Fenrir escreveu:Sem duvida que apenas absorver conhecimentos e não fazer nada com os mesmos não é o que chamaríamos de atitude lá muito inteligente. Mas ainda assim é preferivel àquela de quem nada leu e dando azo a sua criatividade e tendo idéias em profusão, as tem como novidades e sequer se dá conta de que elas podem ter sido pensadas, aprofundadas e mesmo refutadas há muito tempo e por muitos outros antes dele... além de se correr o risco de dizer asneiras ou usar de falácias primárias igualmente sem sequer se dar conta do fato!
humm...concordo com você, mas talvez seja interessante imaginarmos o contexto da época. A Educação era bastante enciclopédica nessa época, não havendo muito espaço para reflexão ou crítica mais aprofundada. A Educação era um tanto domesticadora e doutrinária na época. Talvez seja até hoje, mas antigamente acho que era muito pior...
Fenrir escreveu:Por isso penso, que há que se fazer sempre as duas coisas: ler muito e trabalhar o material lido para dele extrair novas idéias... com a ressalva de que a leitura deve ser feita sempre em primeiro lugar, para depois de ter absorvido conhecimento suficiente, começar a criar, criticar, etc.
Para mim, pensar tendo pouco material disponível equivale a tentar criar uma obra-prima da pintura dispondo de apenas uma cor e um tipo de pincel e do zero, sem saber nada ou quase nada de técnicas de pintura...
Sim...Shopenhauer parece ter realmente subvalorizado a importância da leitura, mas se observar atentamente o texto talvez você perceba que, numa época de muita leitura e pouca criticidade, Shopenhauer quis dizer algo do tipo: "Parem de ler, por favor! Vocês estão lendo demais, absorvendo idéias como esponjas. Reflitam por um tempo, pensem sozinhos...somente assim vocês serão mais originais..."
Bom, de qualquer forma concordo inteiramente com você. Só questiono a precipitação no julgamento, pois me parece perfeitamente possível extrair muita coisa boa desse texto de Shopenhauer, embora ele possa favorecer críticas e apresentar erros.