Quotas em empresas...
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Re: Quotas em empresas...
Ha certos sujeitos que adoram falar a respeito de medidas contra a propriedade privada alheia como se fossem coisa pouca, mera violacao do direito de alguns poucos otarios, nao tendo nada de estrategico ou de nocivo por tras. Que essas violacoes com certeza param por ai, no comecinho, e sao so um agrado para algum grupinho de pressao barulhento, que rapidinho cala-boca, sendo portanto obra da genialidade politica de governantes mais que espertos, que inclusive fazem o mesmo com a propriedade brasileira saqueada no exterior. Dizem nao haver chance do procedimento aumentar e se espalhar, transformando a lei em instrumento de saque.
Sao sujeitos tao seguros de si, que apostam ate caixas de cerveja nisso.
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Re: Quotas em empresas...
Acauan, uma vez você disse que pertence à primeira geração da sua família a se urbanizar, sendo que não encontrou muita dificuldade para isso. Presumo que seja índio de pai e mãe.
Mas fiquei curioso sobre sua posição quanto aos EUA. Talvez esteja se referindo a alguns estados, porque duvido muito que o pessoal moderninho da Califórnia, Nova York ou Miami cultiva esse segregacionismo. Partindo que ele esteja presente em alguns lugares, e que seja mais fácil identificar um negro lá do que aqui, quais medidas sugere tomar? Uma lei como esta postada, além de um absurdo numérico, é impossível de ser posta em prática. Como já disse, alguns setores exigem mão-de-obra bastante qualificada, e se negros estão a margem do ensino, não vai ser uma lei forçada como esta que vai resolver. Nem contesto a inconstitucionalidade, que aparentemente nossos legisladores não ligam mais.
Mas fiquei curioso sobre sua posição quanto aos EUA. Talvez esteja se referindo a alguns estados, porque duvido muito que o pessoal moderninho da Califórnia, Nova York ou Miami cultiva esse segregacionismo. Partindo que ele esteja presente em alguns lugares, e que seja mais fácil identificar um negro lá do que aqui, quais medidas sugere tomar? Uma lei como esta postada, além de um absurdo numérico, é impossível de ser posta em prática. Como já disse, alguns setores exigem mão-de-obra bastante qualificada, e se negros estão a margem do ensino, não vai ser uma lei forçada como esta que vai resolver. Nem contesto a inconstitucionalidade, que aparentemente nossos legisladores não ligam mais.
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Re: Quotas em empresas...
Insane_Boy escreveu:Mesmo com vestibular surgem alguns quadrúpedes nessas universidades. Imagine se o acesso fosse livre.
Nota:
1) Sou Negro.
2) Fui pobre, estudei a vida toda em colégio público. Passei no vestibular sem ir pra merda de cursinho. Me formei, estou fazendo pós. E agora qualquer asshole só por causa da cor de pele vai entrar esforço em empresas e universidades? Isso é sacanagem. Isso é sacanagem comigo.
Imagina as piadinhas com outros negros como eu? "Ah, entrou pelo esquema de cotas".
Leis racistas, trazem racismo. Eu exijo igualdade. Isso não é igualdade. Eu tive acesso a educação pública como qualquer outro. Não me sinto excluído, e nunca fui excluído pela minha cor-de-pele. ESSA É A COISA MAIS IDIOTA DO MUNDO.
Mais um Francio. Parabéns. É assim que se fala!

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Re: Quotas em empresas...
Penso que cotas raciais seja uma admissão patente de derrota e incompetencia aliadas.
Me admira como existam pessoas negras que aceitem numa boa participar disso, cada vez que vejo um defensor de cotas é como se estivesse dizendo: "Agradeço ao estado pelas cotas, pois sem elas nunca conseguiria competir igualmente com os brancos e ricos"
Me admira como existam pessoas negras que aceitem numa boa participar disso, cada vez que vejo um defensor de cotas é como se estivesse dizendo: "Agradeço ao estado pelas cotas, pois sem elas nunca conseguiria competir igualmente com os brancos e ricos"
Vendo a justificável insistência de todos, humildemente sou forçado à admitir que sou um cara incrível !
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Re: Quotas em empresas...
Sorrelfa escreveu:Penso que cotas raciais seja uma admissão patente de derrota e incompetencia aliadas.
Me admira como existam pessoas negras que aceitem numa boa participar disso, cada vez que vejo um defensor de cotas é como se estivesse dizendo: "Agradeço ao estado pelas cotas, pois sem elas nunca conseguiria competir igualmente com os brancos e ricos"
Não vejo problemas em um negro aceitar este tipo de benefício, tampouco um branco tentar se passar por negro. Os legisladores que criam estas leis que são uns panacas.
