Suyndara escreveu:Mas eu não estava me referindo a nenhum experimento específico e sim ao anseio dos “kardecistas modernos” em comprovar cientificamente a existência de espíritos!

Botanico escreveu: Bem, se é a esses a quem se refere, então está com a faca e o queijo na mão e sozinha para comê-lo. Experimente perguntar a esses "kardecistas modernos" se eles leram alguma coisa de Crookes, Delanne, Richet, Bozzano & Cia Bela...
Suyndara escreveu:Ué, mas se são eles mesmo que citam esses nomes...
Botanico escreveu: Citar os nomes sem conhecer o que fizeram é como eu citar o Tomás de Aquino... nunca li nada dele.
Ué, mas o Vitor Moura e o Benetton citam e leram sim! O Julio Siqueira também.
Se bem que o Vitor e o Julio não são mais kardecistas...
Os outros defensores da “existência de espíritos e fenômenos paranormais” eu não sei se leram ou não, então não vou afirmar nada.
Suyndara escreveu:Nem mesmo a hipótese nula que vc sugeriu foi eliminada, os pesquisadores não provam que o fenômeno não foi um truque, apenas admitem desconhecer a causa deles!
Botanico escreveu: É gozação é? Se era impossível ao médium fazer o truque, qualquer que fosse ele, tanto que nenhum mágico conseguia fazer igual, como é que eles não eliminaram a hipótese nula?
Suyndara escreveu:Deve ser gozação sim, páginas e páginas de post e vc ainda não entendeu nada???
Os “pesquisadores” não provaram que não houve truque, eles apenas não descobriram a causa do fenômeno! São coisas bem distintas aliás.
Botanico escreveu: Mas Dona Coruja Falante, truques necessitam de preparo, de artifícios, de cúmplices, etc e tal. Na medida em que os pesquisadores eliminam esses fatores, a possibilidade de truques vai sendo eliminada também. Mas se garante a mim que é efetivamente IMPOSSÍVEL eliminar os truques pois os médiuns, mesmo os mais burros e incompetentes, são conhecedores de truques, artifícios delicados e invenções abracabradantes os quais nem Copperfield, Randi, ou qualquer grande ilusionista JAMAIS será capaz de descobrir, então somos obrigados a admitir que a mediunidade NÃO É PASSÍVEL DE ESTUDO CIENTÍFICO e aí então é bom chamar o APODman e o Zangari e avisá-los:
_ Vamos partir para outra gente: esta não é a nossa praia.
Quem disse que é impossível descobrir o truque? O que eu disse é que as pesquisas não têm a conclusão que vc ACHA que elas tiveram...Simplesmente não se sabe as causas do “fenômeno” e não se sabe nem mesmo se foi algum tipo de truque até então desconhecido ou não (como no caso das mãos de cera que vc se nega a aceitar...)
E quanto ao Apodman e o Zangari, eles sabem MUITO BEM do que eu estou falando, não se preocupe.
Suyndara escreveu:Por isso mesmo que lhe disse que a metologia foi insuficiente, aliás é o que sempre digo aos meus alunos: perguntas “mau feitas” nunca geram respostas insatisfatórias...É exatamente esse o caso, foi realizado um catatau de experimentos e no entanto não é possível concluir (responder) a pergunta inicial.
Botanico escreveu: Antes de mais nada é perguntas MAL feitas. Mal é oposto de Bem, e Mau é oposto de Bom (os primeiros são advérbios e o segundos são adjetivos). Não se fala em perguntas Bom feitas...
Sabe que eu invejo a sua segurança em dizer que foi um catatau de experimentos sem chegar a conclusões?
Suyndara escreveu:Antes de mais nada mocinho, tentar refutar um mero erro de português demonstra apenas fraqueza da sua parte.
Ao contrário de vc não tenho muito tempo e muito saco para posts longos e muito menos tempo para ficar revisando o uso de uma palavrinha aqui e outra ali.
