Sim, aconteceu! Já que ninguém pode refutar, a méduim já morreu e não da pra saber se teve falcatrua então aconteceu!
Botanico escreveu:
UM EXAME CIENTÍFICO DA MEDIUNIDADE DE SRA. FAY.
Por William Crookes, F.R.S.
Editor do 'QUARTERLY JOURNAL OF SCIENCE'.
Há um ano atrás, a Sra. Annie Eva Fay veio dos Estados Unidos a este país, com boa reputação como médium para a produção de fenômenos físicos.
Ficou aparente para mim que os primeiros meios inventados pelo Sr. Varley para testar a mediunidade de Srta Cook, tiveram resultados muito satisfatórios no caso dela, como já registrado por ele em The Spiritualist, seriam os mais indicados para demonstrar se os fenômenos que aconteceram na presença da Sra. Fay eram produzidos num passe de mágica ou eram genuínos. A experiência mostrou que as melhores condições para a produção dos fenômenos mais notáveis em mediunidade da Sra. Fay são que ela devia ser isolada das outras pessoas presentes e na escuridão. Então, a fim de conseguir manifestações sob condições de teste, era necessário que a médium devia estar tão manietada que ela não pudesse se livrar sozinha ou por qualquer outro poder sem o conhecimento dos observadores. Sra. Fay é normalmente amarrada com fitas ou barbante. Eu propus manietá-la com uma corrente elétrica. Este método tem a vantagem de certeza absoluta, uma vez que, se o médium libertar suas mãos ou corpo dos fios, em estado de transe ou não, o galvanômetro do lado de fora faz os espectadores saberem o momento em que o circuito foi interrompido. Por outro lado, se os fios forem unidos, de forma que a corrente ainda possa passar, o efeito se faz ainda mais evidente pelo galvanômetro.
Na sexta-feira à noite, 19 de fevereiro (de 1875), Sra. Fay veio sozinha à minha casa, para se submeter a estes testes, na presença de vários homens de conhecido saber científico. Ela entrou na sala de visitas, e conversou conosco por mais ou menos um quarto de uma hora, depois do que meus amigos desceram a escada para examinar o aparato elétrico e minha biblioteca, que deveria para ser usada como o gabinete escuro. Eles examinaram os armários e abriram as escrivaninhas. Colocaram tiras de papel acima das fixações das venezianas da janela e as fecharam hermeticamente com seus anéis de sinete (cera marcada com o relevo do sinete de um anel). Eles também fecharam hermeticamente, de modo semelhante, sobre a segunda porta da biblioteca, que abre num corredor. A outra porta da biblioteca abre para o meu laboratório, em que os experimentadores permaneceriam durante os testes. Uma cortina foi então suspensa acima desta porta, para colocar a biblioteca em escuridão adequada e permitir a passagem rápida e fácil para dentro e para fora.
Acompanhar o esquema que mostra ao arranjo do aparato.
D, bateria.
F, galvanômetro.
H, controle para cortar mais ou menos a corrente a fim de regular a deflecção do galvanômetro.
E, caixa de rolos de resistência.
A e B, chaves iniciar e interromper o contato.
(A) está sempre fechada, e é usada só para corrigir ou verificar o zero.
(B) pressionada para K, põe os rolos de resistência em lugar do médium.
Os dois fios de arames em cada lado da seta vão para a médium.
(Infelizmente não tenho como postar o esquema aqui, mas acho que não fará falta)
A médium segura duas manivelas, presas aos arames abaixo da seta, fechando o circuito deste modo, e faz a lâmpada do galvanômetro ser defletida na escala. O desvio agora é ajustado, com o propósito de distribuir a corrente entre o galvanômetro e o desvio, causando uma deflecção conveniente no primeiro. Qualquer movimento da médium é agora visto por uma variação da posição do ponto de luz. Se os fios ou manivelas sofrerem um curto-circuito de qualquer forma, o ponto de luz salta fora da escala; se, por outro lado, o contato for rompido pela médium, a luz imediatamente cai para zero.
Para medir a resistência da médium, a chave, B, é fechada, o que coloca os rolos de resistência no circuito em vez da médium. As cavilhas são então tiradas até a deflecção no galvanômetro for igual àquela produzida pela médium; as resistências são então ambas equiparadas da médium e dos rolos, e os valores são lidos nos últimos.