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Re: Quotas em empresas...
Sorrelfa escreveu:Penso que cotas raciais seja uma admissão patente de derrota e incompetencia aliadas.
Me admira como existam pessoas negras que aceitem numa boa participar disso, cada vez que vejo um defensor de cotas é como se estivesse dizendo: "Agradeço ao estado pelas cotas, pois sem elas nunca conseguiria competir igualmente com os brancos e ricos"
Não. Eles acham que a história e a sociedade ( assim como o Estado , que nada mais do que uma entidade que administra muito mal nossos tributos) devem isto a eles. É um resgate do que o sistema os tomou e continua tomando ( e vão continuar tomando, visto que esta vitimização não se encerra assim tão fácil, isto é um saco sem fundo por motivos óbvios).
Quem não chora...

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Re: Quotas em empresas...
Apáte escreveu:Sorrelfa escreveu:Penso que cotas raciais seja uma admissão patente de derrota e incompetencia aliadas.
Me admira como existam pessoas negras que aceitem numa boa participar disso, cada vez que vejo um defensor de cotas é como se estivesse dizendo: "Agradeço ao estado pelas cotas, pois sem elas nunca conseguiria competir igualmente com os brancos e ricos"
Não vejo problemas em um negro aceitar este tipo de benefício, tampouco um branco tentar se passar por negro. Os legisladores que criam estas leis que são uns panacas.
Vejo o problema da falta de vergonha na cara. É como descobrir uma falha no sistema de segurança de alguma instituição e tentar fraudá-la. Não é porque a porta está aberta que se deve entrar por ela.

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Re: Quotas em empresas...
Isto nada mais é do que um jogo de corrupção onde há cúmplices. Não há corrupção se um dos lados não aceitar ser corrompido.

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Re: Quotas em empresas...
Apo escreveu:Apáte escreveu:Sorrelfa escreveu:Penso que cotas raciais seja uma admissão patente de derrota e incompetencia aliadas.
Me admira como existam pessoas negras que aceitem numa boa participar disso, cada vez que vejo um defensor de cotas é como se estivesse dizendo: "Agradeço ao estado pelas cotas, pois sem elas nunca conseguiria competir igualmente com os brancos e ricos"
Não vejo problemas em um negro aceitar este tipo de benefício, tampouco um branco tentar se passar por negro. Os legisladores que criam estas leis que são uns panacas.
Vejo o problema da falta de vergonha na cara. É como descobrir uma falha no sistema de segurança de alguma instituição e tentar fraudá-la. Não é porque a porta está aberta que se deve entrar por ela.
Engenheiros comportamentais muito bem treinados estão tentando enfiar na cabeça dos pretos que eles merecem esses direitos, eles acabam acreditando. Além disso, leis como estas só querem jogar preto contra branco, sendo que de qualquer maneira, um preto que consiga entrar na empresa por meios normais será visto como "ele está aqui por ser preto".
Não se deve esperar condescendência do beneficiado em negar o benefício. Se um sujeito que nem me conhece resolve que vai colocar uma quantia gorda na minha conta conscientemente, eu não vou me importar. A diferença é que o Estado não é um sujeito consciente que se auto-sacrifica, ele sacrifica terceiros, mas a ignorância do brasileiro não permite diferenciar o básico entre público e privado, como tem sido demonstrado intensamente no RV.
Para fazer uma analogia, eu sou contra o ensino público, mas não tenho nada contra quem estuda no ensino público e eu mesmo lançaria mão desta oportunidade numa boa. Até porque o Estado praticamente monopolizou este serviço, não dando muita opção para quem não simpatiza com a idéia. Nenhuma relativização nova. É a velha história do "errado, porém legítimo".
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Re: Quotas em empresas...
Apo escreveu:Isto nada mais é do que um jogo de corrupção onde há cúmplices. Não há corrupção se um dos lados não aceitar ser corrompido.
APOIADO.

"Eu tenho o sonho de ver um dia meus 4 filhos vivendo numa nação em que não sejam julgados pela cor de sua pele, mas sim pelo seu caráter."
Martin Luther King Junior
Hic sapientia est. Qui habet intellectum, computet numerum bestiæ. Numerus enim hominis est: et numerus ejus sexcenti sexaginta sex.
Re: Quotas em empresas...
Apáte escreveu:Além disso, leis como estas só querem jogar preto contra branco
Jogar as pessoas umas contra as outras é a estratégia fundamental da esquerda. Brancos X negros, pobres X ricos, operários X patrões, terceiro mundo X primeiro mundo, etc. Só sabem pensar nestes termos.