Isso aqui é um fórum livre, deixe que me atenho ao meu português perfeito e sem falhas nos meus documentos e ofícios originais.
E ó meu deus, eu errei o uso de uma palavra! Irei morrer por isso?
Não inveje minha segurança, inveje meu currículo. É ele que me dá a segurança para fazer esse tipo de afirmação.
Botanico escreveu: Nossa! Parece até a minha cunhada falando! Ela fala errado e fica puta da vida se for corrigida...
Eu penso e digito de forma extremamente rápida, no trabalho eu me dou ao luxo de revisar os textos, na internet acaba indo uma pancada de erros de concordância e até alguns de grafia...é a correria nossa de cada dia!
Eu simplesmente não acho que isso sirva de argumento ou que seja de fato importante ao debate, já que é visível que os meus erros não são uma constante ao ponto de vc querer questionar meus conhecimentos de gramática...
Mas se for por falta de motivos para “pegar no pé”, continue...talvez lhe divirta!
Botanico escreveu: Quer ver eu torná-lo um relato? O fragmento de cerrado de onde coletei essa melastomatácea acabou de ser liquidado por correntão, fogo e agora o fazendeiro fez virar uma bela plantação de soja. As galhas que estudei eram endêmicas do lugar e não consigo mais achá-las em nenhum outro lugar. Era tão pouco o material que mal consegui fazer uma excicata de um galhinho só... que não posso fornecer a outros pesquisadores, pois é a única que existe. Agora não é mais replicável, nem refutável...
Suyndara escreveu:Exatamente. Agora é só uma evidência anedota, ainda que seja uma evidência.
Botanico escreveu: Então não há mais distinção entre um trabalho científico e um relato. Um pode virar o outro em qualquer situação.
Suyndara escreveu:Pode? Desde quando?
Você deveria ficar com vergonha de dizer que faz pesquisa e cometer erros grassos assim...Estude metodologia Científica, pelo amor do seu deus!
Evidência anedota e pesquisa científica são coisa muitoooooooooo diferentes.
Botanico escreveu: Ué? Eu dei um exemplo de um trabalho, uma pesquisa científica e você concordou. Fiz essa pesquisa virar evidência anedota pelo simples fato de ter sumido o material de pesquisa. E você concordou. E agora quando digo que uma coisa pode virar outra, você fica brava? Quer ver eu fazer a evidência anedota virar pesquisa de novo? Simples: achei a galha crescendo em uns rebrotos da melastomatácea no meio da plantação de soja. E agora? A evidência anedota virou pesquisa científica outra vez? Sim ou não?
Só que não é assim que as coisas funcionam...não costuma ter esse “vira-vira” por aí.
No campo hipotético, talvez sim.
Suyndara escreveu:Claro que não, apenas uma minoria da sociedade científica é mercenária! Uma minoria ínfima e desprezada, aliás.
Duzentos cientistas imparciais e com metodologia falha não valem um só!
Botanico escreveu: Coitada! Essa aqui deve ter tanta fé na pureza da comunidade científica que acho que ela reza para um tubo de ensaio... Sabe que se não fosse cética, você daria uma excelente evangélica?
Suyndara escreveu:Eu fui uma excelente pregadora, sabe? Conseguia enganar pelo menos uns 40, 50 mil fanáticos idiotas de uma vez só! Indução de histeria coletiva é legal!!!
E essa sua “raivinha” pelo que vc chama de comunidade cética (como se fosse uma seita qualquer) é tão infantil que não merece atenção.
No dia que um “kardecista moderno” conseguir me provar que Ian Stevenson não foi imparcial em suas pesquisas, eu até repenso se devo dar considerações aos artigos dele ou não...(para usar um exemplo clássico).
Botanico escreveu: Exemplo clássico que nunca li
Então você já foi pregadora? Pena que este kardecista é duro demais para pregar...
Nunca leu? Interessante...então deixa!
É, já fui pregadora. Todo mundo tem direito a um “passado negro”...rs
Suyndara escreveu:E só existiam médiuns “fodásticos” há 80 anos atrás?