O galvanômetro de reflexão, com o rolo de resistência e de desvio, foi colocado junto à parede no laboratório, pelo lado da cortina, e dois pequenos pedaços de arame muito espessos atravessavam a parede, e estavam firmemente soldados a duas manivelas de metal no outro lado. Estas manivelas eram para ser seguras pela Sra. Fay, cujo corpo, deste modo fechava o circuito elétrico, e deu-me uma deflecção no galvanômetro que varia com sua resistência elétrica. As manivelas de metal estavam firmemente cobertas com dois pedaços de linho embebidos em sal e água. Antes de começar as experiências, a Sra. Fay mergulhou suas mãos em salmoura e em então segurou as manivelas, eu sempre achei que a quantia de deflecção seria muito constante, devido à ampla quantidade de superfície exposta para conduzir o contacto com as mãos. Quando ela segurou os terminais, a quantia exata de deflecção devido à resistência de seu corpo foi medida pelo galvanômetro; Se ela fizesse as manivelas tocarem uma com a outra a deflecção tornava-se tão grande que faria a luz pular rapidamente fora da escala; se ela deixasse de segurar as manivelas por um momento, o raio de luz vinha para o zero; se ela tentasse substituir seu corpo por qualquer coisa para estabelecer contato parcial entre as duas manivelas, aconteceriam grandes oscilações do indicativo luminoso enquanto isso estava sendo feito, tornando evidente a tentativa, uma vez depois de que as chances de mudanças teriam sido infinitas contra a quantidade certa de deflecção produzida.
Meus amigos inspecionaram estas condições, e dois deles, membros famosos da Royal Society, tentaram o que podia ser feito, conectando os dois terminais com um lenço úmido. Por uma série de ajustes cuidadosos, entre cada um, eles tiveram que me perguntar qual quantidade de deflecção havia, deste modo, sido produzida no galvanômetro, eles obtiveram uma vez a quantidade de resistência igual àquela de um corpo humano. Mas para efetivar isto, teria sido impossível sem informações sobre as indicações dadas pelo galvanômetro, e tudo isso produzia as violentas oscilações do raio de luz, que denunciavam que eles estavam tentando restabelecer um novo contato por truques de algum tipo. Na sugestão de um deles, porém, é obvio que isto era apenas fonte de possível de erro, as manivelas de metal foram então pregadas agora tão mais separadamente, que ele expressou estar satisfeito com aquilo, pois nem mesmo ele, nem qualquer outra pessoa podia repetir a experiência com o lenço que ele acabara de exibir.
A Sra. Fay foi então convidada a descer à biblioteca; Ela sentou-se em sua cadeira de frente para as manivelas de metal, e os bicos de gás da biblioteca foram então apagados, exceto um, que foi diminuído. Nós anotamos a distância dela dos vários objetos proeminentes. Uma caixa musical estava sobre a minha escrivaninha a uma distância de cerca de 1,20 metros dela; um violino estava na mesa a uma distância de cerca de 2,5 metros; e a escada da minha biblioteca apoiava-se contra as prateleiras de livros a uma distância de cerca de 3,7 metros. Nós então a pedimos para umedecer suas mãos com a salmoura e então que segurasse os terminais. Isto foi feito, e de uma vez uma deflecção foi produzida na escala do galvanômetro devido à resistência de seu corpo; então deixamos a biblioteca e entramos no laboratório, que era suficientemente iluminado por gás para nós vermos tudo distintamente.
Nós começamos os testes às 8.55 da noite; a deflecção pelo galvanômetro era 211°, e a resistência do corpo da Sra. Fay, 6.600 unidades da British Association. Às 8.56 a deflecção era de 214°, e neste momento um sino de mão começou a tocar na biblioteca. Às 8.57 a deflecção era 215°. Uma mão projetou-se para fora do gabinete no lado mais afastado da Sra. Fay.
Deve ficar claramente entendido que eu estava num lado da parede com o galvanômetro, que Sra. Fay estava no lado oposto, segurando as manivelas, soldadas aos pedaços de arame, tão firmemente que ela não podia mover suas mãos ou as manivelas dois centímetros à direita ou esquerda, e sob aquelas condições, uma mão saiu mais lateralmente da porta cortinada ao nosso lado, a uma distância de 90 cm da manivela de metal, e tudo isso dois minutos depois que deixamos o quarto.
Às 8.58 a deflecção era 208°; às 8.59 era 215°, e neste momento uma mão saiu do outro lado da cortina, e deu uma cópia do jornal The Spiritualist para o Sr. Harrison.