Re: Quotas em empresas...
Apáte escreveu:eu sou contra o ensino público, mas não tenho nada contra quem estuda no ensino público e eu mesmo lançaria mão desta oportunidade numa boa. Até porque o Estado praticamente monopolizou este serviço, não dando muita opção para quem não simpatiza com a idéia.
E depois, ainda que o sujeito seja contra o ensino público, ele também está pagando por ele.
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Re: Quotas em empresas...
Herf escreveu:Apáte escreveu:Além disso, leis como estas só querem jogar preto contra branco
Jogar as pessoas umas contra as outras é a estratégia fundamental da esquerda. Brancos X negros, pobres X ricos, operários X patrões, terceiro mundo X primeiro mundo, etc. Só sabem pensar nestes termos.
Além de gay contra hétero e marido contra mulher.
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Re: Quotas em empresas...
Apate escreveu:Para fazer uma analogia, eu sou contra o ensino público, mas não tenho nada contra quem estuda no ensino público e eu mesmo lançaria mão desta oportunidade numa boa. Até porque o Estado praticamente monopolizou este serviço, não dando muita opção para quem não simpatiza com a idéia. Nenhuma relativização nova. É a velha história do "errado, porém legítimo".
E bem por ai...
Nao sao os negros que utilizam o sistema de cotas os culpados. A lei que os favorece e estupida, tambem por coloca-los na dificil situacao de acatar ao favorecimento ou ser penalizado porque outras pessoas farao isso as suas custas.
Ainda que a maioria somente considere as cotas uma "maozinha", eles nao estao errados ao responder a esse incentivo. Errados sao aqueles que produzem esse tipo de incentivo falso via distorcao.
Outra analogia cabivel as cotas e a inflacao crediticia. Mesmo que instituicoes financeiras saibam que as expansoes de credito e manipulacoes de juros pelo Estado que geram favorecimentos no curto prazo sao nocivas no longo prazo, elas sao impelidas a corroborar, pela perniciosa competicao pelos favores. Talvez a maioria das pessoas nessas empresas e instituicoes tambem nao veja a inflacao como algo mais do que uma maozinha, mas mesmo aquelas que enxergam seus efeitos virulentos sao impelidas a seguir a manada ou serem atropeladas.
Os esquerdistas por um lado tem razao quando dizem que as movimentacoes capitalistas equivocadas produziram a cise, mas eles estao copletamente equivocados ao nao notar que isso so se processou porque o Estado produziu um baita incentivo para tanto. E criar regulamentacoes que impedem as pessoas de fazer os melhores negocios nao impedira nada disso, apenas tornara o mercado menos eficiente.
Se existe uma forma de fazer o capitalismo nao funcionar e criar favores artificiais pelos quais a concorrencia se orientaria, e que distinguem dos incentivos produzidos pelo mercado real.
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Re: Quotas em empresas...
Procedure;
Cabeção;
Não tarda e seremos chamados de malucos paranóicos teóricos da conspiração por dizer que leis deste porte têm como intuito, além de outros, destruir o capitalismo.

Cabeção;
Não tarda e seremos chamados de malucos paranóicos teóricos da conspiração por dizer que leis deste porte têm como intuito, além de outros, destruir o capitalismo.
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Re: Quotas em empresas...
Sexta-feira, Novembro 21, 2008
Neopatrimonialismo racista
Diz o chavão que no Brasil tudo acaba em samba. Mentira, é claro: muita gente por aqui detesta qualquer tipo de batucada. Mas há algo que todo brasileiro gosta: benesses do Estado. Conseguir uma bocada paga com dinheiro público é o verdadeiro esporte nacional, mais popular até que o futebol, ao qual a população da Terra dos Papagaios se dedica com um afinco que ela não costuma demonstrar por mais nada - excetuando-se, talvez, o carnaval e o futebol.
O patrimonialismo - esta mania de tratar o estado e a coisa pública como se fossem propriedade particular - é o fenômeno atávico subjacente a essa mania nacional da boquinha. Ele é o segredinho sujo por trás da proliferação de "movimentos" de defesa de pretensas minorias - negros, indígenas, gays, travestis, mulheres, pois no horizonte dos indivíduos que participam desses movimentos está sempre a possibilidade de se apropriar de renda ou propriedade estatal.
O movimento pelos direitos civis liderado por Martin Luther King buscava o que já está explícito em seu nome: o fim da discriminação, direitos iguais para os negros norte-americanos. O que quer o "movimento negro" brasileiro (entre aspas porque isso não existe na vida real, fora da luta por verbas públicas)? Direitos iguais não pode ser: nossa legislação não só nunca discriminou (até agora...) ninguém pela cor da pele como, pelo contrário, pune severamente o crime de racismo.