Deve haver alguns “testáveis” por aí, se a causa do fenômeno é a mesma, não há pq descartar o teste de outras “amostras” (médiuns).
Botanico escreveu: Bem, houve sim ALGUNS POUCOS médiuns fodásticos tempos atrás, mas houve também um amplo grupo de cientistas interessados em pesquisá-los, apesar de nada ganharem com isso, pois seus colegas que não pesquisavam o assunto já diziam ser tudo balelas e sempre ganhavam essa discussão, já que a CRENÇA científica dizia que o que contrariava o que foi dito nos livros só podia estar errado.
Se ainda hoje há médiuns fodásticos, talvez depois de terem sido devidamente disciplinados, já não tenham interesse em estudos científicos. Afinal já vimos esse filme: mesmo que o próprio James Randi confirme alguns deles, os que NUNCA viram um médium na sua vida dirá que o velhote foi risivelmente empulhado. E que dirá a comunidade cética da qual James Randi é um bambambam? Simples: _ O que é mais lógico? Aceitar que Randi foi enganado ou que leis naturais foram violadas?
A gente já viu esse filme, moça.
Suyndara escreveu:Pois é, o tiro saiu pela culatra não é? Há 80 anos atrás os espíritos estavam todos serelepes e saltitantes para aparecer, fizeram de tudo para chamar a atenção, mas não conseguiram nada além de alguns gatos pingados para a “doutrina do amor”. Daí que hoje, com a ciência mais avançada, eles desistiram da idéia.
Seria tão simples, o próprio “ser iluminado” podia nos contar (via psicografia mesmo) como fazer um experimento detectando o desdobramento do espírito da matéria por exemplo, não? Mas não, eles não querem ser testados mais, ficaram com vergonha dos holofotes? Desistiram de espalhar a “verdade reveladora”?
Que pena! Espíritos sempre fogem de céticos!
Botanico escreveu: É que os espíritos são gente e desde o início, mesmo com os médiuns fodásticos, fazia-se de tudo para excluí-los. Para a comunidade cética, os tais fenômenos eram PERFEITAMENTE explicados pela fraude. Se não fosse esta, havia a subconsciência, a inconsciência, a telebulia, a criptomnésia, a pantomnésia e outras tantas anésias, a PK, a PSI, e outras siglas de partidos políticos. Havia de tudo para se explicar os fenômenos... SÓ OS ESPÍRITOS ESTARIAM ERRADOS E SERIAM DESNECESSÁRIOS para explicar os dito-cujos. Os que chegaram aos espíritos, foram aqueles que depois de anos de pesquisa, honestamente disseram não ter outra explicação para os fenômenos. Já que os espíritos NÃO SÃO BEM VINDOS nessas pesquisas, então para quê dar as caras? Deixemos que os cientistas da ciência moderna descubram os potenciais do espírito em estado encarnado (animismo) e assim eles ficam contentes e nós também...
Ué, mas é assim há décadas. Os fenômenos são estudados usando sempre o princípio da parcimônia, sendo assim as causas mais simples são analisadas primeiro, só depois que todas elas tenham sido descartadas é que se parte para uma possível causa mais complexa (no caso, espíritos).
Os espíritos deveriam saber disso. Se eles quisessem de fato colaborar fariam coisas mais interessantes do que levitar por aí, eles nos mostrariam como o espírito se une à matéria (só para começar, claro!).
O fato é que mesmo naquela época, não passava de exibicionismo e shows de horrores!
Suyndara escreveu:E pq Chico Xavier fazia tanta caridade se podia ficar rico psicografando? É o mesmo caso, as pessoas acreditam nos seus “dons” e nem todos são picaretas, existem pessoas boas nesse mundo, oras.
E essa estória não prova que os pesquisadores estavam aptos a desvendar qualquer truque, no máximo informa que eles “tentavam” ao máximo chegar a isso.