Às 9 horas a deflecção era 209°; neste momento uma mão foi vista novamente sair e segurava uma cópia do livro de Serjeant Cox intitulado What am I?Às 9.01 a deflecção era 209°, a mão apareceu novamente, e deu um pequeno livro Spectrum Analysis ao seu autor, que era um dos observadores.
Às 9.02 a deflecção era 214°; uma mão era novamente visível e deu a uma viajante famosa que estava presente um livro intitulado Art of Travel.
Às 9.03, a mão jogou uma caixa de cigarros em outro cavalheiro que estava presente, e que era sabido ser parcial e via a médium como uma praga. Eu posso afirmar positivamente que esta caixa de cigarros estava em uma gaveta trancada da minha escrivaninha quando Sra. Fay entrou no quarto.
Às 9.04 a deflecção era 213°. Eu novamente medi a resistência de corpo do Sra. Fay, e era então 6,500 unidades da British Association. Neste momento um pequeno relógio ornamentado, que pendia no pedaço de manto a 1,5 metros da médium, foi nos dado.
Às 9.046, a deflecção era 210°; Serjeant Cox, e alguns dos outros observadores, disseram que eles viram uma forma humana inteira de pé na abertura da cortina.
Às 9.05, o circuito vi o circuito subitamente ser interrompido. Eu entrei na biblioteca imediatamente, seguido pelos outros, e encontramos a Sra. Fay desfalecida, ou em transe. Ela jazia inconsciente na cadeira, mas foi reavivada no curso de meia hora. Deste modo esta notável sessão durou exatamente 10 minutos.
Uma antiga peça de porcelana, em forma de um prato, foi achada no topo de minha escrivaninha na biblioteca; não estava lá antes das experiências começaram. Em minha sala de visitas de cima há um modelar que circunda toda a parede, próximo ao teto, a mais ou menos 2,5 metros do chão; presos neste modelar estão várias peças de porcelana antiga, inclusive alguns pratos pequenos. A Sra. Fay tinha estado na sala de visitas talvez uma hora antes da sessão começar, mas ela ficou lá em presença de várias testemunhas; a sala estava bem iluminada e ela teria que subir numa cadeira para alcançar um dos pratos próximos ao teto, e é claro que todos veriam isto. Os pratos tinham estado naqueles modelares por semanas sem serem mexidos e nenhum membro de minha família teve ocasião de tocar neles. E um dos cavalheiros presentes disse que ele estava certo que o prato não estava na escrivaninha quando as experiências começaram porque ele olhou para o topo da escrivaninha com a intenção de colocar isto a limpo e assim descartar essa possibilidade. Muitos casos semelhantes de transporte de objetos sólidos de um lugar até outro por meio anormal estão registrados na literatura espiritualista.
Antes de a Sra. Fay vir em casa aquela noite, ela só conhecia os nomes de dois dos convidados que estariam presentes, mas durante a noite a inteligência que atuou no trabalho exibiu uma quantidade incomum de conhecimento sobre as testemunhas e o trabalho de suas vidas. O livro Spectrum Analysis não tinha registro literário ainda, mas foi removido de seu lugar e dado ao seu autor. Embora eu saiba geralmente a posição dos livros em minha biblioteca, eu certamente não poderia achá-los na escuridão, e eu não tenho nenhuma razão para supor que Sra. Fay soubesse qualquer coisa sobre tal livro recém escrito, ou sobre minha biblioteca, ou que fora escrito pela pessoa particularmente presente.
Em ocasiões anteriores eu apliquei um teste elétrico para manifestações da Sra. Fay. Em 5 de fevereiro último nós tivemos uma sessão que começou às 9.15 da noite. A deflecção quando ela pegou nas manivelas foi 260°; oscilou — 266°, 190°, 220°, 240°, então permaneceu fixa em 237°; A resistência da médium às 9.20 era 5,800 unidades da British Association. Batidas eram ouvidas às 9.28, quando a deflecção estava oscilando entre 215° e 245°.
Às 9.30, a luz tendia a se fixar em 230°; A resistência era 5,900. Muitas batidas eram ouvidas agora, aparentemente na porta perto da médium, mas não havia nenhum movimento da luz, o que provava que as mãos da Sra. Fay estar perfeitamente quietas.