O que se busca, na verdade, é simples: a apropriação privada de bens públicos. Assim, nosso movimento contra o "racismo" (onde? de quem contra quem?) quer vastas extensões de terra (distribuição de propriedades rurais e urbanas que teriam sido parte de quilombos imaginários), indenizações em dinheiro vivo e as famigeradas "cotas": carguinhos públicos (cotas cargos em comissão), empregos públicos (cotas em concursos públicos), vagas em universidades públicas (cotas raciais para o ensino superior estatal) e até cotas para a participação de "afrodescendentes" em comerciais de televisão (lembre-se de que a emissão televisiva é uma concessão pública).
Não é à toa que no "estatuto da igualdade racial" que tramita no Congresso (uma aberração que pisoteia a igualdade e institui o racismo no país) consta a obrigatoriedade da remuneração - com verba pública, é óbvio - das "lideranças" do movimento negro. Uma verdadeira pérola do patrimonialismo de corte racial misturado com doses generosas de clientelismo.
É por isso que sempre que passamos por uma data comemorada por algum desses movimentos de defesa de minorias oprimidas, eu me preparo para ler notícias sobre a aprovação de alguma lei absurda. O dia de Zumbi, ou da tal consciência negra de que fala logo abaixo o Fabiano - esse nunca me decepciona. Ontem, confirmando a tradição, o Câmara dos Deputados aprovou um festival de cotas "sociais" e raciais que praticamente expulsa o mérito acadêmico individual como critério de entrada na universidade estatal (não dá mais para chamar de pública uma universidade que discrimina oficialmente uma parcela da população).
Patrimonialismo e clientelismo (as benesses estatais sempre vêm pela mão de alguém, certo?) têm meio milênio de história no Brasil: eles chegaram ao país com as caravelas do Cabral. Sempre foram esportes nacionais muito populares. O que deprime é ver adicionado a essas mazelas uma nova, o racismo. Como quase ninguém tem coragem de se pronunciar publicamente contra essa "novidade" por medo de um possível massacre politicamente correto, o neopatrimonialismo racista avança sem obstáculos.
Que tristeza.
Com relação aos deputados que aprovaram essa lei racista e anti-republicana, dizer o quê? Os caras aprovam qualquer coisa, desde que o governo os pague por isso. De mais a mais, como aquele bando de boçais semi-alfabetizados pode dar valor à universidade? Para eles o ensino superior não passa de mais uma oportunidade para se fazer demagogia barata.
Nemerson Lavoura
http://nemersonlavoura.blogspot.com/2008/11/neopatrimonialismo-racista.html
Neopatrimonialismo racista
Diz o chavão que no Brasil tudo acaba em samba. Mentira, é claro: muita gente por aqui detesta qualquer tipo de batucada. Mas há algo que todo brasileiro gosta: benesses do Estado. Conseguir uma bocada paga com dinheiro público é o verdadeiro esporte nacional, mais popular até que o futebol, ao qual a população da Terra dos Papagaios se dedica com um afinco que ela não costuma demonstrar por mais nada - excetuando-se, talvez, o carnaval e o futebol.
O patrimonialismo - esta mania de tratar o estado e a coisa pública como se fossem propriedade particular - é o fenômeno atávico subjacente a essa mania nacional da boquinha. Ele é o segredinho sujo por trás da proliferação de "movimentos" de defesa de pretensas minorias - negros, indígenas, gays, travestis, mulheres, pois no horizonte dos indivíduos que participam desses movimentos está sempre a possibilidade de se apropriar de renda ou propriedade estatal.
O movimento pelos direitos civis liderado por Martin Luther King buscava o que já está explícito em seu nome: o fim da discriminação, direitos iguais para os negros norte-americanos. O que quer o "movimento negro" brasileiro (entre aspas porque isso não existe na vida real, fora da luta por verbas públicas)? Direitos iguais não pode ser: nossa legislação não só nunca discriminou (até agora...) ninguém pela cor da pele como, pelo contrário, pune severamente o crime de racismo.
O que se busca, na verdade, é simples: a apropriação privada de bens públicos. Assim, nosso movimento contra o "racismo" (onde? de quem contra quem?) quer vastas extensões de terra (distribuição de propriedades rurais e urbanas que teriam sido parte de quilombos imaginários), indenizações em dinheiro vivo e as famigeradas "cotas": carguinhos públicos (cotas cargos em comissão), empregos públicos (cotas em concursos públicos), vagas em universidades públicas (cotas raciais para o ensino superior estatal) e até cotas para a participação de "afrodescendentes" em comerciais de televisão (lembre-se de que a emissão televisiva é uma concessão pública).
