pessoais dos críticos de música como Bakkelund porque elas estão baseadas em uma avaliação subjetiva da música popular. É, portanto, imperativo olharmos para os estudos científicos acerca dos efeitos da música rock no corpo humano.
Objetivos deste Capítulo.
Baseado em vários estudos científicos recentes significativos, este capítulo examina os efeitos físicos e mentais da música rock nos seres humanos. Devido às limitações de espaço, é citada apenas uma amostragem dos estudos.
O capítulo é dividido em duas partes. A primeira trata, de uma forma mais geral, da influência da música no corpo humano. Considera, especialmente, como a música afeta o funcionamento do cérebro, a produção de hormônios, e os ritmos do corpo.
A segunda parte examina alguns dos efeitos específicos da batida irregular, incansável, intensa, do rock sobre o corpo humano. Referência específica é feita sobre como a batida do rock coloca o corpo humano sob stress, aumentando a freqüência de pulso, a pressão sangüínea, e a produção de adrenalina. Também são feitas considerações sobre o impacto do barulho ensurdecedor da música rock na audição.
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A maioria das pessoas não presta muita atenção às leis da música e ignora o impacto que a música tem sobre a sua saúde física, social e mental. Hoje a escolha da música é amplamente determinada pelo gosto pessoal.



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Isto significa que a “música ataca o sistema nervoso diretamente”, contornando o cérebro superior. Alguns pesquisadores são da opinião que o sentido da audição, mais do que os outros sentidos, exerce maior impacto no sistema nervoso autônomo através de seus trajetos auditivos. Embora as conclusões de vários estudos sejam divergentes, o denominador comum é que os estímulos auditivos afetam, diretamente, o sistema nervoso.
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Ruud aponta para recentes pesquisas, as quais provam que a música poderia influenciar o ciclo menstrual das mulheres. Um estudo também encontrou um aumento do hormônio lutenizante (LH) enquanto se escutava música. Outros estudos indicam que a música libera adrenalina e possivelmente outros hormônios. Também influencia a resistência da eletricidade da pele do corpo, a qual, por sua vez, afeta e governa os humores de uma pessoa.

Embora seja verdade que a resposta à música varia de acordo com cada indivíduo, tornando difícil generalizar seus efeitos, permanece o fato de que a indústria da música e o mundo dos negócios sabem usá-la para criar ou mudar humores e vender mercadoria.
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Muito tempo antes do surgimento da música rock, platéias em concertos na Europa tiveram um exemplo dos efeitos do ritmo quando a obra sinfônica de Igor Stravinsky “Sagração da Primavera” foi executada em Paris em 1913. Esta composição causou uma reação violenta. Logo após seu movimento de abertura, a platéia parecia estar em estado de choque. A música consistia em uma série de dissonâncias ligadas a ritmos desconexos, incoerentes e violentos. Bastaram apenas alguns minutos, antes que a sala de concertos estivesse fervendo em rebelião. Depois de dez minutos, irromperam brigas entre aqueles que não gostaram da música e aqueles que gostaram dela.

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Hoje, ritmos complicados, como esses da música rock, não causam mais tumultos populares. Ao contrário, muitos foram se tornando dependentes deles. A batida impulsionadora da música rock está dominando a vida cotidiana dos jovens em muitas partes do mundo. Analistas sociais estão muito preocupados

Consonância ou Dissonância? Críticos da música rock geralmente apelam aos efeitos físicos prejudiciais de seu ritmo, o qual sobrepuja a melodia e a letra.

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A associação do nosso corpo com certos elementos da música é tão profunda que “a não ser pelo entorpecimento de todo o cérebro, os neurologistas não puderam suprimir a habilidade rítmica. Dopar qualquer lado do cérebro ou muitas regiões de uma só vez, ainda permite ao paciente contar e bater palmas no tempo.”

Os estudos dos efeitos dos ritmos “desarmônicos” no corpo humano nos ajudam a entender melhor por que o ritmo enfático da música rock exercita tal influência hipnótica nas vidas de tantas pessoas hoje em dia.
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Na União Soviética, um instituto para estudos médicos e biológicos informou os resultados de testes mostrando que o ritmo e o tempo da música tiverem um impacto imenso no organismo humano. “Música especialmente selecionada aumenta a capacidade de trabalho dos músculos. Concomitantemente, o tempo dos movimentos do trabalhador muda com a alteração do tempo musical. É como se a música determinasse um bom e rápido ritmo de movimento.”