Às 9.31 a deflecção era 234°. Ouvi a médium então suspirar e soluçar. O indicador do galvanômetro estava fixo em 233°, embora vários instrumentos estivessem tocando agora ao mesmo tempo. Os movimentos foram então ouvidos no quarto; vários artigos eram lançados no laboratório pela abertura da cortina; O violino foi entregue a mim por uma mão visível, que também foi vista por outros no quarto. Tudo isso enquanto o indicador luminoso permanecia muito fixo, o que provava que a médium estava quieta enquanto estas coisas estavam acontecendo. Às 9.34 a luz estava fixa em 236°, e o zero estava correto. Às 9.37 nós podíamos ouvir a caixa musical sendo tocada, a luz ainda mantinha-se fixa. Às 9.38 a deflecção era 238°. Às 9.39 a médium interrompeu o circuito, soltando as manivelas. Ela só foi capaz de dizer, 'Estou tão cansada de segurar estas coisas. Ela estava então baqueada, mas se recuperou em pouco tempo.
No sábado, 6 de fevereiro, outra sessão experimental foi feita em minha casa. Foi um pouco às pressas, para o benefício de um eminente F.R.S., que foi incapaz de freqüentar a noite prévia. Sra. Fay era a médium. Algumas precauções extras foram tomadas. A biblioteca foi completamente revistada, as portas e janelas foram trancadas e tiras de papel engomado foram colocadas nelas. Estes pedaços de papel estavam então hermeticamente presos acima de com um anel que pertence a uma senhora presente. Depois que o teste elétrico foi aplicado, da mesma maneira que na noite anterior. Quase as mesmas coisas aconteceram, com os mesmos resultados, isto é nós não pudemos descobrir o movimento mais leve por parte da médium. Minha escrivaninha, que se fecha firmemente com uma trava, foi fechada cuidadosamente logo antes da sessão, foi encontrada ainda aberta depois que a sessão terminou. Isto ocorreu em muito pouco tempo. Ela começou às 9.15 e terminou às 9.30 da noite.
A princípio eu sempre permito aos novos médiuns que vêm a mim as suas próprias condições; pois eu não sei que fenômenos podem acontecer e aí não estou em numa posição de sugerir testes, nem, possivelmente, devia eu poder consegui-los antes dos médiuns terem confiança em mim de que eu não os acusarei de quaisquer truques, depois do que eles sempre se mostraram desejosos em me ajudar à medida que podem. Todas as manifestações dependem de condições delicadas intimamente conectadas com o estado nervoso dos sensitivos, e a maioria das manifestações são interrompidas quando qualquer coisa que acontece o incomoda.
De acordo com a nota de Burns (aprovada por Crookes), a sessão de 25 de fevereiro seguiu um curso semelhante. Ele descreve um efeito adicional não mencionado por Crookes.
A luz na escala parecida permanecer fixa o tempo todo, mas uma observação cuidadosa determinou que ela se moveu mais de uma divisão, um espaço menor que o grau em um termômetro, e atenção precisa por parte de observadores experientes revelou o fato que uma pulsação leve era notável no raio de luz, devido à respiração da Sra. Fay.
Se isto era um efeito genuíno, confirmaria além de qualquer dúvida razoável, que um ser humano estava no circuito. Claro que é sabido que debaixo de condições difíceis de observação é possível que uma oscilação aparente deste tipo pareça uma ilusão óptica. Esperamos decidir o assunto experimentalmente no tempo devido.
(A publicação The Medium and Daybreak, 12,1875 de março, pág. 161., traz o O relatório de Burns acrescenta detalhes adicionais relativos ao ambiente físico. Ele dá um plano da biblioteca de Crookes, e explica as precauções tomadas para assegurar que nenhuma pessoa estranha podia entrar na biblioteca).
Burns ficou muito impressionado pela eficácia das preparações de Crookes. Ele escreve:
A biblioteca foi minuciosamente examinada e preparada para a sessão. Sr. Crookes teria tomado tais precauções na casa do mais ardente espiritualista; ele teria possivelmente sujeitado a si mesmo a alguma pequena ofensa pelo muito que fazia. Todo canto foi examinado. As fixações da janelas-venezianas postas à mostra, a porta no corredor foi trancada e fechada hermeticamente com o selo do Sr. Bergheim. Estas precauções não foram empreendidas com a vistas a ridicularizar as condições do teste normalmente impostas nas sessões, mas na maneira mais séria e concenciosa para não deixar nenhuma brecha aberta por meio da qual se poderiam levantar suspeitas sobre a natureza dos fenômenos. As janelas teria permanecido fechadas hermeticamente também, mas depois de muita reclamação de seus convidados, Sr. Crookes em última instância cedeu, mas devido aos restos de cera e papel, nós podíamos ver que as venezianas tinham sido hermeticamente fechadas em ocasiões anteriores. As janelas dão para um jardim na frente e uma área ampla, separada da rua por uma pesada grade de ferro, de forma que uma entrada pelas janelas não só seria um feito difícil, mas altamente perigoso, pois o experimentador poderia ele próprio acabar nas mãos da polícia.