Não é à toa que no "estatuto da igualdade racial" que tramita no Congresso (uma aberração que pisoteia a igualdade e institui o racismo no país) consta a obrigatoriedade da remuneração - com verba pública, é óbvio - das "lideranças" do movimento negro. Uma verdadeira pérola do patrimonialismo de corte racial misturado com doses generosas de clientelismo.
É por isso que sempre que passamos por uma data comemorada por algum desses movimentos de defesa de minorias oprimidas, eu me preparo para ler notícias sobre a aprovação de alguma lei absurda. O dia de Zumbi, ou da tal consciência negra de que fala logo abaixo o Fabiano - esse nunca me decepciona. Ontem, confirmando a tradição, o Câmara dos Deputados aprovou um festival de cotas "sociais" e raciais que praticamente expulsa o mérito acadêmico individual como critério de entrada na universidade estatal (não dá mais para chamar de pública uma universidade que discrimina oficialmente uma parcela da população).
Patrimonialismo e clientelismo (as benesses estatais sempre vêm pela mão de alguém, certo?) têm meio milênio de história no Brasil: eles chegaram ao país com as caravelas do Cabral. Sempre foram esportes nacionais muito populares. O que deprime é ver adicionado a essas mazelas uma nova, o racismo. Como quase ninguém tem coragem de se pronunciar publicamente contra essa "novidade" por medo de um possível massacre politicamente correto, o neopatrimonialismo racista avança sem obstáculos.
Que tristeza.
*
Com relação aos deputados que aprovaram essa lei racista e anti-republicana, dizer o quê? Os caras aprovam qualquer coisa, desde que o governo os pague por isso. De mais a mais, como aquele bando de boçais semi-alfabetizados pode dar valor à universidade? Para eles o ensino superior não passa de mais uma oportunidade para se fazer demagogia barata.
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Re: Quotas em empresas...
Não conhecia este blog.
Tem uns textos legais, como este: http://nemersonlavoura.blogspot.com/200 ... mille.html , comparando O. de C. a uma progressista, que inclusive cita uma entrevista com irmão do Manuel, que eu também desconhecia o fato dele trabalhar pro Estadão.
Tem uns textos legais, como este: http://nemersonlavoura.blogspot.com/200 ... mille.html , comparando O. de C. a uma progressista, que inclusive cita uma entrevista com irmão do Manuel, que eu também desconhecia o fato dele trabalhar pro Estadão.
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Re: Quotas em empresas...
Apáte escreveu:Apo escreveu:Apáte escreveu:Sorrelfa escreveu:Penso que cotas raciais seja uma admissão patente de derrota e incompetencia aliadas.
Me admira como existam pessoas negras que aceitem numa boa participar disso, cada vez que vejo um defensor de cotas é como se estivesse dizendo: "Agradeço ao estado pelas cotas, pois sem elas nunca conseguiria competir igualmente com os brancos e ricos"
Não vejo problemas em um negro aceitar este tipo de benefício, tampouco um branco tentar se passar por negro. Os legisladores que criam estas leis que são uns panacas.
Vejo o problema da falta de vergonha na cara. É como descobrir uma falha no sistema de segurança de alguma instituição e tentar fraudá-la. Não é porque a porta está aberta que se deve entrar por ela.
Engenheiros comportamentais muito bem treinados estão tentando enfiar na cabeça dos pretos que eles merecem esses direitos, eles acabam acreditando. Além disso, leis como estas só querem jogar preto contra branco, sendo que de qualquer maneira, um preto que consiga entrar na empresa por meios normais será visto como "ele está aqui por ser preto".
Não se deve esperar condescendência do beneficiado em negar o benefício. Se um sujeito que nem me conhece resolve que vai colocar uma quantia gorda na minha conta conscientemente, eu não vou me importar. A diferença é que o Estado não é um sujeito consciente que se auto-sacrifica, ele sacrifica terceiros, mas a ignorância do brasileiro não permite diferenciar o básico entre público e privado, como tem sido demonstrado intensamente no RV.
Para fazer uma analogia, eu sou contra o ensino público, mas não tenho nada contra quem estuda no ensino público e eu mesmo lançaria mão desta oportunidade numa boa. Até porque o Estado praticamente monopolizou este serviço, não dando muita opção para quem não simpatiza com a idéia. Nenhuma relativização nova. É a velha história do "errado, porém legítimo".
