Anna escreveu:Edson,
acho que vc sofre, e peca, pelo uso abusivo de alguns rótulos tradicionais e ultrapassados, e principalmente usados em contexto errôneo. Creio que vc não sabe muito bem como está aplicando o termo independente, uma vez que a maioria dos homens desse fórum namoram ou são casados com mulheres independentes. Mulheres independentes não é sinônimo de mandona ou feminista como vc aplica aqui. Aparentemente vc é traumatizado com sua experiência particular e criou um modelo equívoco do qual lança mão para definir um grupo extremamente heterogêneo de criatura. Seria o mesmo qeu dizer que todos os homens independentes são egoístas porque estão valorando mais a carreira do que a sua relação amorosa. Espero que perceba a sua falta de linearidade e lógica.
Ou que vc defina independente para que possamos entender o que significa esse termo na cabeça de Edson. Apenas assim poderemos chegar em algum lugar, oq u eimagno ser o objetivo aqui, que não seja ofenças pessoaisa pessoas em virtude seu trauma pessoal.
Olá Anna!
Talvez você esteja se perguntando: "Como o Edson pode ser tão atrasado assim nessa questão!?"
Se existe algum tipo de virtude em mim, talvez seja o de buscar entender e refletir sobre meus próprios sentimentos, do mesmo modo que sempre busco me colocar no lugar do outro.
Dessa forma posso reconhecer meu erro, mesmo após ter dito um monte de coisas que não condizem com minha natureza mais íntima. Do mesmo modo que admito que errei, espero sinceramente que entenda os caminhos que me levaram a agir dessa maneira...
Realmente vim de uma relação traumática. Sempre apoiei e incentivei minha esposa com todas a minha forças. Quando começei a namorar, ela não tinha nada, nenhuma perspectiva. Sempre a tratei com carinho e doçura. Apoiei para que ela fizesse a faculdade, pagando do meu próprio bolso e com muito prazer. O que ocorre é que na medida em que ela foi se tornando independente, começou a desenvolver uma certa obcessão em querer crescer cada vez mais. Até aí tudo bem. Continuei apoiando.
Sempre fui o tipo de cara que cedia diante de chantagens sentimentais. Sentia-me culpado, mesmo quando não tinha nada a ver comigo. E ela aprendeu muito bem a manipular meu sentimento de culpa, de forma que acabava aceitando coisas que normalmente jamais aceitaria.
Percebi, poucos antes de terminarmos, que ela nunca valorizou o apoio que sempre dei. Foi duro constatar que o apoio que oferecia foi na verdade entendido como uma ofensa, embora fingisse que não. Isso despertava inveja nela, pois parece que ela entendia a minha ajudar como um abuso, como uma demonstração de minha superioridade (coisa que só existia na mente dela). Minha ajuda foi autêntica, mas ela não parece ter entendido assim.
Minha própria conta bancária estourou, devido aos seus caprichos indevidos e à falta de firmeza minha em colocar limites para isso. Quanto mais eu cedia, mais ela queria...chegando ao ponto de ão aguentar mais e me separar...isso sem falar nas covardias e humilhações no que se diz respito à deslealdades e traições...coisas que nem sequer cabem contar aqui...
Bom, é claro que isso mecheu comigo...é uma sensação horrível a de ter sido manipulado e enganado todo esse tempo...
Bom, abri o jogo e me expus. Agora, mesmo que eu esteja totalmente errado em minhas argumentações (e sei que estou) espero que ao menos entenda e considere um tanto compreensível o fato de eu estar armado até os dentes...
Não sou burro, nem insensível, acredite...mas minha sensibilidade foi muitíssimo ferida, o que me faz agir de maneira um tanto oposta àquilo que realmente sou.
"Três paixões, simples mas irresistivelmente fortes, governam minha vida: o desejo imenso de amar, a procura do conhecimento e a insuportável compaixão pelo sofrimento da humanidade." (Bertrand Russel)