Botanico escreveu: Há que se distinguir duas coisas, madame: uma coisa é a fraude INCONSCIENTE. Ou seja o médium FRAUDA SEM SABER. Veja só que Eusápia Palladino podia produzir fenômenos espetaculares. Podia mover objetos à distância. Mas se o objeto estava ao alcance de sua mão, ela o movia com a mão. Quando o pesquisador a informou disso e considerou que ela era farsante, sua resposta foi:
_ Senhor, sob transe, não tenho controle sobre os meus movimentos. Se desejava que fosse movido sem contato, deveria ter tomado providências para que eu não o tocasse. Se não o fez, é muito ruim.
Chico Xavier talvez psicografasse por animismo, sem ter nada a ver com espíritos e assim produzia suas obras e, por espírito de caridade, doava os direitos, sem pegar nada para si. Mesmo que fosse fraude consciente, não seria crime, pois escrever livros não é crime, a menos que o livro promova apologia do crime.
Agora pretender que médiuns pudessem fazer fraudes inconscientes levitando seus corpos, levitando vários objetos de uma só vez sem contato, produzindo materializações, dando informações que só os defuntos saberiam dar, é coisa que só um cético sábio, culto, racional e inteligente acreditaria.
Truques muito elaborados, só poderiam ser produzidos POR FRAUDE. E fraude precisa ser muito bem preparada, pois senão É DESCOBERTA EM ALGUM MOMENTO. Pretender que os médiuns pudessem fazer seus truques tão bem que ninguém os descobrisse é no fim das contas pedir para que acreditemos em algo tão ou mais fantástico do que a própria mediunidade.
Mas da minha experiência, sei que a comunidade cética É MUITO CRÉDULA.
Suyndara escreveu:Por que não? Só pq os “mágico/pesquisadores” não conseguiram descobrir?
Eu DUVIDO que qualquer espírita ou cristão conseguisse descobrir fraudes na MINHA mediunidade, eu fazia coisas extraordinárias!
No começo era inconsciente, depois resolvi “testar” e descobri que era tudo fraude! E NINGUÉM duvidou de mim.
Eu fazia até mesmo revelações e adivinhações, nenhum desses “médiuns fodásticos” que vc cita me surpreendem.
Até hoje as pessoas afirmam que foram curadas por mim e nada as fazem acreditar que tudo não passou de farsa. E eu também era boazinha e não ganhava nada com aquelas orações.
Essa é a parte podre da fé: ela cega, ela é capaz de levar as histerias coletivas e as pessoas simplesmente não enxergam o óbvio!
Botanico escreveu: Que maravilha! Temos aqui então um Ray Hyman de saias! Sabe de quem estou falando, né? É um grande bambambam cético que durante algum tempo atuou como médium, EFETIVAMENTE ACREDITANDO SER UM. Depois ele descobriu (sei lá como) que NÃO ERA UM MÉDIUM e sim alguém capaz de captar certos sinais que as pessoas emitiam inconscientemente e assim conseguia uma elevada margem de acerto em suas "adivinhações".
Mas me diga aí como é que fazia as suas adivinhações e revelações... Se for como estou pensando que é, ou seja, ao estilo dos médiuns americanos, então eu também não fico nem um pouco impressionado...
Ei, Ray Hyman de saia não, que expressão mais feia! Aliás, ele é feio...num quero!
Mulheres se diferenciam pelo fato de terem curvas e não pela “saia”...
Não sei exatamente o que vc chama de “estilo americano”, mas não conto meus “truques”, eles ainda podem me ser muito úteis um dia....
Suyndara escreveu:Como não? A maioria dos trabalhos científicos é planejada assim!
Se o fenômeno não existe, os resultados estatísticos não serão significativos. Aliás, para isso é que serve estatística!
Pelo contrário, é exatamente assim que Popper idealizou. Se o fenômeno não pode ser negado é que seria anti-científico.
Botanico escreveu: De novo falamos a mesmo idioma, mas não a mesma língua...