Exata e infelizmente. Por isto não tolero ( mas sou obrigada a tolerar ) o argumento grotesco que encerra algumas questões com um tosco: " Está na lei" ou " É constitucional , logo...".
Com relação a negar o benefício...se alguém quiser me fazer uma doação em que o motivo seja algo que me violente ou vá de encontro aos meus valores, não vou aceitar. É o caso dos negros. Não querem ser tratados como diferentes e abominam vantagens, a menos que seja com eles. Aceitando estas falcatruas estão apenas mostrando que são a favor, sim. Perdem a moral comigo e ainda vão ter que usar motivos cínicos para me convencer que querem realmente que as coisas sejam diferentes. Não é por meios "legitimados" ideologicamente que se muda uma realidade no seu âmago. Não se corrige erros do passado com erros absurdos no presente e no futuro.
Mas é assim, quem tem o poder, se acha no direito e pronto.
Agora tem também esta anencefalia das delegacias para negros. Imagine a turma se protegendo!

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Re: Quotas em empresas...
Apate escreveu:Não tarda e seremos chamados de malucos paranóicos teóricos da conspiração por dizer que leis deste porte têm como intuito, além de outros, destruir o capitalismo.
Isso porque em geral, as pessoas entendem que o que se pretende dizer com isso e que a lei foi confabulada e minuciosamente detalhada em todos os seus pormenores por um complo secreto que busca pouco a pouco implementar a sua agenda sinistra.
Como essa concepcao e absurda, eles tomam aqueles que acusam a lei de anti-capitalista de malucos paranoicos.
Acontece que a agenda anti-capitalista e uma metafora para um movimento de sabotagem que sempre foi publico e nao unitario, e que mesmo que tenha seus lideres locais, dispensa uma administracao centralizada do caos que pretende deflagrar. Nao sao conspiradores do alto escalao da KGB que estao por tras dessas leis, planejando e calculando tudo. Se estivessem, nao daria certo, como todos os projetos de centralizacao de longo prazo.
Pois entao, ao se apegarem a essa caricatura para entao se desfazer das criticas, o que eles nao percebem e que nao se esta presumindo absolutamente nada para se afirmar que a lei e anti-capitalista, e um simples fato inerente a ela.
O capitalismo se caracteriza pela alocacao dos recursos escassos onde eles rendem mais atraves da informacao concedida pelo sistema de precos. O sistema de precos afeta a cada recurso um valor de troca proporcional a sua rentabilidade marginal, ou seja, o valor ajutado pela ultima unidade do estoque na realizacao da necessidade mais urgente ainda insatisfeita. Isso inclui o fator trabalho.
Quando uma lei diz que o trabalho devera ser decidido por criterios raciais, e nao pela comparacao entre rendimento marginal e preco de mercado, estamos sabotando o capitalismo. Se um medico pouco competente for empregado pelo simples fato de ser negro, enquanto outro medico mais competente nao for, toda a logica do sistema de precos foi exterminada e substituida por um criterio central. Ao final, teremos mais medicos incompetentes, que estariam sendo mais eficazes trabalhando como nao-medicos e mais nao-medicos incompetentes, que estariam sendo mais eficazes trabalhando como medicos, disperdicando esses e outros recursos escassos.
Fica evidente portanto que o capitalismo nao pode funcionar dessa forma, e que a lei visa portanto destruir o capitalismo.
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Re: Quotas em empresas...
Herf escreveu:Apáte escreveu:Além disso, leis como estas só querem jogar preto contra branco
Jogar as pessoas umas contra as outras é a estratégia fundamental da esquerda. Brancos X negros, pobres X ricos, operários X patrões, terceiro mundo X primeiro mundo, etc. Só sabem pensar nestes termos.
A direita também faz isso, até inventaram muitas dessas analogias.
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Re: Quotas em empresas...
user f.k.a. Cabeção escreveu:Apate escreveu:Não tarda e seremos chamados de malucos paranóicos teóricos da conspiração por dizer que leis deste porte têm como intuito, além de outros, destruir o capitalismo.
Isso porque em geral, as pessoas entendem que o que se pretende dizer com isso e que a lei foi confabulada e minuciosamente detalhada em todos os seus pormenores por um complo secreto que busca pouco a pouco implementar a sua agenda sinistra.
Como essa concepcao e absurda, eles tomam aqueles que acusam a lei de anti-capitalista de malucos paranoicos.
