Acauan escreveu:Tirei do que o cara disse, uai. De onde mais seria?
Segundo Gikovate:É preciso que o jovem entenda que o amor romântico, apesar de aparecer o tempo todo nos filmes, romances e novelas, está com os dias contados. Esse amor, que nasceu no século XIX com a revolução industrial, tem um caráter muito possessivo.
A redução das expectativas é explicitada aqui na depreciação do amor romântico como coisa de filmes, romances e novelas, quando estes são sub-produtos culturais da alta literatura que tem no tema do amor romântico alguns de seus melhores momentos. Creio que é desnecessário citar exemplos.
A alta literatura, para cair no jargão, é uma das expressões mais ricas do chamado inconsciente coletivo, quando os sentimentos mais profundos da alma individual encontram expressão compreensível por todos.
Some-se a isto a bobagem imensa de datar um ideal que remonta à Idade Média no século XIX e o cacoete de associa-lo à revolução industrial.
Basta?
Acauan...
Na prática o que ocorre é isso mesmo: "Esse amor possui um caráter muito possessivo!"
É nesse sentido que ele critica o amor romântico...o que ocorre nos filmes e novelas com casais de mãos dadas vivendo felizes para sempre não encontra eco na vida real...é tão difícil perceber isso?!
O que mais ocorre são casais infelizes se aturando num clima de alta possessividade...
Existem relacionamentos felizes, mas é a minoria mesmo. E normalmente (talvez sempre) ocorre entre pessoas que não abrem mão de sua individualidade, que não acreditam na louca idéia de que se fundir no outro seria a melhor opção...
continua...