Dona Coruja Falante, uma coisa é ter em mãos uma investigação onde é possível a sobreposição de dados previstos pela probabilidade com dados fora dela. O clássico baralho Zener: pela probabilidade, o cara vai ter um acerto em cinco. Se depois de umas mil tentativas, o cara acerta em média 2 acertos em cinco, então já se dá para desconfiar que o cara tem uma capacidade acima dos "normais". Estou certo ou errado?
Mas pelo que o pessoal fazia quando lidava com fenômenos objetivos não tinha esse problema: qual a probabilidade de um objeto levitar sem contato algum naturalmente? Ninguém me apresentou isso até agora. Qual a única maneira de isto acontecer "naturalmente" nos idos 1800 e antigamente? Usar fios finos contra fundos escuros e puxá-los discretamente. Se o Zangari conhece outros, acho que não vai dizer... Mas como é que o médium vai levitar um prato que só o pesquisador tocou e ninguém mais? Não tem como colocar os fios sem ninguém ver.
É preciso cautela estatística nesses casos?
Suyndara escreveu:Não tem como? Ou vc não sabe?
Botanico escreveu: Eu diria que não tem como até que a comunidade cética me apresente como é que se faz o truque. E não fique exigindo que eu creia que há truque por fé.
Ok.
Mas a resposta correta e mais honesta seria “não sei”.
Suyndara escreveu:E realmente, não estamos falando a mesma língua. Você está falando sobre shows de mágica e eu estou falando sobre pesquisas científicas!
Acontece que os que estavam fazendo as pesquisas conheciam os shows de mágica e não os reconheciam nas coisas que os médiuns faziam. Suyndara escreveu:E o baralho Zener é furada, eu tive 98% de acerto e isso não significa NADA!
Botanico escreveu: Mas como é que foi feito o teste com o baralho?
Como assim? Não é padrão?
Sei lá, o Zangari que me passou, mas ele mesmo me afirmou que o baralho zener não é mais usado para testes há muito tempo, nós só estávamos de zueira.
Botanico escreveu: É que eu não entendi sua crítica pelo falo dos cientistas antigos delinearem os processos ao lidar com os médiuns. Certo, o cientista controlava ele próprio o ambiente, preferindo fazer os experimentos em suas casas ou laboratório, onde eles sabiam não haver passagens secretas e eles é quem tinha as chaves na mão. Ou seja, eliminava a possibilidade de um cúmplice ajudar. Coloca o médium num canto de junção de duas paredes, fechava uma cortina na diagonal e ali só cabia o médium e a cadeira. Pouco depois, saía dali uma forma fantasma que falava, caminhava, levitava, etc e tal... e puxando de leve a cortina, o médium ainda estava ali. Como foi feito esse truque? Estou até hoje aguardando uma resposta da comunidade cética.
Suyndara escreveu:Um show de horrores! Os espíritos não tinham uma forma melhor de se manifestar não? Coisa mais dandesca!
Botanico escreveu: Se souber de uma forma melhor, então diga.
Ligar a luz ajudaria muito a descobrir o truque, não acha?
E nem me diga que “machuca” o médium....eu teria ligado!
Suyndara escreveu:Antes de descobrir como foi feito o truque, a “comunidade cética” precisa saber como foi feito os “experimentos”.
Os experimentos estão descritos para quem os quiser ver.Suyndara escreveu:É uma evidência anedota, como o caso daquela moça que veio aqui e disse ter visto um macaco na cozinha derrubando panelas! Vc pode ou não acreditar nela, mas provar que ela está certa ou errada, nunca.
Botanico escreveu: É por isso que os espíritos tiraram o time de campo. Para que perder tempo com vocês cientistas? Não vai dar em nada mesmo. Então veja só: Crookes publicou o que viu com os médiuns. Vem lá se dizer que é "evidência anedota" (isso quando queriam ser educados). O seu rival, Carpenter, e outro, Edouard von Hartman, encontraram a explicação cética plenamente válida: ele estava alucinado. A alucinação explicava PERFEITAMENTE o fenômeno de materialização. Aí Crookes tirou fotografias. O que ele via, aparecia igualmente na chapa fotográfica. Mas para a comunidade cética, até mesmo uma chapa fotográfica deve ser passível de sofrer alucinações... Ou então parte-se para o argumento "ela pode ser forjada".