O ritmo também foi usado para excitar as pessoas durante rituais religiosos. Isto foi verdade nas celebrações festivas das antigas orgias selvagens do culto a Dionísio, nas danças de guerra e religiosas entre os índios americanos, e os ritos de vodu na África Ocidental. Estas danças repetitivas, rítmicas, e monótonas resultam, normalmente, em reações semelhantes a transes.
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Problemas ocorrem quando interferimos com os ciclos e ritmos do corpo. Este é um fato muito conhecido pela medicina. Quando o corpo é exposto a estímulos desarmônicos variados e contínuos, vários dos mecanismos de stress de nosso corpo são postos em estado de alerta. Se estes mecanismos de defesa são excessivamente tensionados, a harmonia natural dos ritmos biológicos é perturbada. Isto causa desarmonia e pode conduzir a um colapso. A menos que o equilíbrio seja restabelecido, a situação de tensão pode resultar em uma desordem patológica fundamental.

Pesquisadores têm observado uma conexão entre o distúrbio dos ritmos do corpo e doenças como diabete, câncer e patologias respiratórias. Uma vez que a maioria dos mecanismos reguladores são neutros na origem, não é surpreendente que muitas alterações patológicas também possam acontecer em estruturas neutras. No caso das células cerebrais, esta “desordenação” pode se manifestar não apenas no estado físico dos neurônios, mas também na harmonia de seu funcionamento. Por conseguinte, o comportamento do organismo pode vir a ser seriamente afetado.

Encontramos exemplos deste tipo se privamos as pessoas do sono ou deixamos gotas de água baterem constantemente em sua testa, um método usado na tortura de prisioneiros. O pesquisador David A. Noebel diz que o ritmo da música rock cria uma secreção anormalmente alta de hormônios sexuais e adrenalina podendo causar alterações nos níveis de açúcar no sangue e a quantidade de cálcio no corpo.
Uma vez que o cérebro recebe sua nutrição do açúcar no sangue, sua função diminui quando este açúcar é dirigido a outras partes do corpo para estabilizar o equilíbrio hormonal. No ponto em que uma quantidade insuficiente de açúcar do sangue alcança o cérebro, o julgamento moral é muito reduzido ou completamente destruído.

OS EFEITOS DA MÚSICA ROCK
... Invertendo a ordem, o rock torna o ritmo a parte mais importante do som e cria um conflito com os ciclos rítmicos naturais do corpo. Este efeito, conhecido como “contra-golpe” ou “batida quebrada”, causa tensão nervosa (um “clímax”), porque vai contra o ritmo das batidas cardíacas e outros ritmos do corpo.
O Poder Viciante do Rock.
O “clímax” causado pelo ritmo irregular do rock aumenta a freqüência cardíaca, debilita a força da pessoa, e tem poder viciante. O psiquiatra Verle Bell oferece uma explicação gráfica de como a batida do rock causa o vício: “Uma das mais poderosas liberações de adrenalina para lutar ou fugir acontece na música alta que é discordante em suas batidas ou acordes. A boa música segue regras matemáticas exatas que fazem a mente se sentir confortável, encorajada, e ‘segura.’ Os músicos descobriram que quando vão contra estas regras, o ouvinte experimenta um clímax viciante.”

Bell continua notando que “assim como médicos inescrupulosos de ‘dietas’ viciam seus pacientes com anfetaminas para assegurar sua continuada dependência, os músicos sabem que música discordante vende e vende bem.


John Diamond, um médico de Nova Iorque, realizou numerosas experiências sobre os efeitos da música rock. Em 1977, trabalhou como presidente eleito da Academia Internacional de Medicina Preventiva. Ele descobriu que a música rock é a forma mais séria de poluição sonora nos Estados Unidos. Particularmente prejudicial é a música rock que emprega uma batida “anapéstica” (N.T. – pé de verso grego ou latino formado de três sílabas, as duas primeiras breves e a última longa.) onde a última batida é a mais intensa, como “da da DA.”