Acontece que a agenda anti-capitalista e uma metafora para um movimento de sabotagem que sempre foi publico e nao unitario, e que mesmo que tenha seus lideres locais, dispensa uma administracao centralizada do caos que pretende deflagrar. Nao sao conspiradores do alto escalao da KGB que estao por tras dessas leis, planejando e calculando tudo. Se estivessem, nao daria certo, como todos os projetos de centralizacao de longo prazo.
Pois entao, ao se apegarem a essa caricatura para entao se desfazer das criticas, o que eles nao percebem e que nao se esta presumindo absolutamente nada para se afirmar que a lei e anti-capitalista, e um simples fato inerente a ela.
O capitalismo se caracteriza pela alocacao dos recursos escassos onde eles rendem mais atraves da informacao concedida pelo sistema de precos. O sistema de precos afeta a cada recurso um valor de troca proporcional a sua rentabilidade marginal, ou seja, o valor ajutado pela ultima unidade do estoque na realizacao da necessidade mais urgente ainda insatisfeita. Isso inclui o fator trabalho.
Quando uma lei diz que o trabalho devera ser decidido por criterios raciais, e nao pela comparacao entre rendimento marginal e preco de mercado, estamos sabotando o capitalismo. Se um medico pouco competente for empregado pelo simples fato de ser negro, enquanto outro medico mais competente nao for, toda a logica do sistema de precos foi exterminada e substituida por um criterio central. Ao final, teremos mais medicos incompetentes, que estariam sendo mais eficazes trabalhando como nao-medicos e mais nao-medicos incompetentes, que estariam sendo mais eficazes trabalhando como medicos, disperdicando esses e outros recursos escassos.
Fica evidente portanto que o capitalismo nao pode funcionar dessa forma, e que a lei visa portanto destruir o capitalismo.
Cê tem aí o censo completo das sociedades ocultistas e do clero?
Poderia incluir o nome de cada membro dessas instituições então cruzando-se as informações com o censo dos membros do poder público CERTAMENTE saberíamos quem realmente governa.
Ainda assim com o levantamento qualitativo trazido pelo censo poderíamos determinar quantitativamente o poder de influência destes.
- Discernimento
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Re: Quotas em empresas...
Essa cotização do acesso ao conhecimento e ao trabalho soa exatamente como o lema: Dividir para consquistar.
Não deve haver teste que negue totalmente acesso ao conhecimento.
Não deve haver critério, além da capacidade técnica, que negue acesso ao trabalho.
O contrário é fantasia repetida até se tornar verdade.
Não deve haver teste que negue totalmente acesso ao conhecimento.
Não deve haver critério, além da capacidade técnica, que negue acesso ao trabalho.
O contrário é fantasia repetida até se tornar verdade.
- Aranha
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Re: Quotas em empresas...
user f.k.a. Cabeção escreveu:
Ha certos sujeitos que adoram falar a respeito de medidas contra a propriedade privada alheia como se fossem coisa pouca, mera violacao do direito de alguns poucos otarios, nao tendo nada de estrategico ou de nocivo por tras. Que essas violacoes com certeza param por ai, no comecinho, e sao so um agrado para algum grupinho de pressao barulhento, que rapidinho cala-boca, sendo portanto obra da genialidade politica de governantes mais que espertos, que inclusive fazem o mesmo com a propriedade brasileira saqueada no exterior. Dizem nao haver chance do procedimento aumentar e se espalhar, transformando a lei em instrumento de saque.
Sao sujeitos tao seguros de si, que apostam ate caixas de cerveja nisso.
- Foi prá mim.
- Uma correção, não foi nisso que apostei a caixa de cerveja, aliás, o único aqui que apoiou o saque de propriedades brasileiras no exterior foi o dono do fórum.
- E só prá constar, já que é o assunto do tôpico, sempre fui contra cotas raciais.
Abraços,
"Grandes Poderes Trazem Grandes Responsabilidades"
Ben Parker
Ben Parker
Re: Quotas em empresas...
Insane_Boy escreveu:Mesmo com vestibular surgem alguns quadrúpedes nessas universidades. Imagine se o acesso fosse livre.
Nota:
1) Sou Negro.
2) Fui pobre, estudei a vida toda em colégio público. Passei no vestibular sem ir pra merda de cursinho. Me formei, estou fazendo pós. E agora qualquer asshole só por causa da cor de pele vai entrar esforço em empresas e universidades? Isso é sacanagem. Isso é sacanagem comigo.
Imagina as piadinhas com outros negros como eu? "Ah, entrou pelo esquema de cotas".
Leis racistas, trazem racismo. Eu exijo igualdade. Isso não é igualdade. Eu tive acesso a educação pública como qualquer outro. Não me sinto excluído, e nunca fui excluído pela minha cor-de-pele. ESSA É A COISA MAIS IDIOTA DO MUNDO.