Parece que finalmente cheguei onde queria: para você, os fenômenos de mediunidade objetiva SEMPRE serão evidências anedotas, certo? Afinal é isso que a dita comunidade cética diz: fotografias, vídeos, filmes, registros NADA PROVAM. Então só vocês é que se fingem de surpresos quando os espíritos não aparecem mais...
Fotos tipo essa aqui?

Uma pessoa enrolada em lençóis parece mais com brincadeira de crianças do que com qualquer tipo de evidência científica!
E convenhamos! Isso é um dos grandes micos do Chico! Medonho!
Não dá pra levar a sério evidências tão toscas assim, essa que é a questão.
Suyndara escreveu:Ora Botânico, vc não sabe como elaborar uma hipótese nula?
Me Popper disso! Já que vc afirmou que tem “otoridade”, então suponho que tenha de fato estudado...se não tiver, dê uma pesquisadinha antes.
Estou falando em inexistência do fenômeno mesmo (já que as causas seriam estudos posteriores à comprovação do fenômeno em si).
Botanico escreveu: É que eu até agora não consegui entender como é que faço um experimento para verificar uma coisa que parti do pressuposto que não existe... Se a coisa não existe, então os resultados dos meus experimentos seriam nulos, vou concluir então que as hipóteses que pressupunham sua existência (que no caso seriam passíveis de serem testadas) estão erradas e devem ser rejeitadas.
Suyndara escreveu:Isso que dá ser se especializar demais em uma área...
Se o resultado for estatisticamente significante se rejeita a hipótese nula, sendo assim o fenômeno existe.
Para te refrescar a memória, os passos básicos de um teste de hipótese são:
1. Determinar as hipóteses nula e alternativa que são apropriadas para a aplicação.
2. Selecionar a estatística de teste que será usada para decidir rejeitar ou não a hipótese nula.
3. Especificar o nível de significância para o teste.
4. Usar o nível de significância para desenvolver regra de decisão que indica os valores críticos da estatística de teste que levará a rejeição de H0.
5. Coletar os dados amostrais e calcular a estatística de teste. (Somente aqui o pesquisador pode dar início ao experimento, depois de todo o delineamento pronto!)
6. Comparar o valor da estatística do teste com os valores críticos especificados; ou calcular o valor p, baseado na estatística de teste na etapa anterior. Usar o valor p para determinar se H0 deve ser rejeitado ou não.
Você encontra isso em qualquer livrinho de estatística.
Botanico escreveu: Vou deixar isso para os estatísticos, pois sou alérgico a matemática. E de fato sou mesmo especializado na minha área, onde eu tenho de meter as caras nas técnicas para obter os cortes histológicos, descrevê-los, discutir com outras coisas comparativas e lá vai pro prelo o meu trabalho descritivo...
Ok.
Mas então não afirme que um experimento foi bem feito e bem delineado se desconhecesses os passos...
O único problema em se especializar é esse: vc perde parâmetros de comparação e crítica de outras pesquisas que fogem da sua área de atuação!
Suyndara escreveu:E por mais tosco e desumano que possa parecer existe sim motivos científicos para a Eugenia, a grande questão é que os interesses científicos não podem ultrapassar os limites da ética e moral de nenhuma sociedade.
Para casos controversos como esse existe as leis de biossegurança e bioética, como eu lhe disse os passos científicos sempre são alvos de “críticas”.
Botanico escreveu:Pensava que ética e moral eram coisas justificáveis apenas sob aspecto religioso... Afinal, se estamos eliminando indivíduos considerados geneticamente prejudiciais por algum iluminado científico, não seria uma coisa boa moral e eticamente, pois com isso estamos proporcionando uma geração futura geneticamente mais saudável?