O Ritmo do Corpo Sob Stress.
Estas desordens de comportamento ocorrem, de acordo com Diamond, porque a música rock causa um desarranjo no sincronismo dos dois lados do cérebro, de forma que a simetria entre os dois hemisférios cerebrais seja perdida. Ele conduziu uma experiência numa fábrica em Nova Iorque onde a música rock era tocada o dia todo. Quando a música foi substituída por outra que não fosse rock, Diamond descobriu que a produtividade da fábrica aumentou em 15%, enquanto que o número de erros diminuiu na mesma proporção.
Diamond publicou seus resultados no livro Your Body Doesn’t Lie (Seu Corpo não Mente). Ele explica que a batida anapéstica, característica especial da música rock, é perturbadora porque é o oposto das batidas do coração, assim como coloca o ritmo do corpo normal sob stress. Isto resulta em dificuldades de percepção e manifestações de stress. Em pessoas jovens estas manifestações podem incluir um menor desempenho escolar, hiperatividade e ansiedade, diminuição da produtividade no trabalho, mais erros e ineficiência geral. Nos adultos, os sintomas incluem uma reduzida capacidade de tomada de decisões no trabalho, uma sensação irritante que as coisas não vão bem, e a perda de energia sem razão aparente.

Em seu próprio laboratório, Diamond testou os efeitos da música rock, medindo a força do músculo deltóide no braço. Ele descobriu que um homem normal poderia suportar a aproximadamente 20,5 kg de pressão no braço, mas isto era reduzido a um terço quando a batida anapéstica era tocada ao fundo. O propósito da pesquisa de Diamond não era buscar uma proibição para a música rock, mas advertir as pessoas contra seus perigos. Ele resume: “A música rock não vai matar ninguem, mas eu realmente duvido se Mick Jagger vai viver tanto tempo quanto Pablo Casals ou Segovia.”



Pesquisadores russos chegaram a conclusões semelhantes. Eles descobriram que a música rock tem “um efeito psíquico tremendamente prejudicial.” Discursando em um encontro da juventude russa, a equipe médica que realizou as experiências anunciou que a música rock era “como uma série de sinais de alarme, causando a erupção de ondas concentradas de energia que deviam ser liberadas em algum lugar.” A energia é canalizada para disputas e brigas que, como foi notado pelos médicos russos, são características comuns nos concertos de rock ocidentais.

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Para validar o resultado dos testes de Ekeberg, realizei meus próprios testes com meus alunos na escola secundária adventista em Bergen, na Noruega. Nós registramos um aumento médio na freqüência da pulsação de 10 batidas por minuto quando os estudantes escutaram “Hell’s Bells” do grupo AC/DC.


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É digno de nota que os estudantes que eram os fãs do AC/DC tiveram respostas mais fortes que aqueles que não gostavam da música. O teste prova que os vários tipos de música nos afetam fisicamente de diferentes maneiras. O excesso de energia gerado pela batida do rock leva o coração a bater mais rápido, mesmo quando o indivíduo está sentado quieto na cadeira. Isto pode explicar por que os fãs de rock acham difícil permanecerem sentados, enquanto escutam música que acelera a pulsação. Sua energia acumulada almeja algum tipo de alívio.

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Produção Aumentada de Adrenalina.
Roger Liebi, um músico suíço e especialista em idiomas bíblicos, defende que um aumento na freqüência das pulsações também aumenta a pressão sanguínea. Como conseqüência, isto leva a um aumento na produção de adrenalina. Este processo é um mecanismo de defesa contra o stress, o qual ajuda a manter o corpo em estado de alerta aumentando o fluxo de sangue nos músculos e facilitando a entrada de oxigênio.
Se o stress na pulsação continua, como num concerto de rock prolongado com música intensa e monótona, é produzida uma quantidade excessiva de adrenalina, a qual as enzimas do corpo não são capazes de metabolizar. O resultado é que uma parte da adrenalina se transforma em outra substância química chamada adrenocromo (C9H903N). Esta é de fato uma droga psicodélica semelhante ao LSD, mescalina, STP, e psilocibina. Adrenocromo é um composto um pouco mais fraco que as outras, mas os testes mostraram que ele cria uma dependência semelhante às outras drogas. “Não é de causar surpresa, então, quando o público nos concertos de rock ou nas discotecas atinjam ficam ‘altos’, entram em transe e perdem o autocontrole.”