Para nosso conhecimento, só dois métodos foram propostos por meio dos quais o médium podia ter enganado. Podmore, em Modern Spiritualism, Vol. 2, Methuen, Londres, 1902, pág. 158, faz estas observações:
Desta nota [isto é aquela de James Burns] não dá a entender que quaisquer precauções foram tomadas para assegurar que mãos da Sra. Fay estavam realmente no circuito; se um rolo de resistência fosse preso às manivelas, só teria sido necessário ao médium na luz fraca para colocar suas mãos perto delas durante a inspeção momentânea do Sr. Crookes. Para descobrir um artifício do tipo provavelmente praticado, teria bastado nada menos que uma inspeção cuidadosa em plena luz.
Se Crookes fosse descuidado quase ao ponto da imbecilidade, esta explicação podia explicar o teste descrito por Burns, como o posteriormente descrito. Mas, a menos que nós estejamos preparados para acreditar que Podmore tinha que ter explicação natural a todo evento, não fica claro por que ele limitou sua atenção para a sessão de Burns1. Na sessão descrita por Crookes, dois Membros da the Royal Society, ambos experimentadores experientes e um, pelo menos, como nós sabemos de suas cartas anteriores, nos fenômenos de Fox (vejam pág. 41), tomaram muito cuidado com artifícios. Ele estava ainda presente na biblioteca com Crookes quando Sra Fay pegou as manivelas, e gastaram os minutos precedentes na procura por um método possível de fraude. A sugestão do Podmore não pode ser descartada como uma impossibilidade absoluta mas, como tantas de tais sugestões. postula um grau de incompetência por parte dos experimentadores que parece quase mais incrível que os efeitos paranormais descritos. É como Crookes disse, em outra ocasião:
Meus críticos não me darão crédito para a posse de um mínimo de bom senso? E eles não podem imaginar que as precauções óbvias que lhes ocorrem, tais como as que eles usam para apontar falhas em minhas experiências, não teriam também me ocorrido no curso da investigação prolongada e paciente?
(Podmore tendeu bastante para explicações ‘fáceis’ e negligenciou a evidência inconveniente. Cf. Análise do Padre Thurston do tratamento de Podmore aos testes de acordeão de D. D. de Home: The Church and Spiritualism, Milwaukee, 1933, Capítulo IX, e especialmente pág. 173.)
A outra explicação é a de Houdini, já citada.
E para terminar. Polidoro cita um monte de textos sobre exposições da Ana Eva Fay feita por aqueles autores e mágicos. Faltou ele explicar porquê Maskelyne recusou um trabalho tão simples, mesmo sendo bem remunerado.
Fala-se do desafio do Randi... Bem, vamos ver como a história da Ana Eva Fay termina:
Dr Carpenter, um velho inimigo de Crookes, lançou um ataque direto em Nature, baseado no patrocínio de Crookes à Sra Fay. Parece que Crookes, cuja habilidade na conduta de controvérsia ácida era de uma alta ordem, não teve grande dificuldade em repelir o ataque. As alegações do Dr Carpenter provocaram a carta da Sra Fay ao The Banner of Light. O final dela é:
"(...) em resposta à declaração do Dr. Carpenter que uma oferta foi feita por meus gerentes em maio, 1875, de uma soma de equivalente de dinheiro para mim expor todos os meus truques, eu agora direi para o Dr. Carpenter, como eu fiz para meus gerentes, eu não tenho nada para expor.
Estou de posse de uma carta, datado de 18 de novembro, 1877, perguntando a mim se eu considerarei um preço para visitar a Inglaterra sob do título de uma Exposee, e mostre como eu deveria ter enganado os membros da Sociedade Real.
Minha resposta é como segue:—
'Tão pobre quanto sou, e tão esperta quanto eu deveria ser como sugerido pelo Dr. Carpenter e outros, eu sou obrigada a recusar sua tentadora proposta para encher minha bolsa tentando impossibilidades. Eu sinceramente tenho esperança de poder me sustentar e a meu filho em uma ocupação mais ilustre'.
Akron, Ohio, 10 de dezembro, 1877.
Annie Eva Fay."