Suyndara escreveu:Pq seria? Você acaso acha que princípios de ética e moral sejam exclusividade e mérito apenas de “religiosos”???
Quanto preconceito!
Vai me dizer que desconheces as leis de bioética e biossegurança?
Botanico escreveu: Não é esse o ponto, moça. Ética e moral, não importa se venham dos cientistas ou clérigos, são feitas de elástico: podem ser encolhidas ou esticadas para caber nos conceitos, política e preconceitos de cada povo e/ou época. Lá nos EUA, nos anos 1930 era muiiito ético e moral cientificamente falando condenar um negro a ser esterelizado só porque roubou um pão... Para os protestantes também isso era ético e moral, mas para os católicos já era anti-ético e imoral. Como se vê, nem o cientificismo, nem o religiosimo produzem boa ética e moral por si só.
Entendeu?
Não. Continua sendo um preconceito seu achar que a comunidade científica age sem ética e sem críticas pertinentes.
Isso aqui não é discurso de adventista, da forma que vc fala fica parencendo aqueles pastores berrando que todo cientista é ateu, materialista e desumano!
Suyndara escreveu:Não deveriam se preocupar mesmo com isso. Sempre achei errado misturar fé com ciência...
Mas não é isso que acontece, os espíritas correm atrás de provas científicas desesperadamente, basta ver as revistas nas bancas, as palestras nos centros (em que se houve absurdos como “se um médium passista parar de trabalhar vai desenvolver câncer na mão”), discussões na internet, entre outros.
Botanico escreveu:Bem, os conceitos (ou pataquadas) religiosos não impediriam os cientistas de virem os fenômenos se eles existirem. Isso já aconteceu em tempos passados.
Suyndara escreveu:Que pena! Agora que os cientistas voltaram a atenção para esses casos, eles não se repetem mais.
Botanico escreveu: Por que já sabemos qual vai ser o resultado... O Benetton postou uma vez o trabalho feito por um médico italiano sobre a questão de experimentos quase-morte (salvo engano). Diante dos resultados bem fundamentados que obteve, ele achou que a comunidade científica iria considerá-lo. Quebrou a cara... para variar.
Engraçado, lembra aquele discurso que os espíritos superiores auxiliavam os pesquisadores encarnados???
Eles pararam de fazer isso também?
Suyndara escreveu:Afro-católicos? Não entendi!

[]s
Botanico escreveu:Umbanda, quimbanda, candomblé... Chamo-os de afro-católicos porque esse pessoal fez um passa-moleque na fé católica e esta nem se deu pelo caso. Vinha lá a negada escrava, que era obrigada pelos padres a rezarem para Cristo, Nossa Senhora, trocentos outros santos que nunca tiveram nada de santos... Bem, acostumado com seus cultos fetichistas e obrigado a ser católico pelos senhores e padres, o negro ficou com os dois. Fez uma adaptação. Ajoelhava-se diante da imagem da Nossa Senhora, para a alegria do padre e o seu dono... mas em sua mente, rezava para Iemanjá... Não dava para ler a mente do escravo. Alguns ainda continuam usando os nomes de santos católicos vinculados aos nomes afros e outros já romperam esse vínculo.
Talvez nesses ambientes os fenômenos físicos ocorram com mais freqüência, pois não tem o "refinamento" dos kardecistas, que acham que isso é coisa de espírito inferior. Que vergonha esses kardecistas me dão...
Suyndara escreveu:Ah tá.
Eu tinha uma tia-avó que era diretora de um centro de “umbanda kardecista”, eu nunca freqüentei lá, mas ela era uma pessoa boníssima.
Botanico escreveu: O centro ainda existe? Apresente-se como sobrinha-neta da diretora e mande ver a sua pesquisa...
Não sei se funciona ainda. Mas não é bem esse tipo de centro que pretendo pesquisar dessa vez.
[]s