A secreção aumentada de hormônios causada pela música rock é confirmada por outros estudos. David Noebel, um pesquisador médico, explica: “Sob a música rock, a secreção de hormônios é mais pronunciada, o que causa um desequilíbrio anormal no sistema corporal, diminuindo os níveis de açúcar e cálcio no sangue e comprometendo o julgamento.” Ele cita a pesquisa médica indicando que “As vibrações de baixa freqüência do contrabaixo, junto com a batida impulsionadora da bateria, afetam o fluido cérebro-espinhal, o qual afeta a glândula pituitária, a qual, por sua vez, controla as secreções hormonais do corpo.”
A reação humana à música rock é tão dominante que os neurologistas foram incapazes de suprimir a resposta física de seus ritmos. Foram feitas experiências para entorpecer cada metade do cérebro ou várias áreas do cérebro simultaneamente, mas o paciente ainda responde à batida do ritmo.”
Os Efeitos das Luzes Piscando.
Os estímulos rítmicos da música rock podem ser intensificados com luzes piscantes. Por exemplo, o laser e as luzes estroboscópicas usadas nas discotecas e em concertos de rock intensificam e amplificam a manipulação rítmica. Jean-Paul Regimbal, um pesquisador canadense, explica como o fenômeno age: “Luzes que constantemente mudam de cor e intensidade perturbam a capacidade de orientação e os reflexos naturais. Quando a alteração entre luz e escuridão, acontece entre seis a oito vezes por segundo, o senso de profundidade é seriamente prejudicado. Se isto ocorre 26 vezes por segundo, as ondas alfa do cérebro se alteram e a capacidade de concentração é enfraquecida. Caso a freqüência de alteração entre luz e escuridão ultrapasse esse valor e perdure por um tempo considerável, o controle da pessoa sobre os sentidos pode cessar completamente. Por essa razão, não é exagero alegar que o rock, combinado com efeitos luminosos, resulta em completa ‘violação da consciência do indivíduo.’”



Bäumer, um pesquisador alemão, comenta dos efeitos de tal manipulação nas funções corporais (especialmente em níveis extremos): “A pessoa entra num estado extático, com espasmos semelhantes aos dos ataques epilépticos, nos quais grita, morde, ruge e ri, urina e rasga suas vestes, num intenso sentimento de alegria e felicidade.” Por esta razão, as pessoas propensas à ataques epilépticos são advertidas a ficarem longe das discotecas onde as luzes estroboscópicas estão sendo usadas, visto que estas luzes piscando tendem a causar ataques epilépticos.



Uma combinação de luzes e sons intensifica os efeitos do ritmo, porque o corpo não pode decidir se os ritmos que estão sendo recebidos são compatíveis com o seu próprio. O segredo por detrás da manipulação rítmica é encontrado nas ondas de som e luz que afetam o sistema nervoso agindo como choques seqüenciais nos músculos, fazendo com que os braços e as pernas se movam.

Isto explica por que as pessoas num concerto de rock acham difícil resistir o desejo de se moverem. Para permanecer imóvel seria necessário um considerável esforço restritivo.
Os fenômenos citados acima são facilmente observados na cultura popular do rock e nas festas rave, onde luz e som são usados em rápida alternação, com padrões monótonos e repetitivos, em ordem para produzir o máximo efeito na platéia.
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Um Barulho Ensurdecedor. O volume é um elemento muito importante na música rock. São necessárias pilhas de equipamento para produzir a quantidade exigida de amplificação para causar o impacto físico desejado. Volume pelovolume em si é uma marca registrada que define o hard rock. Lemmy Kilminster, da banda popular de rock “Motorhead”, disse à revista Hit Parader que seu grupo queria ver “sangue saindo dos ouvidos de todo o mundo, se possível. Nada perigoso, só bastante para sabermos que eles estão se divertindo.” Se a música rock precisa ser tocada tão alta a ponto de causar sangramento nos ouvidos das pessoas para assegurar que “eles estão se divertindo”, então dificilmente se poderia dizer que não há “nada perigoso” nisto.

Em experimentos controlados, Andrew Neher descobriu que o toque rítmico do tambor tem efeitos neurofisiológicos, resultando em impulsos de respostas auditivas (mudanças no potencial elétrico do cérebro), os quais podem ser medido pelo eletroencefalógrafo. Neher acrescenta que as respostas subjetivas incluem “temor, espanto, diversão, tensão muscular, enrijecimento do peito, som de fundo, zumbidos, agitação, imagens visuais e auditivas.” Tais respostas dificilmente são compatíveis com o espírito do Cristianismo.