No caso de Universidades concordo com vc. Se existirem cotas deveriam ser sociais, e não por cor da pele, e para pegar os melhores do ensino público.
Agora imagine uma empresa, contrata funcionários, para serviços que exige-se baixa qualificação, em uma cidade que 40 por cento da população é "afro-descendente" ou negra, parda...
Vamos supor que nas entrevistas para o emprego, um percentual próximo, ao populacional, de negros, se candidatou. E a empresa contratou 100 por cento de não negros. Ou 99 por cento, colocou um ou dois para fazer média. Na investigação diversas pessoas de cor tão qualificadas e mais qualificadas foram descartadas. Tudo indica que temos crime de racismo, o contratador escolheu e usou como critério a cor (quem tinha o poder de contratar era racista, algo possível, lamentavelmente). Nesse caso, um mínimo, conectado com dados do IBGE, deve ser exigido. E apenas em caso de denuncia de algo similar, deve-se ter uma investigação, e a lei aplicada. Ou seja, apenas quando se configura racismo na contratação, que é crime por sinal, ai sim, deve-se aplicar.
Lembrando que se o contratador fosse negro, e contratasse apenas negros, em condições similares a que sugeri, o crime de racismo seria o mesmo. Assim como para qualquer discriminação desse tipo.
Exceto isso, "raça" cor, não deve ser critério, especialmente no Estado, que deveria ser cego para a cor das pessoas. No caso, o Estado estaria fazendo a empresa ser cega, pois o caso exemplifica uma situação de discriminação com base na cor. Estou criando um caso hipotético que a investigação conclui como existente o crime de racismo, logo supor como inexistente não faz parte da minha elucubração, e convenhamos, não é tão impossível acontecer, e quando fica configurado e claro, a denuncia cabe. Como em qualquer caso de racismo, em relação a qualquer cor de pele. Já que aqui no Brasil o racismo aparece na relação com o fenótipo.
Em casos extremos como esse sim, fora isso não deve haver interferência do Estado em contratações. Quando se caracteriza um crime,como o caso que imaginei, obviamente que sim.
Editado pela última vez por André em 24 Nov 2008, 21:04, em um total de 2 vezes.
Visite a pagina do meu primeiro livro "A Nova Máquina do Tempo." http://www.andreteixeirajacobina.com.br/
Ou na Saraiva. Disponivel para todo Brasil.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produ ... 0C1C301196
O herói é um cientista cético, um pensador político. O livro debate filosofia, política, questões ambientais, sociais, bioética, cosmologia, e muito mais, no contexto de uma aventura de ficção científica.
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- user f.k.a. Cabeção
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Re: Quotas em empresas...
O problema das cotas e na verdade outro: temos um recurso publico escasso e nao temos como decidir o seu uso.
Se as universidades fossem privadas era facil: se o dono quiser, 100% de cotas para negros-gays-paraliticos-que-estudaram-durante-todo-o-ensino-medio-em-ciep. Isso e problema dele.
Mas quando falamos de universidades publicas, entramos no submundo da politica e da retorica. As coisas nao estao bem definidas, e ganha quem conseguir mobilizar mais interesses especiais.
Se houvesse na constituicao uma definicao clara da missao da universidade publica, por exemplo, formar os mais bem preparados estudantes com objetivo de atingir a excelencia na formacao de profissionais e academicos nacionais, nao haveria margem para duvida: nao interessa se o aluno veio de escola publica ou privada, os mais bem preparados serao admitidos.
Um exemplo claro desse tipo de conduta se passa com as duas escolas de engenharia administradas pelos militares: o IME, do exercito, e o ITA, da aeronautica. Nas duas, a quase totalidade os alunos e oriunda de colegios e cursos preparatorios de elite, ainda que alguns alunos mais carentes ganhassem bolsas de estudo para estudar la. Nao ha espaco para debates socialoides idiotas, pois nao e o ponto do Exercito nem da Aeronautica distribuir diploma para os "desprivilegiados". Eles querem formar quadros de engenheiros militares e civis de alta qualificacao, e sabem que este trabalho so sera possivel selecionando entre os melhores candidatos.
Pouco importa se foi um colegio privado ou um colegio publico que formou o aluno que entra nesses institutos, o que importa e que eles fizeram um bom servico e que o aluno soube aproveita-lo.
Se alguem tem alguma duvida da diferenca entre as duas condutas, que pegue um formando entre os 10 ultimos do ITA e um aleatorio da UnB em engenharia eletrica e compare.
"Let 'em all go to hell, except cave 76" ~ Cave 76's national anthem