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Muitos jovens passam seus dias completamente envolvidos em um manto de som pelo uso de equipamentos como walkmans, “sound blasters” portáteis, e outras formas de sistemas estéreos em casa, bem como nas discotecas e outros locais de entretenimento. Os efeitos a longo prazo da escuta constante de música rock alta não pode ser determinado.

Alguns concertos de rock podem alcançar níveis de volume entre 110-135 decibéis, enquanto o limiar para o dano auditivo está em 85 decibéis. Este não é um problema limitado apenas aos artistas; afeta também aos ouvintes. O walkman é considerado como um dos maiores culpados.

... Os pesquisadores são da opinião que este problema é uma catástrofe social de dimensões alarmantes. Todos os tipos de música alta, até mesmo passagens poderosas de uma orquestra sinfônica, poderiam expor ao problema, mas a música eletricamente ampliada é definitivamente o problema maior.
Fabricantes de sistemas de som sabem muito bem que os efeitos da amplificação do som tem usado as pessoas. Geoffrey Marks, diretor de Cerwin Vega, uma fábrica na produção de alto-falantes em Los Angeles, reconhece que os testes mostram que alguns têm sido excitados sexualmente quando dançam a uma música num volume de 100-120 decibéis. 56 Quando perguntados se a música das discotecas poderia ter um efeito semelhante, ele disse, “Absolutamente! Se o sistema de som reproduz o som de maneira apropriada,podemos manipulá-lo de forma que pessoas fiquem excitadas sexualmente. Mas o volume tem que estar correto. Também é importante que os graves tenham o efeito correto. Os graves são o que de fato governa e comanda nossos sentimentos. Ele penetra em nosso corpo e afeta nossos nervos. Nós testamos este volume particular em pessoas e vimos como eles respondem com rápida estimulação sexual. Parecem achar difícil de resistir a isto.



A indústria da música está claramente manipulando os efeitos das fortes vibrações dos graves, presentes de forma especial na música rock. Estas vibrações atingem abaixo da cintura, levando o ouvinte a perder os benefícios de seus mecanismos de controle.

As provas dos efeitos negativos da música rock vêm de diferentes fontes e países. Concluindo, cito um relatório enviado de Moscou por Martin Walker, correspondente do jornal inglês Times on Sunday. Walker relata que um projeto de pesquisa russo da Sovyetskaya Rossiya fez “uma descoberta impressionante” relativa à música rock. “Quanto mais selvagem a música, mais baixa é a capacidade de trabalho dos jovens.”

O professor G. Aminev, chefe do departamento de psicologia na Universidade de Bashkiria, descobriu que “ouvintes de heavy metal são afetados pelos mecanismos psico-fisiológicos da dependência. Se forem isolados de tal música por uma semana o nível geral de sua saúde declina, eles ficam mais irritáveis, suas mãos começam a tremer e o seu pulso fica irregular. Alguns deles se recusaram continuar com nossas experiências depois do terceiro dia. Isto significa que estamos testemunhando um certo tipo de doença.

O professor Aminev continua explicando que estudos com crianças das escolas russas expostas ao heavy-metal nas discotecas mostrou “um agravamento da memória, perda da atenção, uma queda na velocidade de leitura, e um aumento na agressividade e teimosia.”

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CONCLUSÃO
Investigações científicas têm demonstrado que a música afeta a freqüência cardíaca, respiração, pressão sanguínea, digestão, equilíbrio hormonal, rede neural do cérebro, ritmos do corpo humano, humores e atitudes. A enorme influência da música sobre os aspectos físicos, mentais, e emocionais de nosso corpo deveria ser de grande preocupação para os cristãos que aceitam o apelo para se consagrarem todo o ser como “um sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus” (Rom 12:1).
A batida irregular, incansável, e intensa da música rock coloca o corpo humano sob stress aumentando a freqüência da pulsação, a pressão sanguínea, e a produção de adrenalina, e prejudicando a qualidade da audição das pessoas. Mais importante, descobrimos que a música rock não atinge apenas o ouvido, ela esmaga o cérebro como um trem de carga.
A repetição constante, a batida incessante, e a avalanche de decibéis fazem com que a música rock seja capaz de explodir as emoções e a mente. Prejudicando o funcionando da mente, música rock faz com que seja impossível refletir sobre a verdade, honestidade, integridade, e, acima de tudo, oferecer uma “adoração racional [logike em grego]” (Rom 12:1).